Millie é fodástica. E neste segundo volume da
trilogia, ela provou ser mais fodástica ainda porque orquestrou uma vingança
perfeita, posso dizer um verdadeiro supra-sumo das vinganças (rs). Millie se
vingou por outras mãos, ou seja, utilizou um anjo vingador para cumprir a sua
missão.
Confesso que me empolguei com a leitura de O Segredo da empregada, mais do que o
primeiro volume A empregada. Agora,
vemos uma Millie mais segura e confiante, enfim, uma personagem mais amadurecida.
Este amadurecimento não impede que ela continue tomando as dores de mulheres
que são abusadas fisicamente ou psicologicamente pelos seus maridos. Nessas
horas, ela ‘despe’ a sua aura de uma faxineira humilde e ‘veste’ a sua verdadeira
personalidade: uma ex-presidiária condenada por um homicídio por ter defendido
uma amiga que estava prestes a ser estuprada. Ela é sagaz, esperta, inteligente
e muito carismática. Não há como os leitores deixarem de se simpatizarem com
essa garota.
Neste segundo volume, Millie está desempregada e começando
a ficar sem dinheiro. Ela começa a sentir na pele como é difícil para uma mulher
que já esteve presa, condenada por homicídio, conseguir um emprego. Quando o
desespero começa a bater na porta, ela mal consegue acreditar no momento em que
um milionário chamado Douglas Garrick a contrata.
Após alguns dias, ela começa a desconfiar que algo
está muito errado naquela cobertura que mais se parece com uma mansão: Wendy, a
esposa do Sr. Gasrrick nunca sai do quarto. Na verdade, ela e Millie nunca
foram sequer apresentadas.
Certo dia, ao colocar a roupa para lavar, Millie nota
manchas de sangue em uma camisola – e não é a primeira vez. Ela decide, então,
descobrir o que está acontecendo. Quando finalmente descobre, ela chega à
conclusão de que alguém precisa pagar um preço caro pelo o que está fazendo.
A narrativa de Freida McFadden, a exemplo de A empregada, continua fluida fazendo com
que os leitores devorem as páginas. O estilo, também segue o mesmo, com a
autora dividindo o enredo em duas narrativas, ambas em primeira pessoa. Millie
narra a primeira parte, enquanto um outro personagem narra a segunda. Antes,
temos um prólogo que ocupa pouco mais de uma página, mas com o poder de aguçar
a curiosidade dos leitores. O mistério que esse prólogo apresenta será
esclarecido apenas nas páginas finais do romance.
Juro que enquanto lia o livro tentava de todas as
maneiras descobrir qual era o plot twist que MCFadden havia reservado para os
seus leitores. Criei as mais tresloucadas hipóteses. Teve um
momento, durante a narrativa de Millie, que pensei ter certeza do que iria
acontecer e então me decepcionei porque parecia algo muito obvio. “Entonce”... vem
a segunda parte narrada por um outro personagem e o “tonto” aqui leva um tapa
na cara e fica abestalhado. Cara, não esperava por aquele plot twist, verdade.
Na parte 4 da história, já perto da vingança de
Millie, os leitores levam mais uma lapada, tão dolorida quanto a primeira. Um plot
do tipo: - Caráculas! Por essa eu jamais esperava”!
Atribuo o sucesso de O Segredo da Empregada, principalmente, a essas duas reviravoltas
na trama. Dois plot twists incríveis, tão bons ou até melhores do que aqueles
que a autora mostrou em primeiro livro da saga.
Uma leitura que certamente fará com que você adquira
sem preâmbulos o último livro da trilogia: A
empregada está de olho.
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