Meu irmão do meio tinha o hábito de viajar, pelo menos, duas vezes por semana para o litoral paulista. Segundo ele, não há nada melhor para refrescar ‘cabeça quente’ do que uma praia. O Orlando é dono de um jornal e só eu sei de sua luta para manter aquele veículo de comunicação aberto e gerando empregos. Acredito que essas viagens – hoje, elas ficaram mais raras – serviam como válvulas de escape para os problemas enfrentados no trabalho.
Como ele sabe que sou um leitor de carteirinha, todas as
suas viagens litorâneas acabavam me rendendo bons livros. Acho que o meu irmão
pensava que eu lia qualquer coisa, já que não me perguntava qual livro eu
gostaria de ganhar. Tenho quase certeza que sua intenção era fazer surpresa,
mas cá entre nós, quando você presenteia alguém com um livro sem saber se a
pessoa gosta daquele gênero ou até mesmo se já tem aquela obra na estante, a
probabilidade de erro é grande. No meu caso, tive muita sorte porque o Orlando acertou
bem mais do que errou. E um de seus acertos foi Jogada Mortal de Harlan Coben que eu já li há algum tempo e por
isso estava devendo uma resenha da obra. Brinco com o meu irmão, dizendo que
esse livro foi um presente que ele acertou na trave e por pouco não foi bola
fora. Jogada Mortal faz parte de uma
saga de sete livros sobre um personagem chamado Myron Bolitar e ao invés de
comprar o primeiro volume, o ‘mano velho de guerra’ acabou comprando o segundo!
Quer dizer comecei a leitura um pouco torto, mas posso afirmar que não me
atrapalhou em nada, já que as obras não seguem uma ordem cronológica.
Jogada Mortal não tem as reviravoltas estonteantes de outros livros de Coben mas mesmo assim, alguns plot twists, apesar de discretos, me agradaram.
Não li, ainda, os outros livros seis livros da saga
porque a minha lista de leituras está bem grandinha e apesar de ter gostado da
história, acabei optando por outros livros do autor, cujos temas me despertaram
mais a atenção. Mas tenho um amigo que leu todos a saga completa de Bolitar e
amou..
Não posso revelar muitos detalhes de Jogada Mortal porque acabarei soltando
spoilers. Por isso, quanto menos falar escrever melhor.
Myron Bolitar é um agente esportivo que foi obrigado
abandonar uma promissora carreira de jogador de basquete. Ele era considerado
um verdadeiro fenômeno das quadras e vinha sendo disputado por grandes times
até que uma grave lesão no joelho interrompeu definitivamente o seu sonho,
colocando um ponto final em sua carreira no basquete.
Depois disso, o ex-atleta fez o curso de Direito na renomada
Universidade de Harvard, além de ter tido uma passagem pelo FBI como agente. No
final, ele acabou se tornando um agente esportivo.
Um de seus clientes mais promissores é um jovem negro,
Duane Richwood, que mesmo sem ter tido nenhuma aula formal de tênis e aprendido
a jogar nas ruas de Nova York, é cotado para vencer o seu primeiro Grand Slam.
A vida de Duane vira no avesso no momento em que uma
tenista prodígio de apenas 16 anos – finalista do Aberto de Tenis da França -
chamada Valerie Simpson procura Bolitar para ser seu agente, mas acaba sendo
assassinada, dias depois. Duane passa a ser o principal suspeito do crime.
Boliotar começa investigar o crime e aos poucos vai
descobrindo detalhes importantes, incluindo diversos segredos da vida de Valerie
e também de Duane.
Vou evitar citar o nome de outros personagens que tem
papéis decisivos na trama; como eu disse quanto menos escrever melhor.
Bem ao seu estilo, Coben vai recheando, aos poucos, o
seu enredo de pequenos spoilers até a chegada do ‘grande finale’.
Leiam. Vale a pena.
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