Você se lembra da primeira ‘coisa’ proibida que 'aprontou'
em sua infância? O primeiro cigarro que fumou junto com alguns colegas do
ginasial, escondidos debaixo de uma ponte? O primeiro trago ingerido naquela
festa de arromba quebrando assim o protocolo de proibição de sua mãe? No meu
caso, o fato proibido que marcou o finalzinho de uma infância bem vivida foi a ‘invasão’
do armário secreto de meu irmão mais velho.
Venho tentando escrever esse post já há algum tempo,
mas tenho protelado por vários motivos, entre os quais, o mais óbvio de todos: a descoberta de um segredo ‘milenar’ por parte do Carlos,
algo que ele viria saber a partir do momento que lesse esse texto. Então fui adiando, adiando, até que
decidi escrever. Depois me entendo com ele. Bem... e conhecendo-o do jeito que conheço,
certamente, daremos boas risadas daqueles tempos.
Como já escrevi em posts anteriores (aqui), meu irmão tinha
um armário onde guardava as suas bugigangas com todo esmero. Cara, tinha de
tudo por lá: cartas e fotos de namoradas, livros didáticos, revistas, enciclopédias,
troféus, álbuns de figurinhas e o escambau à quatro. Uma verdadeira sala
secreta de Hogwarts! O espaço maior era ocupado por um número
infindável de Best-Sellers, de bolso, brochura, capa dura, mole e etc mais etc. Eu
sabia que ali havia um verdadeiro Oasis à ser explorado; não com água fresca, cercada de coqueirais e mata virgem, mas dotado de um
‘manancial’ de livros à ser devorados.
Ocorre que o mano tinha um ciúmes enorme desse
“Oasis” e o guardava com a sua própria vida, não deixando ninguém chegar perto; mas após
várias ‘campanas’ acabei descobrindo onde ele escondia a chave. A partir daí,
teve início a ‘coisa’ proibida mais gostosa que fiz em toda a minha
infância: explorar aquele Oasis e que Oasis!!
Hoje irei compartilhar com vocês todos os segredos de um armário maravilhoso que me proporcionou momentos muito especiais.
Os seus segredos eram tão sedutores que eu não via a
hora de terminar as aulas do período matutino para poder invadir aquele espaço mágico
e começar a viajar no mundo maravilhoso da leitura ali existente. Caramba! Depois
do almoço, passava horas e horas sentado no sofá da sala me deliciando com o
conteúdo do tal Oasis. E vamos à eles!
01 – Vinte Mil Léguas Submarinas (Julio Verne)
Antes de tudo, prestem atenção na capa da obra de Julio Verne publicada pela Edições Melhoramentos porque foi
ela que me introduziu no fantástico mundo submarino idealizado pelo escritor francês.
Esta capa da coleção Obras Célebres me hipnotizou logo
na primeira vez que a vi. Não sabia quem era Julio Verne, não sabia do sucesso
de Vinte Mil Léguas Submarinas, não sabia do filme com Kirk Douglas e James
Mason, enfim, não sabia nada de nada desse ‘mundo’. Mas as gravuras de Walt
Disney, principalmente da capa e sobre-capa me seduziram tanto que acabei
mergulhando de olhos fechados na saga do Capitão Nemo e do seu fantástico
submarino Nautilus.
Com certeza a minha iniciação nos livros de
Verne aconteceu com “Vinte Mil Léguas Submarinas”. E tudo começou com uma capa.
Quando soube que o ‘manão véio de guerra’ vinha
comprando vários livros da coleção “Obras Celébres” comemorei muito, pois tinha certeza de que ao abrir o armário mágico encontraria capas e histórias
maravilhosas. E foi assim que aconteceu com Moby Dick, Robson Crusoé e Os
Irmãos Corsos. Ah.... Os irmãos Corsos... mas isso é assunto para o sub-post
abaixo.
02 – Os Irmãos Corsos (Alexandre Dumas)
Taí uma nova história de amor platônico por uma
capa. Depois de “Vinte Mil Léguas Submarinas” me apaixonei pelo livro de
Alexandre Dumas. Sei lá, a gravura daqueles três espadachins - entre os quais, dois irmãos gêmeos - se degladiando e com
um dos irmãos caído, já morto, com um ferimento no pescoço me chamou a atenção. Na época minha mãe dizia que aquela gravura não deveria fazer
parte de uma obra infanto juvenil. Ah! Antes que me esqueça: mamãe conhecia o meu segredo, ou seja,
sabia da invasão ao armário secreto do Carlos, mas tudo bem, acabou se
tornando minha cúmplice.
As gravuras que abriam os capítulos do livro “Os
Irmãos Corsos” da coleção Obras Célebres também eram fantásticas. Recordo do mordomo da família De
Franchi segurando dois bebês no colo – um em cada braço – enquanto corria por
um corredor tentando escapar de alguém e me lembro ainda da gravura de um dos
irmãos gêmeos (Luís) tombando em duelo após receber um tiro.
O curioso é que na história de Dumas não havia duelo
de espadas, mas apenas de revólveres, destoando dos motivos da capa das Edições
Melhoramentos. Mesmo assim, aquela gravura colorida me incentivou a ‘devorar’ a
saga dos dois irmãos 'De Franchi'.
03 – Brigitte Montford (Lou Carrigan)
Para aqueles que quiserem conhecer mais à fundo a
história de Brigitte Montfort (codinome Baby) recomendo a leitura desse artigo
(aqui) que escrevi há algum tempo. Agora, não pretendo falar sobre a origem
dessa mulher estonteante e ao mesmo tempo fatal, porque todos os elogios e
homenagens que tinham para ser feitos, já foram feitos; inclusive até sonhei com um
filme dedicado à musa o que originou um post com as atrizes ideais para
interpretá-la no cinema (veja aqui).
Neste momento só quero agradecer ao armário secreto
do Carlos que me apresentou essa mulher capaz de enlouquecer qualquer homem com
a sua beleza. Putz, Benício, não precisava caprichar tanto nos traços da moça!
Para quem não sabe, José Luiz Benício da Fonseca ou simplesmente, Benício foi o
desenhista que criou os traços voluptuosos e sedutores de Brigitte.
Lia os livros de bolso da coleção ZZ7 da Editora
Monterrey com as histórias da espiã da CIA, geralmente a tarde. Creio que li todos
aqueles que existiam no armário, não sobrou nenhum. Ficava de prontidão
quando o mano chegava do trabalho no início de noite, curioso para saber
se ele havia comprado mais algum pulp fiction de Baby para que pudesse
lê-lo no dia seguinte.
Gostava tanto dos enredos criados por Lou Carrigan e
dos traços desenvolvidos por Benício que em apenas dois dias já concluía a
leitura. As histórias que mais marcaram – tanto é que até hoje me lembro de
vários detalhes do enredo - foram “A Pitonisa”, “O Mundo me Ensinou a Pecar” e
“Uma espiã em Órbita”.
04 – O Coyote (José Mallorquí)
Depois de Brigitte Montfort, “El Coyote” era o meu
pulp fiction preferido.Cara, cada história!! O justiceiro mascarado não perdoava!
Se o Zorro tinha como marca registrada um “Z” cravado no peito do inimigo; o
Coyote era muito mais radical. Ele, simplesmente, ‘queimava’ a orelha do
adversário. Explico melhor: o herói californiano atirava na orelha daqueles que
ousavam cruzar o seu caminho. Etcha pontaria certeira!! Assim, se alguém
visse um pistoleiro com a orelha mutilada, com certeza o pobre homem
tinha acabado de cruzar o caminho de El Coyote e o chamado para um desafiado.
Como o Carlos era fã do Coyote. Acho que de todas
as bugigangas adoráveis existentes em seu armário secreto, os livros de bolso
do justiceiro californiano eram o seu maior xodó. Por isso mesmo, o menino
aqui, era cuidadoso ao extremo quando explorava o local. Depois que
concluía a leitura, procurava deixar a coleção dos livrinhos do jeito que os
encontrava. Todo cuidado era pouco (rs).
Se você se interessou pela história desse herói
emblemático que conquistou toda uma geração de leitores, basta acessar aqui e
ler um post especial que escrevi sobre o mascarado, contando detalhadamente a
sua origem, além de curiosidades sobre o pulp fiction. Fiquem à vontade!
05 – As Aventuras de Hans Staden (Monteiro Lobato)
Como já escrevi um post sobre esse livro, prometo
que serei breve. "As Aventuras de Hans Staden" escrito por Monteiro Lobato foi uma das últimas
descobertas que fiz no armário secreto. Quando já havia explorado de tudo,
desde gibis até livros, passando por álbuns de figurinhas e enciclopédias, eis
que cai em minhas mãos essa jóia rara.
O livro narrado por Dona Benta, conta numa linguagem
fluida e de fácil entendimento a história de um explorador alemão chamado Hans Staden que fora aprisionado pelos índios tupinambás
no litoral fluminense, em 1554. Depois de ter voltado para casa, escreveu,
provavelmente, um dos primeiros best-seller sobre o Novo Mundo.
Lobato fez uma adaptação
para as crianças e que foi lançada pela Melhoramentos que caprichou e muito. A
obra tinha capa dura e várias ilustrações, mas o que chamava a atenção era a
gravura da capa com o personagem agarrado numa tora, tentando escapar
de um naufrágio.
Taí, mais uma história de
amor platônico por uma capa que me induziu à leitura da obra. E não me
arrependi.
06 – Conhecer
(Enciclopédia – fascículos)
O meu irmão mais velho colecionava
muitas enciclopéidas. Quase todos os dias, lá estava ele chegando em casa com
vários fascículos de Conhecer, Os Bichos, Nosso Século, Medicina e Saúde. Estas
são as que eu me lembro. De todas elas, a que mais me chamava a atenção era
“Conhecer”. Caraca, que enciclopédia! Ela te seduzia em tudo, como uma mulher
do tipo Brigitte Montfort parada em sua frente, fazendo biquinho com os lábios,
lhe pedindo para beijá-la apaixonadamente. Uhauuu! Demais! Que alegria ao ver o
mano chegando com um novo fascículo de “Conhecer”.
Acho que ele percebia
a minha ansiedade, porque certo dia – me lembro como se fosse hoje – o manão
retirou alguns fascículos da famosa enciclopédia do interior de seu armário e
me entregou para que eu lesse. – “Zé, cuidado heinn! Se eu perceber alguma rasura,
acabou a festa”. Depois da pseudo-bronca, ele deu um sorriso e acrescentou:
“Divirta-se!!”. Mêo!! Não acreditei! Milagre! Milagre! Ele simplesmente
entregou nas minhas mãos o seu maior sonho de consumo. É verdade! De todas as
enciclopédias que ele estava colecionando, “Conhecer” foi a única que fiz
questão de concluir tim tim por tim tim. Você pensa que é moleza montar uma
enciclopédia de treze volumes formada por 180 fascículos? Acredite amigo, o
manão conseguiu. E apesar de todo o esmero com essa enciclopédia da Abril, ele
não fez questão que um menino de apenas 13 anos manuseasse tal tesouro.
Os artigos de “Conhecer” me
transportavam para o mundo mágico do saber. Eles eram muito interessantes e o
melhor: redigidos numa linguagem simples, sem rebuscamentos. As capas, então, eram um
show a parte. A vontade que eu tinha era a de penetrar naquelas gravuras para
fazer parte do tema. Queria me 'auto-transportar' para aquele mundo tão magicamente
ilustrado.
Quando o meu irmão
concluiu a montagem dos treze volume, eu praticamente já tinha lido todos os
fascículos da enciclopédia.
Que saudades!
07 – Kripta (Revista de
terror)
Brrrrrrrrrrr!!! As revistinhas
de terror da Kripta me faziam tremer até os ossos. O grande mano começou a
adquirir as publicações, tão logo elas começaram a ser publicadas no Brasil
pela Rio Gráfica Editora (atual Editora Globo), se não me engano no final de
setembro de 1976. Nesta época, eu já era um pré adolescente com os meus 15 anos
e já havia ganhado certa intimidade com o famoso armário secreto, mas mesmo
assim, apreciar-me com as histórias de terror da Kripta, confesso, era muito
difícil, uma verdadeira aventura. Tinha que fazer isso escondido, já que tanto
minha mãe quanto o manão achavam que aquele tipo de leitura e ilustrações não
eram apropriadas para mim. Então, só restava fazer isso escondido.
Valia de tudo: lia no banheiro; com a porta do meu quarto fechada, simulando
que estava estudando para prova; sozinho em casa quando não havia ninguém; e
por aí afora. Mas li todos os exemplares adquiridos; não eram
muitos, mas li e gostei.
“Kripta” tinha em média
60 ou 70 páginas e o forte, de fato, eram as ilustrações de suas capas que
metiam muito medo naquela época. Foram 60 edições publicadas no Brasil até 1981. A revista durou
aproximadamente cinco anos – pelo menos por aqui – mas nesse período se
transformou numa verdadeira febre, sendo considerada até hoje, a melhor revista
do gênero publicada no Brasil.
Se você, assim como eu,
foi um dos fãs dessa revista, sugiro que leia esse post que publiquei no
blog sobre as tão propaladas
“revistinhas” de terror que marcaram época.
08 – O Machão (Harold
Robbins)
Os livros de Harold
Robbins também tinham espaço cativo no armário secreto. E como tinham! O mano
era fã número um desse autor e fazia questão de comprar os seus livros. Na
década de70 estava na moda as famosas edições de bolso com capas cafonérrimas e páginas em papel jornal, mas apesar dessas limitações físicas,o enredo das
histórias convencia e a galera comprava os tais “livrinhos” aos borbotões.
Posso afirmar que obras
como “79 Park Avenue”, “O Garanhão” e “O Machão” fizeram parte da minha vida de
leitor compulsivo (rs), graças ao tal armário.
O livros de Robbins que
mais curti, sem dúvida nenhuma foi post. Tudo bem que seja um daqueles
dramalhões baratos, mas sei lá... gostei. Tanto é que não me esqueci da capa do
livro e muito menos da história.
09- O Moço e seus
Problemas (Harold Shryock)
Não cara, não deu. Juro que estava além das minhas forças encarar esse trucão. Palavra de homem – um moleque ainda naquela época - que
lutei com toda disposição, mas parei nas primeiras páginas. O livro é
brabo! Talvez um dos piores de toda a história da literatura. Fico imaginando o
mal que ele fez para a cabeça de muitos jovens que arriscaram a sua leitura
naqueles tempos.
Parei de lê-lo porque o achei muito surreal e apesar
da minha pouca idade não conseguia engolir o que o seu autor, um médico chamado
Harold Shryock expunha como verdades intocáveis. Então, fiquei com raiva do
cara e do seu livro por conter tantas baboseiras e acabei parando a leitura.
Mais tarde fiquei sabendo que o mesmo médico também havia lançado um livro direcionado só para as meninas, chamado “A Moça e seus
Problemas”. Enquanto o livro endereçado aos homens tinha a capa azul clara, o
das mulheres era cor de rosa. Lembro-me bem do capítulo inicial onde Shryock se
refereia à masturbação. Na versão masculina, o autor dizia que “a masturbação
não deve ser praticada. Ela consome a reserva de força vital, deixando o
indivíduo cansado, apático e alquebrado”. E como brinde, ele acrescentava que
tal pratica podia levar os jovens à loucura, ‘ganhando graves transtornos
mentais' . Dizem que o livro das moças dedicava mais páginas a criticar a
masturbação e o fazia com um tom mais apavorante. O autor afirma que para evitar
os “efeitos trágicos” da masturbação, é importante que a adolescente não passe
muito tempo sozinha. Shryock chega a dizer que as jovens masturbadoras ficam
privadas “de grande parte da alegria de viver”.
Hoje entendo o posicionamento do autor, já que o
livro foi publicado em 1954, uma época onde predominavam vários tabus sobre o
sexo; mas que ele pegou pesado, isso pegou!
Caraca, como esse livro foi parar no armário secreto
do mano?? Quem foi o autor do crime?? Kid Tourão? O manão ‘véi’ de guerra? Ou
será que foi presente de alguém? Se foi presente, quem deu a ‘precisoidade pro
mano? Chega mêo! Chega de conjecturas infestadas de curiosidades (rs).
10 – Almanaque do Biotônico (Almanaques de farmácia)
Quem tem mais de quarenta anos não há como deixar de
gostar daqueles almanaques que eram distribuídos gratuitamente nas farmácias.
Eles eram editados pelos laboratórios como forma de divulgar os seus produtos e
repassados para os farmacêuticos ou donos de farmácias que, por sua vez, os
distribuíam aos seus fregueses.
O mais famoso de todos era o almanaque do Biotônico
que continha de tudo um pouco: piadas, charadas, calendários, fases da lua,
dicas de saúde, receitas culinárias, cartas melodramáticas, jogo dos sete
erros, caça-palavras, calendário agrícola, horóscopo, santos do dia, oráculo e,
lógico, propagandas de remédios.
My brother tinha o hábito de colecionar esses manuais,
principalmente os do Biotônico. Resultado: o seu armário ficava abarrotado dos
‘livrinhos’ que eu adorava.
Gostava tanto desses almanaques que até hoje sinto a
sua falta. Prometo que brevemente farei um post exclusivo sobre eles para
homenageá-los. Afinal de contas os livrinhos de farmácia merecem!
Taí galera! Espero que tenham gostado e curtido as
velharias do armário do mano. Velharias que para mim foram tão especiais e
marcantes.
Inté!
4 comentários
Adorei a postagem, Jam!
ResponderExcluirDe fato, é impagável a nostalgia de lembrar e rever as coisas que nos foram mascantes no passado. Porém, como sou filho único, nunca tive oportunidade de "invadir" o armário secreto de irmão nenhum. Kkkkk
Só achei uma pena você não ter falado de Tex, que, conforme tinha citado num comentário de um post anterior, também possuía o hábito de lê-lo.
Valeu, até a próxima!
Obrigado Tex;
ExcluirQuanto ao Ranger mais famoso do velho oeste - pra vc ter uma idéia de como curtia o 'cara' - o mano não era muito chegado em revistas de faroeste, por isso comprava poucas, mas comprava; por isso eu cheguei ao ponto de adquirir com meu salário - ínfimo na época, mais para mesada - algumas revistinhas do Tex, cuja capas havia curtido de montão. Lí muito pouco do sujeito, mas o pouco que li adorei!
Valeu!!
Quase tão bom quanto encontrar Harold Robbins no armário do irmão é encontrar algo sobre seus livros em um blog. É muito difícil encontrar resenhas de livros do Harold. Adorando esse recanto.
ResponderExcluirhttp://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/
De, fato, é difícil encontrar posts comentando a obra de Harold Robbins.
ResponderExcluirApós décadas, ainda tenho alguns seus livros guardados.
Quanto ao seu blog, visiteio-o hoje à noiter, muito bom!!