Tenho um colega, o Nilton, vidrado no personagem
Conan criado por Robert E. Howard. Vidrado não; acho que que expert seria o
termo mais correto, o que não elimina o vidrado, porque o cara jamais admite
que arranhem a imagem do famoso Cimério com meias verdades. Se, por acaso, isso
acontecer, o Niltão deixa de ter um metro e meia de altura e cresce em cima do
difamador.
– Gosto mais dos filmes; não sou muito fã dos
quadrinhos – respondi, já vendo a fisionomia do Niltão ir se alterando. – Mas
se Conan não fosse um personagem típico dos quadrinhos, com certeza, iria
gostar demais de suas aventuras. – Com essas palavras, a expressão do Niltão sofreu
uma transformação ainda mais violenta.
- Sabe, gostei muito de histórias em quadrinhos, na
realidade amei, mas hoje, prefiro os livros. – disse, tentando contemporizar, sem
mentir, já que fui uma ardoroso leitor de quadrinhos na minha infância e
pré-adolescencia.
Entonce, paguei pela minha ignorância no ‘assunto
Conan’. Naquele momento vi o Niltão se transformar no próprio Cimério envergando
a sua espada na mão e pronto para me decapitar por causa da minha insolência. –
Paaaaara com isso meeeeeuuuu!!!!! – berrou o “Cimério magrelo” de um metro e
meio. – Conan não é um personagem de quadrinhos! Ele nasceu das pulps; os
quadrinhos só vieram depois!
Então foi assim, que descobri – correndo um baita
risco de vida – que Conan “O Bárbaro” ou “O Cimério”, tanto faz, não foi um
personagem originário dos quadrinhos e por isso, certamente, deveriam existir
livros ou textos sobre o personagem.
Gostaria de explicar que acabei ficando fã de Conan após
assistir aos seus filmes durante as saudosas sessões de VHS na sala de casa.
Achava as suas histórias tão incríveis que antes de começar os filmes fica de
olho nos letreiros, ansioso para descobrir se as histórias de 1982 e 1984,
vividas por Arnold Schwarzenegger no auge dos seus músculos, eram baseadas em
algum livro. Quando descobri, erroneamente, que os filmes eram originários dos
HQs, suspendi as minhas buscas, quero dizer... até o mês passado na casa do
Niltão.
Desde então, as minhas buscas recomeçaram, foi assim que vi no Instagram, através do Ig literário Prometheus Pós Moderno (@prometheus_pos_moderno), informações importantes sobre uma coleção luxuosa de três livros do personagem
lançada pela editora Pipoca & Nanquim. Entrei em contato com o responsável pelo
Ig que me forneceu outros dados complementares. Então exclamei: “Achei o meu
ouro!!”
Cara, que luxo!! Os editores da Pipoca e Nanquim
capricharam no limite. São três livros, lançados em 2017, 2018 e 2019.
– PQP! A coleção nasceu em 2017 e eu, aqui,
morgando!
A coleção contém na íntegra todas as aventuras de
Conan, seguindo a ordem que foram publicadas, originalmente, na icônica revista
pulp Weird Tales no período de 1932 a 1936.
Os três livros são todos em capa dura com acabamento
de luxo, contendo ainda sobrecapa de acetato, ilustrações de artistas como Mark
Schultz e Gary Gianni, acompanhando todas as aberturas e encerramentos de
capítulos dos contos; artes de páginas inteiras ilustrando os momentos mais
importantes da saga de Conan; abertura de todos os contos com um ‘espelho’ das
clássicas capas da revista pulp Weird Tales, onde eles foram publicados
originalmente; diversos extras e como já disse, pela primeira vez no Brasil, as
capas originais de Frank Frazetta.
As obras incluem ainda, marcador de páginas no
formato de espada e folha de guarda com o mapa original da Era Hiboriana onde
Conan viveu.
Cara, depois dessa descoberta, adivinhe o que fiz?
Estabeleci a meta de comprar um volume por mês,
juntamente com outros livros que fazem parte das minhas aquisições futuras. Se Deus
quiser, até o fim de março estarei com os três luxuosos livros de Conan da
editora Pipoca e Nanquim bombando na minha estante.
Inté!
2 comentários
Parabéns pela matéria. Está ótima. Obrigado pela situação do meu ig também . Boa sorte nas compras dos livros.
ResponderExcluirValeu Carlos!
ExcluirMe interessei pela compra quando vi a coleção em seu ig.
Abcs!