Eu deveria ter postado este texto hoje pela manhã, mas como tirei o dia para ‘atacar’ de mestre cuca, acabei deixando para escrever o post agora a noite. Logo cedinho, disse para Lulu que a cozinha neste sábado seria minha. Estava com vontade de preparar algumas receitas – cozinhar é uma das minhas paixões, só não gosto de lavar os utensílios (rs) – e assim surgiu uma torta de frango com massa podre, além de duas sobremesas: um prestigio gelado e um sorvete de morango. Adorei! Deu prá arejar a cabeça. Na minha opinião, para quem gosta, é claro, cozinhar é uma baita higiene mental.
Mas vamos ao que interessa, ou seja, aos livros.
Neste final de mês tive de incluir mais uma despesa
extra no meu já estorricado cartão de crédito: a compra de dois livros, um deles
nem sequer foi lançado; o outro chegou nas livrarias hoje. A Espada dos Reis, 12° volume da saga Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell chega nas livrarias em 19 de
outubro e Um Paciente Chamado Brasil
do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já desembarcou nas prateleiras
físicas e virtuais neste sábado (26). O primeiro reservei há cerca de duas
semanas, já o livro de Mandetta ‘pesquei’ ontem (25) dia de seu lançamento
oficial com direito a muitas entrevistas dadas pelo autor.
Cara, confesso que sou um pouco impaciente quando se trata de comprar obras que eu goste, por isso, quando determinado livro - que desejo muito - entra em pré-venda, sou um dos primeiros a garantir a sua compra. Há alguns anos, eu era completamente diferente. Mesmo gostando muito de um livro, não me preocupava em adquiri-lo com rapidez. Achava que a qualquer momento que eu o procurasse, ele estaria me esperando nas livrarias, mas depois de ter levado alguns tombos bem violentos e amargado a perda de obras muito importantes para mim, resolvi mudar de atitude. Atualmente, como diz um ditado popular, ‘eu atiro primeiro e pergunto depois’ (rs). Foi assim que fiz com os livros de Cornwell e Mandetta.
Como já fiz uma postagem específica sobre A Espada dos Reis (ver aqui), hoje quero
Tudo bem que seja a visão de apenas uma das partes,
mas já serve para termos noção de como os nossos governantes estavam agindo
para conter uma grave epidemia começava a atingir o seu auge. Se futuramente,
Bolsonaro, lançar um livro sobre esse assunto, é claro que vou adquirir para também
ouvir o seu lado, mas não posso menosprezar o ponto de vista de um ministro que
era responsável por coordenar todos os trabalhos de combate à um vírus
desconhecido, que vinha disseminando pânico e mortes ao redor do mundo e que
havia acabado de chegar ao Brasil. Comprar o livro era uma necessidade.
Assisti uma entrevista que Mandetta concedeu para o programa
Conversa com Bial, na TV Globo, e através dela deu para ter idéia de alguns
assuntos que serão abordados em seu livro lançado pela editora Objetiva.
Por exemplo, o ex-ministro da Saúde disse que Bolsonaro
estava convencido de que o novo coronavírus seria uma arma biológica da China
para que a esquerda voltasse ao poder na América Latina; e disse que alertou
que o Brasil (que hoje ultrapassou 141.441 mil óbitos) poderia chegar a 180 mil
mortes se medidas restritivas não fossem tomadas, mas não era ouvido. O
ex-ministro também criticou a lentidão da Organização Mundial de Saúde (OMS) em
declarar pandemia, achando que o vírus fosse restrito à cidade chinesa de Wuhan.
O médico também revela no livro que em uma reunião no
dia 5 de abril, quando já estava sendo "fritado" pelo presidente,
disse diretamente a Bolsonaro: "O senhor tem que me demitir. Seria mais
leal de sua parte. O senhor quer cobrar lealdade, mas lealdade é uma via de mão
dupla. Não se pode ser leal unilateralmente. O senhor está sendo desleal.
Porque o senhor fala uma coisa e faz outra".
Mandetta cita em vários trechos do livro que durante a pandemia viveu dilemas e
conflitos com o ministro da Economia, Paulo Guedes que não atendia aos seus telefonemas.
O livro tem apenas 228 páginas, o que acredito será
possível lê-lo numa tacada só. Pelo menos, espero.
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