Hoje quero escrever sobre um dos livros que mais li e
reli em minha vida. Um livro criticado por muitas pessoas, inclusive por Steven
Spielberg que dirigiu a adaptação cinematográfica da obra. Estou me referindo a
Tubarão de Peter Benchley. Acredito
que você deve estar curioso para saber o que Spielberg disse sobre a obra. Pois
é, o conhecido diretor e produtor cinematográfico revelou, pouco depois das
filmagens, que ao ler o livro, se pegou torcendo para o tubarão, porque todos
os personagens humanos eram muito desagradáveis.
Não penso dessa forma, eu trocaria a palavra
desagradável por profundo. Isto mesmo, porque na minha opinião, Peter Benchley
explorou de uma maneira completa o perfil dos principais personagens de sua
obra, mostrando as qualidades e também os defeitos de cada um deles. E quando
ele explora, os defeitos, explora de uma maneira realista. E é esse detalhe que
deixa os personagens de Tubarão mais
interessantes e verossímeis conseguindo prender a atenção dos leitores. A
caricatura passa bem longe deles.
Apesar do final apressado e sem o “up” do The End do
filme, adorei a narrativa de Benchley. Prendeu tanto a minha atenção que já
reli o livro várias vezes, e com direito a resenha publicada no blog (ver
aqui).
Quando de seu lançamento, em 1974, o livro Tubarão se tornou um verdadeiro Best Seller
ficando no primeiro lugar das listas dos mais lidos em todo o mundo. A obra
transformou Benchley em multimilionário da noite para o dia. Fez tanto sucesso
que o seu autor foi convidado para adaptar as páginas de sua obra para o
cinema. E mais! Num filme que teria como diretor o gênio Steven Spielberg, que
naquela época já era considerado um “menino-prodígio” da indústria
cinematográfica de Hollywood.
O livro, ao contrário do filme, explora ao máximo a relação
conflituosa entre os personagens Matt Hopper, Quint e o xerife Martin Broody.
Enquanto a produção da Universal Pictures opta por centrar-se na aventura
envolvendo os ataques e a caça ao tubarão assassino, o livro procurar explorar,
ao máximo, os conflitos entre os seus personagens principais, com direito a uma
pulada de cerca por parte da mulher do xerife Broody.
A obra literária de Benchley deu origem ao primeiro
blockbuster de Steven Spielberg. A partir daí a carreira do chamado “menino
prodígio de Hollywood” deslancharia definitivamente.
A história se passa em Amity, um balneário ficcional
situado em Long Island, Nova York. Quando o corpo de uma turista é encontrado
na praia, o chefe de polícia Martin Brody ordena o fechamento das praias da
região. O prefeito Larry Vaughan, porém, mais preocupado com o dinheiro dos
veranistas, consegue abafar a notícia e libera o banho de mar na cidade. O
banquete está servido. O impacto do livro e do filme foram tão violentos que
gerações passaram a pensar duas vezes antes de entrar no mar.
Não tem como deixar de comentar a belíssima edição de
40 anos da obra que a DarkSide Books
trouxe para o público brasileiro. Eu adquiri, recentemente, a ‘Limited
Edition’ que é a edição capa dura com a imagem do cartaz do filme de 1974.
Um livro imperdível que vale muitas releituras.
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