A exemplo de As Sobreviventes, o novo livro de Riley Sager não decepciona. Não chega a ser
algo fantástico que mereça elogios pomposos e fogosos, mas vale a leitura. A última mentira que contei segue as
mesmas diretrizes de As Sobreviventes,
ou seja: leitura fluida; pequenas reviravoltas no decorrer da história,
culminando com um grande plot twist final e mulheres como personagens
principais. Por isso, o “esqueleto” do enredo não difere em nada de seu livro
anterior. Acredito que depois do sucesso de As
Sobreviventes que chegou até mesmo a ganhar um elogio “da hora” de ninguém
menos do que Stephen King, o mestre do terror, Sager não quis arriscar mexendo
em sua fórmula. E fez bem porque o seu novo romance está sendo muito elogiado
pelos leitores, além de ocupar as primeiras posições nas listas de obras mais
vendidas.
Como já ‘disse’, não é uma obra incrível com o poder
de lhe tirar de uma ressaca literária, mas nem por isso, deixa de ser um bom
livro.
O plot twist principal que esclarece o grande mistério
da trama só ‘dá as caras’ nas três últimas páginas do livro. Antes disso, eu tinha
a certeza de que o destino das personagens principais tomaria um outro rumo; um
rumo, aliás, bem chatinho e com um plot muito simplório. Quando eu já estava pronto
para criticar a conclusão da história, eis que chegam as tais das três últimas
páginas que modificaram tudo; e modificaram muito, mais muito, de fato.
Confesso que a “sacada” final do autor me pegou de surpresa e pegará você
também. É o tipo de conclusão imprevisível e astuciosa.
A
última mentira que contei narra a história de quatro amigas -
Vivian, Natalie, Allison e Emma – que decidem passar as férias no Acampamento
Nightingale. Certa madrugada, ainda meia sonolenta, Emma viu as outras três
amigas saírem da cabana na calada da noite. Essa foi a última vez em que ela,
ou qualquer outra pessoa, teve notícias das garotas.
Quinze anos depois, Emma é convidada a voltar ao
acampamento, que seria reaberto pela primeira vez desde a tragédia. Ela vê
nisso uma oportunidade de tentar descobrir o que realmente aconteceu com suas
três amigas.
Em meio a rostos conhecidos, cabanas inalteradas e o
mesmo lago escuro – objeto de tantas histórias e lendas -, ela começa a
encontrar misteriosas pistas deixadas por Vivian, mensagens sobre as obscuras
origens do acampamento e sua possível relação com os desaparecimentos.
Se você leu e gostou de As Sobreviventes, certamente, também irá gostar de A última mentira que contei.
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