E olha ‘nois aqui traveis’ com novas dicas
literárias. Juro que estava em dúvida se escrevia a resenha de “Cujo”, livraço
de Stephen King, relançado recentemente pela Suma de Letras, ou se publicava
alguma dica de livro. Bem... como acabei de chegar do trabalho, hiper cansado
e com alguns problemas profissionais mal
resolvidos, optei por escolher o caminho mais fácil: o da dica literária.
Vamos lá, sem muita enrolação, porque estou com a
cabeça inchada e não vejo a hora de tomar um banho e depois uma breja gelada
para tentar apagar algumas ‘frustrações profissionais’.
Então, na lata: Bob Dylan – o cara, o mito, a lenda –
acabou de ganhar um livro e o lançamento aconteceu hoje. Iahuuuuu!! Verdade! Só
mesmo quem é fã do cara para entender toda essa empolgação. Pois é, e eu sou.
A obra escrita pelo pesquisador Daniel Lins,
professor do departamento de Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC),
traz um conjunto de ensaios que estabelece uma ligação entre o músico e nomes
renomados da filosofia, como Nietzsche e Foucault.
O autor imergiu na arte de Dylan por cinco anos,
pesquisando vida, música e livros do cantor. Depois da conclusão do trabalho,
Daniel afirma: “Bob Dylan é filósofo”. O lançamento da obra será na galeria Sem
Título Arte, nesta sexta, 24, com discurso do autor e apresentação musical de
André Henrique, doutorando em filosofia. Resumindo, “Bob Dylan – A Liberdade
que Canta” estabelece uma ligação entre o músico e nomes renomados da filosofia.
A atitude de Bob Dylan foi uma das características
que iniciou o interesse de Daniel pela história. “As pessoas perguntavam ‘de
onde veio esse menino fanhoso, desajeitado e mal vestido?’, enquanto isso Bob
estava questionando, criando problemas”, afirma. A liberdade aparece logo no
título e é discutida em toda a obra, pois Lins acredita que as “rebeldias
dylanianas” ajudaram o músico a se reinventar e a transformar pensamentos. Para
Daniel, isso é “ser livre”.
O autor ainda apresenta e desenvolve o amor de Dylan
pela poesia, de Rimbaud à Baudelaire, passando por Whitman, pela música,
pintura, pela literatura beat de Kerouac e Ginsberg e demostra como a
personalidade artística de Dylan se constrói através dessas referências.
O livro foi lançado pela editora Ricochete, mas...
Putz, sempre tem esse FDP de ‘mas’
que azara a maioria das frases. E o tal ‘mas’,
relacionado ao livro de Daniel, Lins diz respeito ao preço. Que pancada! Segurem-se
para não capotarem da cadeira. A maioria das livrarias está vendendo “Bob Dylan
– A Liberdade que Canta” por ‘meros’ R$ 78,00.
Complicou.
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