Cinco livros de terror que revolucionaram os anos 70 e por isso continuam sendo lembrados e respeitados até hoje

28 novembro 2024

Existem livros que tem o poder de conquistar leitores geração após geração; podem passar décadas e até mesmo séculos, mesmo assim, eles continuam sendo lembrados e respeitados. Livros que causaram um verdadeiro “auê” na época de seus lançamentos chegando a mudar até mesmo a rotina de vida de seus leitores, ou será que você nunca ouviu comentários de pessoas que evitaram ler ou assistir ao Exorcista após saberem que vários leitores e cinéfilos passaram mal ao ter contato com o livro ou o filme? Ou ainda, evitaram frequentar praias após terem lido Tubarão de Peter Benchley e assistido ao filme de Steven Spielberg? 

Como escrevi acima, livros que revolucionaram as suas épocas e continuam sendo procurados pelos leitores contemporâneos. O post de hoje é uma homenagem para essas obras. Selecionei cinco livros de terror que ganharam o status de antológicos nos anos 70 e continuam com fôlego para manter esse status até os tempos atuais. Bora conferir?

01 – O Exorcista (William Peter Blatty)

Imagine só se eu eu não iria abrir a nossa lista com essa obra literária considerada um verdadeiro cânone do terror. Impossível, né galera?  O livro de William Peter Blatty mudou a cultura pop para sempre e deu origem ao maior filme de terror do século XX. Quatro décadas após chocar o mundo inteiro, a obra-prima do escritor permanece uma metáfora moderna do combate entre o sagrado e o profano, em um dos romances mais macabros já escritos.

O Exorcista foi escrito em 1971 e narra a perturbadora história de Chris MacNeil, uma atriz que sofre com inesperadas mudanças no comportamento da filha de 11 anos, Regan. Quando todos os esforços da ciência para descobrir o que há de errado com a menina falham e uma personalidade demoníaca parece vir à tona, Chris busca a ajuda da Igreja para tentar livrar a filha do que parece ser um raro caso de possessão. Cabe a Damien Karras, um padre da universidade de Georgetown, salvar a alma de Regan e ao mesmo tempo tentar restabelecer a própria fé, abalada desde a morte da mãe.

Neste livro, Blatty conseguiu dar ao demônio a sua face mais revoltante: a corrupção de uma alma inocente. A menina Regan é, ao mesmo tempo, o mal e sua vítima.

Mas por incrível que pareça considerei o início do livro, que mostra o desespero dos médicos em tentar encontrar uma explicação para a doença incomum que se apossou de Regan, bem mais assustador do que a parte em que o demônio dá as caras. Quanto mais Regan vai se transformando, menos a ciência vai encontrando respostas para o seu problema. O desconhecido sempre nos assusta, pois gera incerteza e coloca em xeque as nossas convicções. William Peter Blatty nos mostra isso com perfeição no início de sua obra.

Um clássico do terror escrito há mais de 50 anos e que se mantém atual como somente os grandes nomes do gênero poderiam criar.

02 – Horror em Amityville (Jay Anson)

Muita gente não sabe, mas Horror em Amityville, além de ser um filme de sucesso com sete sequências (e um remake em 2005 com suas próprias continuações) é, antes de tudo, uma obra literária. Escrita pelo autor norte-americano Jay Anson e lançada em 1977, ela traz uma história fantástica. Grande parte do sucesso da obra deve-se, em parte, pelo seu enredo ter sido baseado num caso real.  Este clássico do gênero terror retrata os horrores vividos por uma família que passa a morar em uma antiga mansão, que havia sido palco de brutais assassinatos. Depois de se mudarem para a casa, eventos sobrenaturais começam a ocorrer na presença dos residentes, conduzindo à conclusão de que uma força espectral demoníaca residia naquele lugar.

Horror em Amityville perturba o leitor. Os fatos vividos por George e Kathleen Lutz, juntamente com os seus três filhos, além do padre Frank Mancuso são por demais assustadores.

Anson narra como foram as quatro semanas dos Lutz na casa em Amityville. Alguns fatos são bem impressionantes, principalmente se você optar por ler a obra durante a madrugada, sozinho em sua casa, como eu fiz. Cara... o bicho pega.

O enredo tem muitos sustos? Demônios ou monstros se materializando? Não. Não tem. Então, porque o livro assusta tanto? Tudo se resume à casa. Isto mesmo, à exemplo do Hotel Overlook de O Iluminado, a casa de Amityville desempenha um papel humano enorme, como se tivesse vontade própria. Brrrrrrrrrrrr.....

O livro de Anson estourou em vendas na década de 70 e se tornou uma verdadeira ‘febre’ e ainda hoje continua sendo muito lembrado pelos leitores.

03 – O bebê de Rosemary (Ira Levin)

O terror psicológico criado por Ira Levin em seu livro O Bebê de Rosemary é de arrepiar os cabelos. Mais um livro que causa aflição no leitor deixando-o angustiado. A obra vendeu horrores na época de seu lançamento em 1967. Muito elogiado, não haveria outro caminho a seguir, senão a sua adaptação cinematográfica.

No enredo de Levin, os recém-casados Rosemary e Guy Woodhouse alugam um apartamento em um antigo prédio de Nova Iorque e organizam suas vidas com a pequena ajuda dos vizinhos Minnie e Roman Castevet. Guy é ator e luta por um papel de destaque, enquanto Rosemary decora com ar mais alegre o apartamento onde anteriormente foi cometido um crime. Guy consegue um papel graças a um acidente com o ator titular e, logo depois, Rosemary tem um pesadelo no qual é possuída pelo demônio. Passado algum tempo, Rosemary descobre que está grávida e é tratada por Minnie e o médico dela, Dr. Sapirstein com vitaminas especiais. Fatos estranhos levam Rosemary a desconfiar que todas estas pessoas estão envolvidas com magia negra, começando a suspeitar que o marido, um ator que, literalmente, venderia a alma ao diabo para conquistar o sucesso, mantém ligações perigosas com vizinhos praticantes de bruxaria, que desejam possuir o filho dela que vai nascer.

O final do livro arrepia. Afffffff!!

04 – A Casa Infernal (Richard Matheson)

Assisti ao filme “A Casa da Noite Eterna” (1973) há muitos anos, acho que na minha adolescência, e me lembro que “me borrei” inteirinho. O filme me impactou. A produção cinematográfica com Roddy McDowall, Pamela Franklin e Clive Revill é considerada pela crítica especializada como uma verdadeira obra prima do cinema de terror e o melhor filme de todos os tempos com a temática “casa mal-assombrada”.

Anos depois, já balzaquiano acabei descobrindo que o filme foi baseado numa obra de Richard Matheson chamada A Casa Infernal publicada em 1971. O livro à exemplo do filme também foi exaltado pela crítica, além de ter se transformado num fenômeno literário. A multidão de pessoas que havia assistido ao filme queria também conhecer o enredo que deu origem a produção cinematográfica.

A história gira em torno de uma mansão mal assombrada pelo fantasma de seu antigo dono. O sanguinário Emeric Belasco. Se as casas mal assombradas fossem montanhas, a “Mansão Belasco”, como ficou conhecida, seria considerada o Monte Everest das casas mal assombradas.

Convocados por um milionário que, à beira da morte, quer respostas sobre o que o espera no além, quatro membros de uma equipe investigativa rumam para a diabólica mansão, dispostos a desvendar seus mistérios e derrotar, de uma vez por todas, as presenças malignas que assombram o local. No entanto, como descobrem da maneira mais chocante possível, é preciso mais do que coragem para encarar um mal tão antigo e potente.

05 – Tubarão (Peter Benchley)

O livro Tubarão (ver resenha aqui e também aqui) de Peter Benchley provocou uma verdadeira revolução no meio literário; e como não bastasse, revolucionou também o meio cinematográfico. Milhares de pessoas após terem lido o livro ou assistido ao filme de Steven Spielberg, baseado na obra, se recusavam veementemente a frequentar qualquer praia por mais tranquila que fosse, temendo ser atacadas por um tubarão branco.

Alguns críticos enquadram a obra de Benchley no gênero aventura, outros no gênero terror. Não importa, independentemente desse ou daquele gênero, o livro pode ser considerado um verdadeiro fenômeno literário.

A história se passa em Amity, um balneário ficcional situado em Long Island, Nova York. Quando o corpo de uma turista é encontrado na praia, o chefe de polícia Martin Brody ordena o fechamento das praias da região. O prefeito Larry Vaughan, porém, mais preocupado com o dinheiro dos veranistas, consegue abafar a notícia e libera o banho de mar na cidade. O banquete está servido.

 Taí galera, espero que se divirtam e também se arrepiem... de medo, com essas cinco indicações.

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