“Encontro em Berlim” foi um dos livros de Ian
Fleming mais difíceis de localizar. Caraca, como suei para encontrá-lo. Por
sorte, após zapear por um sebo online, vi o danadão dando sopa e ainda com um
preço pra lá de módico. Soltei um tremendo
grito de alegria e na sequencia fechei a compra. Concluía assim, a minha
coleção de 14 livros sobre 007 escritos por Fleming. Todos eles estavam lá,
bonitinhos e em lugar de destaque na minha estante. Este foi um dos momentos
mais felizes da minha vida de leitor inveterado.
Bem, restava agora saber se os quatro contos do
livro seriam bons, de fato, principalmente “Octopussy” e “The Living
Daylights”, na tradução original: “James Bond Acusa!” e “Encontro em Berlim”,
respectivamente. Como essas duas histórias foram adaptadas para o cinema queria
lê-las para depois compará-las com os filmes.
Cara, livraço! Não me decepcionei. Se eu afirmar que
qualquer um dos quatro contos da obra escrita por Fleming é ruim, com certeza,
estaria mentindo. Tudo bem que os filmes tenham mais ação, mas em
contrapartida, as histórias curtas do livro são mais tensas, daquelas que o
leitor rói as unhas por causa das situações complicadas em que os personagens
se envolvem, entre eles, 007. Um desses contos é “The Living Daylights” ou “Encontro
em Berlim”, tanto faz – uma questão de tradução. O duelo entre James Bond e
Trigger (assassina da KGB) não envolve lutas ou trocas de tiros, mas ‘tutano’ –
como costumava dizer o Kid Tourão.
É uma delícia ver ler o jogo de ‘gato e rato’
entre eles. Os outros três contos seguem essa mesma linha, ou seja, trocam a
ação pelo thriller.
Os quatro contos do livro são: “Octopussy” (no
Brasil: “James Bond Acusa!”), “The Living Daylights” (no Brasil: “Encontro
em Berlim”), “The Property Of A Lady” (no Brasil: “A Propriedade De
Uma Senhora”) e “007 In New York” (no Brasil: “007 Em Nova York”)
De todos eles, como já disse acima, apenas “Octopussy”
e “The Living Daylights” foram parar nas telonas. Quer saber quais foram os
filmes? Ok; anote aí: “Octopussy”, filmado em 1983 com o título “007 Contra
Octopussy” e “The Living Daylights” em 1987 como “007 Marcado Para a Morte”. O
primeiro com Roger Moore, já perto de deixar a franquia por causa da idade - dois
anos depois ele faria seu último filme como o agente secreto inglês, “Na Mira
dos Assassinos”, já com 57 anos - e o segundo com Timothy Dalton, na minha
opinião o melhor 007 de todos.
Vamos com um breve resumo dos contos de “Encontro em
Berlim”:
01
- James Bond Acusa!
Bond é
ordenado a capturar herói da Segunda Guerra Mundial, Major Dexter Smythe,
acusado de roubar ouro nazista. A maior parte é contada em flashback pelo
vilão. Inicialmente publicada em duas edições da Revista Playboy em 1966
02
- Encontro em Berlim
Bond é ordenado a ajudar um traidor do regime
comunista, codenome "272", a fugir em Berlim Oriental. Bond fica de
sniper, com a missão de prevenir que 272 seja morto por um assassino da KGB,
Trigger. A missão se complica quando Bond descobre que Trigger é uma bela
mulher que ele vira antes. Vale lembrar quer no filme 007 Marcado Para a Morte,
272 virou o General Koskov, e Trigger, a celista Kara Milovy. A história foi Inicialmente
publicada no The London Sunday Times em 1962.
03
- A Propriedade de uma Senhora
James Bond investiga uma funcionária do Serviço
Secreto, Maria Freudenstein, que é uma agente dupla paga pelos Russos para
leiloar um relógio feito por Peter Carl Fabergé na Sotheby's. Inicialmente
publicada no The Ivory Hammer (a publicação anual da Sotheby's) em 1963.
04
- 007 em Nova York
Uma história em que James Bond dá suas impressões
sobre Nova York e pensa em uma receita de ovos mexidos, durante uma missão na
"Big Apple" de avisar uma agente do MI6 que seu namorado é do KGB. Inicialmente
publicada como "Agent 007 in New York" no New York Herald Tribune em
1963.
Taí galera, divirtam-se!
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