O Hobbit

25 junho 2014


É difícil acreditar que até agora não tenha escrito um post sobre “O Hobbit”.  Com certeza, foi uma grande ‘marcação’ da minha parte, pois já deveria ter feito isso há muito tempo. Mas antes tarde do que nunca.
Olha, simplesmente, não dá para criticar esse livro. Tudo bem, até concordo que podemos esculhambar os dois filmes de Peter Jackson que foram horríveis e terríveis, mas o livro, não dá. Tolkien, quando o escreveu, estava no auge da sua inspiração. E olha que ele criou essa história especialmente para os seus filhos. Por isso eu costumo dizer: “Obrigado por existirem filhos de Tolkien!”
“O Hobbit” é aventura pura, daquelas que prendem o leitor de uma tal maneira que os incapacita de dormir, se alimentar e ainda contribui para atrapalhar o serviço. Cara, eu senti tudo isso na pele! Lembro-me que sempre ia dormir por volta de 2H30m ou 3H00 há madrugada porque não conseguia parar de ler a aventura Tolkiniana. Ia devorando as páginas e quando ‘caia na real’ já eram altas horas da noite. No dia seguinte – quer dizer, no mesmo dia (rs) – colocava o livro debaixo do braço e o levava para o serviço com a intenção de lê-lo nos momentos de folga. Resultado: noites mal dormidas e trabalho empacado. Mas apesar desses contra-tempos conclui a leitura de “O Hobbit” em menos de três dias.
Apesar de ser tão descritivo quanto a “Trilogia do Anel” (A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei), “O Hobbit” não se torna cansativo em nenhum de seus capítulos, pelo contrário, a cada página virada você quer mais e mais.
A história começa com o hobbit Bilbo Bolseiro recebendo a visita do mago Gandalf que lhe propõe participar de uma verdadeira epopéia que o tornaria muito rico: roubar o tesouro do lendário e letal dragão Samug que vive na Montanha Solitária. Esse tesouro, na realidade pertence há um grupo de 13 anões que agora querem recuperá-lo mas não sabem de que maneira. Bilbo, portanto, seria o ladrão da expedição, mas para realizar a sua tarefa, é evidente que receberia uma parte do tesouro. No início, o Hobbit reluta e até mesmo se recusa a fazer parte do grupo, mas quando os espertos anões ridicularizam a sua atitude, deixando ‘meio que no ar’ que Bilbo não tem coragem suficiente para participar da empreitada, o Hobbit fica puto da vida e concorda com a proposta. Mal sabe ele, que tudo não passa de um plano engendrado pelos anões para recuperar o seu valioso tesouro que agora está em poder do dragão Samug. Ah! Voces devem estar se perguntando porque eles querem tanto que Bilbo participe da expedição? Bem, no livro vocês encontrarão essa explicação.
E assim, o grupo parte para as terras selvagens. A partir daí a aventura começa; e que aventura! Bilbo e os anões enfrentam toda espécie de perigo: aranhas gigantes, orcs e outras coisas, mas sem dúvida nenhuma, o clímax do romance é a Batalha dos Cinco Exércitos quando anões, homens e elfos se unem para enfrentar um exército de orcs. Quando tudo parece perdido, eis que surge... Bem... leiam o livro, é melhor.
“O Hobbit” ainda brinda os leitores com a cena mais antológica de todos os livros do autor: o encontro de Bilbo com Gollun.  Em uma caverna escura o hobbit se depara com uma criatura estranha e amargurada, ninguém menos do que Gollun. É nesse encontro icônico que temos a primeira referência ao anel do poder, que deverá ser destruído em Mordor, alguns anos mais tarde na trilogia “O Senhor dos Anéis”.
Considero “O Hobbit” a porta de entrada para as aventuras subseqüentes de Frodo, Sam e sua turma. Apesar de alguns afirmarem que se trata de uma obra independente, considero “O Hobbit” leitura obrigatória antes de se encarar os três livros da Trilogia do Anel. Não dá para pular essa história; temos de ler primeiramente a magia, a beleza, o encantamento e a aventura embutidas nas páginas de “O Hobbit”.  Somente depois partiremos para “A Sociedade do Anel”, “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei”.
Pelo menos, é dessa maneira que penso.

Um comentário

  1. Também fiquei decepcionadíssimo com as duas primeiras partes da versão para os cinemas, mas sabe o que é que rolou? Na teoria, eles são - ou deveriam ser - tão bons quanto a trilogia d'O Senhor dos Anéis, mas quem viu todos os filmes, ficou com a impressão de "mais do mesmo". É fato que a nova trilogia tem uma encheção de linguiça insuportável, mas é fato que a primeira trilogia também tinha, só que ninguém percebeu porque tava todo mundo bobo - inclusive eu - com a grandiosidade do projeto. Para curtir os novos filmes, só os fãs mais puristas de Tolkien mesmo. A única vantagem dos mais recentes, na minha opinião, é que Bilbo é um protagonista muito mais carismático do que Frodo, que passou os três filmes originais com cara de choro.

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