Com “O Labirinto dos Espíritos” fecho a maratona de releitura da saga “O Cemitério dos Livros Esquecidos”. Que viagem!

14 janeiro 2024


Há algum tempo, quando escrevi a resenha de O Labirinto dos Espíritos citei que Carlos Ruiz Zafón fechou o ciclo de toda uma geração antológica de personagens de uma forma emocionante; tão emocionante que pode render, até mesmo, algumas lágrimas, no caso dos leitores mais sensíveis. Juro que fiquei com uma lágrima presa na garganta. Zafón foi muito feliz ao ter a ideia de resgatar um personagem considerado o símbolo de toda a saga e trazê-lo para o presente com o objetivo de interagir com o filho de um outro personagem com o qual ele viveu aventuras épicas em A Sombra do Vento, livro que abre a quadrilogia O Cemitério dos Livros Esquecidos

É esta interação que acontece praticamente nos últimos capítulos de O Labirinto dos Espíritos que proporciona os momentos mais emocionantes da trama. Mas não é só o encontro desse dois personagens que comove; as últimas páginas da obra são um convite para aquele nozinho no peito ou então para aquela lagrima que fica travada na garganta. É o momento que marca a despedida de Daniel Sempere, Bea Aguillar, Fermin Romero, David Martin, Isabella Gispert e Julián Carax; uma geração de personagens que nos encantou durante toda a saga que começou em 2001 com a publicação de A Sombra do Vento e terminou em 15 anos depois com O Labirinto dos Espíritos. Somados a essas figuras não podemos esquecer de Alícia Griss, a principal personagem do livro que fecha a quadrilogia.

Considero O Labirinto dos Espíritos um livro de “amarração”, ou seja, o seu enredo amarra todos os fios soltos de A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu. Por isso, apesar de Zafón afirmar que os quatro livros são tramas independentes, podendo ser lidos em qualquer ordem para montar a história geral, já que cada livro da saga apresenta uma porta diferente de entrada para a trama; não aconselho que os leitores leiam primeiramente O Labirinto dos Espíritos, o ideal é deixa-lo para o final. Quanto aos outros três livros, você pode lê-los de acordo com as datas de publicação ou, se preferir, seguindo a ordem cronológica dos fatos, tanto faz (explico melhor aqui).

Aqueles que quiserem saber mais detalhes sobre O Labirinto dos Espíritos podem ler a resenha que escrevi em 2017 (ver aqui), um ano após o lançamento da obra. E por já ter resenhado o livro de Zafón, basta somente “dizer” agora, nesse post, que amei ter feito a sua releitura, bem como de toda a saga.

 

 


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