“Filho de peixe, peixinho é”: Cinco pais e filhos escritores talentosos

03 abril 2024

Conhecem aquele ditado popular: “Filho de peixe, peixinho é”? Entonce, acho que esse ditado nunca serviu tão bem quanto na relação “escritor pai-escritor filho”. Vocês já pararam para pensar quantos filhos de escritores famosos resolveram seguir os passos do pai? Galera, são muitos.

Na postagem de hoje, selecionei alguns escritores que seguiram a mesma profissão de seus pais e ficaram tão conhecidos com o eles. Vamos nessa.

01 – Alexandre Dumas e Alexandre Dumas Filho

Muitos leitores acreditam que existe apenas um Alexandre Dumas, mas não. Na realidade existem dois: pai e filho. Isso mesmo, Dumas é um sobrenome dividido entre dois escritores. Alexandre Dumas foi o responsável por obras como O Conde de Monte Cristo e Os Três Mosqueteiros

Alexandre Dumas Filho, inspirado pela carreira do pai, escreveu um verdadeiro clássico da literatura chamado A Dama das Camélias. O curioso é que ele era filho ilegítimo de Dumas com uma costureira e, por isso, o autor tirou a criança da guarda da mãe. 

02 – Stephen King e Joe Hill

Joe Hill poderia ter seguido qualquer outra profissão mas preferiu trilhar os caminhos do pai famoso. Nasceu no dia 3 de junho de 1972 e já tem uma carreira literária bem sólida, podemos dizer. 

Logo de cara faturou um Bram Stoker Award de Melhor Coletânea de Ficção e o British Fantasy Award pela obra Fantasmas do Século XX, de 2005, simplesmente na sua obra de estreia.

Esses foram apenas os dois primeiros prêmios de Joe Hill, que tem ainda um Bram Stoker Award de Melhor Primeiro Romance (por A Estrada da Noite, de 2007), dois British Fantasy Awards como Melhor Revista em Quadrinhos ou Graphic Novel (por Locke & Key, em 2009 e 2012) e um Eisner Awards, como Melhor Escritor de HQs (2011).

Lembrando que Stephen King tem um outro filho que também decidiu ser escritor: Owen Philip King. Ah! A mulher, Tabitha também escreve. Já imaginaram uma família com quatro escritores?! Pois é, apresento-lhes a “Família King”.

03 – Érico Verissimo e Luís Fernando Verissimo

Erico Verissimo, autor da icônica obra O Tempo e o Vento é um dos escritores brasileiros mais consagrados. Seu filho, Luís Fernando Verissimo não fica atrás e pode ser considerado um verdadeiro “monstro sagrado” da literatura brasileira, autor de romances consagrados, e dono das melhores crônicas do país.

Em 1981, o seu livro O Analista de Bagé, lançado na Feira do Livro de Porto Alegre, esgotou sua primeira edição em dois dias, tornando-se fenômeno de vendas em todo o país.

Em toda a década de 1980, Verissimo consolidou-se como um fenômeno de popularidade raro entre escritores brasileiros, mantendo colunas semanais em vários jornais e lançando pelo menos um livro por ano, sempre nas listas dos mais vendidos, além de escrever para programas de humor da TV Globo.

04 - G. Wells e Anthony West

G. Wells é o célebre autor de A Guerra dos Mundos, livro de 1898 que fez milhares de pessoas acreditarem que a Terra estava sendo invadida por alienígenas, ao ouvir uma transmissão de rádio, em 1938. Não eram marcianos e sim, a divulgação do filme que adaptou o livro. 

O que poucos sabem é que o filho, Anthony West, inspirado pelo pai talentoso e um dos mestres da ficção científica, também foi escritor e a propósito, muito elogiado pela crítica de sua época. Ele escreveu romances, ensaios e obras de não-ficção, e revisou livros para a The New Yorker da década de 1950 até o final da década de 1970. West ganhou ainda o Prêmio Houghton Mifflin por seu romance The Vintage publicado em 1949.

05 – Carlos Nejar e Fabrício Carpinejar

Carlos Nejar é um dos principais poetas brasileiros, membro imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele deixou obras ricas de vocabulário, como Sélesis. Nelas presenciamos o uso de aliterações, que proporcionam uma musicalidade aos versos, construídas belamente pelo autor. 

O filho do autor, o irreverente Fabrício Carpinejar, é um dos principais escritores da literatura contemporânea, o qual aborda em seus livros temas recorrentes ao cotidiano. E ainda, no livro, Um Terno de Pássaros ao Sul, Carpinejar faz o que a crítica considera uma versão do clássico “Carta ao Pai, de Kafka.

Por hoje é só. Valeu galera!

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