Nestes tempos de Covid-19, os livros sobre pandemias
mortais que assolaram a humanidade, ao longo de décadas, continuam viralizando
nas livrarias virtuais causando um verdadeiro furor nos leitores. Dois desses
vírus do passado que voltaram com tudo às livrarias foram os da gripe espanhola
e da peste bubônica. O primeiro levou pânico para a população mundial no
período de 1918 a 1920, já o segundo, conhecido pelas alcunhas de “peste negra”,
“grande peste” ou simplesmente “praga”, matou entre 30% a 60% da população da
Europa entre 1347 a 1351.
Agora, a editora Intrínseca decidiu resolver esse
problema, colocando no mercado editorial um novo livro sobre o tema. Trata-se
da obra A Grande Gripe que chegou às
livrarias no dia 18 de maio e apesar do pouco tempo nas prateleiras já entrou
na lista dos livros mais vendidos da semana.
Em A Grande
Gripe o historiador e pesquisador John M. Barry da Universidade Tulane, na
Louisiana, descreve os eventos que desencadearam o surto da temível gripe
espanhola, mostrando os esforços da comunidade científica para combatê-la. Além
disso, faz uma análise extremamente atual sobre como situações desse tipo estão
diretamente relacionadas à política, ao poder, à ciência e, em especial, ao
acesso à informação.
Barry, inclusive foi entrevistado no programa
Fantástico da Rede Globo que levou ao ar no dia 29 de março uma reportagem
especial sobre a doença. O seu livro foi citado nessa reportagem como sendo referência
sobre o assunto; um motivo a mais para os leitores o adquirirem. Outro motivo é
que A Grande Gripe foi premiado pela
Academia Nacional de Ciência do Estados Unidos.
Segundo a maioria dos críticos literários americanos, Barry
não se circunscreve à narrativa pura e simples do que foi a gripe espanhola.
Seu livro é um tratado sobre geopolítica e história militar, sobre as pandemias
e as lutas em busca de vacinas e remédios; é, ainda, um voo fascinante pela
evolução de vírus e bactérias, e pela saga dos cientistas que os desvendaram —
sobretudo nos Estados Unidos.
Historiador, pesquisador e escritor John M. Barry |
O historiador e pesquisador narra como um surto que
começou em uma unidade militar dos Estados Unidos foi capaz de parar a Europa
durante a Primeira Guerra Mundial. Ele relata como a ciência correu contra o
tempo para neutralizar o vírus, mas como a pandemia deixou 100 mil mortos em um
ano.
Estima-se que no período de 1918 a 1920 cerca de 50
milhões de pessoas tenham morrido daquela que ficaria conhecida na história
como gripe espanhola.
Pois é galera, mesmo tendo iniciado nesta semana a
maratona de mais de 1.300 páginas de O
Conde Monte Cristo de Alexandre Dumas, já inclui A Grande Gripe em minha
lista de compras e leituras futuras.
Inté!
Postar um comentário