Edição da Martin Claret |
Há quase duas semanas escrevi um post sobre o livro
“A Volta ao Mundo em 80 Dias” de Júlio Verne (ver aqui) e hoje, cá estou eu,
novamente, para resenhar outra obra do autor que marcou a minha vida de leitor
não só na adolescência, mas também na fase adulta. Estou me referindo a “Vinte
Mil Léguas Submarinas”.
Antes de ter lido “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, já
tinha devorado a saga do famoso Capitão Nemo, há mais de 40 anos, após ter
fuçado no armário secreto de meu irmão mais velho (ver aqui) e ter descoberto
uma edição da Melhoramentos que fazia parte da coleção Obras Célebres”, lançada
na década de 1960. O livro era recheado de gravuras e mesmo após tanto tempo,
ainda me lembro que viajei no enredo fantástico criado por Verne. Era como se
estivesse ali, dentro do submarino Nautilus viajando com todos os seus personagens.
Infelizmente, com o passar dos anos, acabei perdendo esse livro. Sinceramente
não sei onde foi parar; uma pena.
Depois de tanto tempo, bateu aquela vontade de reler
a obra de Verne. Não me peça para explicar a origem dessa vontade. Ela
simplesmente surgiu, assim, de repente.
Bem, antes que esse desejo acabasse ou perdesse a força, decidi locar o livro na biblioteca municipal da minha cidade, ao invés de compra-lo.
Bem, antes que esse desejo acabasse ou perdesse a força, decidi locar o livro na biblioteca municipal da minha cidade, ao invés de compra-lo.
Emprestei uma edição da Martin Claret, lançada em
2011, e que viagem!! À exemplo de “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, a história de
“Vinte Mil Léguas Submarinas é fantástica. Não consegui desgrudar-me do livro.
Li em apenas dois dias. Putz, matei saudades da minha pré-adolescência!
Cena do filme produzido pela Disney em 1954 |
Na minha opinião, o escritor francês conseguiu criar
o seu enredo mais instigante e misterioso fazendo do leitor um verdadeiro
refém. Cara, você mergulha de cabeça na aventura do professor Aronnax que
assume a responsabilidade de eliminar um terrível “monstro marinho” que vem espalhando
o terror nos mares; então, no momento em que o submarino Nautilus e o icônico
Capitão Nemo entram em ação, os mistérios começam a ser desvendados e as
surpresas aparecendo. Tudo regado a muita aventura.
Edição da Melhoramentos que li na adolescência |
Em “Vinte
Mil Léguas Submarinas”, Verne concebe um submarino chamado Náutilus –
uma magnifica criação de engenharia e que no século XIX poderia ser encarada
como futurista. O submarino, completamente autônomo do meio terrestre, é movido
somente a eletricidade. O engenheiro e dono de tal feito, é o estranho e
solitário Nemo que, com sua tripulação, cortou qualquer relação com as nações e
com a humanidade. Vivem somente do que o mar lhes dá - a comida, a matéria
prima que necessitam para a produção de eletricidade, tudo vem do mar.
Em determinado momento, os destinos do professor
Aronnax e do Capitão Nemo se cruzam e partir daí, a leitura fica ainda melhor.
A história é contada sob o ponto de vista de Aronnax
e através dos seus olhos conhecemos inúmeras maravilhas espalhadas pelos
oceanos ao redor do mundo, como por exemplo o continente perdido de Atlântida.
Um dos momentos de maior tensão é o ataque de um polvo gigante ao submarino
Nautilus. Ufaaa! Esta passagem deixa evidente como Verne era mestre em narrar
momentos tentos com grandes pitadas de aventura.
Enfim, galera, um livro incrível e que merece ser
relido.
Ah! Antes que me esqueça. “Vinte Mil Léguas
Submarinas” teve 13 adaptações para os cinemas, entre longas e curtas
metragens, além de animações, mas acredito que a mais famosas de todas foi a de
1954 produzida pelos Estúdios Disney com Kirk Douglas no papel do professor
Aronnax e James Mason como o Capitão Nemo.
Taí, leiam o livro e aproveitem, também, para
assistir ao filme. Dois programões.
Inté!
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