O segredo da empregada

21 novembro 2024

Millie é fodástica. E neste segundo volume da trilogia, ela provou ser mais fodástica ainda porque orquestrou uma vingança perfeita, posso dizer um verdadeiro supra-sumo das vinganças (rs). Millie se vingou por outras mãos, ou seja, utilizou um anjo vingador para cumprir a sua missão.

Confesso que me empolguei com a leitura de O Segredo da empregada, mais do que o primeiro volume A empregada. Agora, vemos uma Millie mais segura e confiante, enfim, uma personagem mais amadurecida. Este amadurecimento não impede que ela continue tomando as dores de mulheres que são abusadas fisicamente ou psicologicamente pelos seus maridos. Nessas horas, ela ‘despe’ a sua aura de uma faxineira humilde e ‘veste’ a sua verdadeira personalidade: uma ex-presidiária condenada por um homicídio por ter defendido uma amiga que estava prestes a ser estuprada. Ela é sagaz, esperta, inteligente e muito carismática. Não há como os leitores deixarem de se simpatizarem com essa garota.

Neste segundo volume, Millie está desempregada e começando a ficar sem dinheiro. Ela começa a sentir na pele como é difícil para uma mulher que já esteve presa, condenada por homicídio, conseguir um emprego. Quando o desespero começa a bater na porta, ela mal consegue acreditar no momento em que um milionário chamado Douglas Garrick a contrata.

Após alguns dias, ela começa a desconfiar que algo está muito errado naquela cobertura que mais se parece com uma mansão: Wendy, a esposa do Sr. Gasrrick nunca sai do quarto. Na verdade, ela e Millie nunca foram sequer apresentadas.

Certo dia, ao colocar a roupa para lavar, Millie nota manchas de sangue em uma camisola – e não é a primeira vez. Ela decide, então, descobrir o que está acontecendo. Quando finalmente descobre, ela chega à conclusão de que alguém precisa pagar um preço caro pelo o que está fazendo.

A narrativa de Freida McFadden, a exemplo de A empregada, continua fluida fazendo com que os leitores devorem as páginas. O estilo, também segue o mesmo, com a autora dividindo o enredo em duas narrativas, ambas em primeira pessoa. Millie narra a primeira parte, enquanto um outro personagem narra a segunda. Antes, temos um prólogo que ocupa pouco mais de uma página, mas com o poder de aguçar a curiosidade dos leitores. O mistério que esse prólogo apresenta será esclarecido apenas nas páginas finais do romance.

Juro que enquanto lia o livro tentava de todas as maneiras descobrir qual era o plot twist que MCFadden havia reservado para os seus leitores. Criei as mais tresloucadas hipóteses. Teve um momento, durante a narrativa de Millie, que pensei ter certeza do que iria acontecer e então me decepcionei porque parecia algo muito obvio. “Entonce”... vem a segunda parte narrada por um outro personagem e o “tonto” aqui leva um tapa na cara e fica abestalhado. Cara, não esperava por aquele plot twist, verdade.

Na parte 4 da história, já perto da vingança de Millie, os leitores levam mais uma lapada, tão dolorida quanto a primeira. Um plot do tipo: - Caráculas! Por essa eu jamais esperava”!

Atribuo o sucesso de O Segredo da Empregada, principalmente, a essas duas reviravoltas na trama. Dois plot twists incríveis, tão bons ou até melhores do que aqueles que a autora mostrou em primeiro livro da saga.

Uma leitura que certamente fará com que você adquira sem preâmbulos o último livro da trilogia: A empregada está de olho.

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