Sempre dei mais crédito para as biografias não
autorizadas – quer dizer, desde que o seu autor seja um profissional respeitado
no meio jornalístico e não um “Zé Mané” sensacionalista – porque as considero
mais autênticas e menos artificiais. É claro que a maioria dos biografados que
concordam em expor publicamente as suas vidas, procurarão filtrar as
informações, autorizando, somente, a
publicação de fatos de seu interesse. Este é um dos motivos que me faz tão
cético às biografias.
É muito difícil encontrarmos uma biografia que valha
a pena aplicarmos os nossos reais, principalmente agora neste momento de crise
econômica que o Brasil está enfrentando, onde cada centavo deve ser muito bem
gasto. A maioria das biografias autorizadas não passa de livros promocionais
para enaltecer a imagem do biografado; enquanto que grande parte das não
autorizadas é escrita por ex-guarda costas, motoristas ou cônjuges ressentidos
com ex e que saem por aí em busca de vingança.
Por isso, estou meio escaldado com duas biografias
sobre o padre Marcelo Róssi que já entraram em fase de pré-venda nas livrarias.
Perceberam que eu disse apenas meio escaldado e não escaldado inteiro. O que me
transmite essa “meia” segurança em um dos livros – perceberam que eu disse “um”
dos livros e não os dois - é que,
primeiro: são biografias não autorizadas, por isso o biografado não teve o
poder de censurar trechos que julgasse prejudiciais à sua imagem; segundo:
conheço o jornalista Edison Veiga, do Estadão e li várias de suas reportagens e
deu pra perceber que se trata de um profissional sério e imparcial. Quanto a
Heloisa Marra, desculpe a minha ignorância, mas não a conheço. Por isso, não
posso ser leviano ao ponto de julgar o seu trabalho.
Entonce, só resta torcer para que Veiga tenha
mantido a qualidade de seu profissionalismo nesta biografia sobre o padre e que
Marra deixe de se tornar uma desconhecida – pelo menos para mim – e conquiste a
confiança através desse blogueiro. Digo isso porque pretendo comprar as duas obras.
Vamos ver...
Bem, falando escrevendo sobre os dois livros.
Em “Padre Marcelo Róssi: A Superação pela Fé”, assinado por Veiga, o repórter
do Estadão apresenta o perfil do padre mais famoso do Brasil, desde a escolha
tardia pelo sacerdócio até o reconhecimento nacional.
O autor explica que, ao contrário de muitos padres
que entram no seminário ainda na juventude, a vocação de Róssi surgiu apenas na
fase adulta – depois da vontade de ser bombeiro ou piloto de fórmula 1.
Segundo release publicado no portal da Livraria
Folha, desde 1997 que Veiga nunca deixou de prestar atenção nos passos do padre
Marcelo Rossi: a princípio por curiosidade, depois com interesse jornalístico.
Quanto a segunda biografia: “Padre Marcelo Róssi:
Uma Vida Dedicada a Deus” escrita por Marra, narra como Marcelo, um menino
modesto da periferia de São Paulo, tornou-se um dos evangelizadores mais
relevantes do Brasil.
No livro, a autora descreve o percurso íntimo que
Marcelo Rossi percorreu em sua jornada, desde a infância pacata aos traumas da
adolescência, até a ordenação contra a vontade dos pais e a posterior
consagração como sacerdote.
Em trecho da obra, a autora conta que Rossi, antes
de seguir a vida religiosa - teve quatro relacionamentos, porém, apenas um foi
sério. Ela conta detalhes desses relacionamentos . Segundo Marra, o tema das namoradas sempre desperta a
curiosidade da mídia e o padre não foge da resposta, mas só menciona o nome de
uma, Simone, com quem teria tido um relacionamento mais sério. Inclusive, entrevistado por Roberto Cabrini
para o SBT em 2012, contou que teve poucas namoradas - três ou quatro. “Uma, séria, Simone. Faz tanto
tempo que não a vejo. Se eu tenho 45, ela deve estar com seus 43 anos.”
No livro, ela ainda diz que em
março de 2012, ao conceder uma entrevista coletiva em Portugal, Róssi afirmou: ‘Sou celibatário convicto. Já vivo
assim há quase vinte anos. É uma vida de coração. Se você buscar as coisas,
assistir a filmes pornográficos, é óbvio que vai acabar se sujando. Mas se,
pelo contrário, olhar as pessoas com carinho e amor verdadeiro, nem pensa
nisso. E, mesmo se os padres pudessem casar, coitada da mulher que estivesse
comigo. Ia sofrer muito. Trabalho para Jesus a toda hora. Nenhuma mulher iria
entender isso’”.
As duas biografias abordam o
episódio de depressão enfrentado pelo sacerdote, que o fez engordar muito, e da
dieta rigorosa a que se submeteu e que lhe fez pesar apenas 60 quilos.
Para os leitores interessados, as
duas obras já estão em pré venda na maioria das livrarias virtuais. O lançamento
de “Padre
Marcelo Róssi: A Superação pela Fé” está prevista para o dia 15 de outubro; “Padre
Marcelo Róssi: Uma Vida Dedicada a Deus”, chega nas livrarias um dia depois.
Escolham o seu ou então, comprem os dois.
Inté!
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