Comprei “Caixa de Pássaros – Não Abra os Olhos” do
escritor americano Josh Malerman influenciado pela sinopse fornecida pela
editora Intrínseca. Estava afim de ler uma ficção pós-apocalíptica, algo
parecido com “Eu Sou a Lenda” de Richard Matheson ou “A Estrada” de Cormac
McCarthy. Ah! Também não queria ter acesso a nenhuma crítica ou resenha sobre o
livro. A minha intenção era ‘deflorar’ a obra, conhecer os seus defeitos e virtudes
ao virar cada página Não queria saber, antecipadamente, se o enredo era bom ou ruim; nada disso. Portanto,
optei por apenas ler – bem superficialmente - a sinopse oficial da obra,
fugindo dos spoilers.
E lá vou eu atrás da “Caixa de Pássaros – Não Abra
os Olhos”. Comecei a ler e quando percebi estava hiper ansioso para saber o seu
final. Cara, a saga daquela mãe e de seus dois filhos pequenos que saem ‘as
cegas’ navegando no mar para fugir de algo abominável, me prendeu
instantaneamente. Fui devorando páginas por página no maior frenesi, mas
entonce... chegou o final e PQP!! Que coisa mais sem graça. Muitos fios da
trama ficaram soltos, entre eles, o da misteriosa criatura. Fiquei triste e
decepcionado com o final da narrativa de Malerman porque a sua escrita fluída me
cativou logo nas primeiras páginas. Foi amor a primeira vista, mas o fechamento
do enredo matou a história.
“Caixa de Pássaros” fala sobre uma misteriosa
epidemia que assola todo o planeta Terra, impedindo os seus habitantes de sair de
suas casas com o risco de ficarem loucos, após verem criaturas aterradoras e, assim, começarem a matar qualquer um que
estiver por perto, inclusive filhos e maridos. Os cientistas desconhecem o vírus que causou essa histeria e consequentemente uma provável
cura.
Assim, os poucos sobreviventes desse holocausto não
podem se aventurar nas ruas com os olhos abertos, sendo obrigados a viver dentro de
suas casas com cobertores e panos
cobrindo todas as janelas. Aqueles que resolvem sair em
busca de alimentos são obrigados a vendar os olhos para não ficarem loucos quando se depararem com a horrenda e misteriosa visão.
É neste clima que uma mulher chamada Malorie junto
com seus dois filhos, que vivem numa casa abandonada próximo a um rio, decidem
fugir para um lugar que ainda não foi atingido pela epidemia, mas para isso a
sobrevivente e as duas crianças terão que remar mais de 30 quilômetros com os
olhos vendados. A angústia aumenta porque enquanto eles estão fugindo, passam a
ser perseguidos por algo misterioso que autor optou por não definir. Pode ser
um animal, uma criatura pós-apocalíptica, um homem ou qualquer outra coisa.
Por mais que o terror a assole, Malorie só tem uma
certeza: ela jamais pode abrir os seus olhos.
Putz! Que enredo fodástico! Mas...a conclusão, de
fato, deixou a desejar. Pontas e mais pontas soltas e pior: dúvidas sem
respostas.
Se quiser ler o livro, leia, você terá bons
momentos, mas, sinceramente, esqueça o final, melhor dizendo.... as páginas
finais.
Ah! Antes que me esqueça: A Netflix não perdeu tempo
e já está produzindo um filme de suspense com a Sandra Bullock baseado no livro.
Inté!
2 comentários
Li esse livro há três anos e me marcou de tal forma que ainda lembro até hoje do momento em que a protagonista vai até o poço no quintal de casa para buscar água. Ela vai uma vez, sente algo próximo, vai pela segunda vez, sente algo ainda mais próximo, e na terceira vez... brrrrr, melhor não revelar spoiler para quem ainda não leu!
ResponderExcluirO livro realmente é sensacional e assustador, mas concordo com você que o final deixa muito a desejar. O autor poderia ter se dado ao trabalho de explicar alguma coisa.
Só uma correção: na verdade, não se trata de uma epidemia que impede as pessoas de saírem de casa com os olhos abertos, mas sim de criaturas que quando vistas levam as pessoas à loucura, por isso vendam os olhos, para não vê-las.
No mais, está ótimo!
Olá Tex, muito bom vê-lo por aqui, novamente. Talvez não tenha explicado direito, temendo liberar spoilers. O que eu quis dizer é que a epidemia que se alastrou pela Terra deu origem as 'tais cositas' que levam as pessoas a perderem a razão.- não sabe-se se no formato real ou ilusório.
ExcluirGrande abraço meu amigo!