Cara... Tô emocionado. O final de “O Labirinto dos
Espíritos” é definitivamente fodástico. Daqueles finais que encerram o ciclo de
uma geração de personagens com chave de ouro. Personagens que estiveram
presentes na vida de muitos leitores que durante anos fizeram da saga “O
Cemitério dos Livros Esquecidos” os seus livros preferidos de cabeceira. Não
cheguei a chorar, mas fiquei melancólico e muito triste ao saber que nunca mais
iria poder desfrutar de novas aventuras envolvendo Daniel Sempere, Fermin e Bia.
Antes que alguém me
acuse de estar implodindo o post com spoillers maquiavélicos, quero esclarecer
que ao me referir a um encerramento de ciclo não quis dizer que esses três
personagens fantásticos morreram. Nada disso. Um ciclo pode ser encerrado de
várias maneiras, sem que a morte faça parte dele. Só mesmo lendo o livro para
entender o que estou dizendo.
Mas antes do leitor ficar emocionado com as
páginas finais, Carlos Ruiz Zafón preparou muitas surpresas e reviravoltas
neste ultimo volume da saga. Zafón segue
o seu famoso estilo de ‘ludibriar’ – no bom sentido – o leitor que pensa estar
seguindo o caminho certo, então, de repente... o que ele acreditava ser óbvio,
não é nada daquilo. Zafon é mestre nesse estilo de escrita. Cada segredo
desvendado, a cada reviravolta, ganhava uma exclamação: “Putz! Mas como!!” Meo!
Com isso, foram muitas derrubadas de queixo ao longo das quase 800 páginas.
Olha, juro que nunca vi
um, escritor fazer tantas inversões de enredo e com tanta maestria quanto
Zafón.
A trama principal de “O
Labirinto dos Espíritos” trata do desaparecimento misterioso do ministro
Maurício Valls, o vilão de “O Prisioneiro do Céu”, acusado de envenenar
Isabella, a mãe de Daniel, além de submeter os prisioneiros do Castelo de
Montjuic - onde era diretor, antes de se tornar ministro - a torturas
terríveis, das quais muitos não conseguiam sobreviver.
Uma das personagens
principais da história é Alícia Gris, uma alma nascida das sombras da guerra,
que lhe tirou os pais e lhe deu em troca uma vida de dor crônica provocada pelo
ferimento de uma explosão de bomba durante um bombardeio em Barcelona.
Investigadora talentosa, é a ela que a polícia recorre quando Valls desaparece;
um mistério que os meios oficiais falharam em solucionar.
Enquanto isso, Daniel
Sempere não consegue escapar dos enigmas envolvendo a morte de sua mãe,
Isabella. O desejo de vingança se torna uma sombra que o espreita dia e noite,
enquanto mergulha em investigações inúteis sobre seu maior suspeito – o agora
desaparecido ministro Valls.
Os fios dessa trama aos
poucos unem os destinos de Daniel e Alicia, conduzindo-os de volta ao passado,
às celas frias de Montjuic e através desses flashbacks, passamos a conhecer
tudo o que aconteceu com David Martin enquanto esteve preso; a explicação para
a sua fuga misteriosa da prisão; os últimos dias da vida de Isabella, com seus
arrependimentos e confissões; além de uma intriga pérfida e asquerosa de Valls
– enquanto diretor da prisão – que culminou com a execução de muitos
prisioneiros com o objetivo de colocar em prática um plano terrível que é
revelado bem antes do final do livro.
Enfim, a obra une todos
os fios soltos dos livros anteriores, além de desenterrar os últimos segredos
da família Sempere.
Se preparem para as
reviravoltas na trama envolvendo os fatos relacionados a prisão de Maurício
Valls, além da revelação de um segredo bombástico ligado a David Martin e a
família Sempere.
Ah! Antes que me
esqueça. Com certeza, os fãs da saga irão ganhar o dia com o retorno de um
personagem muito, mas muito querido e andava sumido ultimamente. Quando percebi
que ele voltaria. Uhauuuuu! Quase tive um treco. É emocionante vê-lo interagir
com Julián Sempere, filho de Daniel e Bia.
No mais, boa leitura à
todos!
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