A Peste Negra

21 abril 2020

Apenas mediano; e para ser sincero, bem na marra. A Peste Negra é cheio de altos e baixos, tanto é que pensei em abandonar a leitura algumas vezes. O que me impediu foram justamente as partes interessantes da obra que é dividida em dois núcleos: científico e conspiratório. Vou explicar melhor.
Os autores John S. Marr e Gwyneth Cravens abordam a chegada fulminante em Nova York, na década de 1970, de uma terrível epidemia de peste bubônica. A mesma doença que dizimou parte da população nos séculos VI e XIV e que ficou conhecida como “A Peste” ou “A Peste Negra”.
Pois é galera, enquanto os autores estão focando no trabalho da equipe de cientistas, pesquisadores e autoridades sanitárias de Nova York que tentam conter o avanço da epidemia, bem como descobrir algum medicamento eficaz que combata a peste, o enredo torna-se muito atrativo e a leitura flui facilmente. 
Cara, é sufocante ver o avanço da doença que vai ceifando milhares de vidas e levando o caos social para uma das maiores cidades do mundo, modificando a rotina de vida dos seus moradores. O trabalho da equipe de pesquisadores comandada por David Hart que é diretor do Departamento de Prevenção de Doenças Contagiosas de Nova York é contagiante; como se o leitor estivesse ali no meio do grupo tentando encontrar soluções para o avanço da peste negra. Mas então... chega a parte conspiratória e estraga tudo. Para variar, os militares do Pentágono comandados pelo Secretário de Segurança Pública dos Estados Unidos chamado Cosgrove – um personagem chato pra caráculas - além do diretor da CIA, Marks – outro personagem mais chato ainda - acreditam que a chegada da peste foi obra dos cubanos que teriam utilizados espiões para disseminar a doença entre os americanos. Vale lembrar que o livro foi escrito em 1977, uma época em que as relações entre americanos e cubanos ainda continuavam um pouco estremecidas.
O livro é escrito em capítulos intercalados, ora núcleo dos cientistas, ora núcleo dos militares. Juro que toda vez que Cosgrove e Marks cdavam as caras n o enredo, tinha vontade de encerrar a leitura, ir até a minha estante e escolher um outro livro, mas então, me lembrava dos momentos de tensão enfrentados pela equipe de David Hart que além de ‘espernearem’ para conter o avanço da peste bubônica, ainda tinham de localizar todas as pessoas que mantiveram contato com o chamado ‘Paciente Número 1’, aquele que trouxe a doença para Nova York após ter realizado uma viagem para uma região campestre infestada da enfermidade.
Putz, malditos Cosgrove e Marks que estragaram uma história que tinham tudo para ser excelente.
Por isso, como já disse acima, apenas razoável.


Postar um comentário

Instagram