Livro sobre traição contra Anne Frank e família será lançado pela Harper Collins em fevereiro

30 janeiro 2022


O Diário de Anne Frank marcou a adolescência de muitos leitores da minha geração. Li o livro quando tinha “uns” 13 ou 14 anos e ainda me lembro de algumas passagens marcantes. Aliás, descobrimos quando um livro, realmente, é especial quando passam-se décadas e nós ainda conseguimos recordar de vários trechos de sua narrativa. Por esse motivo, considero O Diário de Anne Frank uma joia lapidada guardada em minha estante.

A história de Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank, se tornou conhecida em todo mundo. O diário dessa garota alemã, de origem judaica, de apenas 13 anos e que repentinamente viu a sua existência sofrer uma transformação radical, ao ver o seu País ser invadido pelos nazistas emocionou muitos leitores através de décadas.

Embora tenha nascido em Frankfurt, Anne passou a maior parte da vida em Amsterdã, nos Países Baixos. Sua família se mudou para lá em 1933, ano da ascensão dos nazistas ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território holandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país.

Após mais de dois anos se escondendo no andar de cima do armazém de seu pai, a adolescente judia e outras sete pessoas foram descobertas por oficiais nazistas alemães e holandeses em 4 de agosto de 1944. Após ser presa, a adolescente, então com 15 anos, morreu no ano seguinte no campo de concentração de Bergen-Belsen.

Ela escreveu em um diário as suas intimidades e também das pessoas que a cercavam, além do sofrimento do povo nos campos de concentração, onde ela se encontrava.



Consta que Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amsterdã depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O livro se tornaria um dos mais traduzidos em todo o mundo. Com certeza, de 1947 até os tempos atuais, milhares de leitores tiveram a oportunidade de conhecer a intimidade de Anne Frank.

Mas nem mesmo após 77 anos, uma pergunta conseguiu se calar. “Quem entregou Anne Frank aos nazistas e também aos oficiais holandeses (que se encontravam sob o domínio da Alemanha)? Expondo abertamente: “Quem afinal dedurou Anne Frank”? É esta pergunta que o livro Quem Traiu Anne Frank escrito pela biógrafa Rosemary Sullivan promete responder.

A obra da editora Harper Collins que será lançada no Brasil em 15 de fevereiro traz o relato inédito da meticulosa investigação forense comandada pelo ex-agente do FBI Vincent Pankoke para solucionar esse mistério, traz a resposta definitiva à pergunta que inquietou milhões de pessoas no mundo inteiro.

Pankoke montou uma equipe de especialistas para solucionar esse mistério e a investigação que durou seis anos apontou como principal suspeito um tabelião judeu.

A autora do livro registrou o trabalho dos holandeses Thijs Bayens, um cineasta, e Pieter van Twisk, um jornalista. Em 2016, os dois contrataram Pankoke, que curtia sua aposentadoria na Flórida.

Juntos, eles montaram uma equipe de criminologistas: cientistas de dados, comportamentais, forenses, sociais, psicólogos, um especialista em caligrafia e até um rabino. O time usou técnicas modernas de big data, um programa de inteligência artificial da Microsoft, relatórios, entrevistas e arquivos.

Quem Traiu Anne Frank detalha toda a linha investigativa adotada pelo ex-agente do FBI para chegar até os suspeitos e que teria levado o tabelião judeu a entregar o esconderijo de Anne Frank.

Trata-se de uma obra imperdível para toda a geração de leitores que tiveram a oportunidade de ler “O Diário de Anne Frank”.

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