E lá vou eu novamente nadando contra a maré. Desenhos Ocultos de Jason Rekulak é
praticamente uma unanimidade no Skoob, na Amazon, em quase todas as resenhas
que li nos blogs; enfim, uma “unanimidade nacional”. Todos elogiam a sua linguagem
fluída, mas os maiores aplausos ficam para o seu plot twist. A maioria - aliás,
uma enoooorme maioria – dos leitores ficaram estupefatos com a reviravolta que acontece
perto do final da narrativa. Mas no meu caso... não gostei. E por que não
gostei? Como diz aquele velho ditado popular “fui com muita sede ao pote”.
Cara, após ler praticamente ‘todo o mundo’ comentando
o final “bombástico” da trama, comecei a ler o livro com uma expectativa lá nas
nuvens, não vendo a hora de chegar ao tão “famoso” plot twist. Eu só faltava
engolir as páginas e então... chegou a comentada reviravolta e... me
decepcionei.
Não estou querendo ‘dizer’ que essa reviravolta é
muchiba ou ruim. Não. O que estou expondo é que se trata apenas de um plot comum,
mas não bombástico. Talvez, um dos motivos da minha decepção tenha sido a minha
expectativa que, de fato, estava muito alta. Bem; agora, não importa o motivo,
a verdade é que o tão afamado plot não me impactou.
Desenhos
Ocultos, na realidade, trabalha com três plot twists. Dois
deles relacionados a mãe de um garoto; uma criança de cinco anos que tem o
hábito de fazer estranhos desenhos. A mulher traz escondida em seu corpo uma
tatuagem que ao ser revelada acaba fazendo com que o leitor descubra dois fatos
importantes relacionados a vida do garoto. Podemos dizer que a descoberta da
tatuagem é a porta de entrada para duas reviravoltas que irão esclarecer
detalhes importantes sobre a vida da criança. Chamo essa primeira mudança
repentina na trama de “reviravolta real”. Isto porque o livro traz ainda uma
“reviravolta sobrenatural” intimamente ligada a origem dos desenhos. Inclusive,
nesse ponto da história, o autor dá uma enganadinha nos leitores levando-o a
acreditar numa teoria falsa para logo depois revelar a verdadeira origem dos
tais desenhos ocultos.
Com relação a “reviravolta real” envolvendo Teddy – o
garoto de cinco anos – e os seus pais, já vi, inclusive, alguns filmes que
abordaram temática semelhante o que contribuiu para diminuir ainda mais o
impacto.
Tudo bem; aí você me pergunta se o livro é ruim. Eu
respondo que não. Como já coloquei no início dessa postagem, Desenhos Ocultos tem uma narrativa
fluida que prende a atenção dos leitores até a chega dos plot – como já disse
acima, para mim, decepcionantes. Durante a leitura, expectativas são criadas,
os personagens são carismáticos, o autor é direto e não enrola, e os desenhos
aumentam o clima de tensão. Bom... resumindo: o problema está apenas nos plot
twists.
O livro de Rekulak narra a história de Mallory Quinn,
uma jovem, recém saída da habilitação devido ao seu vício em drogas que
consegue um emprego como babá na casa de um estranho casal mas que aos olhos da
vizinhança levam uma vida perfeita. Sua principal função é tomar conta de
Teddy, o filho de cinco anos do casal.
Mallory imediatamente se apaixona pelo trabalho, além
disso constrói laços sinceros com Teddy, um menino doce e tímido que nunca
abandona o seu caderno, o seu lápis e os seus desenhos que com o passar do
tempo vão se tornando cada vez mais macabros.
Ah! Já ia me esquecendo: perto do final do livro há
uma perseguição que certamente fará com que os leitores prendam o folêgo de
tanto suspense.
O meu conselho para aqueles que ainda não leram a obra
é que não criem expectativas exageradas quanto aos plots. Seguindo esse
conselho, acredito que terão pela frente uma boa história.
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