Neste período de Copa do Mundo em que os jogos estão
rolando em campos brasileiros, é normal crescer o interesse por livros sobre o
tema. Cara, ta uma febre só! É livro sobre a fatídica Copa de 1950 que calou o
Maracanã, é livro sobre a seleção do Felipão que está correndo atrás do “Hexa”
e claro, os livros sobre Neymar que não podem faltar.
Portanto, seguindo uma sugestão do Kid Tourão (quem
ainda não conhece esse velhinho famoso e querido, basta acessar aqui, aqui, aqui e mais aqui),
decidi fazer uma lista de 10 livros sobre o tema Copa do Mundo e futebol. Alguns bons,
outros regulares. Vamos à eles:
01 – O Drible (Sérgio Rodrigues)
Este livro vem sendo considerado o ‘bam-bam-bam’ do
gênero; uma verdadeira febre nacional beirando o que eu chamo de ‘unanimidade
do bem’. Até agora só vi gente falando bem da obra, gente conhecida e também
não conhecida. A super conceituada atriz Fernanda Torres é uma delas. Taí,
elogio é o que não falta para o livro de Sérgio Rodrigues.
Em sua obra lançada pela Companhia das Letras, o
autor decide juntar numa só receita a era de ouro do nosso futebol e cultura
pop. “O Drible” conta a história fictícia de Murilo Filho, um dos maiores
cronistas esportistas do País que aos 80 anos e desenganado pelos médicos tenta
se reaproximar de seu filho Neto com quem brigou a um quarto de século. Neto
culpa o pai pela morte de sua mãe, enquanto Murilo sonha ver o filho se tornar
um craque de futebol, ocorre que o rapaz não leva jeito para a ‘coisa’. Na verdade, o seu
negócio é sentir e viver a cultura pop dos anos 80. Essa diferença contribui
ainda mais para aumentar o abismo existente entre pai e filho.
Toda semana, em pescarias dominicais, Murilo Filho
preenche com saborosas histórias dos craques do passado o abismo que o separa
de Neto.
Revisor de livros de autoajuda, Neto leva uma vida medíocre colecionando quinquilharias dos anos 1970 e conquistando moças que trabalham no comércio perto de sua casa, no bairro carioca da Gávea. Desde os cinco anos, quando a mãe se suicidou, sente-se desprezado pelo pai famoso.
Como nos romances anteriores de Sérgio Rodrigues, há um contraponto de vozes narrativas. Entremeado com o relato principal, transcorre o livro que Murilo escreve sobre um extraordinário jogador do ano de 1960 chamado Peralvo, dotado de poderes sobrenaturais e que teria sido “maior que Pelé” se não tivesse encontrado um fim trágico. Quem já leu o livro garante que as páginas que narram o duelo de titãs entre o fictício Peralvo e Pelé estão entre as melhores do romance.
Revisor de livros de autoajuda, Neto leva uma vida medíocre colecionando quinquilharias dos anos 1970 e conquistando moças que trabalham no comércio perto de sua casa, no bairro carioca da Gávea. Desde os cinco anos, quando a mãe se suicidou, sente-se desprezado pelo pai famoso.
Como nos romances anteriores de Sérgio Rodrigues, há um contraponto de vozes narrativas. Entremeado com o relato principal, transcorre o livro que Murilo escreve sobre um extraordinário jogador do ano de 1960 chamado Peralvo, dotado de poderes sobrenaturais e que teria sido “maior que Pelé” se não tivesse encontrado um fim trágico. Quem já leu o livro garante que as páginas que narram o duelo de titãs entre o fictício Peralvo e Pelé estão entre as melhores do romance.
Apesar da minha lista de leituras já estar entupida, estou pensando seriamente em adquirir o livro de Sérgio Rodrigues.
02 – Anatomia de Uma Derrota (Paulo Perdigão)
Outro livraço, segundo a crítica especializada.
Daqueles que não podem faltar na estante de nenhum amante do futebol, seja ele
torcedor, jornalista, pesquisador, técnico ou jogador. “Anatomia de uma Derrota”, lançado em
1986 pela Editora L&PM é considerado por muitos como a mais completa obra
sobre a fatídica derrota brasileira, na primeira Copa disputada no país, em
1950.
Para que os leitores compreendam a importância desse livro, basta dizer
que a obra de Paulo Perdigão que faleceu em 2006, está esgotada e só pode ser
encontrada em sebos por preços
absurdos, que beiram os R$ 400,00!! Bem, com esse lance de Copa do Mundo 'rolando' no
Brasil, a L&PM relançou o livro apenas no formato e-book, por um preço
módico de R$ 20,25. Quer saber o que aconteceu? OK, eu conto. A versão digital
da história de Perdigão não deu pra quem quis! Os pedidos foram tantos que o e-book se esgotou
das livarias. Ontem, antes de escrever esse post, dei uma verificada no portal
da Estante Virtual – que reúne 1.300 sebos e livreiros de todo o país e um
acervo de aproximadamente 12 milhões de livros - e constatei que sobraram
apenas três exemplares à preços assustadores.
Perdigão foi uma das testemunhas do 16 de julho de 1950 quando a seleção
brasileira – mais do que favorita para a conquista do título – acabou perdendo
a final da Copa para a zebraça Uruguai. O Kid Tourão me disse, certo dia, que não
é possível entender as dimensões daquela “tragédia brasileira” sem ter vivido a
época. E ele viveu. Quando se lembra do gol sofrido por Barbosa, ainda percebo
um certo ar de tristeza em seu semblante. A conquista daquela taça de ouro
representava tudo para os brasileiros que viveram naquele período. Era o seu
momento de afirmação como povo e como nação. Por tudo isso, o país inteiro chorou. É evidente que vibramos com cada uma das quatro taças que ganharíamos depois. E que
o riso é bem mais prazeroso que o pranto, mas a ferida de 1950 foi daquelas que
sangrou muito, mesmo porque naquela época o povo brasileiro ainda não tinha
noção de que ganhar ou perder uma Copa do Mundo não melhora e nem piora as
nossas vidas.
Em seu livro, o autor responde ao jovem torcedor de hoje todos os
porquês da tragédia de 1950. Um amigo meu de outra cidade que já leu a obra na
versão digital, me disse que o texto do autor é uma verdadeira aula de pesquisa,
um exemplo de como se fazer jornalismo esportivo.
03 – O Negro no Futebol Brasileiro (Mário Filho)
Para que vocês entendam a grandeza da obra de Mário Filho é
importante citar que ao lado de “Casa Grande e Senzala” , de Gilberto Freyre e
“Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Hollanda, ela é considerada um dos
grande ensaios de interpretação, formação e identidade do povo brasileiro.
É o tipo de livro que podemos classificá-lo como antológico. Exemplo disso
é que “O Negro no Futebol Brasileiro’ ganhou uma edição em inglês que foi
distribuída para Chefes de Estado e jornalistas estrangeiros nesta Copa do
Mundo que acontece no Brasil, como parte da campanha do governo contra
o racismo nos estádios.
O livro de 344 páginas publicado pela editora Mauad já está em sua
quinta edição e com certeza foi lido por várias gerações de leitores, já que
foi publicado pela primeira vez em 1947. O autor, nem se fale. É uma verdadeira
lenda. Mário Filho foi o criador do
jornalismo esportivo como conhecemos hoje, concebeu e nomeou o Estádio
Municipal do Maracanã, inaugurou o clássico Fla-Flu e criou o Torneio Rio-São
Paulo, que se tornaria o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (vulgo “Robertão”),
embrião do Campeonato Brasileiro.
Em seu livro, ele faz
inúmeras revelações, como por exemplo: o primeiro clube a aceitar um jogador
negro foi o Bangu, e o carioca Vasco da Gama foi o precursor a colocar um time
racialmente misto em campo. Pode parecer mentira, mas no começo, os negros,
mesmo sendo craques, não podiam jogar nos grandes clubes que lhes fechavam as
portas. Para poderem mostra a sua arte, eles eram obrigados a usar toucas para
esconder o cabelo crespo e se maquiar com pó-de-arroz para clarear a pele. Para
entrarem pela porta da frente, eles tinham que se passar por pessoas brancas.
Terrível, não é?!
O livro traz ainda como brinde aos seus leitores as fotos de alguns dos primeiros craques negros e mulatos do futebol nacional, com seus perfis assinados pelo historiador Gilberto Agostino.
O livro traz ainda como brinde aos seus leitores as fotos de alguns dos primeiros craques negros e mulatos do futebol nacional, com seus perfis assinados pelo historiador Gilberto Agostino.
E aí? Se interessou pelo livro? Então escute um conselho de amigo. Não
durma no ponto e adquira logo o seu exemplar. Ele não está esgotado –
por enquanto – em apenas três livrarias: Saraiva (R$ 46,92), Travessa.com.br
(R$ 54,52) e Levi Livros (R$ 48,03). Esqueça Submarino, Americanas, Shop Time,
a livraria da sua cidade, etc e etc. O livro sumiu!!
04 – Neymar – O Último Poeta do Futebol (Luca Caioli)
Tá certo. E você ainda acreditava que um tal Neymar não seria tema de
nenhuma biografia nessa copa? Santa inocência(rs)! Para quem quiser conhecer mais
a fundo o atual camisa 10 da seleção, os biógrafos lançaram quatro
livros. Anotem aí: “Neymar – Conversa entre Pai e Filho”, de Ivan Moré e Mauro Beting; “Neymar
– O Sonho Brasileiro, de Peter Banker; “O Planeta Neymar – Um Perfil”, de Paulo
Vinícius Coelho, lançado em edição bilíngüe e finalmente a obra, tema desse
post, escrita pelo escritor e jornalista italiano que vive na Espanha, Luca
Caioli.
O jornalista assina também biografias de Messi (“O Garoto que Virou Lenda”) e
Ronaldinho Gaúcho (O Sorriso do Futebol). Parece que o italiano é chegado numa
biografia de jogadores famosos. Ele já ‘mandou ver’ em Cristiano Ronaldo,
Fernando Torres e atualmente trabalha na biografia do uruguaio Luiz Suárez.
Sei lá galera, fico sempre com um pé atrás nessas biografias
direcionadas a pessoas públicas que estão 'bombando' na mídia em determinado momento. Fica
sempre a impressão de oportunismo por parte do biógrafo. Já viram o número de
livros lançados nos últimos dois anos sobre o Papa Francisco e Bento XVI?? Portanto, todo cuidado é pouco.
Sabemos que Neymar é o cara da hora e isso estimulou a batelada de livros sobre
a sua vida. Resta saber quais são os bons e os ruins.
No caso da obra de Caioli, ele mergulhou nas origens do camisa 11 do Barcelona
que, de acordo com o autor, está a caminho de ocupar o posto de maior
ídolo do esporte brasileiro, uma "poltrona vazia" desde a morte de
Ayrton Senna.
Caioli revela em sua obra que o lado mais
"publicitário" de Neymar começou a aparecer em 2010. Diante de uma
oferta de 30 milhões de euros do Chelsea, o Santos reagiu com um contrato
milionário que associou a figura do jogador a 12 patrocinadores diferentes. No
livro, o autor dá detalhes dessa tensa negociação, além de explorar as raízes
humildes do atleta.
Aqueles que quiserem arriscar terão de desembolsar
em média R$ 30,00 pela obra que ainda pode ser encontrada por preços promocionais
na Saraiva, Americanas e Submarino.
05 – Quando é Dia de Futebol (Carlos Drumond de
Andrade)
As crônicas e poemas do livro “Quando é Dia de
Futebol”, foram publicadas, ao longo dos anos, nos jornais Correio da Manhã
e Jornal do Brasil, nos quais Drumond de Andrade
ocupou cadeira cativa durante muito tempo. Elas foram escritas a partir da
observação do autor sobre campeonatos, Copas do Mundo, rivalidades entre
grandes times e lances geniais de Pelé, Mané Garrincha e outros.
Selecionados por Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond, netos do poeta, os textos oferecem um passeio por nove Copas do Mundo: de 1954, na Suíça, até a última testemunhada pelo autor, em 1986, no México. De acordo com release da editora Companhia das letras, não se tratam de resenhas de certames nem tentativas de análise futebolística. Vão além, em seu aparente descompromisso, pois capturam no futebol aquilo que mais interessava ao autor: a capacidade que o bate-bola tem de estilizar, durante os noventa minutos de duração de uma partida, as grandes paixões humanas.
Pelé e Garrincha ganharam capítulos especiais com crônicas e poemas caprichados.
Selecionados por Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond, netos do poeta, os textos oferecem um passeio por nove Copas do Mundo: de 1954, na Suíça, até a última testemunhada pelo autor, em 1986, no México. De acordo com release da editora Companhia das letras, não se tratam de resenhas de certames nem tentativas de análise futebolística. Vão além, em seu aparente descompromisso, pois capturam no futebol aquilo que mais interessava ao autor: a capacidade que o bate-bola tem de estilizar, durante os noventa minutos de duração de uma partida, as grandes paixões humanas.
Pelé e Garrincha ganharam capítulos especiais com crônicas e poemas caprichados.
Para quem curte poemas e crônicas, a
obra é recomendadíssima; afinal de contas, tudo o que está ali foi escrito por um
dos gênios da literatura.
06 – O País da Bola (Betty Milan)
O livro retrata o Brasil através do futebol. A
autora explica o que fez o “footbal” se transformar em "futebol" e como os
nossos jogadores se transformaram em figuras lendárias. Mostra que há uma
relação entre a cultura popular brasileira – a cultura do brincar – e
o jogo inventivo de que somos capazes. Para ela, nós, brasileiros, somos
treinados para a improvisação desde a infância, e o brincar é o
elemento-chave da nossa cultura.
A primeira edição do livro, em 1989, teve grande
repercussão na imprensa, mas só foi distribuída como livro-brinde. Teve
lançamento no salão nobre do Estádio do Pacaembú. Foi traduzido para o francês
e lançado, em formato de bolso, no Salão do Livro de Paris, pela éditions de l'aube.
No mesmo ano, a Record publicou uma edição de livraria revista e corrigida pela
autora. Em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, o livro foi reeditado com novo
prefácio escrito pela autora. Antes de escrevê-lo, Betty Milan entrevistou Platini e
ouviu dele que o Brasil é mesmo o país da bola pois "é tão
importante para os torcedores do mundo inteiro irem para o Brasil quanto para
os muçulmanos irem à Meca".
Confira um trecho da obra de Milan: “A cultura
francesa privilegia o droit; a inglesa o fair play e a espanhola el
honor. Nós, brasileiros, privilegiamos o brincar. Aconteça o que acontecer,
nós brincamos, porque para isso podemos prescindir de tudo, só precisamos da
imaginação. O samba que o diga: Com pandeiro ou sem pandeiro
ê, ê, ê, ê, eu brinco. Com dinheiro ou sem dinheiro…ê, ê, ê, ê, eu brinc. (Pedro Caetano e Claudionor Cruz, 1944)
ê, ê, ê, ê, eu brinco. Com dinheiro ou sem dinheiro…ê, ê, ê, ê, eu brinc. (Pedro Caetano e Claudionor Cruz, 1944)
Tanto podemos abrir mão do pandeiro quanto do dinheiro por sermos
capazes de improvisar o que desejamos, valendo-nos do que estiver ao alcance da
mão. Os brasileiros de todas as classes são escolados na improvisação, que pode
mesmo ser considerado um traço cultura.
Se você está na dúvida se adquire ou não o livro de Milan; vai aqui uma
ajudazinha: o saudoso Jorge Amado adorou a obra.Vejam só nas suas próprias palavras: "Gostei
muito de ter olhado e lido o livro, as imagens são belas e o texto é
excelente."
Taí galera, decidam.
07 – Uma Histórias das Copas do Mundo – Futebol e Sociedade
(Airton de Farias)
O objetivo da
obra de Airton Farias dividida em dois volumes que contam juntos mil
páginas é muito audacioso: "entender a História da humanidade, entre o
final do século 19 e o começo do 21, através da modalidade esportiva mais
popular do planeta".
Pelo que eu pude pesquisar nas redes sociais, tudo
indica que Farias demorou três anos somente para pesquisar os fatos que fariam
parte de seu livro. Outro ponto positivo é que ele usou toda a sua didática de
professor de pré-vestibular para prender a atenção de seus ‘alunos’. Oops! Quis
dizer 'leitores' (rs). Os 23 capítulos dos dois volumes que podem ser lidos de
maneira independente relacionam diferentes processos históricos ao futebol. Ele
destaca dois exemplos recentes. Um deles foi a participação das torcidas
organizadas de times do Cairo no enfrentamento da polícia, o que acabou por
levar à queda o ditador egípcio Hosni Mubarak. No Brasil, lembra o autor, os
protestos do ano passado e deste "evidenciam como é questionável a associação
mecânica futebol-ópio do povo".
A quem possa interessar, o livro foi apontado pelo
jornalisa Juca Kfouri, autor do prefácio, como “a melhor história das Copas do
Mundo jamais escrita em língua portuguesa”. Em coluna no jornal Folha de S.Paulo, Kfouri escreveu: “Uma História do Futebol,
Copas do Mundo e Sociedade surpreende pela profundidade da pesquisa, pela
riqueza de remissões e contextualizações e pela visão social/futebolística
inteligentemente coerente”.
08 – O Lado Sujo do Futebol (Amaury Ribeiro Jr.,
Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha, Tony Chastinet)
O livro de autoria dos jornalistas Luiz Carlos
Azenha, Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni e Tony Chastinet tem como ponto
de partida uma série de reportagens da TV Record sobre irregularidades na
CBF, que ajudou a precipitar a renúncia do ex-presidente da entidade, Ricardo
Teixeira. Os quatro jornalistas se aprofundaram ainda mais na investigação e
desvendaram uma trama que tinha como alicerce o então presidente da Fifa, João
Havelange, ex-genro de Teixeira.
A obra relata com detalhes o esquema montado pelo
ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e do ex-presidente da Fifa, João
Havelange, baseado em propinas, negócios escusos, traições e escândalos durante
o período em que ambos comandaram as entidades.
Segundo release promocional da Editora Planeta, “O
Lado Sujo do Futebol” é o retrato definitivo do que acontece além das quatro
linhas. Um dos livros mais corajosos da história da literatura esportiva. Será
verdade? Como ainda não li o livro, não posso responder. Comprem por conta e risco.
09 – Entre as Quatro Linhas (Luiz Ruffato)
Luiz Ruffato (“Eles eram muito cavalos”) na
realidade não escreveu o livro, ele apenas organizou os 15 contos escritos por
diversos autores. Como também não li o livro, estou sem
subsídios para comentá-lo e não vou fazer isso por tabela, ou seja, copiar e
colar a sinopse da editora – que coloca a obra nas alturas – como se o texto
fosse meu. No e No; isso não faz o meu gênero. O que eu posso dizer é que o time de
contistas divulgado pela editora DSOP é muito bom. Fazem parte da relação, as feras:
Fernando Bonassi, escritor, dramaturgo e autor de roteiro cinematográficos e André
Sant’Anna, conhecido e respeitado escritor mineiro.
Em minhas ‘andanças’ pela Net, encontrei um texto
muito esclarecedor sobre a obra organizada por Ruffato. O post encontra-se no
site “Estamos em Obra” (nome sugestivo né?!). Podem conferir aqui.
10 – 1950: O Preço de Uma Copa (Beatriz Farrugia, Diego Salgado, Gustavo Zucchi e
Murilo Ximenez)
Taí mais um livro sobre a tragédia futebolística
brasileira que ficou conhecida como “Maracanaço”. Sei que é arriscado
avaliarmos uma obra pela sinopse fornecida por uma editora, mas lendo as
informações editorias de “1950: O Preço de Uma Copa” confesso que me interessei
pelo livro. Pode ser que me arrependa se, de fato, vier a compra-lo, mas
achei as informações bem interessantes.
Segundo a editora Letras do Brasil, os autores fazem
uma analise da tragédia que foi aquela copa dentro e fora do Maracanã. Eles
iniciam dizendo que no futebol, o Brasil, que ainda não conhecia Pelé nem
Garrincha, choraria aquela Copa para sempre pelos pés de um tal Giggia. Se fora
de campo as batalhas foram árduas, duras e por vezes quase impossíveis, dentro
das quatro linhas a ferida jamais cicatrizaria. Depois de tantos esforços para
receber uma Copa do Mundo, o país que ainda era pouco conhecido e quase sem
relevância diante das potências europeias, quase todas em fase de reconstrução
após a Segunda Guerra Mundial, não admitia que pudesse sucumbir diante do
vizinho Uruguai, embora todos reconhecessem na Celeste uma equipe forte e
perigosa.
O desafio maior, como se propõe o título, foi
quantificar cada tostão investido em terrenos, construção de estádios e
melhorias de infraestrutura das próprias cidades-sedes (São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife) para cumprir as
exigências da Fifa e, mais que isso, dos homens que se comprometeram com a
competição.
Estádios foram reformados e outros erguidos do nada,
como o Maracanã, palco da final de Brasil e Uruguai, num processo que mexeu com
a vida das pessoas e do Rio, e cujo resultado, o Maracanã, se perpetuou por
décadas.
Interessante, não?
Espero ter ajudado os internautas-leitores que
desejam conhecer um pouco mais à fundo os bastidores do nosso futebol ou então ‘esfriar’
a cabeça lendo uma ficção tendo por tem o esporte mais popular do país.Inté!
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