Os leitores que acompanham o blog sabem que eu não sou fã de livros de autoajuda. Respeito aqueles que apreciam enredos com essa característica e acredito, inclusive, que existam bons livros, caso contrário o gênero não seria um dos mais lidos e vendidos no mundo, principalmente no Brasil. Só que no meu caso... passo para frente. Mas como para tudo há exceções, o menino, aqui, também não foge à regra. Cara, mesmo não sendo adepto do gênero, eu adoro a maioria dos livros de Augusto Cury. Estranho né? Mas tudo bem, cada pessoa com as suas particularidades.
Uma das obras do autor que mais gostei foi Análise da Inteligência de Cristo onde ele faz uma abordagem do lado psicológico e comportamental de Jesus com aplicação nas diversas áreas do conhecimento humano; em outras palavras, ele analisa a mente de Jesus a partir das atitudes tomadas pelo Cristo durante a sua jornada de vida até o momento de sua crucificação. Além de escritor, Cury também é um renomado psicólogo o que facilitou em muito o seu trabalho nesta obra.
A coleção é formada pelos livros: O Mestre dos Mestres, O Mestre da Sensibilidade, O Mestre da Vida, O Mestre do Amor e O Mestre Inesquecível. Eles nos proporcionam uma perspectiva filosófica e psicológica do comportamento de Jesus. Dos cinco livros da coleção, todos eles excelentes, O Mestre Inesquecível foi aquele que me fisgou por completo. Cara, amei a obra. Gostei tanto que resolvi escrever um post só dela. Deixe-me explicar; é que após ter lido a coleção completa optei por juntar os cinco livros numa única resenha, mas como já disse, a obra que fecha a coletânea é tão especial que merece um comentário a parte.
Após ler O Mestre Inesquecível é impossível não admirar ainda mais esse divisor de águas na história da humanidade chamado Jesus. Ele conseguiu liderar e modificar as atitudes de 12 pessoas complicadíssimas ou será que você acreditava que os 12 apóstolos de Cristo eram todos anjinhos? Vamos tomar Pedro, como um dos exemplos. Ele era impulsivo, impetuoso e vacilante, indo de um extremo a outro com a maior facilidade. Certa ocasião recusou que Jesus lavasse os seus pés, mas ao ouvir a resposta de seu Mestre, pediu, então, para que o lavasse por inteiro.
Quanto a Tiago.... Olha... acho que Jesus teve trabalho. O sujeito era colérico, ficando arrebatado quando a sua indignação chegava ao auge. Ele estava sempre habituado a justificar-se e a desculpar-se da sua raiva sob o pretexto de que era uma manifestação de justa indignação. Resumindo: ele se desculpava, mas nunca admitia que a culpa era sua.
João? Era vaidoso e intolerante. Bartolomeu? Orgulhoso até a gota. Mateus? Materialista. Tão materialista que antes de conhecer Jesus, gostava de levar vantagens sobre todas as pessoas que cruzassem o seu caminho. Quanto aos outros apóstolos? Seguiam a mesma toada.
E o que Jesus fez? Em sua natureza humana, conseguiu mudar o comportamento de todos esses homens, transformando-os em seres humanos de qualidades múltiplas, verdadeiros exemplos para todos nós.
Utilizando-se de uma minuciosa pesquisa, Cury procura explicar qual foi a metodologia usada por Jesus para conseguir mudar o comportamento de seus apóstolos, ensinando a eles a arte de pensar, a tolerância, a solidariedade, o perdão e a capacidade de se colocar no lugar do outro.
Um livro incrível, que certamente irá nos ensinar muitas lições, além de dar a oportunidade dos leitores conhecerem como eram os apóstolos antes e depois de terem conhecido Jesus.
Recomendo muito a leitura.
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