26 julho 2025
Mister Magic
Foi Trash, muito trash. Me desculpem galera, mas não
posso mentir para todos aqueles que seguem o blog, “dizendo” que gostei de “Mister
Magic” de Kiersten White. Aliás, pensando melhor; gostei sim. Gostei da premissa
do enredo e dos capítulos iniciais, mas depois... como diz o velho ditado
popular: “a maionese desandou”.
Veja se um plot com essas características não consegue
prender a sua atenção. Vamos lá: Pense num programa infantil de televisão de
grande sucesso – um verdadeiro fenômeno de audiência – apresentado por seis
crianças e um sujeito que faz o papel de um mágico misterioso que “funciona”
como mentor dessas crianças em suas brincadeiras. Ninguém vê o rosto desse
homem misterioso. Dentre os seis apresentadores mirins – três homens e três
mulheres – uma delas é a que mais se destaca. Ela se chama Valentine ou simplesmente
Val, mas por um motivo (motivo esse que só é revelado perto do final da trama) o
seu pai a sequestra e foge com a filha para um lugar bem isolado e ainda a proíbe
de falar com outras pessoas e de ir até a cidade sozinha. Este processo de
ruptura com o programa que ocorreu há 30 anos foi tão abrupto que acabou
criando um trauma em Val, hoje já adulta, que não se lembra absolutamente nada
do que aconteceu naquela época e nem do motivo que levou o seu pai a ter essa atitude.
Ela só acredita que algo muito grave aconteceu com o tal programa que se chamava
“Mister Mágic” e agora, após mais de três décadas, ela quer desvendar esse
mistério. Paro por aqui para não entregar mais detalhes e implodir o enredo com
spoilers.
Agora me respondam se esse plot não despertou o seu
interesse? Cara, eu fiquei curiosíssimo para descobrir “N” coisas. Primeiro:
por que a criança foi sequestrada pelo
seu próprio pai e se manteve incomunicável com o mundo exterior durante 30
anos? Segundo: por que o programa terminou de uma maneira tão rápida e
misteriosa? Terceiro: porque ninguém encontra nenhuma notícia de “Mister Magic”
nas redes sociais? Quarto: porque o tal apresentador misterioso nunca mostrou o
seu rosto? Além de outros questionamentos que vão surgindo no decorrer da
trama.
Mas então, conforme você vai virando as páginas, esse
plot super interessante empaca; trava, literalmente, porque fica dando voltas
em torno de si mesmo. Em resumo, o enredo não se desenvolve e com isso passa a
prevalecer diálogos e descrições desnecessárias. Essa enrolação prossegue até
perto dos capítulos finais quando finalmente o mistério do programa de TV
começa a ser desvendado e, na minha opinião, da pior maneira. A autora misturou
magia negra com cultos estranhos e forte pitada de sobrenatural. Juro que eu
estava esperando um final racional para a história sem espaço para o
sobrenatural, mas... não foi isso que aconteceu. E a solução sobrenatural,
escolhida por Kiersten, para explicar os mistérios da trama foi muito
esquisito; aliás um sobrenatural além de esquisito; confuso e sem graça.
Se eu fosse fazer uma analogia iria comparar “Mister
Magic” com uma maionese caseira que desandou. Daquelas em que você vai batendo,
batendo, então ela vai ficando bonita, cremosa e de repente, por causa de algum
problema, ela começa a desandar. O cremoso que tinha tudo para se transformar
numa maionese deliciosa acaba ficando xôxa e azeda.
Inté!
22 julho 2025
“Pelas Entranhas” e “No Meio da Noite”: dois novos livros de terror e suspense que chamaram a minha atenção
Cada leitor tem uma relação própria com livros. Alguns
são do tipo: “olhei pra capa, gostei, comprei”; outros são metódicos e só
compram uma obra depois de lerem uma infinidade de resenhas e mesmo assim,
ainda saem à caça de amigos que leram a tal obra para saber se, de fato, ela é
boa. No meu caso, procuro buscar um equilíbrio entre essas duas situações, mas
confesso que tenho uma queda que está mais para “quedona” do que para
“quedinha” pela capa.
Quando vejo uma capa que me desperta o interesse,
procuro logo na sequência ler a resenha da história publicada pela editora. Se
essa resenha chamar a minha atenção da mesma forma que a capa do livro, aí sim,
vou ler algumas opiniões.
Foi assim, que duas obras me chamaram a atenção e
acabaram entrando para a minha lista de leituras. Pelas Entranhas de Triz Parizotto e No Meio da Noite de Riley Sager – a primeira, lançada em agosto de
2024 e a segunda, com previsão de lançamento para o dia 4 de agosto de 2025 –
mexeram muito com a minha curiosidade. Posso dizer que foi “amor a primeira
vista (rs).
No caso de Pelas
Entranhas, três detalhes chamaram a minha atenção a atenção, instigando a
sua compra. O primeiro deles foi a sua capa que achei fantástica, provando que o
layout de um livro para chamar a atenção dos leitores não precisa ser todo
rebuscado. Pelas Entranhas faz jus a
essa máxima. Sua capa tem apenas três matizes de cores: branco, preto e
vermelho. Algumas pessoas podem até achar o seu layout rebuscadão; eu não; pelo
contrário, achei simples e chamativo.
Na capa, a cor predominante é o fundo branco onde se
sobressai o título da obra em vermelho combinando com o sangue de um animal
(parecido com um lobo) que é sacrificado por uma criatura misteriosa. Tanto
essa criatura quanto o lobo, além do nome da autora e de algumas árvores secas
que compõem a paisagem são da cor preta. Cara, ficou perfeito! Tudo combina! E
para completar, adivinhem só? Todo esse layout viciante em capa dura; pode?!!
Portanto, só do “menino”, aqui, bater o olho nessa capa, o coração já disparou.
Logo na sequência, fui ler a resenha e... adorei. Sou fã de contos de terror, e
Pelas Entranhas é exatamente uma
coletânea com três histórias curtas do gênero que me fisgaram.
A primeira delas se chama Carne e conta a história de Lucas, um estudante de biologia, que
revela detalhes do suicídio de seu amigo, Isaque, e da subsequente decisão de
realizar o último desejo do garoto: ser devorado por seu amigo. O release
distribuído pela editora Maquinaria Editorial (mqnr) diz que se trata de uma
história que desafia as convenções morais, confrontando o leitor com a
fragilidade da vida e a complexidade da mente humana.
O segundo conto se chama Baço e nele conhecemos Bertoldo, um professor solitário em
Araguaia, que se vê envolvido em uma série de eventos perturbadores: animais
começam a aparecer mortos e grotescamente mutilados em sua vizinhança. Barros,
o oficial da lei da cidade, pede sua ajuda na investigação, mergulhando-os em
um mistério que desafia a lógica e a sanidade.
E por fim, temos Olhos
onde Lucia, uma garota recém-formada, que enfrenta o luto pela perda de sua
mãe, até que se vê diante de uma possibilidade chocante: o suposto acidente que
tirou a vida da mulher, pode ter sido, na verdade, uma decisão desesperada para
escapar de uma existência de dor, causada por alguém próximo e, por sua vez, vivo.
Achei as três histórias interessantes, apesar da
primeira ter um tom bem macabro.
E por fim, dei uma “olhada” nas resenhas de vários
portais literários, entre eles Amazon e Skoob; a maioria delas favoráveis. Na
Amazon, a classificação chegou praticamente a cinco estrelas e no Skoob, quatro;
ou seja, passou no teste.
Este é o primeiro livro da escritora brasileira Triz
Parizotto, de 23 anos. Ela é conhecida por seu trabalho como atriz, incluindo
sua participação na novela "Carrossel" quando ainda era criança. Além
disso, Triz se destaca como modelo e produz conteúdo para a internet.
![]() |
Escritor Riley Sager |
Quanto a No Meio
da Noite o que primeiro despertou a minha atenção foi a resenha instigante
da história publicada nas redes sociais e livrarias virtuais. De acordo com o
release fornecido pela editora Intrínseca: “em uma noite quente de julho de
1994, Ethan Marsh, com dez anos na época, e seu melhor amigo, Billy Barringer,
acampavam no gramado de sua casa, na sossegada rua sem saída de Nova Jersey. Na
manhã seguinte, Ethan acordou com a luz do sol no rosto e percebeu que estava
sozinho. Durante a noite, alguém cortou a lateral da barraca com uma faca e
levou Billy. O menino nunca mais foi visto.
Trinta anos se passam, e, com a mudança repentina dos
pais, Ethan volta a morar na casa onde cresceu. Atormentado pela insônia e
sempre pelo mesmo pesadelo que passou a ter depois do desaparecimento do amigo,
ele começa a notar que coisas estranhas vêm acontecendo no meio da noite. Luzes
com sensor de movimento na garagem dos vizinhos se acendendo e se apagando,
bolas de beisebol surgindo no quintal, objetos em lugares que ele não se lembra
de ter colocado... Estaria alguém lhe pregando uma peça de mau gosto? Ou será
que Billy, dado como morto por muitos, teria retornado a Hemlock Circle?
Incapaz de ignorar esses eventos misteriosos e o fato
de vir sentindo a presença de Billy durante a madrugada, Ethan dá início a uma
investigação própria para tentar se lembrar dos mínimos detalhes daquela
fatídica noite”. Se levarmos em conta o plot principal, o enredo promete, não
acham?
Outro ponto que coçou os meus dedos para colocar o
livro no carrinho de compras foi o fato dele ter sido escrito por Riley Sager.
O motivo? Eu com to: li “As Sobreviventes” e gostei da história (confira
resenha aqui).
No próximo final de semana vira o mês de pagamento do
meu cartão de crédito e então... partirei para o abraço desses dois livros, um
abraço o qual espero ser correspondido.
Inté galera!
17 julho 2025
Alguns livros, às vezes, conseguem mandar até o mais persistente dos leitores pra lona
Desde o dia em que adquiri o hábito pela leitura;
hábito que foi sendo cultivado ao longo de toda a minha infância e adolescência
- graças aos meus “anjos da guarda literários” como minha mãe, meus professores e
bibliotecárias (se quiser saber mais sobre isso veja aqui e mais aqui) - dificilmente
abandonei um livro. Criei até um ditado particular: “Seja bom ou ruim, livro
comigo é até o fim”, mas confesso que às vezes – quase sempre, poucas vezes – é
difícil seguir a risca esse ditado.
Galera, concluir a leitura de algumas obras é barra e
daquelas barras bem pesadas. Comparo alguns enredos a uma verdadeira via crucis
como se o leitor estivesse carregando uma cruz pesada nas costas e essa cruz nada
mais é do o livro. Vejam bem, não acredito que existam livros que sejam ruins
de um modo geral, ou seja, para todos os leitores. Sempre defendi a tese de que
um enredo literário pode desagradar 10 leitores, mas em contrapartida, agradar outros
100. Portanto, para mim não existe história ruim, apenas histórias que não me
agradaram: livros que são verdadeiras cruzes nas minhas costas, mas nas costas
dos outros são verdadeiros bálsamos.
Achei importante fazer esse esclarecimento para que os
seguidores do blog, Insta e fanpage do “Livros e Opinião” não se assustem com as
obras que irei citar nessa postagem e acabem desistindo de lê-las.
Dadas as devidas explicações vamos ao que interessa.
Devo a Mister Magic – Os Bastidores da
Ilusão a ideia de escrever esse post. Decidi comprar o livro de Kiersten
White após ter lido vários comentários positivos de leitores que amaram o
enredo. Outro ponto positivo que pesou na balança na hora da compra foi o seu
enredo que bem resumidamente diz respeito a um grupo de crianças que apresentava
um icônico programa infantil na TV e que terminou abruptamente com a saída de
uma delas. O “X” do mistério é descobrir o porque dessa criança ter sido “resgatada”
do programa pelo seu pai que, por sua vez, sempre evitava dizer o motivo desse “resgate”
para a filha., além de mantê-la isolada do mundo. Lembrando ainda que essa
situação, um tanto traumática, fez com que essa criança, agora adulta, se esquecesse
de tudo o que teria acontecido naquela época, sofrendo um apagão. Após mais de
30 anos, esse grupo de apresentadores, hoje já homens e mulheres formados,
decidem se reunir para descobrir, de fato, o que houve naquela época.
Cara, confesso que esse enredo me fisgou como um
peixe, mas infelizmente não “vingou”. A leitura enroscou; não deslancha de
maneira alguma. Muita enrolação; enrolação e mais enrolação na solução do
mistério. A grosso modo, compare esse mistério a ser desvendado como um bolo
cheio de camadas e com o recheio no seu núcleo, bem no meio. Na minha opinião,
a autora se enroscou na camada de glacê e ficou por ali, se esquecendo das outros
camadas de massa, chantilly e doce de leite até se chegar ao recheio principal
que está, como já escrevi, no núcleo do bolo. Para que o leitor tenha uma ideia
dessa “enroscada no glacê”, basta dizer que o livro tem 318 páginas e eu já
estou perto de 200, para ser exato, 198 páginas, e até agora... nada; só
enrolação.
Quando concluir a leitura de Mister Mágic – Os Bastidores da Ilusão estarei escrevendo uma
resenha e dando mais detalhes. Creio que não desistirei da história, mesmo
porque já passei bastante de sua metade e por isso, desistir agora, seria uma
grande “covardia literária”.
Mas agora, quero abrir o meu coração para a galera,
confessando que já perdi batalhas para outros livros, não conseguindo lê-los
até o final. Talvez os tenha escolhido num momento ruim ou os seus enredos acabaram
sendo incompatíveis com a minha faixa etária que ansiava por outros tipos de
enredos; sei lá, o que posso afirmar é que não gostei e desisti.
O primeiro deles que me obrigou a abandonar a leitura,
pasmem: foi Aeroporto de Arthur
Hailey, um livro considerado por muitos, uma verdadeira obra prima. Comprei o
livro por causa do filme de 1970 com Burt Lancaster, George Kennedy, Dean
Martin, Jacqueline Bisset e outra gama de astros e estrelas hollywoodianas
daquela época. Havia assistido ao filme em VHS, anos após o seu lançamento nos
cinemas, e gostado muito. “Entonce” resolvi ler a obra literária e... a leitura
empacou.
Tinha em mãos um romance que tanto os leitores quanto
os críticos da época haviam elogiado aos borbotões e com um enredo incrível,
mas acontece que... a leitura não ia.
No início pensei que o grande número de páginas, 563,
havia sido o motivo, mas ocorre que eu já tinha lido e adorado sagas bem mais
extensas. Depois imaginei que a causa desse bloqueio com o romance de Hailey
seria o número excessivo de personagens e consequentemente as tramas paralelas.
Em resumo, não sei explicar exatamente qual foi a causa. Essa empacada valeu
até um post sobre o assunto. Aqueles que se interessarem poderão saber mais
detalhes nesse link.
Mas querem saber qual livro que, de fato, me nocauteou?
Após receber vários golpes no fígado, estômago, seguido de um direto no queixo,
o livro Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada, de Laurence Gardner, conseguiu
me mandar para a lona. Tentei, mas não deu. Desisti.
Acredito que um dos mistérios que mais intriga os
religiosos, arqueólogos e a comunidade científica, de um modo geral, é a arca
da aliança. Segundo relatos bíblicos, a arca foi construída no século 13 a.C.,
por ordem de ninguém menos que Moisés para guardar as tábuas dos Dez
Mandamentos.
Mas onde está a arca? Ela, de fato, existiu? Qual o
seu poder? Qual a opinião da comunidade religiosa e científica? Qual a relação
dos templários com o artefato? Eram tantas as minhas dúvidas que acabei indo
com toda sede ao pote. Pena que ele caiu e se quebrou.
O livro de Gardner não esclareceu nenhum desses
questionamentos. Parecia que eu estava
lendo um livro sobre alienígenas. A primeira chutada de balde do autor foi a de
que Moisés não seria judeu, mas um faraó egípcio chamado Akhenaton que fugiu do
Egito após tentar cultuar um único Deus. Depois desse vieram outros golpes;
vários jabs, uppercuts, cruzados, ganchos
e o 'diretaço' que me mandou pra lona. Explico todos esses “golpes” nesse
post que escrevi na época em que tentei ler o livro de Gardner.
Pois é galera, agora, voltando para o presente, torço pra
que o enredo de “Mister Magic – Os Bastidores da Ilusão” deslanche e que assim,
eu comece a atingir outras camadas desse bolo porque já estou enjoado de “comer
glacê” (rs).
Inté!
12 julho 2025
Os tempos mudaram! Está “chovendo” lançamentos e relançamentos de Stephen King. Destaque para “O Concorrente” que retorna acompanhado de um filme
Ainda hoje me lembro como era tenso ficar na
expectativa do lançamento de um livro de Stephen King. Cara, era trash; alias muito
trash, para todos nós, fás de carteirinha do mestre do terror. Primeiro vinham
os boatos, depois as notícias desencontradas, na sequência as dúvidas, até que
finalmente vinha a confirmação, mas a confirmação da publicação do livro nos
‘States”; quanto a sua tão aguardada chegada nas livrarias brasileiras, bem...
nós, fãs do Tio King ainda tínhamos uma outra via crucis para enfrentar: a data
da chegada da obra, aqui na ‘Terrinha’ já traduzida para o nosso idioma. Pois
é, era um novo ciclo de agonia enfrentado pelos leitores.
Estou me referindo aos “áureos” e “sofridos” tempos de
A Coisa (ainda na época da editora
Objetiva e com aquela capa medonha e mal feita), Tripulação de Esqueletos, A
Dança da Morte, A Espera de Um
Milagre, e outras obras primas dos anos 80, 90 e algumas dos anos 2000,
entre as quais posso citar Novembro de 63. E por falar nesse tal novembro do Tio King; cara... como esse livro gerou
expectativas no Brasil com relação ao seu lançamento! Tanto é verdade que no
dia de sua “aterrissagem” nas livrarias brasileiras, formaram-se filas enormes
de leitores impacientes em adquirir o novo calhamaço do autor.
Mas recuperando a minha linha de raciocínio; estou
contando tudo isso que expus no início da postagem porque estranhei a mudança
radical no contexto envolvendo lançamentos de King. Cara, numa ‘lapada’ só
teremos no mês de agosto um lançamento e um relançamento do autor. Considero O Garoto do Colorado um lançamento, pelo
menos para nós leitores brasileiros,
porque apesar da obra ter sido publicada nos Estados Unidos e parte da Europa
em 2005; só agora, no mês de agosto, ela chegará às livrarias tupiniquins.
Quanto ao relançamento – O Concorrente
– a história já havia sido publicada por aqui, pela Suma, em 1982.
Nova capa do relançamento de "O Concorrente"
Ah! Pensou que chegou ao fim a avalanche de
lançamentos do Tio King para os leitores brasileiros? Se pensou, errou; porquê em maio os fãs do
autor ganharam um outro presentaço: o inédito Não Pisque que partiu para o abraço nos leitores brasileiros em 27
de maio de 2025. Galera, é muita emoção para todos nós que amamos os enredos
criados pelo nosso tiozão.
Aproveitando esse assunto, quero escrever algo sobre o
relançamento de O Concorrente que
acontecerá no mesmo mês do lançamento do filme homônimo que na realidade é um
remake da ´produção de 1987 com Arnold Schwarzenegger.
O motivo de escrever pela segunda vez um post sobre O Concorrente não tem nada a ver com a
chegada de um filme baseado na obra e muito menos o “lançamento, praticamente,
casado” de livro e filme. O motivo é outro: simplesmente, eu amei a obra
literária e quero escrever novamente sobre ‘ela’. ‘Entonce’ como surgiu essa
oportunidade, vamos à luta.
No post que publiquei ainda no primeiro ano da criação
do blog, isso lá nos idos de 2011, enalteci o livro e critiquei o filme (veja
aqui). Hoje, após quase 15 anos não mudo a minha opinião. Trata-se de um
livraço; quanto ao filme, não posso fazer a mesma afirmação.
O livro O
Concorrente é fantástico e não é a toa que o próprio Stephen King o
considera o melhor dos cinco livros escritos pelo seu alter ego Richard
Bachman.
Utilizando-se de uma narrativa extremamente vigorosa e
realista, Bachman/King, transporta o leitor para um mundo futurista, em 2025 (frisando que o autor escreveu a história em
1982), dominado pelos meios de comunicação onde a televisão é a grande vedete.
Ela invade os lares americanos saciando o desejo de sangue dos telespectadores
através de uma rede de TV especialista em promover jogos onde o vencedor ganha
como prêmio a vida e o perdedor, a morte. A impressão que temos, ao ler o
livro, é que estamos retrocedendo à Roma dos gladiadores, mas à uma Roma do
futuro.
Capa do livro publicado no Brasil em 1982
Nesse futuro distópico, os Estados Unidos afundaram em
miséria, poluição e repressão. A única coisa que ainda funciona - e muito bem -
é a televisão. Controlada por uma megacorporação implacável, a programação
oferece ao povo o que ele mais deseja: violência, drama e sangue ao vivo. É
nesse contexto sufocante que Ben Richards, um homem desesperado, sem emprego e
com uma filha doente, aceita participar de O Foragido, o reality show mais
mortal da grade: trinta dias de fuga ininterrupta, enquanto é caçado por
assassinos profissionais. Cada passo seu é filmado. Se ele conseguir escapar
com vida desse jogo, ele recebe uma grande quantia em dinheiro que poderá mudar
a sua vida e mais do que isso, salvar a vida de sua filha.
O Ben Richards criado por King é um personagem
complexo, movido pelo ódio que brota de sua alma por não ter dinheiro
suficiente para salvar a filha. Esse ódio cresce ainda mais, quando ele é
obrigado a se humilhar na frente de milhares de pessoas que passam a caçá-lo
como um animal, querendo o seu sangue em troca da vida de sua filha. Essa
personalidade conflituosa do personagem das páginas de King/Bachman não existe
no brutamontes interpretado por Schwarzenegger que só pensa em fugir, lutar e
bater.
O relançamento de O
Concorrente, com uma nova tradução, faz parte de um projeto da editora
Suma, já em andamento, para trazer de volta obras de King escritas sob o
pseudônimo de Richard Bachman, explorando gêneros além do horror, como o de ficção
científica presente neste livro.
Em "O Concorrente", remake do filme "O Sobrevivente", Glen Powell assume o papel que foi de Arnold Schwarzenegger na produção de 1987
Galera, vocês prestaram atenção nas linhas que eu
escrevi nesse penúltimo parágrafo? Cara, tenha certeza de que eu quase surtei
quando soube dessa informação. E não é para menos: a Suma decidiu relançar
todas as histórias escritas pelo Tio King na época em que ele adotou o
pseudônimo Richard Bachman. Isto quer dizer que ainda seremos presenteados com
os relançamentos de A Auto-Estrada
(1981), A Maldição do Cigano (1984) e
Os Justiceiros (1996), os três com um novo layout e uma nova tradução, seguindo
o mesmo projeto gráfico de A Longa Marcha
lançado em 2023 e de O Concorrente
que chega no mês de agosto.
Vamos também torcer para que dentro do pacote do projeto
“Os Livros de Bachman” da Suma esteja Blaze,
romance inédito de King, escrito antes de Carrie.
Vale lembrar que King reescreveu, editou e atualizou a novela inteira.
Quanto a Rage
(1977) publicado no Brasil com o título de Fúria
é bom não alimentarmos nenhuma esperança já que após o tiroteio na escola Heath
High, King anunciou a proibição do livro temendo que isso pudesse inspirar
tragédias semelhantes. Fúria por um
tempo continuou a estar disponível no Brasil em Os Livros Bachman. Por isso aqueles que tiverem um exemplar dessa
obra publicada em 1977 pela editora Francisco Alves, guarde num cofre cercado
de seguranças porque você tem em mãos um verdadeiro tesouro. Destaco ainda que
em uma nota de rodapé no prefácio de Blaze,
de 30 de Janeiro de 2007, King escreveu sobre Rage:. “Agora fora de catálogo, e é uma coisa boa.”
Pera aí, deixe-me escrever algumas linhas sobre o
remake do filme medonho com Arnold Schwarzenegger. Vamos lá: o novo filme que
vai se chamar “O Concorrente” – mesmo título do livro de Richard Bachman) -
estreia em 06 de novembro de 2025 e será estrelado por Glen Powell, que assume
o papel de Arnold Schwarzenegger, e conta com a direção de Edgar Wright. 4. Powell,
para quem não sabe, interpretou o piloto Jake ‘Hangman’ Seresin em “Top Gun:
Maverick”, um jovem e arrogante piloto da Marinha dos EUA. Ele também esteve
presente no filme Twisters lnaçdo em 2024.
Tomara que o filme “O Concorrente” seja melhor do que
o seu antecessor.
Valeu galera!
06 julho 2025
10 livros de terror com poucas páginas que irão agradar os leitores que detestam calhamaços
Gosto muito de livros de terror, mas nem sempre estou
disposto a encarar um calhamaço do gênero. Só leio aquelas infinitudes de
páginas quando estou com tempo sobrando e principalmente disposto. No mais,
preferido as histórias com um número menos “assustador” de páginas, e se for
daquelas com menos de 200 páginas, melhor ainda.
Galera, gosto de ler sim e faço jus aquele ditado de
que o “verdadeiro leitor não se assusta com o número de páginas de um livro”,
acontece que estou vivendo uma fase mais do que corrida na minha vida
profissional; correria essa, que começou no início do ano e provavelmente
continuará até perto de 2025. Sabem que lance de novos projetos que precisam
ser criados, avaliados e rotulados? Pois é, estou vivendo esse clima. Agora
imaginem, além disso, ter um blog para atualizar e livros para ler. Portanto,
resolvi maneirar nos calhamaços, só se me interessar muito.
Por viver essa situação atípica, tive a ideia de
escrever um post explorando esse contexto, ou seja, dos livros de terror
com poucas páginas; daqueles que só
assustam os leitores com o seu enredo e não com o número “fenomenal” de
páginas.
Se você se enquadra na categoria de leitores amantes
do gênero terror mas tem pavor de encarar obras que são verdadeiros
calhamaços... está no lugar certo. Este post é prá você.
Selecionei 10 livros de terror muito elogiados pela
galera e que dispensam o apelido de “mil folhas”; pelo contrário, eles são
muito pequenos no quesito número de páginas. Vamos a eles.
01
– O Chamado de Cthulhu (H.P. Lovecraft)
Esta história que a maioria dos leitores consideram a
mais icônica de H.P. Lovecraft, geralmente está presente em coletâneas do
autor. É muito difícil encontra-la como história solo devido ao seu pouco
número de páginas, mas a DarkSide resolveu dar um “presentaço” para os fãs de
um dos mestres do terror: uma publicação solo de O Chamado de Cthulhu ilustrada e em capa dura. Uma edição pra lá de
luxuosa. Digna de colecionador.
O conto foi escrito em 1926 e publicado pela primeira
vez na revista Weird Tales em 1928, e hoje, é considerado um clássico absoluto.
Agora, o artista francês François Baranger apresenta a
versão ilustrada definitiva da história. Esta edição foi publicada originalmente
através de financiamento coletivo, que conseguiu arrecadar nove vezes mais do
que o autor havia solicitado. A arte de Baranger consegue evocar como poucos o
universo sombrio, etéreo e nebuloso descrito por Lovecraft.
São apenas 64 páginas de uma história marcante e
horripilante. O Chamado de Cthulhu narra a investigação de um sobrinho sobre a
misteriosa morte de seu tio, um professor que estudava uma entidade cósmica
maligna chamada Cthulhu. A história é contada através de três narrativas
interligadas, revelando a existência de cultos antigos que adoram Cthulhu e
buscam trazê-lo de volta à Terra, evento que traria o fim da humanidade.
Data da publicação: 16 novembro 2021
Capa: Dura
Número de páginas: 64 páginas
Dimensões: 23.2 x 1 x 30.6 cm
02
– A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Washington Irving)
A história é uma das mais antigas da ficção
norte-americana. A partir da lenda de um homem decapitado montado em seu
cavalo, tradicional referência no antigo folclore europeu, Irving estruturou a
obra A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
considerada uma das primeiras histórias de fantasmas da literatura dos Estados
Unidos.
Ainda que sua aparição inicial tenha acontecido no
século XIX, há 202 anos, o cavaleiro sem cabeça, criado por Irving, gerou um
grande impacto cultural que continua ecoando nas mídias artísticas, seja no
cinema, teatro e na literatura. Dentre as variadas versões inspiradas no conto,
evidenciam-se o filme mudo “The headless horseman” (1922), a animação da Disney
“As aventuras de Ichabod e Sr. Sapo” (1949) e a adaptação cinematográfica de
1999, dirigida por Tim Burton.
No romance, o leitor encontra suspense, terror,
intrigas e comicidade. E tudo isso, em pouco mais de 70 páginas com
ilustrações. A obra conta a história de Ichabod Crane, que há pouco havia se
mudado para um pacato lugarejo. Mas a aparente calma daquela comunidade
escondia um segredo macabro: a presença ameaçadora de um cavaleiro sem cabeça
vagando pelos campos à noite.
Data da publicação: 15 maio 2009
Capa: Brochura
Número de páginas: 64 páginas
Dimensões: 20.83 x 14.22 x 0.76 cm
03
– A Hora do Espanto: A Cadeira de Balanço (Edgar J.
Hyde)
Hora
do Espanto de Edgar J. Hyde é uma série de livros infanto-juvenis
de terror. Cada um tem uma história própria e independente, sem uma ordem cronológica
de leitura. Se não me engano já foram lançados nove livros da série. A Cadeira de Balanço é o sexto.
A história desenvolvida por J. Hyde recebeu vários
elogios de leitores nas redes sociais. A maioria foi quase unânime em afirmar
que a história é muito bem desenvolvida, simples mas intrigante, além de rapidinha.
Muitos também afirmaram que mesmo sendo uma história infanto-juvenil, ela
arrepia.
No enredo desenvolvido por J. Hyde, um jovem chamado
Gerry Tooms, que mora em frente a uma casa abandonada, observa um homem velho
sentado em uma cadeira de balanço na varanda. O velho começa a se comunicar com
Gerry através de mensagens em jornais, prevendo eventos perigosos que podem
acontecer com a cidade. A história gira em torno do mistério de quem é o velho.
Em resumo; a trama envolve uma casa abandonada, um
homem misterioso em uma cadeira de balanço que prevê o futuro, e um jovem que
precisa usar essas predições para evitar uma ameaça à cidade.
Data da publicação: 1 janeiro 2015
Capa: Brochura
Número de páginas: 112 páginas
Dimensões: 20.2 x 13.6 x 0.1 cm
04
– Sete Gritos de Terror (Edson Gabriel Garcia)
E tem autor canarinho na área. Juro que fico muito
feliz quando autores brasileiros publicam obras que são muito elogiadas pela
galera; obras de qualidade. Afinal de contas, temos de torcer pelo o que é da
nossa terrinha. E cá, entre nós, temos muito escritores de alto nível, principalmente
no gênero terror. Taí César Bravo, André Vianco, Raphael Montes e Bruno
Ribeiro, entre outros, que não me deixam mentir.
O gênero terror se tornou tão popular entre os
escritores brasileiros que até mesmo aqueles que não estão acostumados a
escrever enredos com essa peculiaridade, se aventuraram por esse caminho pelo
menos “uma vez na vida”. Prova disso é o escritor Edson Gabriel Garcia, natural
de Nova Granada – atualmente residindo em São Paulo - e pós-graduado em
Educação e Comunicação. Ele que já foi professor por mais de 30 anos, publicou mais
de dez livros, alguns já traduzidos para outros idiomas. Dos 12, apenas um do
gênero terror; e muito elogiado.
Durante as minha zapeadas na “net” vi vários comentários
positivos para esse livro.
O release promocional da editora Elementar explica que
o livro é uma coletânea de histórias recolhidas da memória das pessoas e de
diversos lugares, reconstituídas dramaticamente e que causam susto, medo e
pavor.
O release prossegue expondo que o leitor sentirá calafrios
ao se envolver nas aventuras assustadoras vivenciadas pelos personagens dos
contos, entre eles: A mais bela noite de
Margarida; O casal de velhos; O anel da falecida; O jardim de inverno do Barão; Uma
aposta de muito medo; Os dentes de
Madalena; A última história.
A nota promocional da editora termina acrescentando
que “estas sete histórias envolvem o leitor do início ao fim, enredado em
sustos e pavores que o instigam a querer ler sempre mais”.
Pronto! Entrou para a minha lista de compras: culpa desse
release chamativo (rs).
Editora:
Elementar
Data
da publicação: 30 de setembro de 2011
Capa:
Brochura
Número
de páginas: 104 páginas
Dimensões:
20.6 x 13.8 x 0.4 cm
05
– Sete Ossos e uma Maldição (Rosa Amanda Strausz)
Ôba! Tem mais terror brasileiro na área! Agora a ‘bola
da vez’ dessa top list é a jornalista e escritora carioca Rosa Amanda Strausz.
No post que escrevi há quase 10 anos, quando li “Sete Ossos e uma Maldição” (ver
aqui) opinei que os contos possuem finais devastadores, mas não todos. Quatro
histórias – Crianças à venda. Tratar aqui,
Dentes tão brancos, O fruto da figueira e Morte na estrada – são verdadeiras obras
primas do gênero terror. Eles arranham, machucam, enfim, deixam o leitor
incomodado com aquele calafrio que começa na nuca e termina na base da espinha.
E para que uma história de terror, seja no formato conto ou livro, possa ganhar
o status de ‘obra-prima’, ela deve, antes de tudo, incomodar; mexer com aquele
medo secreto que todos nós temos e que fica muito bem escondido em nosso
íntimo. E estes quatro contos de Strausz fizeram isso comigo.
Quanto aos outros seis, não. Até achei o
desenvolvimento dos seus enredos convincentes, mas quando chegou a hora da
conclusão, de fato, não me convenceu. Achei os finais dos contos: Devolva minha aliança, Os três cachorros do senhor Heitor, O chapéu de guizos, Sete ossos e uma maldição, A
procissão e O elevador pouco
atraentes. Mas isso não tira o mérito da obra. Não gostar de finais de enredos
é algo muito pessoal; pode ser que eu não goste, mas a maioria goste. O que vale,
na realidade, é o desenvolvimento do enredo, e os contos escritos por Amanda Strausz são muito fluidos e
conseguem prender a atenção.
Outros pontos positivos são os diálogos impecáveis e o
layout, incluindo as ilustrações internas (cada conto com direito a uma
ilustração). Que show!
Data da publicação: 1 de janeiro de
2013
Capa: Brochura
Número de páginas: 112 páginas
Dimensões: 22.8 x 15.6 x 0.6 cm
06
– Terra Amaldiçoada (Douglas Lobo)
Um enredo de terror de qualidade e assustador com apenas
146 páginas. Um livro ideal para os leitores muito atarefados e sem tempo para
encarar os famosos calhamaços.
O autor narra em Terra Amaldiçoada a saga de Fabrício Machado que após ter
sido demitido de seu emprego em São Paulo, decide retornar na sua terra natal,
no interior do Piauí. Ali, espera reavaliar sua vida para decidir o rumo a
seguir. Logo porém ele descobre que o ambiente rural arcaico onde cresceu está
em extinção. O progresso chegou, ameaçando sua fazenda, sua família e todo um
modo de vida.
Quando uma série de assassinatos começa a ocorrer,
Fabrício desconfia que uma presença sobrenatural assombra sua terra. Uma força
aterrorizante que não cessará de matar até que se vingue do mundo que a criou.
Não se trata apenas de uma simples história de terror,
mas também de um drama rural cheio de segredos e todos esses segredos
diretamente ligados ao plano de compra das fazendas desenvolvido por uma misteriosa
empresa e também ao ataque dessa força desconhecida e aterrorizante. Todas
essas tramas muito bem amarradas e com um final fantástico graças a um plot
twist que acredito pegará os leitores de surpresa.
Editora:
Douglas
Hamilton Santos Lobo
Data da publicação: 1 de janeiro de
2013
Capa: Brochura
Número de páginas: 146 páginas
Dimensões: 15.24 x 0.91 x 22.86 cm
07
– O Vilarejo (Raphael Montes)
Livraço! Muito bom mesmo. O Vilarejo traz sete contos assustadores distribuídos em apenas 96
páginas. Cada um dos sete contos do livro de Raphael Montes representa um
pecado capital, todos eles cometidos pelos moradores de um vilarejo localizado
num lugar distante e que acaba ficando isolado após a chegada da guerra e do
inverno.
As narrativas exploram as profundezas mais sombrias da
alma dos habitantes desse vilarejo numa velha disputa entre o bem e o mal, a
vida e a morte, a tentação e a salvação.
Apesar de serem sete narrativas diferentes, a medida
em que o leitor vai lendo todos os contos, eles vão se transformando numa única
história e com um final que “amarra” tudo, não deixando nenhuma ponta solta.
Por isso, aconselho que – apesar de serem histórias independentes - os sete
contos sejam lidos na sequência.
Conforme fui lendo o livro percebia, por exemplo, que
a sétima história mudava o final da primeira; a quarta fazia com que eu odiasse
o personagem que tinha amado na segunda, e assim, sucessivamente. Tipo um
quebra cabeças, cujas peças vão se juntando, conforme você avança na leitura.
Cara, achei isso incrível, super original.
Data da publicação: 14 de agosto de
2015
Capa: Brochura
Número de páginas: 96 páginas
Dimensões: 22.8 x 15.4 x 0.8 cm
08
– Joyland (Stephen King)
Todos os fãs do mestre do terror sabem que ele adora
escrever aquelas obras quilométricas. Taí It(A Coisa) e A Dança da Morte para
comprovar tal afirmação. Mas, ele também escreve livros digamos... dentro de um
padrão normal de páginas. Joyland, um
livro muito elogiado tanto pela crítica especializada quanto pelos leitores tem
apenas 240 páginas, o que para o estilo “King de ser” pode ser considerado bem
atípico.
No enredo, uma moça muito bonita chamada Linda Gray
foi morta, há anos, num parque de diversões chamado Joyland. Diz a lenda que
seu espírito ainda assombra o trem fantasma, uma das principais atrações do
parque. A partir daí um personagem chamado Devin decide embarcar em sua própria
investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso.
Em 2016, época em que havia lido o livro, escrevi uma
resenha da história. (Veja aqui).
09
– A Loteria (Shirley Jackson)
Muitos dizem que esse conto publicado originalmente em
1948 na revista New Yorker, é uma das histórias mais brutais e influentes da
literatura contemporânea. O enredo conta com várias ilustrações de Miles Hyman,
especialista em graphic novels e em adaptações de literatura clássica.
O texto de Shirley Jackson e as ilustrações de Hyman
compõem uma visão misteriosa de um vilarejo onde a história se desenrola e o
ritual bizarro que seus habitantes colocam em movimento. Os quadros coloridos e
meticulosamente detalhados pelo ilustrador criam uma atmosfera tensa e
inquietante. O impacto para os leitores foi tamanho que muitos se questionaram
se havia cidades com aqueles hábitos estranhos que a autora narrara.
Em A Loteria
a autora conta a rotina de uma aldeia fictícia que vai se reunindo na praça da
cidade para um momento comunitário sobre o qual não sabemos muito. Tudo parece
tranquilo, as famílias interagem, até que os homens que representam as famílias
passam a sortear nomes, e é aí que o clima da situação começa a ganhar
características ritualísticas macabras. A maioria dos leitores e também a
crítica literária especializada consideram um conto bastante cruel que narra
uma cerimônia tradicional que ninguém sequer pensa em contestar. Quando a
vítima desse momento é escolhida, é bem triste ver sua reação.
São 160 páginas ilustradas que merecem ser lidas,
principalmente pelos amantes do gênero terror.
Editora:
Darkside
Books - Graphic Novel
Data da publicação: 7 de junho de 2023
Capa: Dura
Número de páginas: 160 páginas
Dimensões: 16 x 2 x 23 cm
10
– Mergulhe na Escuridão (Scott Cawthom e Elley Cooper)
A partir do lançamento do primeiro jogo, em 2014, Five Nights at Freddy’s rapidamente se tornou um
fenômeno mundial e muito elogiado pelo público e críticos especializados.
O jogo se passa em uma pizzaria fictícia chamada
"Pizzaria Freddy Fazbear", onde o jogador assume o papel de um
segurança que deve se defender de personagens animatrônicos do restaurante que
se tornam móveis e homicidas à noite.
Não demorou para Five Nights at Freddy’s virar uma
franquia de sucesso, contando com nove jogos da série original, spin-offs,
livros e, mais recentemente, uma produção cinematográfica.
Os livros são escritos pelo criador do game, Scott
Cawthon, e a editora Intrínseca já publicou anteriormente no Brasil a trilogia
de livros de Five Nights at Freddy’s, onde a história se passa dez anos após os
assassinatos que ocorreram na pizzaria Freddy Fazbear e apresenta novos
personagens. Agora, a Intrínseca enfim traz a nova série de livros baseado no
universo de FNaF e tão pedida pelos fãs brasileiros, intitulada Pavores de Fazbear. A coletânea contará
com doze livros, cada um com três histórias independentes entre si, e não
possuem continuidade direta com a trilogia original.
O primeiro volume, Mergulho
na Escuridão que tem apenas 192 páginas, começa com o conto que dá nome ao
livro. Ele conta a história de Oswald, um garoto entediado que decide se
esconder em uma piscina de bolinhas interditada. Ao mergulhar, ele é
transportado para o passado, mais precisamente para os dias de glória da
Pizzaria Freddy Fazbear's. Ao retornar ao presente, Oswald descobre que um
coelho sinistro também viajou com ele e agora o assombra.
Editora:
Intrínseca
Data
da publicação: 4 de março de 2024
Capa:
Brochura
Número
de páginas: 192 páginas
Dimensões:
13.5 x 1.3 x 21 cm
Espero que galera que procura uma história de terror
de qualidade mas com poucas páginas encontre nessa lista algumas sugestões de
leitura.
Inté!
01 julho 2025
Chega ao Brasil em agosto o novo livro de Stephen King: "O Garoto do Colorado"
Pois é galera, e aproveitando o post anterior sobre Não Pisque, aquele livro de Stephen King
que me fez comer uma bronha danada (leiam aqui e entenderão melhor) já emendo
uma outra postagem sobre um outro lançamento do mestre do terror que deve aterrissar
nas livrarias brasileiras no mês de agosto; para ser exato no dia 5 de agosto. Já ouviram ‘falar’ de The Colorado Kid ou O rapaz do Colorado (na tradução literal)? Entonce... a editora
Suma – que publica os livros do autor no Brasil - já vinha prometendo em suas
redes sociais o lançamento dessas duas histórias de King para 2025: Não Pisque para o primeiro semestre e Colorado Kid para o segundo. O primeiro
chegou em maio e The Colorado Kid
está prometido para esse segundo semestre do ano, mas sem uma data exata.
Detalhe: a tradutora das duas obras é a excelente Regiane Winarski.
The
Colorado Kid é um romance do gênero policial,
publicado originalmente pela editora Hard Case Crime em 2005. O livro foi
lançado inicialmente em uma edição de bolso pela editora especializada em
crimes e mistério. Oito anos depois, em 2013, King lançaria também pela Hard
Case, Joyland. Devido a boa
aceitação, na época, a editora decidiu relançar The Colorado Kid em uma edição de bolso ilustrada em maio de 2019.
A história se passa em uma pequena ilha no Maine e é narrada por dois jornalistas veteranos, Vince Teague e Dave Bowie, que compartilham com a jovem estagiária Stephanie McCann o intrigante caso do “Colorado Kid”. O mistério gira em torno de um homem desconhecido encontrado morto em uma praia em 1980, cuja identidade e circunstâncias da morte só foram parcialmente descobertas depois de anos de investigação. Apesar dos avanços no caso, várias perguntas essenciais permanecem sem resposta, e é essa ausência de conclusão que forma o cerne da narrativa.
De acordo com o portal stephenking.com.br, o livro
também levanta questões sobre a natureza do jornalismo e da busca pela verdade.
Vince e Dave, com sua longa experiência na profissão, entendem que nem todos os
mistérios podem ser resolvidos, e seu relato serve como um lembrete de que a
busca pela verdade é muitas vezes mais importante do que as respostas que
encontramos. Stephanie, representando uma nova geração, é inicialmente
frustrada pela falta de um desfecho, mas sua interação com os veteranos sugere
uma passagem de sabedoria, uma aceitação gradual de que a vida é composta de
mistérios sem solução.
Por fim, trata-se de um livro bem curto e que foge aos
padrões do autor que adora escrever verdadeiros calhamaços (rs). The Colorado Kid tem apenas 179 páginas. E deixei o melhor dessa postagem para o final: o livro já está em pré-venda em algumas livrarias virtuais. Eu vi lá na Amazon. E aí? gostaram?