Posso afirmar, sem medo de errar, que as pulp fictions
fizeram parte da minha puberdade e mais ainda da minha adolescência. No ano
passado, escrevi um post onde conto em detalhes os assaltos que fazia na calada
da noite ao armário secreto de meu irmão (ver aqui). Foi naquele saudoso
esconderijo que comecei a ganhar o gosto pela leitura. Cara, o meu irmão
guardava um verdadeiro ‘arsenal de guerra’ no local, desde gibis,
enciclopédias, livros, almanaques e é claro as pulp ficitons. Como eu devorava tudo
aquilo!! Se hoje, sou um leitor inveterado, devo tudo aquele armário que hoje,
infelizmente, não existe mais.
De todas as revistas e livros que ali ficam ‘acomodadas’;
as pulps eram as que eu mais gostava. Os livrinhos de bolso editados em papel
jornal, principalmente os da Brigitte Montfort eram incomparáveis. Ah! Tinha
ainda o “Sombra”, “Coyote”, “Conan”. Iahuuuu!! Cara, estou delirando enquanto
recordo aquela época. Fantastic!
Na semana passada, após chegar em casa, depois de um
dia estafante de trabalho, pensei comigo: - “Já que devo, em grande parte, às
pulp fictions o meu hábito pela leitura, nada mais justo do que escrever um
post sobre esses livrinhos que marcaram época”. Decidi, então, postar um texto
sobre os heróis e heroínas desse gênero literário que fizeram a minha cabeça.
Anotem aí, galera, os 10 personagens das pulp
fictions que marcaram época.
01
– Brigitte Montfort
Mêo, não tem como deixar de começar esse post por ela... Esta mulher estonteante conquistou,
de cabo à rabo, marmanjos e adolescentes da minha geração. Brigitte Montfort ou
simplesmente “Baby” é uma agente da Cia letal até a ‘última gota’. Perita no manejo
de vários tipos de armas, desde as mais simples até as mais bélicas, também fala
fluentemente vários idiomas. Quer mais? Ok, lá vai: é especialista no combate corpo a corpo
dominando várias técnicas de luta, desde o karatê até a capoeira; além de
pilotar qualquer tipo de aeronave.
A famosa personagem - criada pelo
escritor espanhol Antônio Vera que assinava suas histórias com o pseudônimo de
Lou Carrigan - foi considerada o principal produto da Monterrey, editora
especializada na publicação de livrinhos de bolso em papel jornal, autênticos
pulp-fictions. Se o miolo desses livros era ‘vagabundérrimo’, suas capas, por
outro lado, eram ‘xiques nu urtimo e urtimo grau’.
As capas das histórias de Brigitte
Monfort eram produzidas por um dos maiores ilustradores brasileiros do século
XX: José Luiz Benício.
A espiã “Baby” marcou tanto a minha adolescência que
decidi fazer dois posts inteiramente dedicados à ela. Confiram aqui e aqui.
Com absoluta certeza: essa mulher escultural pode
ser considerada um verdadeiro ícone das pulp-fictions.
02
– Buck Rogers
Não tive a oportunidade e tampouco a felicidade de
ler Buck Rogers, mas em compensação matei a vontade de assistir Buck Rogers.
Pelo que sei o personagem estreou nas pulp fictions em 1928 numa estória
escrita por Phillip Francis Nowlan para a revista Amazing
Stories, e intitulada Armaggedon 2429 AD. Logo depois vieram os quadrinhos e a
seguir os programas de rádio em 1932. E nesta época, o ‘menino aki’ nem sonhava
em nascer, já que os meus pais ainda eram crianças (rs). Imagine, sequer, ler
uma revistinha pulp da Amazing Stories! Não tinha como!
Por outro lado, a minha fiel companheira Srª
Televisão quebrou o meu galho. Em 1979, ela me presenteava, uma vez por semana,
com o seriado “Buck Rogers no Século 25”.
As aventuras de Buck Rogers, seja
sob a forma de pulp fictions, histórias em quadrinhos, filmes, rádio ou
televisão, tornaram-se parte importante da cultura pop dos Estados Unidos. Os americanos
tem um respeito muito grande pelo personagem, considerado o primeiro herói
espacial do mundo.
03
– O Sombra
Aquela gargalhada sinistra sempre me intrigou.
Caraca! Eu achava algo macabro. A primeira vez que conheci essa marca
registrada do Sombra foi nos quadrinhos oitentistas da Editora Abril. Adorava
as histórias do personagem. Tudo bem que o sujeito jamais errava um tiro com
aqueles dois pistolões e ainda conseguia ficar invisível com a sua capa, mas a
tal gargalhada era demais. Até hoje, tenho duas dessas revistinhas do
personagem, as quais ‘volta e meia’ me vejo folheando e matando saudades.
Mas enganam-se aqueles que pensam que O Sombra teve
origem nos quadrinhos. Nada disso. Ele nasceu de um programa de rádio na década
de 30, criado por Walter Brown Gibson, onde o ator e diretor Orson Welles lhe
emprestava a voz e é claro a gargalhada macabra. Depois, O Sombra passou a
integrar o contexto das pulp fictions, ou seja, as mesmas “Amazing Stories” da
qual Buck Rogers fez parte. Somente anos depois, ele viria migrar para a TV,
quadrinhos e finalmente cinema. Um detalhe que poucos sabem é que O Sombra também
apareceu em algumas tiragens de um pulp brasileiro chamado Contos Magazine que
circulou com grande sucesso, aqui na terrinha, no período de 1937 a 1945,
trazendo histórias de ficção científica, piratas, etc.
O
alter ego do personagem nas pulps era Kent Allard e no rádio, cinema e
quadrinhos, Lamont Cranston. Suas características principais era o nariz aquilino e olhos negros ameaçadores. Ele sempre usava
chapéu, casaco e capa pretos, um anel com um rubi enorme e tinha a boca coberta
por um pano vermelho. Seus poderes era o controle da mente e o dom da
invisibilidade, além de ser um exímio atirador.
04 – Solomon Kane
Solomon Kane é um puritano do XVI
que vaga pelo mundo caçando, monstros, demônios e feiticeiros, armado somente
com uma espada e uma pistola. O cara é fera mêo! Enfrentou, sem pestanejar, até
o Conde Drácula!
O personagem que fez sucesso nas
pulp fictions americanas nasceu em 1926 das mãos (ou da cabeça, tanto faz) do
escritor texano Robert E. Howard que seis anos depois brindaria o mundo das
pulp com outro presentão: “Conan”. Depois de dominar as revistinhas baratas,
Kane migrou para os quadrinhos e finalmente para os cinemas numa produção de
2010.
Nobre deserdado pelo pai, Solomon
Kane é um homem cruel e vingativo, saqueador de castelos, que, depois de
escapar de um encontro com um intermediário do diabo, decidiu que era hora de
mudar de vida. Acolhido por padres, recolhe-se à meditação e abandona as armas,
mas algum tempo depois, decide sair vagando pelo mundo com a única vontade de
eliminar o mal em todas as suas formas; para tal Kane enfrenta
demônios, feiticeiros, vampiros e outras criaturas sobrenaturais.
Creio que as
pulp fictions do herói não chegaram a ser publicadas no Brasil, mas em
contrapartida, a versão em quadrinhos de suas aventuras circulou por aqui nas
décadas de 80 e 90 na revista “Espada Selvagem de Conan”.
05 – Conan
“Conan, O Bárbaro” ou “Conan, O Cimério”
nasceu em 1932 e como já disse escrevi acima, pelas mãos de Robert E.
Howard, o mesmo criador de Solomon Kane.
Conan apareceu
pela primeira vez na revista pulp “Weird Tales” no conto “The Phoenix on the
Sword” (A Fênix na Espada). A história fez um grande sucesso entre os leitores
da época e serviu para catapultar o personagem na preferência popular. Esta
aceitação, estimulou Howard a escrever novas histórias e assim, surgiram mais dezenove contos e um romance estrelado
pelo personagem. Três desses contos só foram publicados após a morte do autor.
‘O Cimério’ ou
‘Conan’, como queiram, fez tanto sucesso nas pulp, mas tanto sucesso, que no
fim da década de 60, a editora Marvel Comics adquiriu os direitos de publicação
de suas histórias em quadrinhos. E por uma ironia do destino, esse meio de
publicação foi a forma pela qual o personagem ficou conhecido em todo o mundo,
superando as pulps, consideradas o seu berço de nascimento. Interessante, não
acham?
Pensou que o
sucesso do sujeito parou por aí? Que nada! Conan ainda foi adaptado para o
cinema por três vezes nas produções “Conan, O Bárbaro (1982), “Conan, O
Destruidor” (1984) e “Conan, O Bárbaro” (2001). Os dois primeiros filmes foram
interpretados por Arnold Schwarzenegger, já o terceiro contou com o americano
Jason Mamoa, que fará o Aquaman em “Batman versus Superman”.
Agora, diga-me
pra mim, um personagem que arrebentou nas pulp, romances, quadrinhos, revistas
e nos cinemas por três vezes não merece estar nesta lista?
06 – Tarzan
Quando Edgar
Rice Burroughs publicou a primeira história de Tarzan, tinha 37 anos e nem ele
e seus editores imaginariam que o legado do “homem macaco” se transformasse num
verdadeiro império.
Tudo teve
início com as revistinhas de papel jornal que tornaram Tarzan um personagem
popular. Depois vieram os quadrinhos, revistas, livros, televisão e finalmente
cinema.
O personagem fez sua primeira
aparição na edição de outubro de 1912 da revista Pulp All-Story e foi um grande
sucesso de vendas. A partir daí, a criação de Burroughs não parou mais de
crescer.
Uma
curiosidade interessante é que o autor nunca esteve na África, por isso,
logicamente, não tinha noção alguma daquele continente, mas isso não o impediu
de criar um mundo nas selvas com civilizações perdidas, aborígines, tribos de
canibais e criaturas exóticas.
Tarzan é filho de aristocratas ingleses que
desembarcam em uma selva africana após um motim. Com a morte de seus
pais, Tarzan é criado por macacos na África. Seu verdadeiro nome é John
Clayton III, Lorde Greystoke. Tarzan é o nome dado a ele pelos macacos e
significa "Pele Branca".
Por ter sobrevivido na selva desde sua infância,
Tarzan mostra habilidades físicas superiores às de atletas do "mundo
civilizado", além de poder se comunicar com os animais.
07
– Doc Savage
O personagem criado por Henry W. Ralston e o editor
John L. Nanovic da Street and Smith Publications conquistou gerações de
leitores. O Homem de Bronze, como o herói era conhecido, fez tanto sucesso que
teve uma revista só sua chamada “Doc Savage Magazine”. Ao todo foram 181
edições lançadas de 1933 a 1949.
A popularidade do herói, à exemplo de Tarzan,
extrapolou as páginas baratas das pulp fictions e invadiu os livros, TV e
quadrinhos.
Doc Savage era um aventureiro que foi criado desde
seu nascimento para fazer apenas uma coisa: perseguir super-vilões. Ele foi
treinado diariamente utilizando uma técnica que não apenas desenvolveu seus
músculos, mas também seus cinco sentidos e seu cérebro. Nutrindo verdadeiro
desprezo pelas armas (apesar de ser um atirador profissional), Doc inventava
aparatos que o auxiliavam em suas batalhas, sendo que algumas de suas invenções
estavam muito à frente de sua época, como pequenas bolas de vidro repletas de
gás paralisante e binóculos infravermelhos.
O herói vivia no 86º sexto andar de um arranha-céu,
em Nova York e era auxiliado por um grupo de cinco pessoas: um químico, um
advogado, um mago da eletrônica, um engenheiro e um arqueólogo.
08
– Zorro
Taí meu herói de infância preferido. Todos os dias
me ajeitava na frente da TV em preto e branco na sala da casa de meus pais e engolia
com os olhos cada minuto do seriado “O Zorro”. Essa paixão prosseguiu na
adolescência, fase adulta e, também, agora na era balzaquiana com o Zorro
debochado de Antônio Banderas que eu achei o máximo.
Só me arrependo de não ter tido a oportunidade de
ler as pulp fictions do personagem, incluindo a antológica “A Maldição de
Capistrano” que deu origem ao herói mascarado. Nem tinha como realizar esse
desejo já que a história foi publicada em 1919 numa revista de papel jornal
chamada “All Story Weekly”.
Há mais de 95 anos, quando o escritor Johnston McCulley
criava o Zorro, os meus pais nem sonhavam em vir ao mundo, muito menos eu. Por
isso, só fui realizar o meu sonho – quero dizer, parte dele – há poucos anos
atrás quando adquiri o livro “Zorro”
escrito por McCulley e baseado na história pulp “A Maldição de Capistrano”.
A maior prova de que “A Maldição de Capistrano” foi
um fenômeno de vendas, naquela época, é que o ator Douglas Fairbank, após ler o
conto, decidiu adapta-lo para o cinema. Nascia assim, “A Mascara do Zorro”:
primeiro filme do personagem. A película se tornou um ‘arrasa-quarteirões’, o
que foi fundamental para o sucesso inicial do personagem. Depois vieram outras
produções cinematográficas menos famosas, todas elas baseadas em “A Maldição de
Capistrano”..
Zorro não dominou apenas nas pulp fictions,
televisão e cinemas; ele também fez muito sucesso nos livros e nas histórias em
quadrinhos.
09
– O Coyote
Se o Zorro, ao longo dos anos, ficou conhecido por
marcar os seus inimigos com a letra Z; O Coyote adquiriu fama ao disparar um
tiro na orelha daqueles que ousassem cruzar o seu caminho. Mas afinal de
contas, quem é esse tal Coyote?
Como já expliquei no post “O Coyote: O herói emblemático daspulp fiction que fez história na Editora Monterrey”,
ele pode ser considerado o pai dos livros de
bolso no Brasil, já que tudo teve início com ele. Em 1956 - logo após a sua fundação
– a editora Monterrey lançaria o formato pulp fiction no Brasil tendo como
protagonista o justiceiro mascarado. Brigitte Montford só apareceria anos
depois. Por isso, o Coyote foi o grande desbravador do gênero livro de bolso
com páginas em papel jornal, aqui, na terrinha.
Tanto Brigitte Montford quanto o
Coyote foram os grandes responsáveis pelo sucesso editorial da Monterrey, dando
aos seus criadores, respectivamente, Lou Carrigan e José Mallorqui o status de
grandes estrelas, responsáveis pelo sucesso de vendas da editora.
Sei
não cara, mas acho que Mallorqui era um baita fã do Zorro porque o seu Coyote
foi criado à imagem e semelhança de Don Diego de La Veja. Se não vejamos: Dom César de Echagüe, filho homónimo de um rico fazendeiro
californiano, regressa a suas terras em 1851, recentemente incorporada aos
Estados Unidos. A novela retrata uma Califórnia habitada por uma próspera
sociedade hispana mas recém conquistada pelos invasores yanquis, que tratam de se apoderar por todos os meios das minas de ouro que os californianos ocultam. César de Echague é desprezado por todos na California que acreditam ser ele covarde e afeminado. O rapaz é depreciado até mesmo pela sua noiva Leonor de Acevedo e pelo próprio pai, Dom César. Ele não sabem que o jovem César - tido como covarde e afeminado - na realidade, leva uma vida dupla como O Coyote, um justiceiro mascarado que luta pelos direitos dos hispanos.
Ehehehe!!! E aí? O que acham?
Acredito que se trocarmos a espada pelos dois revólveres teremos um Zorro
genérico. Mas esquecendo as brincadeiras e também as comparações, não há como
negar que “O Coyote” ou “El Coyote” foi ao lado de Brigitte Montfort, os dois ‘carros-chefes’
de venda da Monterrey. Mais do que isso, foram responsáveis pela sobrevivência
da editora no mercado.
10 - Flash Gordon
Flash Gordon é considerado o
segundo herói espacial, depois de Buck Rogers. Ele foi criado para rivalizar
com o próprio Rogers e também com Tarzan. Ok, eu explico melhor: Em 1933, a King Features Syndicate abriu um
concurso para descobrir personagens de quadrinhos que pudessem competir com Buck Rogers e Tarzan de
sua concorrente, a Pulitzer Syndicate. Alex
Raymond se inscreveu e ganhou, passando a desenhar Flash Gordon e Jim das Selvas (que completava a página) para o New York American
Journal. Pronto! Nascia, assim, mais um grande heróis das pulp!
No Brasil, o primeiro capítulo de Flash Gordon no Planeta Mongo foi
publicado no nº 3 do Suplemento Infantil do jornal A Nação, do Rio de Janeiro, em 28 de março de 1934.
O enredo girava em torno das aventuras de Flash Gordon, cujo nome batizava a série, e seus acompanhantes, Dr. Hans Zarkov e Dale Arden. A história começa com o Dr. Zarkov inventando um foguete, no qual os três fazem uma viagem ao planeta Mongo, onde naufragam. Mongo é habitado por várias culturas diferentes, algumas tecnologicamente avançadas, que têm caído uma a uma sob o domínio do cruel tirano Ming, o Impiedoso.
O enredo girava em torno das aventuras de Flash Gordon, cujo nome batizava a série, e seus acompanhantes, Dr. Hans Zarkov e Dale Arden. A história começa com o Dr. Zarkov inventando um foguete, no qual os três fazem uma viagem ao planeta Mongo, onde naufragam. Mongo é habitado por várias culturas diferentes, algumas tecnologicamente avançadas, que têm caído uma a uma sob o domínio do cruel tirano Ming, o Impiedoso.
Logo após sua chegada, os três terrestres fazem
amizade com o príncipe Barin, herdeiro legítimo do trono usurpado por Ming.
Ming baniu o príncipe e seus seguidores — incluindo a própria filha, Aura,
noiva de Barin — para o reino florestal de Arboria. Flash, Dale e Zarkov juntam-se
então à luta de Barin para recuperar o trono.
Com o passar do tempo, as pulp fictions ficaram
pequenas para a fama de Gordon que acabou migrando para os quadrinhos, televisão
e cinema.
Taí galera, por hoje é só!
4 comentários
Deve ser bem nostálgico escrever sobre esse personagens né Jam?
ResponderExcluirE por indicação sua a algum tempo atrás (acompanho seu blog desde a sua criação e ele foi dos que me impulsionaram a entrar nesse universo maravilhoso dos livros), comprei livrinhos da Brigitte Montfort, e cara tô gostando muito. Enquanto os outros só conheço pelo cinema e ou por séries de tv. Abcs!
estantepolicial.blogspot.com.br
Helysson, que bom que o Livros e Opinião foi um daqueles espaços que lhe ajudaram a entrar no mundo dos livros, inclusive criando um blog literário da hora. Quanto ao post em questão, enquanto escrevia senti uma baita nostalgia daqueles anos, sim. Ah! Também sou fã de carteirinha de "Baby", essa agente estonteante da CIA.
ResponderExcluirAbrcs!!
e ai você tem svans desses linvrinhos?
ResponderExcluirMuito bom o seu blog amigo,seria ótimo se a s pulps Fictions voltassem á moda.
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