O fim deste ano e o começo de 2021 foram meio....
digamos... complicado para mim. Complicado no sentido de muito trabalho,
reformulação do layout do blog, alguns probleminhas de saúde, sem contar a
preocupação com essa pandemia FDP que entrou em nossas vidas de supetão, sem
pedir licença. Apenas chegou e pronto! Com isso, acabei perdendo alguns bons
lançamentos literários que tivemos nesse período, incluindo uma baita novidade
da DarkSide publicada em 8 de dezembro de 2020. E quando digo “baita” estou
querendo dizer “baaaaaita!!!” mesmo, com direito aos três sinais de exclamação.
Estou me aludindo ao relançamento da edição do clássico O Morro dos Ventos Uivantes da escritora britânica Emily Bronte.
Cara, a Caveira caprichou! De fato. O acabamento é
em capa dura com uma ilustração de encher os olhos, representando o buraco de
uma fechadura trazendo em seu interior o que parece ser o personagem Heathcliff,
envolto em chamas, segurando uma faca cheia de sangue. Brrrrr! Nada discreto,
bem ao estilo do Caveirinha, concordam? (rs). Tem mais: corte de páginas
colorido (cor vermelha), formato 16 x 23 cm, letras trabalhadas nas páginas que
abrem os capítulos e para completar a festa: três marcadores e três adesivos da
edição. Caráculas! Ôoo Caveirinha, ajuda eu aí, pô! (rs)
Galera, resumindo, uma edição para ficar babando.
São 416 páginas de um livro, cujo visual enche os olhos de qualquer leitor,
inclusive dos mais exigentes.
O Morro dos Ventos Uivantes relançado pela editora carioca, especializada no gênero terror e suspense, faz parte do selo DarkLove Classics que reúne grandes clássicos da literatura. Por meio de uma seleção criteriosa, a Caveira apresenta, através desse selo, escritoras talentosas - que atravessaram gerações - para um público não só sedento por uma maior participação feminina no mercado editorial, mas também por histórias inesquecíveis.
Lançado, originalmente, em 1847, O Morro dos Ventos Uivantes foi o único
romance de Brontë. Hoje considerado um clássico da literatura inglesa, recebeu
fortes críticas no século XIX, principalmente por conta da presença de
linguagem informal, cenas com violência e que eram contra os preceitos daquele
momento, o que nos faz compreender que Bronte estava ‘anos-luz’ à frente de sua
época.
Na primeira edição, não estava claro que O Morro dos Ventos Uivantes era escrito
por uma mulher, na verdade, Emily o publicou com o pseudônimo masculino de
Ellis Bell. Quando a revelação foi à tona naquela sociedade, da época na qual
vivia, o burburinho se tornou ainda maior. Na mente das pessoas do período
vitoriano, O Morro dos Ventos Uivantes
não poderia, jamais, ter sido escrito por uma moça; não era possível que
personagens tão intensos e brutais tivessem sido concebidos pela mente de uma
jovem escritora. Para os críticos do Século XIX, o romance de Emily era
desonroso, imoral e brutal ao ir contra a moral da época. Mas com o passar dos
anos, o livro se tornou uma das obras mais importantes da literatura mundial,
ganhando assim, o status de “clássico literário”.
Filme de 1992 com Ralph Fiennes e Juliette Binoche
Resumidamente, a trama conta a história do órfão
Heathcliff, que é acolhido, ainda na infância, pela família Earnshaw. Logo, o
menino apaixona-se pela bela Catherine, sua irmã adotiva mais nova, que o
corresponde, no início. No entanto, esse afeto acaba se transformando em uma
história de amor impossível. Grosseiro, humilhado e rejeitado, ele guarda
apenas rancor no coração, mas tem com Catherine um relacionamento marcado por
amor e, ao mesmo tempo, ódio.
Vale lembrar que esse foi o único romance escrito
por Bronte e teve várias adaptações para a televisão e para o cinema.
Portanto taí. Agora só resta aproveitar esse super
relançamento da DarkSide para ler, reler ou simplesmente ter em sua estante
porque a edição é de encher os olhos.
Inté!
Um comentário
É tudo muito caprichado, mas não acho essas edições da DARKSIDE bonitas. Este livro por exemplo, um clássico, fica com "cara" de nerd adolescente. Parece aqueles livros adolescentes que passamos perto da prateleira e viramos a cara... Prefiro livros com edições mais simples e sérias. Felizmente há edições para todos os gostos.
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