“Nada Dura Para Sempre” de Sidney Sheldon: uma releitura que amei!

21 julho 2022

Não tem como não reler Sidney Sheldon. Os enredos bem construídos, os prólogos incomparáveis – os melhores em toda a história da literatura de romance, na minha opinião – e os personagens muito bem construídos e carismáticos atraem os devoradores de livros, como um imã. Então, fica difícil ler apenas uma vez; e assim, nascem as releituras: uma, duas, três, enfim, quantas vezes forem necessárias até “matar” a nossa vontade insaciável. Já deu para perceber que não fiquei imune a essa atração. Acredito que Sheldon é o autor que eu mais reli em toda a minha vida de leitor. Amo os seus livros. Não dá pra negar que ele era um verdadeiro gênio da escrita.

Nesta minha fase nostálgica em que bateu uma vontade enorme de reler algumas obras de autores diversos, já ataquei três de Sheldon: O Reverso da Medalha, A Ira dos Anjos e agora, mais recentemente, Nada Dura para sempre.

Apesar de já ter resenhado esse livro (ver aqui), gostaria de escrever novamente sobre ele. A história é marcante e fluida e os seus personagens muito carismáticos, nada caricaturais. Tudo isso, certamente, vale uma segunda resenha. Vou mais além, cada releitura merece uma resenha. E veja, que poucas, mas muito poucas obras merecem esse tratamento vip.

O livro é tão bom que apesar do leitor conhecer o desfecho de alguns personagens importantes, ele acaba ficando com uma vontade enorme de reencontrá-los novamente. Senti isso na pele (rs). Quando li Nada Dura para Sempre pela primeira vez, me apaixonei pelas três protagonistas do romance, as médicas: Paige Taylor, Kate Hunter e Betty Lou Taft. Amei cada uma delas de uma maneira diferente: drª Taylor pela sua competência, idealismo, amor e dedicação aos seus pacientes; drª Hunter, por ser uma mulher forte e independente que conseguiu superar obstáculos e traumas terríveis em sua infância e adolescência até se tornar uma respeitada neurocirurgiã; quanto a drª Taft... Aaaaah... drª Taft... bem, posso definir o meu relacionamento com ela como uma espécie de amor bandido; daqueles que você começa odiando e termina amando de paixão. No início, a suas atitudes para se manter no quadro de médicos residentes de um hospital público me irritavam, e muito; mas depois, ao conhecer a barra que ela enfrentou em sua infância sendo obrigada a conviver com uma família tão escrota, cheguei à conclusão de que ela não tinha outra maneira de vencer na vida. Drª Taft ou simplesmente, Honey, acabou conquistando, também, o meu coração.

Temos ainda o irascível Dr. Lawrence Baker, mentor de Page Taylor, que vive uma relação conflituosa com a médica residente, quase sempre criticando os seus procedimentos, fazendo-a se sentir inferior. Pois é, até acho que nos tempos de hoje, as atitudes do Dr. Baker seriam consideradas assédio moral. Sheldon conduz o leitor a odiar o experiente médico, querer arrancá-lo das páginas e esganá-lo, então no final, o autor reserva uma verdadeira bomba para os seus leitores, deixando-os de boca aberta. Uma revelação bombástica que muda todo o enredo envolvendo a Drª Taylor. Vale lembrar que Lawrence Baker é a chave principal nesta reviravolta final.

Fiquei tão pasmado com essa mudança brusca no final do enredo que mesmo sabendo do desfecho da história – por já ter lido o livro - tive uma vontade enorme de reviver aquele momento, muito emocionante, por sinal.

Nada Dura Para Sempre, lançado originalmente em 1994, narra a história dessas três amigas: Paige Taylor, Betty Lou Taft (Honey) e Kate Hunter (Kat). Elas são as únicas médicas em um grupo de residentes do Hospital Público Embarcadero, em São Francisco. Apesar de terem personalidades muito diferentes, as três compartilham situações insólitas e marcantes.

Cada uma das três amigas tem personalidades distintas, chegando a ser destoantes, mas apesar desse detalhe, elas são grandes amigas.

Elas dividem os problemas típicos da profissão; contudo, parece que o destino reservou a cada uma delas um novo desafio. Agora, as três deverão enfrentar situações de vida ou morte.

Adorei a releitura!

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