Se você segue as postagens do “Livros e Opinião” –
aqui, no blog ou nas redes sociais – principalmente aquelas sobre a saga do Cemitério dos Livros Esquecidos sabe o
quanto amo os personagens David Martin e Isabella Gispert. Amo tanto que já
dediquei vários posts no Blog, Instagram, Facebook e Twitter para eles. Por
isso, quando a Suma de Letras lançou, há 12 anos, O Prisioneiro do Céu considerado a sequência do megassucesso A Sombra do Vento (ver aqui e aqui), acredito que fui um
dos primeiros a adquirir o livro, ainda em sua fase de pré-venda.
Se em A Sombra
do Vento, o personagem Julián Carax é o foco da história, em O Jogo do Anjo (aqui e mais aqui) e O Prisioneiro do Céu, David Martin e Isabella Gispert tem todos os holofotes
direcionados à eles. Para que vocês entendam o poder do carisma desses dois
personagens, basta dizer que Carlos Ruiz Zafón dedicou dois livros e alguns
respingos de um terceiro para esse casal. Cara, é isso mesmo. De quatro livros
– A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos, David e Isabella , mesmo não sendo os personagens
principais da saga – esse prêmio cabe a Daniel Sempere, Fermin Romero de Torres
e Bea Aguillar – eles conseguem dominar as páginas da quadrilogia, até mesmo
quando não aparecem e são apenas citados por outros personagens.
Acho que a galera entendeu o motivo da minha
expectativa em 2011 quando foi lançado esse livro. E aqueles mais observadores
também já devem ter percebido o que me levou a reler a saga. Capiche?
E como disse nas resenhas das releituras de O Jogo do Anjo e A Sombra do Vento estou amando ter reencontrado com todos os
personagens criados por Zafón. Eles foram tão bem compostos que se parecem com
seres humanos de verdade; como se Daniel, Fermin, David, Isabella e companhia
estivessem, ali, perto da gente.
Acreditem, demorei menos de três dias para reler O Prisioneiro do Céu e saboreei cada
frase, cada sentença, cada parágrafo como se estivesse saboreando um bom vinho
de uma safra especial.
A história começa um ano após o casamento de Daniel
Sempere e Bea Aguilar e pode ser considerado a sequência direta de A Sombra do Vento Nele temos um encontro
inusitado e especial entre David Martin e Fermin que acabam se conhecendo no
Castelo de Montjuïc, em Barcelona, onde dissidentes
políticos e pessoas inocentes eram mantidas presas em condições terríveis durante
a guerra civil espanhola aguardando a execução.
A narrativa em flasback mostra mais detalhes sobre a
amizade entre David e Isabella que por sua vez, viria se casar com o Sr.
Sempere e se tornar a mãe de Daniel Sempere, além do passado de Fermin Romero,
ou seja, o que o levou a se torar um mendigo errante pelas ruas de Barcelona.
Classifico O
Prisioneiro do Céu como um livro de “revelações” e revelações
surpreendentes como, por exemplo, o pacto firmado entre David Martin e Fermin,
um pacto que envolve outro personagem muito importante da saga; além da
revelação do verdadeiro motivo da morte de Isabella. O romance ainda nos
apresenta um vilão capaz de tirar qualquer leitor do sério: Maurício Valls é
tão ardiloso, tão maldoso que a minha vontade era a de entrar no enredo e
esganá-lo.
Terminei ontem, a releitura de O Labirinto dos
Espíritos, livro que fecha a saga e adorei, mas isso é assunto para uma nova
postagem.
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