A última mentira que contei

04 maio 2023

A exemplo de As Sobreviventes, o novo livro de Riley Sager não decepciona. Não chega a ser algo fantástico que mereça elogios pomposos e fogosos, mas vale a leitura. A última mentira que contei segue as mesmas diretrizes de As Sobreviventes, ou seja: leitura fluida; pequenas reviravoltas no decorrer da história, culminando com um grande plot twist final e mulheres como personagens principais. Por isso, o “esqueleto” do enredo não difere em nada de seu livro anterior. Acredito que depois do sucesso de As Sobreviventes que chegou até mesmo a ganhar um elogio “da hora” de ninguém menos do que Stephen King, o mestre do terror, Sager não quis arriscar mexendo em sua fórmula. E fez bem porque o seu novo romance está sendo muito elogiado pelos leitores, além de ocupar as primeiras posições nas listas de obras mais vendidas.

Como já ‘disse’, não é uma obra incrível com o poder de lhe tirar de uma ressaca literária, mas nem por isso, deixa de ser um bom livro.

O plot twist principal que esclarece o grande mistério da trama só ‘dá as caras’ nas três últimas páginas do livro. Antes disso, eu tinha a certeza de que o destino das personagens principais tomaria um outro rumo; um rumo, aliás, bem chatinho e com um plot muito simplório. Quando eu já estava pronto para criticar a conclusão da história, eis que chegam as tais das três últimas páginas que modificaram tudo; e modificaram muito, mais muito, de fato. Confesso que a “sacada” final do autor me pegou de surpresa e pegará você também. É o tipo de conclusão imprevisível e astuciosa.

A última mentira que contei narra a história de quatro amigas - Vivian, Natalie, Allison e Emma – que decidem passar as férias no Acampamento Nightingale. Certa madrugada, ainda meia sonolenta, Emma viu as outras três amigas saírem da cabana na calada da noite. Essa foi a última vez em que ela, ou qualquer outra pessoa, teve notícias das garotas.

Quinze anos depois, Emma é convidada a voltar ao acampamento, que seria reaberto pela primeira vez desde a tragédia. Ela vê nisso uma oportunidade de tentar descobrir o que realmente aconteceu com suas três amigas.

Em meio a rostos conhecidos, cabanas inalteradas e o mesmo lago escuro – objeto de tantas histórias e lendas -, ela começa a encontrar misteriosas pistas deixadas por Vivian, mensagens sobre as obscuras origens do acampamento e sua possível relação com os desaparecimentos.

Se você leu e gostou de As Sobreviventes, certamente, também irá gostar de A última mentira que contei.

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