Não deveria ser esta postagem, deveria ser outra. Na
verdade, pretendia escrever sobre um assunto diferente, uma complementação de
um post sobre romances de banca que publiquei em 2011, nos primórdios do blog (veja aqui).
Estava tudo planejado. Pretendia chegar em casa, hoje, mais cedo do trabalho,
tomar uma ducha rápida e já sentar na frente do notebook para escrever sobre o
tema, mas... ao sair do banho tocaram o interfone de casa. Ao atender, adivinhe
só. Surpresa!
Logo ali, na porta, haviam dois novos bebês. Assinei o
recibo de entrega da “Dona Cegonha Transportadora” e voltei para o aconchego da
minha sala feliz da vida!! Quando Lulu chegou do trabalho, contei-lhe a
novidade.
- Lulu temos dois novos filhos.
- Como se chamam?
- Torto Arado e Os Sete Maridos de Evelyn Hugo –
respondi.
- Oba! Quero ler Arado Torto depois – Lulu sempre
inverte o título desse livro.
- Querida, é Torto Arado não Arado Torto – corrigi.
- Tanto faz isso ou aquilo, o arado está torto do
mesmo jeito – respondeu ela com uma expressão marota no rosto.
Pois é galera, a chegada desses dois bebês fez com que
eu mudasse os meus planos e optasse por adiar para sábado ou domingo a postagem
sobre os romances de banca. Aproveitei o clima de felicidade no ar e mandei ver
nesse texto que vocês estão lendo agora. Quero contar o que me levou a comprar
essas duas obras.
Tudo começou com o post que publiquei anteriormente; a
lista literária apontando os 12 livros mais vendidos na primeira semana de
agosto. Este post aqui. Ao ver a listagem de indicações do portal PublishNews,
me interessei pela obra do escritor e geógrafo baiano Itamar Vieira Junior e
pela história de Taylor Jenkins Reid.
Ao pesquisar nas redes sociais sobre esses dois livros,
fiquei ainda mais interessado e no final acabei esquecendo da minha lista
enorme de leituras e pimba! Confirmei a compra.
Os dois livros estão recebendo rasgados elogios. Cara,
é espantoso: ‘todo mundo’ tá falando bem!
Vieira Junior venceu em 2018 o Prêmio LeYa com o seu Torto Arado, um romance que ele quase
não se lembrava mais de ter inscrito no concurso.
O Prêmio LeYa de Romance é entregue desde 2008 a
autores lusófonos que concorrem anonimamente a € 100 mil e um contrato de
publicação com o Grupo Editorial LeYa. Vieira Junior é o segundo brasileiro a
arrebatar o prêmio. O mineiro Murilo Carvalho venceu a primeira edição do
concurso literário com o romance O rastro
do jaguar. O manuscrito vitorioso é escolhido por um júri composto de sete
figuras destacadas do mercado editorial lusófono.
No ano passado, estavam entre os jurados o editor brasileiro
Paulo Werneck, a poeta angolana Ana Paula Tavares e o escritor português Manuel
Alegre, vencedor do Prêmio Camões e presidente do júri.
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Itamar Vieira Junior |
Torto
Arado, cuja edição brasileira foi publicada pela Todavia,
narra a vida dos trabalhadores rurais da fictícia Água Negra, uma fazenda na
região da Chapada Diamantina, interior da Bahia. Os trabalhadores de Água Negra
não recebem salário para arar a terra, apenas morada, ou melhor, o direito de
construir casebres de paredes de barro e telhado de junco (construções de
alvenaria são proibidas), e o direito de cultivar roças no quintal, quando não
estivessem plantando e colhendo cana-de-açúcar e arroz nas terras do patrão. Só
ganham algum dinheiro quando vendem na feira a abóbora, o feijão e a batata que
cultivam no quintal ou quando conseguem a aposentadoria rural.
Quanto a Os Sete
Maridos de Evelyn Hugo, a história diz respeito a uma lendária estrela de
Hollywood chamada Evelyn Hugo. Ela sempre esteve sob os holofotes – seja
estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou,
simplesmente, aparecendo com um novo marido... pela sétima vez. Agora, prestes
a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a
famigerada atriz decide contar a própria história – ou sua "verdadeira
história" –, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante
e até então desconhecida, seja a entrevistadora.
Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem
repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso – e que suas trajetórias
podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.
Acabei me interessando por essa obra por dois motivos:
primeiro porque a sua autora escreveu também o mega-sucesso Daisy Jones & The Six que foi muito elogiado
por críticos e público. O segundo motivo é que enredos sobre bastidores de
cinema, principalmente da época de ouro de Hollywood – mesmo que os personagens
sejam ficcionais – sempre me atraíram. Adorei os filmes “Crepúsculo dos Deuses”
(1950) e ED Wood (1994) e agora, pretendo ter a mesma atitude com os livros. Os Sete Maridos de Evelyn Hugo será a
minha primeira leitura do gênero. Espero que goste, da mesma forma que gostei
dos filmes.
Inté!
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