"Os Três Mosqueteiros”: uma releitura que vale um desempate

03 março 2025

A primeira vez que li amei; a segunda... bem, não foi tudo aquilo que eu esperava. Estou me referindo ao clássico literário Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas. Agora estou me preparando para o desempate que só será possível com uma terceira leitura do livro sobre os quatro amigos inseparáveis. 

Ainda me lembro que na primeira vez que li as aventuras de Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan – estava debutando do Primário para o Ginasial - e amei; amei tanto que anos depois, ainda nos primórdios do blog, resolvi escrever um post sobre o livro (veja aqui). O tempo passou, eu cresci (rs) e fiz a releitura do clássico e... dessa vez, não foi tão prazerosa assim (explico aqui).

Depois que fechei a edição comentada da Zahar; e que edição! – capa dura, com ilustrações e notas de rodapé – fiquei imaginando o motivo de não ter gostado tanto assim, da releitura. Cheguei a algumas conclusões que classifiquei como plausíveis. A primeira delas pode ter sido as longas notas de rodapé da versão integral e comentada que acabaram truncando a leitura. Isso pode ter acontecido porque eu tenho o hábito de ler simultaneamente enredo e as explicações do autor que são publicadas no rodapé das páginas; e confesso que as tais notas da edição da Zahar são longas ao extremo. Por isso, toda vez que a leitura do enredo engatava uma quinta marcha, lá vinham as notas de rodapé e assim, essa quinta marcha era abruptamente reduzida para uma primeira. Aí meu amigo, até você conseguir buscar a quinta marcha perdida, demorava e muito.

O segundo motivo para não ter gostado tanto da releitura de Os Três Mosqueteiros pode ter sido o momento em que eu o li. O que estou querendo “dizer” é que decidi reler a obra de Dumas numa época atribulada quando estava enfrentando um rol de preocupações – algumas bem complicadas – na minha vida profissional e também na saúde. Estas preocupações podem ter colaborado para desviar a minha atenção fazendo com que eu não focasse somente na leitura do livro e assim, aquela magia de mergulharmos no enredo – que só os devoradores de livros conhecem – acabou se esvaindo.

Galera, confesso que quero sentir aquele prazer fantástico da minha época de estudante “primário-ginasiano” quando ‘engoli’ as páginas de Os Três Mosqueteiros. Por isso, quero muito reler essa história. Esta vontade coincidiu com o desejo de ‘última hora’ que eu tenho de ler uma obra clássica; e nesse caso, nada melhor do que “Dumas na área”.

Quero que essa releitura – como disse acima, esse desempate – seja muito especial. Para que isso aconteça, escolhi reler a obra num período em que a maré se encontra tranquila em meu serviço e também na minha vida particular. Uso aqui, uma frase da minha grande Lulu: “Temos que aproveitar as marés tranquilas de nossa vidas para fazermos as ‘coisas’ que mais desejamos, aquelas especiais, porque assim a nossa felicidade será duplicada ou triplicada. Com isso, recarregaremos as nossas baterias para enfrentarmos possíveis tempestades e tribulações que possam vir no futuro”. Viram só que mulher sábia eu tenho? (rs).

Esta minha preparação para a segunda releitura do clássico de Dumas incluiu a compra da edição luxuosa da Zahar em capa dura de Vinte Anos Depois que é a sequência direta de Os Três Mosqueteiros e um planejamento financeiro para a aquisição de O Visconde de Bragelonne que, por sua vez, é a sequência de Vinte Anos Depois. Aliás, esse planejamento é necessário já que o calhamaço de 600 páginas da Zahar, fora da promoção, ultrapassa a “bagatela” de R$ 100,00.

Com certeza, muitos de vocês que leram essa postagem devem estar se perguntando “porque comprar mais dois livros se o meu objetivo inicial era apenas a releitura de Os Três Mosqueteiros”? Acontece galera, que ao mesmo tempo em que bateu uma vontade enorme de reler, novamente, Os Três Mosqueteiros também bateu a mesma vontade de conhecer a saga completa desses quatro heróis tão carismáticos. E assim, vamos que vamos.

Inté!

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