São 21H40m no momento em que escrevo este post. Acabei de chegar em casa depois de pautas estressantes, gritos na minha orelha – também gritei na orelha de alguns – corrida contra o relógio; substituição de reportagem, cujo tema naufragou e etc e amis etc. Quem vive o seu dia a dia dentro da redação de um jornal ou emissora de rádio sabe do que estou falando. Cara, às vezes é muito estressante.
Por isso, serei breve na postagem de hoje, aliás muito
breve. Entendam que eu estou arrebentado, com fome, louco para tomar um banho e
probleminha: estou sentindo que não conseguirei escrever essa postagem se
deixar para depois da ducha e da comida que a Lulu está preparando no capricho
para mim. Cara, não vou conseguir, verdade; depois só quero cama.
Mas vamos ao que interessa. Passei para dar uma dica
de leitura para a galera. Este livro foi lançado em novembro do ano passado e
acabou passando despercebido por mim. Tomei conhecimento da obra da jornalista
Malu Gaspar na segunda-feira, dia 8, através de um colega de trabalho. Após
pesquisar mais detalhes na Internet, só vi elogios. Todos e quando digo todos,
estou me referindo tanto a crítica especializada quando aos leitores, de um
modo geral, estão babando pela obra. Trata-se do livro A organização: A Odebrecht e o esquema de corrupção que chocou o mundo.
O título já diz tudo né galera?
Para quem não se lembra ou não está muito familiarizado com as tramas do submundo político que envolveu a Petrobrás e um grupo de grandes empreiteiras, entre elas, uma das maiores do País, eu lembro que em 2015, quando a força-tarefa da Lava Jato fulminou o chamado “clube” de empreiteiras que controlava os contratos com a Petrobras, a Odebrecht liderava com folga o ranking das empresas de engenharia nacionais. Delatados por colaboradores da Justiça, alguns de seus principais executivos foram presos, acusados de uma volumosa coleção de crimes. Uma cena que não me sai da cabeça foi o momento em que os policiais federais entraram na casa de Marcelo Odebrecht e o levaram preso. Este momento foi mostrado nos principais telejornais brasileiros e também do mundo.
Para tentar sobreviver à hecatombe, a organização ―
era assim que os controladores e funcionários se referiam à Odebrecht ― e seus
dirigentes confessaram um longo histórico de práticas escusas que abalou a
República e chocou o mundo, envolvendo propinas a centenas de políticos, de
prefeitos a presidentes. Emilio e Marcelo Odebrecht, pai e filho, cujo
relacionamento sempre fora difícil, romperam publicamente em meio a um duelo de
denúncias.
Segundo a editora Companhia das Letras, nesse livro
sobre a glória e a desgraça da Odebrecht, Malu Gaspar desvenda as engrenagens
de um sistema de corrupção que parecia inviolável, e lança luz sobre as
espúrias relações entre Estado e empresas que condicionaram por muito tempo uma
espécie de “capitalismo à brasileira”.
Segundo reportagem publicada no jornal Folha de S.
Paulo, no fim de agosto de 2016, quando estava preso pela Operação Lava Jato em
Curitiba e soube dos termos da delação negociada por seu pai, Emílio Odebrecht,
o empresário Marcelo Odebrecht escreveu uma longa carta para dizer que o
patriarca da família estava mentindo aos procuradores.
Endereçada à sua mulher e a dois irmãos, a mensagem
classificava os relatos que o pai fizera aos integrantes da força-tarefa à
frente das investigações como "tardios, incompletos, omissos e
inverídicos", e o acusava de pôr em risco as negociações com a Lava Jato e
o futuro das empresas da família.
Segundo Marcelo, o pai se recusava a contar tudo que
sabia sobre as relações da Odebrecht com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e outros políticos com quem lidara. "Não apenas não relata tudo
a que meu pai está exposto", escreveu. "Não fala tudo e não aborda
corretamente o tema Lula".
Obtido pela jornalista Malu Gaspar, o documento é uma
das revelações de "A Organização", livro que ela acaba de lançar
sobre a trajetória do grupo empresarial.
Taí galera, espero que tenham gostado da dica de
leitura.
Desculpem a correria e o post feito meio que a toque
de caixa; mas os últimos três dias, principalmente hoje, foram brabos no meu
trabalho.
Inté!
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