Desde criança sou apaixonado pelos enredos criados
por Alexandre Dumas. Já li, praticamente, todos eles ou pelo menos os mais
conhecidos. A minha iniciação ficou por conta de Athos, Porthos, Aramis e
D’Artagnan, depois vieram Edmond Dantès, o Visconde de Bragelonne, o Homem da
Máscara de Ferro e por aí afora. Mas
confesso que de todas as histórias escritas pelo autor francês, a que mais
prendeu a minha atenção foi O Conde de
Monte Cristo. Que livro!
Box da Zahar |
Por isso, a minha próxima meta é adquirir o livro
com o texto original para que novamente possa viajar com as aventuras de
Dantès, o nosso Conde de Monte Cristo. Pretendia adquirir a obra já neste mês,
mas como já havia comprado dois livros e alguns apoiadores de estantes, o meu
orçamento acabou pipocando. Desta forma terei de esperar o fechamento da fatura
que acontece no fim de maio para comprar o meu sonho de consumo, o qual aguardo
ansiosamente.
Ao saber do texto original comecei a pesquisar nas
redes sociais peculiaridades sobre o mesmo e onde podia encontra-lo. Fiquei
sabendo, inicialmente da edição de luxo da editora Martin Claret, lançada em
novembro de 2017 e confesso que balancei. Cara, a publicação é um show!
Edição da Martin Claret: Capa vermelha original e as duas jaquetas azul e branco |
O livro é praticamente uma edição para
colecionadores e apaixonados por clássicos, tamanha sua qualidade editorial. Em
formato 16×23, o livro tem jaqueta dupla, ou seja, você pode escolher qual capa
quer exibir em sua estante. Lembrando que a cor original da capa dura é
vermelha. A tradução foi feita diretamente do francês por Herculano
Villas-Boas, tradutor formado em Filosofia pela USP e mestre em Letras e Teoria
Literária pela UNICAMP.
O que quase fez com que comprasse o lançamento da
Martin Claret foi a tradução de Villas-Boas que recebeu muitos elogios dos
leitores. E cá entre nós: tradução de uma obra é um ‘negócio’ muito importante,
aliás, um ‘negócio’ fundamental. Cada vez mais o trabalho dos bons tradutores é
indispensável. Esse cuidado por parte das editoras vai separar o que tem
qualidade daquilo que fica próximo de uma tradução como se fosse via Google
Translator. Por isso, a editora que não tomar os devidos cuidados corre o risco
de ver sua marca perder credibilidade.
Volume 1 do box da Zahar |
Mas acontece que o número de páginas do livro me
assustou: 1.304!! Outro detalhe que acabou abalando a minha vontade de comprar
a obra foi a capa original na cor vermelha que não gostei, achei simplória
demais para uma edição de colecionador, além das jaquetas que não ajudaram. Na
minha opinião, elas ficaram um pouco esquisitas: a ilustração traz uma peça de
xadrez que reproduz uma sombra com detalhes em vermelho (representando sangue)
e azul tendo no cone um crucifixo. Quanto a fonte das letras da jaqueta, também
não ajudaram. Mesmo assim, estava disposto a esquecer esse detalhes e comprar o
livro, mas então, poucos dias depois, tomei conhecimento da edição, também
luxuosa, da Zahar lançada um ano antes (2016) e... quase tive um piripaque.,
mas um piripaque de emoção, de alegria.
A Zahar arrasou. Sente só: box ultra luxuoso
contendo dois volumes em capa dura; caixa resistente com uma textura areosa
contendo a ilustração de uma cela em formato de calabouço representando
fielmente o que está escrito no enredo de Dumas, ou seja, a prisão desumana do
Castelo de If onde Edmond Dantès ficou encarcerado durante 14 anos.
Volume 2 do box da Zahar |
Quanto aos dois livros que fazem parte do box, só me
resta dizer que são shows de bola. A ilustração da capa do primeiro volume com
detalhes em azul, roxo e preto representa o momento em que Dantès, cercado por
alguns guardas, é levado num barco para a prisão do Castelo de If. Já a capa do
segundo volume, a cor vermelha, em vários matizes, predomina representando uma
espécie de pôr do sol. Ao fundo, em preto, vemos o Conde de Monte Cristo já com
todo o poder que o tesouro descoberto lhe proporcionou, além da imagem, em
segundo plano, do Castelo de If.
A lombada dos dois livros é da cor escura, mas em
tecido deixando os livros ainda mais charmosos e principalmente resistentes,
sem o risco de ficarem soltando páginas. Ah! Antes que mês esqueça, trata-se de
uma edição ilustrada e comentada com notas de rodapé. É mole?!
Fiquei muito feliz porque nesta publicação da Zahar
as mais de 1.300 páginas foram divididas em dois volumes o que nos dá a ilusão
de um calhamaço de páginas bem menor.
Pois é galera, só restava um detalhe fundamental para
decidir se optava pela Zahar ou Martin Claret. Este detalhe se chamava
tradução.
E lá vou eu investigar. Cara, a tradução da Zahar
feita por Rodrigo Lacerda e André Telles, fãs de longa data de Dumas, ganhou o
prêmio Jabuti de tradução! Vale lembrar que a partir de 1978 o prêmio Jabuti
passou a ter a categoria tradução.
Será que preciso dizer mais alguma coisa? Pronto! A
minha decisão já estava tomada: coloquei no carrinho de compras o box com os
dois livros da Zahar. E quer saber mais? Não esperei fechamento da fatura do
meu cartão de crédito; ao concluir essa postagem, já inclui os R$ 141,00 do box
mais o valor do frete no orçamento desse mês.
O importante é que fiquei muito feliz com a compra.
Inté!
6 comentários
O Conde também está na minha lista de desejos. Não comprei antes por que tenho o ebook da Zahar, que me serve muito bem, mas confesso que a edição da Martin Claret está tentadora! Inclusive gostei bem mais da capa vermelha (antiquada) do que das capas dos dois volumes da Zahar.
ResponderExcluirOlá Bianca,
ExcluirA divergência de opiniões e o debate em alto nível é muito importante e salutar. Com certeza muitas outras pessoas, como você, também gostaram muito mais da edição da Martin Claret, incluindo a capa vermelha da qual não fiquei tão fã.
Grande abraço e volte sempre!
Nossa! 1.300 páginas! Já tô te considerando um herói de conseguir ler tudo isso, he, he! Confesso que livros com mais de 500 páginas me assustam. Não sei, sabe que amo ler, mas acho que gosto de variar, por vezes estou lendo três livros ao mesmo tempo. Talvez por isso acho que não conseguiria um livro de mil páginas, a não ser que fosse uma série, com vários volumes, quem sabe.
ResponderExcluirMas vamos ao assunto: Adoro capas e você perguntou a edição de que editora compraríamos. Como disse adoro capas e seria mais nisso a minha escolha, no caso eu também escolheria a edição que você comprou.
Por que? No caso da Martin Claret, a capa vermelha não me incomodou, pelo contrário, achei linda. E a ideia das duas jaquetas, genial. Mas foi nas ilustrações das mesmas que como você acho que eles se equivocaram. Não gostei nem um pouco dessa coisa mais estilizada. Nada relacionado a um livro capa-espada e nesse ponto a Zahar acertou em cheio. Ilustrações lindas, relacionadas à história, sem falar na praticidade da divisão em dois volumes.
Abraçoooo....
do Atas
E aí meu amigo, como você está? Espero que muito bem.
ExcluirSabe Atas, "O Conde de Monte Cristo" também pode ser considerado uma saga literária, como outras séries, como por exemplo "O Senhor dos Anéis", "Crônicas Saxônicas", "As Crônicas de Artur" e muitas outras. A diferença é que os editores contemporâneos optaram por juntar tudo num livro só ou no máximo, dois. A prova de que o romance pode ser considerado uma série ou saga é que ele foi publicado originalmente como folhetim, entre agosto de 1844 e janeiro de 1846.
O seu enredo se encaixa, perfeitamente dentro do contexto de sagas, além dos mais, o calhamaço de páginas é dividido em capítulos e e subcapítulos. Por isso, você pode parar em determinados pontos da história e continuar a leitura algumas semanas depois, enquanto lê uma outra obra. Se bem, acredito que se você começar a ler "O Conde de Monte Cristo" ficará muito difícil largar o livro sem antes concluí-lo.
Recomendo demais essa obra. Você não irá se arrepender.
Grande abraço!
Olá, José Antônio.
ResponderExcluirVocê me salvou com essa postagem, estava também em grande dúvida sobre qual dos dois escolher. Até o momento, prefiro adquirir o box da Zahar, me parece mais bonito, e por ser dividido em dois volumes, melhor para segurar o livro enquanto lê. Porém, se for adquirir o livro para presentear o meu namorado, talvez escolha a edição da Martin Claret, que ele adorou. No fim das contas, agora a decisão será apenas a finalidade da compra, porque irei adquirir de qualquer forma hahaha...
Muito obrigada pela sua avaliação, me ajudou muito!
Chic, Amanda! Fico feliz em poder ter ajudado. Grande abraço!
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