Cinco histórias de amor nos livros que arrebentaram o meu coração

02 dezembro 2023

Ok. Tudo bem; confesso que sou emotivo e que não resisto a uma boa história de amor, além do mais navego totalmente contra aquela maré machista que afirma que homem que lê história de amor e ainda por cima chora, está cometendo dois pecados mortais: ler o tal “gênero proibido” e o segundo pecado: chorar. 

Cara, como a Luka costumava dizer e cantar há ‘uns’ vinte anos: “Tô nem aí”. Capiche? É isso mesmo: não tô nem aí pra essa galera. Gosto de romances e se esse romance me emocionar, choro de fato; e ponto final.

Não liga não galera, estou meio assim, digamos... “revoltado”, porque tenho alguns amigos leitores que ainda pensam dessa maneira. Costumo dizer que eles nasceram antes dos dinossauros (rs).

Ontem, conversando com Lulu, ela me deu a ideia dessa postagem. Como conhece a fundo todos os meus hábitos de leitura, acabou sugerindo um post onde eu destacasse enredos que tiveram histórias de amor marcantes que valeram muitas das minha lágrimas derramadas.

Adotei correndo a sua sugestão e assim, nasceu essa postagem. Garanto que essas seis histórias de amor arrebentaram o meu coração; algumas me deram até ressaca literária. Lembrando que nem todas as seis indicações são livros românticos. Algumas dessas obras literárias são dramas e até mesmo aventura com batalhas épicas, mas como “o amor está no ar” não é preciso que um enredo seja exclusivamente romântico para que o “Senhor Love” faça uma visitinha surpresa. Taí a saga As Crônicas de Artur e o livro Mentirosos que não me deixam mentir.

01 – As Crônicas de Artur (Bernard Cornwell)

História de amor: Derfel e Ceinwyn (Seren, A Estrela de Powys)

Na minha opinião, Derfel e Ceinwyn tem uma das histórias de amor mais bonitas da literatura, mesmo não sendo personagens de um enredo romântico. As Crônicas de Artur (ver aqui, aqui e mais aqui) escrita por Bernard Cornwell narra a história do Rei Artur, mas um Artur mais realista que foge daqueles padrões míticos da maioria dos livros. Derfel Cadarn é um de seus guerreiros e antes de tudo, seu grande amigo. Ele é o narrador da história, já que a trilogia foi escrita em primeira pessoa.

A história de amor de Derfel e de Ceinwyn, conhecida com ‘Seren, a Estrela de Powys’ é pura poesia. Derfel rompeu todos os paradigmas daquela época ao desposar a filha de um dos senhores mais poderosos da Bretanha e que já estava prometida para um outro pretendente. Mas o corajoso e apaixonado guerreiro, mesmo não sendo um nobre, não se importou com esse detalhe e moveu “céus e terra” para ficar ao lado de sua amada. E o mais importante: Ceinwyn correspondeu a esse amor.

Após se unirem, o casal se completou: corpo e alma. Fiquei com uma lágrima parada na garganta...  Leiam a saga e se emocionem com a história desse casal.

02 – Éramos seis (Maria José Dupré)

História de amor: Dona Lola, Júlio, Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel

Éramos Seis é uma das obras mais respeitadas da literatura brasileira. Nela, acompanhamos a vida de uma família de classe média baixa vivendo na cidade de São Paulo entre a década de 10 e de 40.

Quem narra a história é a matriarca, Dona Lola, uma mulher dedicada e mãe de quatro filhos. Ela relembra o passado, detalhando suas conquistas e suas dores de maneira simples e sensível.

O livro não é conhecido apenas como um romance dramático, mas também como um romance histórico onde retrata o modo de vida de boa parte das famílias, e sobretudo das mulheres brasileiras da primeira metade do século XX.

A narrativa inicia com a visita de Dona Lola, já idosa, a sua antiga casa, um imóvel na Avenida Angélica, no centro de São Paulo. Ao olhar para o local, a senhora rememora os longos anos que lá viveu com sua família: o marido Júlio e os filhos Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel. A partir daí, são mesclados os momentos tristes e alegres vividos por essa família numa narrativa emocionante com vitórias e derrotas, sorrisos e lágrimas. Olha... foi difícil segurar a emoções em muitos trechos.

03 – Diário de uma paixão (Nicholas Sparks)

História de amor: Allie e Noah

Diário de uma Paixão foi um dos livros mais emocionantes que li. Em vários momentos da história, Allie Nelson e Noah Calhoun conseguiram fazer com que eu chorasse e com direito a lencinho na mão. Verdade pessoal, fiquei com os olhos molhados em diversas passagens. Que casal especial! Eles representam a prova do verdadeiro amor, do amor incondicional. Aquele amor que vale não só para os momentos de felicidade, mas principalmente para momentos tristes.

Allie e Noah, são dois jovens que descobrem o verdadeiro significado da paixão, mas são separados por uma série de obstáculos e mal-entendidos. Muitos anos depois, a vida dá conta de uni-los novamente e a paixão volta com todo o seu fulgor. Já noiva de um bem-sucedido advogado, Allie precisa optar entre manter o rumo estável de sua vida ou se entregar ao verdadeiro amor, correndo todos os riscos ao lado de Noah. Ela não pensa duas vezes e escolhe Noah.

Os dois passam a viver uma vida cheias de desafios, mas também com muitos momentos alegres. O trecho em que os dois se reencontram numa casa de repouso para idosos... putz! Me transformei num chamariz de lágrimas. O final do livro, então... Para! O leitor tem que ter coração forte.

04 – Love Story – Uma história de amor (Erich Segal)

História de amor: Oliver e Jennifer

Certamente, os cinéfilos que assistiram “Love Story” nos cinemas e saíram das salas de exibição chorando aos baldes irão se lembrar da icônica frase “amar é jamais ter que pedir perdão”. Esta frase imortalizada pelo casal Oliver e Jennifer vividos por Ryan O’Neal e Ali MacGraw no filme que encantou a geração dos anos 70, ainda vem sendo pronunciada por muitos casais.

Aliás, o livro de Erich Segal foi o mais vendido nos Estados Unidos e traduzido para 33 idiomas. Na época, as livrarias enfrentaram filas gigantescas de leitores que de tão desejosos em adquirir a obra chegaram a dormir nas portas das lojas.

A história de livro e filmes se cruzaram desde o início quando em 1969 os executivos da Paramount, visando reforçar a divulgação da produção cinematográfica que estrearia em 1970, pediram  que Segal escrevesse um livro baseado no roteiro cinematográfico, para ser lançado nas lojas no Dia dos Namorados, semanas antes de o longa estrear nos cinemas. A estratégia funcionou: filme e livro foram sucessos totais.

Quanto a história de Oliver e Jennifer, será que preciso relembrar? Acho que não né galera? Quase todos já conhecem, inclusive eu e com um nó na garganta.

05 – Marina (Carlos Ruiz Zafon)

História de amor: Oscar Drai e Marina

Cara, o final de Marina de Carlos Ruiz Zafon te arrebenta, te quebra no meio. Juro que me debulhei em lágrimas. Caraca, o que foi aquilo?! Pode acreditar, os três últimos capítulos da obra do autor espanhol arrebentam o mais duro e empedernido dos corações. É nessa hora que o pequeno Oscar Drai desvenda todo o mistério envolvendo a sua querida e amada Marina.

Zafon cria um enredo de suspense envolvente na antiga Barcelona dos velhos casarões. Oscar Drai, um garoto de 15 anos que estuda num internato, passa o seu tempo livre andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões. É um desses antigos casarões que desperta a atenção do garoto que logo resolve se aventurar no interior da construção. É nesse casarão que ele conhece Marina. A partir desse momento começa uma das mais lindas histórias de amor da literatura, repleta de aventuras e com um final para estraçalhar os corações.

06 - Mentirosos (E. Lockhart)

História de amor: Cadence, Johnny, Mirren e Gat

Fecho esse post com a saga vivida por um grupo de jovens que me emocionou muito. Cadence, Johnny, Mirren e Gat foram os responsáveis por uma das maiores depressões pós livros que eu já tive. 

Cadence, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos. Durante o verão de seus quinze anos na ilha particular da família, as férias idílicas de Cadence são interrompidas quando a garota sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido, até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.

Além do final emocionante de Mentirosos, se preparem, também, para uma reviravolta avassaladora na história, daquelas que tiram o chão do leitor. A tal virada acontece no último capítulo intitulado ‘Verdade’. Posso garantir que é algo bombástico.

Garanto que após a galera descobrir o segredo de Cadence, no finalzinho da história, as lágrimas virão.

Por hoje é só galera.

Valeu!

 

 

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