Vida de leitor carteirinha ou de um devorador de livros,
tanto faz, é complicada, mas não há como negar que é uma complicação até que...
gostosa. Isto mesmo, gostosa. Vejam bem, eu tenho uma lista enorme de leituras
pela frente, mas de repente, não sei de onde, veio aquela vontade incontrolável
de reler duas sagas que eu já devorei há algum tempo. Ah! entenda esse “algum
tempo” como “pouco tempo”. E soma-se a essa releitura e a lista enorme, o
desejo de comprar dois novos livros que amei ao zapear na Amazon. Caráculas!
Quer complicação mais gostosa do que essa que estou vivendo?
Não bastasse uma lista de leituras recheada de nomes
como Charlie Donlea, Itamar Vieira Junior, Strephen King, Alexandre Dumas,
entre outros e o gatilho pronto para ser disparado visando a compra de Circe de Madeline Miller e a duologia Meu Nome é Ninguém de Valerio Massimo
Manfredi, surge agora uma vontade quase incontrolável de reler A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafon e
a trilogia As Crônicas de Artur de
Bernard Cornwell. Mas se eu reler A
Sombra do Vento, certamente acabarei relendo também toda a saga do Cemitério dos Livros Esquecidos do qual a obra faz parte. Ufa! Viram só que
problemão? Um problemão gostoso, mas... um problemão; e terei de encará-lo.
Acho que vou começar a resolver essa “equação”
comprando os livros de Miller e Manfredi antes que os preços subam ou então que
se esgotem. Depois de acomodá-los em segurança na minha estante, aí sim; parto
para a leitura de... vejamos... A Sombra
do Vento, acho que ele será o primeiro da minha maratona de releituras..
Em sua obra-prima, Zafon nos transporta para a
Barcelona de 1945, onde conhecemos um garoto de 11 anos, chamado Daniel
Sempere. No dia de seu aniversário, seu pai o leva ao Cemitério dos Livros
Esquecidos, uma biblioteca gigante e labiríntica localizada no coração
histórico da cidade. Lá, o garoto – apaixonado por livros – entra em contato
com um dos poucos exemplares existentes no mundo de “A Sombra do Vento”, de
autoria de um misterioso escritor chamado Julián Carax. Após a leitura do
romance, Sempere fica tão apaixonado pela história que passa a investigar todos
os detalhes sobre a vida de seu autor. E é a partir desse momento que Zafon
começa a presentear os seus leitores com uma gama de revelações e reviravoltas.
É difícil deixar de se envolver com personagens tão carismáticos como Julian
Carax, Daniel Sempere, Fermin Romero e tantos outros.
A
Sombra do Vento será o primeiro a ser relido; depois,
quase certeza, que estarei encarando toda a saga de “O Cemitério dos Livros
Esquecidos”. Isto significa que terei pela frente mais três livros - O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos – para me esbaldar.
Concluída a leitura desses quatro livros será a vez de
“agarrar” a trilogia arturiana de Cornwell. Nesta saga, enxergo Cornwell como
Derfel já que a história é narrada em primeira pessoa pelo guerreiro e melhor
amigo de Artur. O que fez com que eu amasse O Rei do Inverno, O Inimigo de Deus e
Excalibur foi a desconstrução dos
principais personagens da saga arturiana. Esqueça aquele Lancelot corajoso;
aquela Guinevere submissa; aquele Merlin cheio de truques mágicos; a espada
Excalibur enterrada numa pedra e de lá retirada sem nenhum esforço por um nobre
guerreiro destinado a ser rei; e esqueça também a misteriosa dama do lago,
guardiã e protetora da famosa espada. Todos esses personagens são
desmistificados pelo autor que optou por uma narrativa da saga arturiana mais
realista. E quer saber? Esta iniciativa de Cornwell deu a obra o status de
antológica ganhando o respeito e admiração da maioria dos leitores que a
transformaram numa das sagas mais vendidas dos últimos anos desde o lançamento
de seu primeiro livro em outubro de 1995.
Finalizando essas releituras, partirei para as obras
inéditas, pelo menos para mim (rs). Acho que vou “atacar” primeiramente de Circe: Feiticeira. Bruxa. Entre o castigo
dos deuses e o amor dos homens de Madeline Miller me apaixonei. A autora
seguiu a mesma linha narrativa de Conwell, ou seja, desmistificou o mito da
famosa feiticeira da mitologia grega fazendo uma releitura mais profunda de sua
vida, apresentando detalhes desconhecidos de sua infância e trajetória de vida,
rompendo o estigma de bruxa má e invejosa. Neste livro vemos uma nova Circe,
com tons “menos cinza”.
Circe é uma bruxa que morava na ilha de Eana, filha do
titã Hélio e da ninfa Perseis. E de acordo com a sinopse que li, Miller nos
mostra a história de uma filha que não era tão amada, que vivia nas sombras dos
irmãos e que tinha curiosidade sobre os mortais. Em sua solitária trajetória,
Circe mergulha no autoconhecimento e começa a descobrir seu verdadeiro poder. O
livro acaba por ser dividido em subtramas, marcando os momentos mais
significativos de Circe.
Terminando Circe:
Feiticeira. Bruxa. Entre o castigo dos deuses e o amor dos homens será a
vez da duologia Meu Nome é Ninguém
que narra as aventuras de Odisseu ou Ulisses, um dos personagens mais famosos
da mitologia grega. Alguns de vocês podem estar se perguntando: “mas todos
aqueles que apreciam mitologia grega já conhecem de cor e salteado a saga desse
herói”. Entonce... ocorre que os livros O
Juramento e O Regresso são uma...
advinhem? Releitura. Isto mesmo, como Circe
e As Crônicas de Artur, Massimo
atualiza a saga de Ulisses, narrando detalhes de sua infância e adolescência,
além de fornecer informações que não constam nos mitos tradicionais envolvendo
a “Guerra de Tróia”. Capiche? Além do mais, os dois livros foram muito
elogiados nas resenhas e opiniões que eu vi nas redes sociais.
Taí galera, um pouquinho da minha “saga literária para
vocês”.
Torçam por mim (rs). Depois conto tudo por aqui.
Inté!
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