Por sempre defender o lema: “Leia o que quiser e
onde quiser”, dia desses ataquei de literatura infanto-juvenil – mais para o
infantil do que para o juvenil – em plena rodoviária lotadíssima. Como tinha de
fazer uma reportagem do tipo ‘vapt-vupt numa cidade próxima, optei pelo buzão.
Enquanto aguardava o dito cujo para retornar ‘in my house’, saquei da pasta “As
Bruxas” de Roald Dahl e mandei ver.
Leitura vai, leitura vem, quando percebi, estava tão compenetrado no livro que
quase perdi o meu meio de transporte. O jeito foi continuar lendo bem acomodado
na poltrona acolchoada do buzão. Podem
acreditar, li as 178 páginas de “As Bruxas”
em pouco mais de duas horas.
Apesar dos diálogos e até mesmo do roteiro bem
simples, Dahl tem o dom de seduzir o leitor. Cara, não dá pra parar de ler. Ele
te deixa completamente a vontade e o resultado é um mergulho de cabeça em sua
história.
Antes de viajar, saquei esse livro da estante porque,
a princípio, era bem curtinho e fino – não estava a fim de levar um calhamaço de
páginas ‘fincado’ em minha bolsa como um bloco de concreto -, mas após concluir
a leitura, o meu desejo era que as 178 páginas do livro fossem na realidade 300
ou 400, pois assim, poderia desfrutar
muito mais o prazer da leitura.
O livro de Dahl ganhou uma adaptação para os cinemas
em 1990 com o título de “A Convenção das Bruxas”. A obra escrita é muito
melhor, mas o filme com Anjelica Houston também não nega fogo. Considero o
livro melhor porque é bem mais detalhista, principalmente durante as
explicações sobre bruxas dadas pelo avó do personagem principal.
Dahl conta a história de um menino inglês – que não
tem o seu nome revelado no livro – que após a morte de seus pais, vai morar com
a sua avó na Noruega. Ele ama de paixão a velhinha bondosa e esperta. A vovó
sabe tudo sobre bruxas e acaba convencendo o garoto de que elas, realmente,
existem, mas por outro lado é muito difícil identificá-las já que são parecidas
com pessoas normais e levam uma rotina de vida, também, normal. Podem ser
professoras, médicas, secretárias e por aí afora.
A velhinha vai, então, dando dicas importantes que
podem ajudar a descobrir quando uma mulher é de fato, uma bruxa. Ok, lá vai
algumas: bruxas sempre usam perucas porque são carecas e por isso tem as cabeças
cobertas de perebas. Bruxas tem os pés sem dedos e assim, quando usam sapatos de bico fino acabam
mancando um pouco. Bruxas tem as narinas um pouquinho dilatadas para poder
farejar melhor o cheiro das crianças que planejam roubar e matar. Estas são
algumas das dicas da vovó, mas há muitas outras que você descobrirá ao ler o
livro. Resumindo: bruxa de verdade nem parece bruxa. E é aí que mora o perigo.
Nas férias escolares, avó e neto vão viajar para a
Inglaterra e ficam hospedados num hotel de luxo. No local está acontecendo uma
convenção anual de um grupo de respeitadas senhoras que fazem parte do grupo
Rel Soceidade para a Prevenção da Crueldade contra as Crianças (RSPCC). Ocorre que
todas essas senhoras distintas são na realidade... bruxas!! E elas tem um plano
maligno.
Tanto o garoto quanto a vovó acabam se unindo para
tentar evitar que as tais bruxas consigam levar adiante o seu objetivo.
Amei livro e filme!
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