A leitura de Instinto
Selvagem, romance de Richard Osborne baseado no roteiro do filme homônimo
com Sharon Stone, passou tão despercebido que eu nem sabia que havia deixado de
publicar a sua resenha no blog, mesmo tendo lido o livro há mais de dez anos,
ou seja, nos primórdios do “Livros e Opinião”.
Quando comecei a ler o livro, exclamei para mim mesmo:
“Êpa, parece que eu estou assistindo o filme novamente; cena por cena!”. E, de
fato, a impressão que fica registrada na mente do leitor é que a história
escrita por Richard Osborne não foi baseada, mas colada do roteiro de Joe Eszterhas.
Acredito que tenha sido esse o motivo da minha displicência, ao ponto de não
ter escrito a resenha tão logo concluí – diga-se de passagem, aos trancos e
barrancos – a leitura de Instinto
Selvagem. Como não havia gostado muito do filme, arrisquei dar uma lida no
livro, mas ao perceber que se tratava de um copião da produção cinematográfica
de 1992 fui obrigado a reunir toda a minha força de vontade draconiana para
terminar a leitura.
O curioso é que após ter lido a obra e assistido o
filme, resolvi dar algumas zapeadas nas redes sociais, especificamente nos
portais “Interfilmes”, “Adoro Cinema” e “Skoob” para ver as críticas de
leitores e cinéfilos. Acreditem; a maioria delas para não “dizer” quase todas,
eram positivas e tecendo louvores tanto para o filme quanto para o livro. ‘Entonce’,
novamente, exclamei comigo: “Lá vou eu mais uma vez nadando contra a maré!”.
Mas fazer o que? No meu caso, não gostei. Achei a trama fraca; que na minha opinião, só conseguiu se segurar
devido a presença sedutora, fatal e luminosa de Sharon Stone em cena e ao
talento inquestionável de Michael Douglas. Quanto a história em si, não
despertou o meu interesse.
Pois é, aí você dá uma passeada na Internet e vê que a
maioria dos críticos e cinéfilos tratam o filme como uma joia rara lapidada com
comentários do tipo: “uma verdadeira obra prima”, “um thriller policial
inovador mesmo após 30 anos” e por aí afora. Vendo tudo isso, chego à conclusão
de que toda e qualquer tipo de crítica no ramo das artes, especificamente na
literatura e cinema são muito, mas muuuito subjetivas pois tem características
pessoais, individuais. Eu posso amar, mas por outro lado, você pode odiar.
Concluindo: não gostei de Instinto Selvagem lendo ou assistindo; mas pode ser que você adore
a trama.
Ah! Para os poucos que desconhecem o enredo, filme e
livro giram em torno de uma escritora, Catherine Tramell, extremamente sedutora e principal suspeita de
um assassinato. O policial Nick Curran é incumbido de desvendar o crime, mas
fica fortemente atraído por ela, colocando a própria vida em risco. Em resumo é
isso.
Inté!
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