O Médico e o Monstro (O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde)

29 abril 2016
Fico imaginando a expressão de surpresa dos devoradores de livros europeus e americanos do século XIX ao concluírem a leitura de “O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde” que décadas depois seria lançado no Brasil com o título de “O Médico e o Monstro”. Temos que entender que na época da publicação do romance de Robert Louis Stevenson, o enredo envolvendo um médico distinto e educado que após beber uma poção acaba se transformando num ser bestial e violento era inédito, ou como queiram completamente virgem de spoilers. E a magia da obra do escritor escocês está justamente no mistério que envolve os dois personagens: Dr. Jekyll, o bonzinho, e Mr. Hyde, o sujeito mau.
O leitor só irá descobrir que os dois são um só perto do final do livro – antes que me excomunguem por ter revelado um spoiler fatal, lembrem-se que a essência da história de Stevenson, incluindo o seu final, já se tornou conhecida por milhares de pessoas em todo o mundo – através de duas epístolas escritas por Jekyll e seu amigo Dr. Lanyon; este último, inclusive, após presenciar ‘cara a cara’ a transformação de Mr. Hyde acaba perdendo a razão, mas antes disso, ainda consegue escrever uma carta.  
Enquanto essas cartas não são reveladas, os leitores acreditam piamente que Jekyll e Mr. Hyde são duas pessoas distintas que mantém um relacionamento misterioso e submisso. Quem não conhece o romance, com certeza, irá questionar os motivos que levam o Dr. Jekyll a ser tão subserviente com Mr. Hyde. E então, nas páginas derradeiras é revelado o ‘grand finale’ que deixa todos de queixo caído. Uma sacada e tanto de Stevenson.
Mas a obra-prima do autor não se resume apenas a esse ‘grand finale’. Longe disso. “O Médico e o Monstro” foi  uma obra pioneira no século XIX ao abordar o Transtorno Dissociativo de Identidade conhecido popularmente como “Dupla Personalidade”. Esta condição mental em que um único indivíduo demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio, só passou a ser abordada em livros, novelas e filmes ‘uma légua’ de anos depois. Podemos dizer que Stevenson foi o grande desbravador do tema. Ele teve coragem suficiente para adapta-lo numa história de ficção em uma época não muito propícia para esse tipo de abordagem.
Acredito que “O Médico e o Monstro”, mesmo discretamente, serviu de inspiração
para outros trabalhos no cinema, literatura e televisão, entre os quais: “Vestida para Matar” (Brian de Palma), “A Janela Secreta” (David Koepp), “Instinto Secreto” (Bruce A. Evans), “Irmãos Coragem” (novela da extinta TV Tupi), “Conte-me Seus Sonhos” (Sidney Sheldon), entre tantos outros.
Em 1886, o impacto do romance escrito por Stevenson foi tanto que se tornou parte do jargão inglês, com a expressão "Jekyll e Hyde" usada para indicar uma pessoa que agia de forma moralmente diferente dependendo da situação.
“O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde” foi um sucesso imediato e uma das obras mais vendidas do autor escocês. Adaptações teatrais começaram a ser encenadas em Londres um ano após o seu lançamento.
O aclamado autor de literatura de terror, Stephen King considerou a obra um dos três grandes clássicos do gênero, sendo os outros dois: “Frankenstein” (Mary Shelley) e “Drácula” (Bram Stoker).
Gostei muito do livro. O autor mescla investigação criminal com outros elementos como terror e suspense. Mesmo já sabendo o que aconteceria no final, as páginas de “O Médico e o Monstro” conseguiram prender a minha atenção.
A escrita de Stevenson é perfeita e o enredo transcorre de uma maneira tão natural que sem perceber, você já se vê envolvido – ou melhor, mergulhado até as profundezas – da trama. Cara, não sei como existem pessoas que ainda criticam o texto do sujeito, chamando-o de simplório. Mêo, menos né?!
A composição dos personagens também é perfeita, principalmente Mr. Hyde, muito diferente do monstrengo dentuço e peludo do filme de 1931 ou então daquela bizarrice em que John Malkovich se transformou no final de “O Segredo de Mary Reilly”, produção cinematográfica de Stephen Frears de 1996. Stevenson criou um Mr, Hyde que provoca calafrios, mas sem mudanças drásticas em sua aparência. Ele é a verdadeira essência do mal - tanto é que nenhuma pessoa consegue ficar muito tempo ao seu lado, pois já começa a se sentir mal e apavorada. Pois é, o Hyde idealizado pelo autor consegue transmitir essa aura de medo e mal estar sem, contudo, ser um monstro em sua aparência.
No romance, um respeitado médico, dr. Jekyll, faz pesquisas para entender os impulsos e os sentimentos humanos mais profundos e a acaba por criar uma droga que libera o seu lado mais primitivo e animal. Dessa maneira, ele assume a forma de Mr. Hyde. 
Se Jekyll é um médico educado e dedicado à pesquisas que visam o bem-estar geral através do conhecimento, a “monstruosidade” de Hyde está, essencialmente, em sua entrega aos prazeres e à luxúria como um fim em si, por quaisquer meios, incluindo a força física e até mesmo tortura e morte.
Devorei as 112 páginas do livro num piscar de olhos.

Inté!

30 comentários

  1. eu descordo com a primeira parte de os devoradores de livros,acho que não foi uma surpresa pois o frankenstein fora lançado muito antes então meu discordo,



    lucas dalalibera
    9/9/2017

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    1. só queria dizer que frankstein n tem nd a ver com isso

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    2. Eu tenho uma pergunta sobre seus pensamentos sobre as reações inesperadas dos leitores do século 20 ao ler este livro desde que o icônico thriller e livro de terror "Frankstein" foi lançado na época, então eu discordo do seu primeiro ponto, embora eu concorde "Médicos e Monstros" é mais aterrorizante, mas o ponto mencionado em seu artigo. No entanto, só posso concordar com o resto, porque não há como negar que a história não se limita ao seu "grande final" (na verdade, que detalhe incrível deixa qualquer um de queixo caído, o que mostra uma exposição de alta qualidade por um grande autor), e se é uma história muito inovadora por ser precursora de um assunto tão complexo e inexplorado, Split Personality trata de uma forma tão orgânica e cativante, e é uma jogada arriscada por parte do autor, mas funciona bem o suficiente para ser um sucesso internacional!

      Ana Clara Duarte
      11/09/2022

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    3. Ao meu ver é que o Dr. Jekyll já tinha todo esse mal dentro de si, tanto que quando se torna Hyde, fica feliz da maneira errada porque não pode ser associado a isso. Em outras palavras, o problema dele não era que ele fez algo ruim que poderia ferir outras pessoas, mas que saiu. Para mim, Jekyll não era tanto a virtude com a qual ele fingia se importar, mas ele próprio era um hipócrita. o livro em si e muito bom a escrita antiga dificulta um pouco a leitura, mas nada que dificulte muito a leitura, a leitura do livro foi bem interessante e intrigante.

      Mariany Reis frança
      21/09/2022

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  2. Eu concordo pois tudo que está dizendo é verdade, porque o doutor jekyll é uma boa pessoa e o Hyde é a parte má dele

    Gustavo costa

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  3. Discordo da primeira parte do seu texto,por que já existiam algumas obras de terror antes desse ser lançado,os dois personagens que você citou também (Hyde e jekill) eu vou ter que concordar,pois jekill é um bom homem,como apresentado no livro e Hyde a parte ruim dele. Quando você cita a dupla personalidade e sim,o livro causa arrepios e suspense,eu recomendo.
    Izabelle Freitas,31/10/2019

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  4. Discordo da parte em que você diz que o livro abalou quando foi lançado no século XIX, pois antes dele o público já tinha visto algo envolvendo o suspense e o terror na obra Frankenstein, e concordo na parte em que você diz que os personagens são perfeitamente desenvolvidos principalmente Dr Jekyll e Mr Hyde que no caso são a mesma pessoa, a dupla personalidade é explorada de forma que no começo do livro, você acha que são pessoas totalmente diferentes.

    Juan Gabriel, 11/11/2019

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    1. Sem dúvida, Frankenstein e O Médico e o Monstro são dois marcos da literatura de terror, mas no meu caso, achei a obra de Stevenson mais perturbadora. Acredito que muitos leitores do século XIX também se sentiram assim. No final, tudo se resume a uma questão de gosto.
      Grande abraço!!

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  5. 17/11/2019.
    Concordo com a opiniao do autor. O Médico e o Monstro tem uma trama relativamente simples, embora não menos apreciável. O suspense que o envolve ainda é capaz de prender o leitor mesmo passadas tantas décadas desde o ano de sua edição,1886. A leitura é fácil e interessante e nos impulsiona a refletir sobre a dualidade da personalidade humana.
    Grande abraço!
    Tiago Dias.

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  6. Eu discordo da primeira parte que você diz que esse livro fez muito sucesso no século XIX por que já existiam obras de suspense e terror como o Frankenstein e o Drácula. Concordo na parte que você diz que ele inovou com o tema de "dupla personalidade".
    Adrielly Evelyn, 25/11/2019

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  7. Eu vou ter que discordar com a primeira parte de sua resenha, que o livro abalou ao ser lançado no século XIX, pois antes de "O Médico e o Monstro", já haviam obras como Frankenstein que já exploravam o universo dos avanços tecnológicos e científicos da época.Mas por outro lado, o tema "Dupla Personalidade" realmente foi bem explorado por Stevenson, de forma tão vasta e discreta que os leitores vieram a descobrir que dois eram somente um apenas ao final da narrativa.
    Maria Luiza, 26/11/2019

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    1. Olá Francisco :)
      De fato, constatei em vários comentários nessa postagem que um número significativo de leitores discordaram da minha colocação. Respeito todas essas opiniões. Que bom que houveram essas discordâncias, pois assim, podem surgir os debates, e todos os debates - desde que respeitem os pontos de vista contrários são proveitosos. Veja bem, eu fiz essa afirmação, ou seja, de que o romance de Stevenson abalou as estruturas ao ser lançado no século XIX porque o achei mais perturbador do que Frankenstein. Foi a minha opinião, digamos ótica pessoal, mas também entendo que naquela época, outras pessoas também tiveram opinião semelhante ao considerarem a leitura de "O Médico e o Monstro" mais incômoda (no bom sentido) do que o excelente romance de Mary Shelley. Inclusive, já li diversos blogs, resenhas que consideram "O Médico e o Monstro" o romance de terror mais perturbador do século XIX. Como já disse, tudo se resumo numa questão de gosto... pessoal.
      Grande abraço!!

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  8. Li esse livro em: março de 2020. Em minha opinião, o ponto de vista do autor do blog em relação ao livro ser um tema inédito de suspense (dupla personalidade), apenas tendo como antecessor famoso o livro “Frankenstein” no ano de 1823 é correto. Imagino que as pessoas do século XIX não estavam familiarizadas com esse tema e por isso foi um grande sucesso.
    Achei interessante o autor do blog citar que o livro serviu de inspiração para outros trabalhos de artes: cinema, literatura e televisão.
    E foi praticamente um tiro no escuro a premissa desse livro, acabou dando certo pois o livro ficou conhecido internacionalmente. Também estou de acordo com a opinião do autor sobre a composição dos personagens feita por Stevenson, ele foi ótimo.
    Outro ponto com que concordo: as reviravoltas foram algo realmente inesperadas, principalmente a revelação que Hyde e Jekyll são a mesma pessoa. Achei o livro impressionante e intrigante, adorei lê-lo. Recomendo a leitura!

    João Antonio Favilla Hey

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    1. Perfeito, José Antônio. Você entendeu exatamente o que eu quis dizer na postagem. "O Médico e o Monstro" foi, de fato, um romance pioneiro na abordagem do Transtorno Dissociativo de Identidade. Pelas suas outras observações, creio que lemos o mesmo livro.
      Grande abraço!

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  9. Concordo que o enredo da história é bem elaborado, fazendo-nos ficarmos lendo até a última linha do livro.
    Mas já haviam obras que abordavam o tema da dualidade, como Frankenstein.

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  10. Eu concordo com ele, o enredo da história é muito bom e nos faz ficar pensando se isso realmente pode acontecer. Em relação a parte que fez um "rebuliço" no século XIX eu também concordo, naquela época isso foi algo inovador.

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  11. 20 de junho, de 2021

    Eu, tenho meus questionamentos em relação ao seu pensamento sobre a suposta reação de surpresa dos leitores do século XX ao consumirem o livro, pois na época já havia-se lançado o icônico livro de suspense e terror do "Frankeinstein" e com isto eu posso discordar de seu primeiro ponto de vista abordado em teu texto apesar de concordar que "O Médico e o Monstro" seja mais assustador. Todavia, apenas poderia concordar com o resto de seu texto, pois se é inegável que o conto não se resume somente ao seu 'gran-finale' (que detalhe, de fato é de se deixar qualquer um de queixo caído oque indica uma ótima qualidade de elaboração por parte do autor), mas também se é um conto muitíssimo inovador por ser pioneiro de um assunto tão complexo e inexplorado que é a dupla personalidade a tratando de maneira tão orgânica e cativante, e ter sido uma jogada arriscada por parte do autor, mas que deu bastante certo a ponto de fazer sucesso internacional!

    Por: Max Levi Cipriano Carvalho.

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    1. Max Levi, questione a vontade. Você e todos os leitores desse post que tem opiniões divergentes do texto que escrevi ou parte dele. Acredito que esses questionamentos - como estão sendo feitos, com respeito e educação - só servem para aprimorar ainda mais a postagem; deixa-la mais completa.
      Abraços!

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  12. Um monte de gente que pouco sabe dizendo que não marcou o século XIX. Este livro é um marco precussor da literatura de ficção científica e terror, junto com Drácula e Frankenstein e causou muita celeuma e euforia. Tanto que, como bem já disse o blogueiro, foi e ainda é das histórias mais adaptadas ou inspiradora para cinema, teatro e tv, logo em seus primórdios, inclusive - vale ver a primeira versão (muda e falada) do cinema com Lon Channey e Fredric March, cujos efeitos especiais são espetaculares pra época.

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    1. Não tem como negar que essa obra marcou o século XIX, não é mesmo? Isto é obvio. E como você disse, foi exatamente isso que eu frisei na postagem. Outra adaptação cinematográfica que merece destaque é a de 1941 com Spencer Tracy, Lana Turner e Ingrid Bergman.
      Grande abraço!

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  13. Este comentário foi removido pelo autor.

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  14. 27/06/2022
    Concordo com o leitor, o livro foi realmente uma obra de respeito para a época. Na mesma forma que Frankenstein. A obra aborda o tema da dualidade, como também,o da ficção científica, Não sendo necessariamente o único, mas um dos mais marcantes que envolvem estes temas. O trecho que mais representa a minha opinião é:"a composição dos personagens também é perfeita". Dando ênfase a mr.Hyde,a contraparte de Dr.jekyll, que, diferente de outras obras, é humano, porém com uma natureza maléfica.
    Nícolas de Sousa Wasem

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    1. Olá Nicolas, Desculpe a demora em lhe responder.
      Como disse na postagem não há como negar que a obra de Stevenson foi pioneira no gênero. A final foi a primeira a abordar o tema do Transtorno Dissociativo de Identidade, conhecido popularmente como “Dupla Personalidade”, considerado um tabu para a sua época, inclusive para a comunidade científica. Evidentemente, Frankenstein foi e continua sendo uma obra antológica, revestida de toda a importância que merece, mas no caso de Stevenson, ele conseguiu romper barreiras se antecipando à um tema que só viria ser explorado com a atenção que merece muitos anos depois.
      Abraços!

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  15. Sg, Rio de Janeiro , 11/06/2022
    Concordo com o autor, pois apesar de na época terem sido lançados outros livros de terror e suspense (como frankstein), deve ter sido impactante para a época um livro abordar o transtorno dissociativo de indentidade (dupla personalidade) , ainda mais por se tratar de um livro infantojuvenil. Inclusive adorei as observações do autor do blog sobre o livro.
    Atenciosamente ,
    Melissa Brouck Figueiredo

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    1. Olá, Verdade. Não tem como reconhecer que "O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde" foi uma obra pioneira no gênero e que causou, na época de seu lançamento, um grande impacto pelos motivos descritos na postagem, os quais você, Mel, frisou tão bem. Feliz por ter gostado das observações que inclui no texto.
      Abraços!

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  16. eu discordo pois inha livros de suspence, terror,romance,etc antes desses como o ' Frankenstein', etc

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  17. São Paulo, 21 de setembro de2022.
    Olá José Antônio
    Gostei da forma como se expressa em relação ao livro, de fato foi um livro inovador para a época(até hoje em dia ), mesmo sendo lançado depois de Frankenstein é inegável que a forma como apresenta a história e o antagonista é simplesmente perfeita, seu terror não é sobre uma pessoa necessariamente assustadora, mas sim sobre as ações que ela realiza, Hyde não é assustador por ser grotesco, mas sim por ser uma criatura sem dó, empatia e etc. A forma como Hyde foi apresentado no primeiro capitulo e como ele assassinou Sir Danvers Carew contribui para a "visão" sobre Hyde, já que ele realiza crimes e simplesmente não apresenta nenhum remorso.
    O fato do antagonista ser alguém tão próximo durante a narrativa foi algo que incrementou muito na narrativa. Sempre em livros de suspense e investigação isso acaba ocorrendo, mas a forma como O médico e o monstro apresentou isso fez parecer novo. O Dr. Jekyll sendo apresentado de forma tão horrenda quando "tomado" por Hyde foi um "plot twist" na história que tornou a leitura e a investigação muito interessante.
    O único ponto em que discordo é em relação ao transtorno dissociativo de personalidade, de fato a leitura entrega isso como ponto principal mas acredito que essa parte do livro poderia ter outras interpretações. Levei essa parte do livro como um ponto um pouco filosófico: Se algo pudesse mostrar todas as suas maldades internas e fizesse com que você realizasse elas sem medo, o que seria de você? E também interpreto como o conceito taoista de dualidade apresentada pelo Yin-Yang: Tudo que é bom há o mal, e tudo que e mal há o bom.
    Atenciosamente, Matheus Benite Marques

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    1. Olá Matheus. Você frisou bem. Foi um livro muito inovador, mesmo tendo sido lançado depois da obra de Mary Shelley. Você resumiu, em poucas palavras, de forma perfeita, a personalidade dos dois personagens criados por Stevenson e a sua importância para a obra. Valeu pela colaboração.

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