Há
algum tempo, quando escrevi a resenha de O
Labirinto dos Espíritos citei que Carlos Ruiz Zafón fechou o ciclo de toda
uma geração antológica de personagens de uma forma emocionante; tão emocionante
que pode render, até mesmo, algumas lágrimas, no caso dos leitores mais
sensíveis. Juro que fiquei com uma lágrima presa na garganta. Zafón foi muito
feliz ao ter a ideia de resgatar um personagem considerado o símbolo de toda a
saga e trazê-lo para o presente com o objetivo de interagir com o filho de um outro
personagem com o qual ele viveu aventuras épicas em A Sombra do Vento, livro que abre a quadrilogia O Cemitério dos Livros Esquecidos.
É
esta interação que acontece praticamente nos últimos capítulos de O Labirinto dos Espíritos que proporciona
os momentos mais emocionantes da trama. Mas não é só o encontro desse dois
personagens que comove; as últimas páginas da obra são um convite para aquele
nozinho no peito ou então para aquela lagrima que fica travada na garganta. É o
momento que marca a despedida de Daniel Sempere, Bea Aguillar, Fermin Romero,
David Martin, Isabella Gispert e Julián Carax; uma geração de personagens que
nos encantou durante toda a saga que começou em 2001 com a publicação de A Sombra do Vento e terminou em 15 anos
depois com O Labirinto dos Espíritos.
Somados a essas figuras não podemos esquecer de Alícia Griss, a principal
personagem do livro que fecha a quadrilogia.
Considero
O Labirinto dos Espíritos um livro de
“amarração”, ou seja, o seu enredo amarra todos os fios soltos de A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e O
Prisioneiro do Céu. Por isso, apesar de Zafón afirmar que os quatro livros
são tramas independentes, podendo ser lidos em qualquer ordem para montar a
história geral, já que cada livro da saga apresenta uma porta diferente de
entrada para a trama; não aconselho que os leitores leiam primeiramente O Labirinto dos Espíritos, o ideal é
deixa-lo para o final. Quanto aos outros três livros, você pode lê-los de
acordo com as datas de publicação ou, se preferir, seguindo a ordem cronológica
dos fatos, tanto faz (explico melhor aqui).
Aqueles
que quiserem saber mais detalhes sobre O
Labirinto dos Espíritos podem ler a resenha que escrevi em 2017 (ver aqui),
um ano após o lançamento da obra. E por já ter resenhado o livro de Zafón,
basta somente “dizer” agora, nesse post, que amei ter feito a sua releitura, bem
como de toda a saga.
Postar um comentário