Todo leitor inveterado é uma mer... bem, vou ficar
apenas no “uma mer...” (rs). E para o conhecimento geral de todos que
acompanham o blog, eu também faço parte da tchurma dos inveterados. Prova disso
é que apesar de estar com a minha lista entupida de obras que ainda não li,
acabei comprando mais três livros. Juro que tentei lutar contra aquele vício
que invade todos os poros do corpo de um leitor inveterado quando ele vê um,
dois, três ou mais livros com preços convidativos nas livrarias, cujos temas
despertam aquele interesse repentino. Coisa do tipo: “olhei-gostei-comprei”.
Pois é, foi o que aconteceu comigo neste final de semana ao ver O Único Avião no Céu, de Garrett Graf; A Sociedade da Neve, de Pablo Vierci e O Senhor da Guerra, 13º volume das Crônicas Saxônicas que fecha com chave
de ouro a badalada saga escrita por Bernard Cornwell.
Confesso que as obras de Graf e Vierci foram amores à
primeira vista, quanto as Crônicas já vinha namorando há alguns dias e hoje à
tarde saiu o casamento (rs).
Como um verdadeiro fã de carteirinha de Uhtred (tenho
os 12 livros da saga) não poderia nem pensar em deixar de comprar o volume que
conclui a história da formação da Inglaterra narrada pelo guerreiro pagão.
Desde o primeiro volume amei o estilo narrativo de Cornwell que optou por
contar a história da Inglaterra mesclando personagens reais com personagens
fictícios. As batalhas com as famosas paredes de escudos descritas por Uhtred são
tão reais que transmite ao leitor a sensação de estar lá no meio da contenda
sentindo o cheiro de suor e medo dos guerreiros que lutam nessas temíveis paredes.
Este último exemplar traz o desfecho dos personagens da
saga além do nascimento da Inglaterra com a unificação dos seus reinos. Dessa
forma, o sonho do Rei Alfredo, desde o começo, está quase a ponto de se
realizar.
Porém, como nada na vida do nosso protagonista Uhtred
é fácil, ainda vamos vê-lo lutar algumas batalhas. Quem já leu a obra – vi vários
comentários na Amazon e no Skoob – disseram que se trata do melhor livro de
toda a saga, com um final épico e ao mesmo tempo emocionante.
Estou ansioso para iniciar a leitura de suas 378
páginas. Com certeza, será o primeiro a ser lido das três novas obras que
comprei.
Quanto a O Único
Avião no Céu o que me despertou o interesse foi a maneira como o jornalista
e historiador Graf Garrett conta os eventos do ataque terrorista de 11 de
setembro de 2001 que abalou mundo. A
história é narrada nas palavras de quem vivenciou o ataque às torres gêmeas do
World Trade Center em Nova York.
Com base em transcrições nunca antes publicadas,
documentos recentemente tornados públicos, entrevistas e relatos de quase
quinhentos funcionários do governo, bombeiros, testemunhas, sobreviventes,
amigos e familiares das vítimas, Graff pinta um retrato vívido e humano do 11
de Setembro. Assim, ouvimos a voz dos funcionários do aeroporto que, sem saber,
conduzem terroristas para seus voos, e também a dos comissários de bordo dentro
dos aviões sequestrados.
De acordo com release da editora Todavia, O Único Avião no Céu é a história de
como pessoas comuns lutaram contra eventos extraordinários: o pai e o filho
trabalhando na Torre Norte, pegos em extremos diferentes da zona de impacto; o
bombeiro em busca de sua esposa que trabalhava no World Trade Center; a
telefonista que promete compartilhar as últimas palavras de um passageiro com a
família dele.
Deve ser um livraço! Também não vejo a hora de tê-lo
em mãos para começar a devorá-lo.
E finalmente, A
Sociedade da Neve, outro livro jornalístico com características semelhantes
a O Único Avião no Céu. A obra do
escritor uruguaio Pablo Vierci traz os depoimentos dos sobreviventes da
Tragédia dos Andes.
Em outubro de 1972, um avião fretado da Força Aérea do
Uruguai que rumava para o Chile se choca contra uma montanha nos Andes. Das 45
pessoas a bordo - a maioria fazia parte de um time de rúgbi amador -, 29
sobrevivem ao impacto, mas apenas dezesseis foram resgatadas, depois de
improváveis 72 dias. Durante esse longuíssimo período, os sobreviventes ficaram
cercados por rocha e gelo, sem roupas apropriadas, sob temperaturas de até
trinta graus negativos, abrigados no que restara da fuselagem depois da
colisão. Famintos, lançam mão de um recurso extremo: alimentar-se dos corpos
dos amigos mortos.
Já havia lido o livro Milagre nos Andes, lançado em
2006, e escrito por Nando Parrado, outro sobrevivente do acidente. Amei a obra,
amei tanto que resolvi comprar ‘na lata’ a publicação de Vierci. Pelo que
fiquei sabendo através de comentários nas redes sociais é que os depoimentos
presentes nos dois livros são diferentes, além do estilo narrativo.
Vierci adotou uma forma criativa de relatar a história
que comoveu o mundo em 1972. Num
capítulo, conta a história; já no capítulo seguinte apresenta o depoimento de
um sobrevivente. Segue assim até concluir a obra, com os depoimentos comoventes
e que surpreendem pela crueza e sinceridade.
Taí galera, compra feita, lista de leitura enorme, mas
feliz da vida porque vou ler o que eu quero e não o que as editoras querem.
Absolutamente livre para elogiar se gostar ou criticar se não gostar. Ufa!!
Inda bem!
Fui, galera!
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