Círculo do Livro: 10 obras antológicas que marcaram época

15 março 2025

Galera, me desculpem a demora, acho que fiquei mais de uma semana sem postar nada. Acreditem, vou passar por uma nova cirurgia e estou tentando me reorganizar para “entrar no bisturi”. No meu caso, tudo isso somado as minhas atividades diárias + o trampo corrido no trabalho resulta em atraso nas postagens já que mantenho o blog sem fins lucrativos, como lazer mesmo. Entonce... Mas prometo que serei mais pontual nas próximas postagens.

Mas agora vamos “falar” sobre livros e deixar as divagações de lado. Hoje, quero recordar uma época de ouro que foi vivida por muitos leitores da minha geração. Aliás, será que existe uma época melhor do que a do Círculo do Livro para quem é leitor? Arrisco a dizer que não. Cara, foi um período mágico, mas muito mágico. Só quem viveu aqueles anos dourados para entender essa nostalgia que chega a apertar o coração.

Vale lembrar que foi a editora Círculo do Livro que implantou um dos primeiros clubes de assinatura de livros do País com a publicação de obras que se tornaram antológicas e fizeram parte da vida da maioria dos leitores brasileiros.

Não vá me dizer que você, leitor da minha geração, nunca sonhou em se tornar um sócio do Círculo do Livro para receber aquela revistinha trimestral mágica recheada de novidades literárias? Caráculas! Quando essa revistinha caía em minhas mãos... Uhauuuu!! Que festa!! Eu ficava malucaço. Largava tudo o que estava fazendo para folhear a revistinha do Círculo e escolher os meus livros favoritos.

Se não me falhe a memória, parece que o sócio escolhia duas obras literárias por trimestre: uma de livre escolha e outra dentro de uma lista pré-selecionada, mas que evidentemente era diversificada. Eu ficava dias folheando a revista e fazia também as minhas encomendas, em especial romances policiais e thrillers de suspense e terror. A chegada do vendedor, com as encomendas e o novo exemplar da revista, era sempre um acontecimento único.

A editora surgiu em 1973 através de um acordo firmado entre o Grupo Abril e a editora alemã Bertelsmann e vendia livros por um "sistema de clube", onde a pessoa era indicada por algum sócio e, a partir disso, recebia uma revista quinzenal com dezenas de títulos a serem escolhidos. O novo sócio teria então a obrigação de comprar ao menos um livro no período.

Não sei por qual motivo, mas hoje bateu uma saudade daquela época de ouro que eu e, certamente, milhares de leitores viveram. Taí a razão dessa postagem. Já havia escrito um post mais completo sobre o Círculo do Livro – aqueles que quiserem ler basta clicar aqui – mas agora tive a ideia de selecionar 10 obras antológicas – pelo menos na minha opinião - que foram publicadas pela Círculo do Livro; e também escrever um pouquinho sobre elas. Vamos nessa?

01 – Tubarão (Peter Benchley)

O Círculo do Livro estava ainda no comecinho de sua existência, acho que entrando em seu segundo ano de atividade, quando publicou Tubarão. Tenho quase a certeza de que o filme dirigido por Steven Spielberg ainda não tinha entrado em cartaz. Portanto, a obra era uma novidade e mesmo assim se tornou um dos mais vendidos do catálogo da editora. Depois, veio o filme, e aí... já viu né... a obra de Peter Benchley explodiu em vendagens, mas posso afirmar com tranquilidade que a editora foi a pioneira no lançamento de Tubarão (ver resenhas do livro aqui e mais aqui).

A obra transformou Benchley em multimilionário da noite para o dia. Fez tanto sucesso que o seu autor foi convidado para adaptar as páginas de sua obra para o cinema. E mais! Num filme que seria dirigido pelo gênio Spielberg, que naquela época já era considerado um “menino-prodígio” da indústria cinematográfica de Hollywood.

O enredo é manchado por todos e até aqueles que não leram o livro ou assistiram ao filme conhecem: “quando a comunidade litorânea de Amity é atacada por um enorme e perigoso tubarão branco, o chefe de polícia, um jovem biólogo marinho e um experiente caçador de tubarões embarcam na desesperada missão de destruir o monstro, antes que ele ataque novamente”.

02 – Pássaros Feridos (Colleen Mccullough)

Anotem aí: as editoras Círculo do Livro e Difel foram as primeiras a lançar Pássaros Feridos no Brasil; isso em 1977. Só depois e bem depois vieram as edições de 1980, 1983, 1984, 1985, 1986 e etc, mais etc e novamente etc, pois a obra continuou sendo relançada por várias editoras nos anos seguintes.

A saga de Pássaros Feridos (veja resenha aqui) começa no início do século XX e conta os acontecimentos de três gerações da família Cleary, misturando ambição, amor e ódio; conquistas e derrotas. Ao contrário do que muitos leitores pensam, não se trata de uma simples história de amor proibido envolvendo uma  mulher e um padre. O enredo vai muito mais além. A autora australiana Colleen Mccullough narra a saga de três gerações de uma família no período de 1915 a 1969.

O livro aborda as alegrias e tristezas dos Cleary -  formada pelo casal Paddy, Fee e os seus sete filhos – que devido a dificuldades financeiras decidem mudar-se de sua humildade propriedade na Nova Zelândia e emigrar para a Austrália, após receberem um convite de Mary Carson,  irmã de Paddy .  Como ela não vê o irmão há muitas décadas e encontra-se sozinha e com a saúde debilitada, decide convidá-lo, juntamente com a sua família, á morarem e trabalharem em sua propriedade chamada Drogheda, uma vasta e rica fazenda de criação de carneiros. A partir daí começam os momentos bons e ruins vividos pelos Cleary’s. Alguns personagens morrem, outros nascem; tristezas e alegrias chegam e vão; e por aí afora.

É importante frisar, novamente, que o livro não se resume a uma história de amor proibida, no caso: Meggie Cleary e o padre/cardeal Ralp de Bricassart. A autora vai mais a fundo, contando a saga dos outros filhos e também do próprio casal: Paddy e Fee.

03 – Médicos em Perigo (Frank G. Slaughter)

Querem saber porque esse livro de Frank G. Slaughter é tido como uma raridade no Brasil? Eu conto. Nenhuma outra editora lançou Médicos em Perigo no Brasil a não o Círculo do Livro. Isto significa que na época de seu lançamento em 1984, a venda estava restrita apenas aos leitores que eram sócios do Círculo. Depois disso, nenhum outro executivo de pequena, média ou grande editora se interessou em publicar, novamente, a história de Slaughter o que, sinceramente, é uma pena porque o enredo é pra lá de bom, é excelente, na verdade. Vou mais além, Médicos em Perigo entra tranquilamente no meu Top Five, ou seja, na lista dos meus cinco melhores livros. Não entendo como um enredo desses não teve o reconhecimento que merece.

A obra pode ser encontrada a preços módicos em qualquer sebo que você visitar. Compre logo porque é um livraço (resenha aqui). E além do enredo de primeira, o leitor também terá a oportunidade de ter em sua estante um livro em capa dura do tipo “filho único” publicado por uma única editora de uma editora.

A obra é focada no personagem Mark Harrison, um jovem médico com um futuro promissor pela frente mas quando acaba ingressando no mundo das drogas, “a casa começa a cair”.

Médicos em Perigo dá uma visão ampla do mundo podre da medicina, ou seja, do jogo de interesses envolvendo médicos, donos de clínicas e grandes hospitais que visam apenas o lucro em suas ações; da concorrência entre colegas de trabalho que pode chegar aos extremos; da exploração pela qual os médicos recém formados acabam se tornando vítimas, sendo obrigados a cumprir uma carga horária desumana. É esse o “o ambiente predador” onde Mark é jogado.

Ao aprofundarmos na leitura da obra passamos a entender os motivos que levam um médico jovem e talentoso, com um futuro maravilhoso pela frente a se “prostituir” em seu meio.

04 – Os Sete Minutos (Irving Wallace)

Pois é, meados dos anos 80; o Círculo do Livro no auge, bombando de sócios... Foi nessa época que a antológica e saudosa editora publicou Os Sete Minutos do escritor norte-americano Irving Wallace. A obra já havia sido publicada pela editora Nova Fronteira no final de 1968, depois teve um vácuo de 18 anos sem nenhum relançamento. Mas em 1986, o Círculo do Livro decidiu relançar o livro de Wallace em capa dura numa edição muito luxuosa para os padrões daquela época. Resultado: o livro que já havia sido bem aceito no final da década de 60 deixou os sócios da editora enlouquecidos quando viram a sua imagem impressa na tradicional revistinha dos sócios. Neste mesmo ano, a editora Rio Gráfica também promoveria o relançamento de Os Sete Minutos numa edição mais simples do que a do Círculo, em brochura e com as páginas em em papel jornal. Nem preciso dizer que pintou uma baita frustração nos leitores que não eram sócios do círculo do Livro já que a edição capa dura era exclusividade da galera associada ao Clube.

Posso definir a leitura de Os Sete Minutos como arrebatadora. Fiquei surpreso porque não conseguia largar o livro e quando percebi, me via lendo durante qualquer brecha do meu dia a dia: no banheiro, depois do almoço, entre uma e outra reportagem que fazia. E olha que eu não tenho esse hábito, já que me acostumei a ler somente durante as noites e madrugadas. Mas confesso que Wallace, com o seu livro, conseguiu mudar os meus velhos hábitos. Livraço. Publiquei a resenha da obra em 2011, praticamente no ano de nascimento do blog. Você pode conferir aqui.

O autor fala de um misterioso escritor chamado J.J. Jadway que escreveu Os Sete Minutos considerado o romance mais injuriado e polêmico de todos os tempos.

O livro, na época de seu lançamento, escandalizou toda a sociedade por ser considerado pornográfico e ficou proibido durante 35 anos, ganhando o status de obra maldita, mas por outro lado Cult. Quanto ao seu autor, se tornou um mito, uma verdadeira lenda. Por causa da obra polêmica, há três décadas e meia, Jadway acabou sendo expatriado e a partir desse momento ninguém nunca mais souber informar o seu paradeiro: se ele estava vivo ou morto. Decorrido todo esse tempo, uma editora resolve relançar o polêmico romance que culmina com a morte de um leitor, cujos familiares culpam o livro. O caso acaba indo parar nos tribunais. Livraço.

05 – Esfera (Michael Crichton)

Aha! Ah! Os fãs de Michael Crichton que acreditavam que o autor não fazia parte do catálogo de obras da editora, se enganaram; e se enganaram muito. Anotem aí: Congo, Esfera, Sol Nascente e Parque dos Dinossauros, todos eles figuraram nas páginas da famosa revistinha do Círculo do Livro.

Quero escrever sobre “Esfera” que foi publicado, em primeira mão no Brasil, pelo Círculo do Livro, em 1987. Só depois, outras editoras tiveram a iniciativa de relança-lo. Aliás, o Círculo do Livro após obter licença da Nova Cultural conseguiu algo inédito nos anos 80, uma publicação simultânea com os Estados Unidos, ou seja, Esfera chegou nas livrarias brasileiras no mesmo ano em que foi lançada nos States; uma diferença apenas de alguns dias. O livro seria adaptado para os cinemas no ano seguinte.

A história segue Norman Johnson, um psicólogo contratado pela Marinha dos Estados Unidos , que se junta a uma equipe de cientistas reunidos para examinar uma nave espacial de origem desconhecida descoberta no fundo do Oceano Pacífico. O romance começa como uma história de ficção científica, mas rapidamente se transforma em um thriller psicológico.

06 – Instinto Assassino (William Randolph Stevens)

Instinto Assassino foi mais um lançamento exclusivo da editora em 1982, cujo privilégio de ler o enredo real e chocante escrito por William Randolph Stevens coube apenas aos leitores sócios do Círculo do Livro. Somente quatro anos depois, em 1986 é que teríamos o relançamento do enredo pelo Rio Gráfica.

A história de Instinto Assassino - que acabou virando uma série de TV nos anos 80, se não me engano na Rede Globo - nos dá uma noção exata da complexidade da mente e do modus operandi de um psicopata.

Na obra de Randolph Stevens que também foi o promotor do caso e depois resolveu escrever um livro sobre o assunto, Cristina Henry narra os momentos de terror que passou ao lado de seu marido, o proeminente médico americano, Dr. Patrick Henry com quem chegou a ter um filho.

Ela conviveu durante quase sete anos ao lado de um perigoso psicopata sem perceber nada de anormal, já que o médico insano escondia com perfeição a sua personalidade doentia. Durante todo esse período, Cristina enfrentou várias situações de risco extremo, com a sua vida ficando presa por um fio. O passatempo predileto de seu esposo era armar armadilhas para matá-la ou então fazê-la sofrer, sem que ela nada percebesse.

Um livro chocante e que impressiona, muito. Não recomendo para pessoas altamente sensíveis. Tem resenha da obra aqui.

07 – A Casa dos Espíritos (Isabel Allende)

Taí outra obra que ao ser lançada em 1982 ficou restrita apenas aos assinantes da revista Círculo do Livro. Verrdade; somente essa galera pode se deliciar com o megassucesso escrito por Isabel Allende que estava estreando como escritora. Quando as outras editoras resolveram relançar a história da autora chilena, ainda nos anos 80, os leitores que eram sócios do Círculo já sabiam ‘de cor e salteado’ a saga da família Trueba.

A narrativa é centrada na vida dessa família fictícia e acompanha três de suas gerações por meio das personagens femininas que encarnam o lugar de mãe, de filha e de neta, percorrendo quase todo o século XX.

São três protagonistas, as três gerações de mulheres que são a base para o acompanhamento da sucessão geracional da narrativa; todas com vidas difíceis e acontecimentos marcantes e traumáticos: Clara, a "clarividente", sua filha Blanca e a neta Alba, que é o alter ego da própria Isabel. Essas mulheres, femininas e fortes, enfrentam com coragem as paixões, os dramas familiares e os acontecimentos turbulentos de suas épocas. As vivências e dificuldades passadas por cada uma delas não se interrompem para dar início a um novo ciclo com a seguinte, mas sim se sobrepõem e ecoam em uma ligação mais que maternal, espiritual entre as gerações.

Dentre sua lutas exaltadas pela autora estão o casamento forçado, o amor clandestino, a gravidez como perpetuação de família proprietária, as descobertas sexuais, os abusos sexuais e os tolhimentos condicionados ao gênero. Publiquei uma resenha do livro de Alllende em 2016. Confiram aqui.

08 – A Mulher Só (Harold Robbins)

As editoras Record e Círculo do Livro lançaram, praticamente, juntas o livro de Harold Robbins em 1976. Os fãs do escritor americano de romances populares, um dos escritores mais vendidos de todos os tempos, vibraram, ainda mais porque Robbins estava no auge da carreira quando a obra foi publicada.

O enredo de A Mulher Só narra a saga da personagem JeriLee que sonha se tornar uma escritora famosa e não mede consequência para atingir o seu objetivo. Dessa maneira, ela abandona o marido, a sua cidade, os poucos colegas e até mesmo muitos de seus princípios morais e vai para a luta. Nesta sua nova jornada, ela acaba se prostituindo, além de se envolver com álcool, drogas e dormindo com quem quer que seja, até mesmo pessoas que ela julga desprezíveis, homens ou mulheres, para conseguir chegar onde quer.

Na realidade, o enredo mostra uma inversão de valores, pois o que JeriLee almeja é ser valorizada no meio artístico, no seu caso, dentro do contexto editorial. Mas fica a pergunta: “Será que para se tornar uma pessoa respeitada no mundo do Jet set, vale a pena passar por cima de muitos princípios que você julga moral?

O livro deixou ao fãs de Robbins que assinavam a famosa revistinha daquele famoso clube literário em êxtase total.

09 – As Sandálias do Pescador (Morris West)

O melhor e mais famoso livro de Morris West não poderia ficar de fora do catálogo. A obra lançada em 1986 pela editora fez a alegria leitores associados. 

Defino As Sandálias do Pescador como um livro profético. Na história idealizada pelo escritor australiano, um bispo russo se torna cardeal e em seguida papa – o primeiro papa não italiano em mais de 400 anos.

Uma década e meia após West ter escrito a sua principal obra, eis que o Vaticano também ganharia, após 400 anos, o seu primeiro papa não italiano, ou será que vocês já seesqueceram do polonês Karol Wojtyla, o nosso saudoso e icônico João Paulo II?

Não há como negar as semelhanças entre o fictício Lakota e o real Wojtyla, O personagem do livro é um cardeal ucraniano que, após lutar contra os nazistas, torna-se perseguido e encarcerado pelos soviéticos. Após 20 anos, recebe a liberdade graças a um acordo do premiê russo com o Vaticano,  mas carrega as marcas de seu sofrimento na memória, na alma e no rosto com uma notável cicatriz.

Livraço (ver resenha aqui) também bombou no catálogo do Círculo do Livro.

10 – Nada Dura para Sempre (Sidney Sheldon)

É evidente que um autor que estava na boca do povo em 1994 não poderia faltar no catálogo da saudosa editora. Nada Dura para Sempre de Sidney Sheldon tem um gostinho de emoção misturado a um gostinho de tristeza, afinal ele foi publicado pelo Círculo do Livro já no seu “finalmente”.|O que estou “dizendo” é que dois anos depois, infelizmente, o Clube do Livro encerraria as suas atividades.

No enredo de Sheldon, três jovens médicas – amigas há muito tempo - com personalidades bastante diferentes ficam ainda mais mas unidas pela correria, pelos contratempos e pelas fortes emoções ao começarem a trabalhar juntas no Hospital Público Embarcadero, em São Francisco.

Paige é feliz seguindo a mesma carreira do pai e planeja se casar com seu primeiro amor, mas seu sonho pode ir por água abaixo. Honey abusa de suas habilidades de sedução. Mas será que isso é o suficiente para salvar vidas? Kate, abusada pelo padrasto na adolescência, prometeu que jamais seria tocada por um homem. Porém, sua postura durona acaba despertando interesses masculinos.

Elas dividem os problemas típicos da profissão; contudo, parece que o destino reservou a cada uma delas um novo desafio. Agora, as três deverão enfrentar situações de vida ou morte.

Nada dura para sempre é uma trama repleta de reviravoltas, onde o amor, o medo e a ambição se combinam. Se quiser saber mais sobre o livro clique na resenha aqui.

Taí galera, espero que tenham gostado dessa viagem literária. Atualmente, podemos encontrar diversos clubes de assinatura de livros no Brasil, apresentando variados tipos de curadoria e funcionando nos mais diferentes modelos de negócio, mas iguais ao Círculo do Livro, jamais. Eitcha saudades!!

 

4 comentários

  1. José Antonio
    bom dia !
    tens o mesmo nome de meu falecido irmão.
    primeiro achei seu blog, atraves do capitulo " enciclopedias em fasciculos " . Faltou uma delas,que era a Enciclopedia Delta, de capa azul .Conseguir completar 3 volumes, que guardei-os por um bom tempo. Além dela, também conseguir completar a enclicopedia Historia, de capa vermelha ( tenho até hoje ) ,mas o motivo da minha busca é uma enciclopedia sobre a Natureza ( que não acho em lugar nenhum. Inclusive nas ferias , fui bandear-me por alguns sebos em São Paulo, mas nada feito. Entretanto o microbio no cerebro ,fica insistindo para que eu localize o livro, grande, de capa verde. Esqueci-me do nome correto , para buscar na rede.
    -voce descreveu exatamente o sentimento , ao chegar a semana e comprar cada fasciculo, lê-lo, tentar entender cada entrada. Lembro-me até hoje da primeira ...Aachen...uma localidade germanica . Tentava conciliar os verbetes com alguma coisa real , mas dado meu pouco conhecimento , ficava boiando, louco para encontrar alguem que também tivesse esta coleção , sem resultados.
    -no fim das contas quero comentar também sobre o enorme prazer do circulo do livro.Também ficava " viajando " sobre os inumeros livros a serem comprados. Tenho alguns ainda ( meu favorito era Assim falou Zaratustra , de F. Nietzche) .Passava bons momentos no onibus, lendo alguns deles .
    -acho que tanto o desejo de completar a enciclopedia,quanto do circulo do livro, fez-me um leitor , e hoje ( 2025) ,tenho evitado ir às livrarias, pois sairei de lá com algum exemplar , que ficará junto aos outros 50 , que comprei e ainda não os li.
    (minto para mim mesmo, pois amanhã , sexta feira ,28.03.25 , pretendo ir a umrestaurante em são paulo,( no edificio copan) ,onde há uma livraria ( Megafauna ) , que tem um podcast sobre livros)
    -quem sabe ?
    no mais , parabens pelo seu blog, e espero que voce já tenha tido exito na operação

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    1. Boa noite Grunenwald! Como suspendi as atividades do blog por mais de um mês, só vi a sua mensagem agora. Por isso, me desculpe pela demora em responder-lhe. Pelo o que eu !"vi" pode é um devorador de livros, assim como eu. Pois é, eu também tenho várias obras em ler, mas sempre que vejo um livro que gosto, acabo comprando, fazer o que? (rs).
      Infelizmente, não posso ajudar no que se refere a enciclopédia sobre "Natureza"; desconheço o seu nome.
      Um grande abraço e volte sempre!



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  2. Olá Jose Antonio, espero que esteja recuperado. Um ótimo post, não sou da época do círculo do livro, mas achei sua descrição muito boa. E claro, ótimos títulos, o Sheldon foi que mais me chamou a atenção.

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    1. Oi Levra, tudo bem? Espero que sim. Acredita que ainda não fui operado?!! Tive que adiar a cirurgia por causa de alguns afazeres profissionais que não dava para ignorar. Fico feliz que tenha gostado da postagem. Acredito que as obras lançadas pelo Círculo do Livro são atemporais e podem ser lidas por qualquer geração de leitores. Você é prova viva disso, não é? (rs). Grande abraço e obrigado por seguir o blog.

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