Heróis e semideuses menos famosos dos livros de mitologia grega, mas não menos importantes

11 maio 2013


Se eu lhe perguntasse agora, à queima-roupa, os nomes de dois heróis ou semi-deuses famosos da mitologia grega, qual seria a sua resposta?? Pêra aí, deixe eu adivinhar. Hummm... vamos ver... Lá vai: Ulisses e Aquiles! Acertei? Beleza. E se eu repetisse a pergunta, mas pedindo agora os nomes de três deles. Ok, lá vai. Ulisses, Aquiles e Perseu. E se fossem quatro? Quatro não; mas cinco? Certo. Lá vai: Ulisses, Aquiles, Perseu, Hércules e Teseu. Fácil demais, né galera? Também pudera, essas feras aí são presenças marcantes nos livros de mitologia grega, mais do que isso; são verdadeiros astros principais, não tendo nada de coadjuvantes.
Além de dominarem as páginas de livros do gênero, também ganharam filmes só deles, onde foram representados por astros famosos e caríssimos de Hollywood.
Mas nesse exato momento, eu quero desabafar gritando: - “E quanto aos outros heróis e semi-deuses da mitologia grega injustiçados e até mesmo esquecidos?” Cara, eles foram tão importantes quanto os cinco distintos aí de cima. Deram o sangue, suaram, realizaram proezas e para quê? Para ficarem “escanteados” por escritores e também por produtores cinematográficos. Putz, quanta injustiça!
Por isso hoje, resolvi dedicar um post para essas “feras” menos famosas dos livros de mitologia grega e que receberam como pagamento por suas aventuras fantásticas, apenas poucas páginas nos livros e absolutamente nenhum filme solo.
E vamos às feras feridas (rs). E confesso que sou fã desses sujeitos. Vocês poderão conferir, aqui, as suas façanhas, capazes de colocar no bolso as aventurinhas de um... um... digamos Agamenon que comandou o cerco de Tróia, sempre na sombra de Aquiles.  Mas tão na sombra que mais se parecia um parasita ou sanguessuga. Tanto é verdade que no momento em que o valente guerreiro – filho de Peleu e da deusa Tétis - abandonou de maneira definitiva o combate, ferido mortalmente com um flechada no calcanhar, Huuhuuu! Foi um Deus nos acuda para o lado dos gregos.
01 – Diomedes
Escultura: Athena aconselha Diomedes
O que escrever de um guerreiro mortal que conseguiu ferir uma poderosa deusa do Olimpo e amedrontar um poderoso e cruel deus? Só posso dizer que o cara é “bad”, mas mesmo assim foi esquecido através de décadas por autores e pesquisadores. Resultado: sua participação nas obras literárias e nos filmes sobre mitologia grega são ínfimas. Somente o mínimo do mínimo nas versões romanceadas de Ilíada e quase nada de nada no poema antológico de Homero. Quanto aos filmes, podem esquecer. Não me lembro de nenhum. Opa! Me empolguei um pouco e acabei esquecendo de citar o nome do sujeito; mas nem é preciso porque já está no sub-título desse post. Estou falando escrevendo de Diomedes. Ele foi o mais valente dos heróis gregos na Guerra de Tróia, perdendo somente para Aquiles. Durante o combate entre gregos e troianos, chegou a ferir Afrodite que desceu do Monte Olimpo para salvar o seu filho Enéias que já estava ‘entregue’ nas ‘garras’ de Diomedes. Como o grego não conseguiu matar Enéas, aproveitou para ‘cutucar’ com sua espada ninguém menos do que uma deusa. Viu só que audácia! E já que citei Enéias, vale lembrar que ele foi – logo depois de Heitor – o mais valente e combativo guerreiro do lado dos troianos. Só que encontrou pela frente no campo de batalha, o temível Diomedes que só não o matou, devido a intervenção de sua mãe que acabou ‘pagando o pato’, levando um talho no braço provocado pela espada afiada de Diomedes. Como dizia meu velho avô João Carlos, o vô João: - “Rrrrranqueii rapai!! Traduzindo: - “Arranquei rapaz!”. Enquanto estou escrevendo sobre os feitos de Diomedes empresto o jargão do meu avô para colocá-lo no texto, porque esse herói é fod... Cara! Ele conseguiu fazer uma toda poderosa do Olimpo sangrar! A deusa do amor chegou em prantos para reclamar com Zeus, mostrando o seu braço ferido de onde escorria o ícor, que é o sangue dos deuses.
Quer mais? Então lá vai. Diomedes lutou e também feriu ninguém menos do que Ares, o deus da guerra!! Não! Póde Pará!!! O Ares mêo! O deus que mais se parece com um tanque de guerra, poderoso, fortão e arrogante! Ele mesmo; o próprio, também não agüentou o ‘repuxo’ e foi reclamar para Zeus por ter sido afrontado por um simples mortal. Acredite amigo, Ares, o deus da guerra foi chorar no ombro de Zeus depois de levar uma ‘riscada’ do grego.
Sabem quem foi o único homem capaz de encarar e vencer Diomedes? Somente a lenda... o mito... o cara... Ele: Hércules. Prosseguindo os combates e peripécias do seu oitavo trabalho, o filho de Zeus e da mortal Alcmena estrangulou Diomedes e o deu a comer às suas quatro éguas ferozes. As quatro éguas que Diomedes possuia, de acordo com a tradição mitológica, alimentavam-se de carne humana. O herói grego, depois de ter visto Hércules roubar-lhe as éguas, perseguiu-o com seu exército, mas acabou derrotado, tendo então sido devorado pelos bravios equinos.
Apesar de todas essas credencias, Diomedes nunca ganhou uma produção cinematográfica só sua e pior... tampouco apareceu como coadjuvante em filmes sobre a Guerra de Tróia. Quantos aos livros, teve uma presença discreta na obra prima “Eneida” de Virgilio que narra as aventuras de Enéas e também nas versões romanceadas de Ilíada; mas bem pouquinho mesmo. Triste fim para esse grande herói que colocou dois deuses do Olimpo para correr.
Onde encontrar Diomedes
Livros: “Tróia: O Romance de uma Guerra” (autor: Cláudio Moreno), Ilíada (Homero) e Eneida (Virgílio). Nos três livros o leitor terá apenas o mínimo possível de Diomedes. O que dá um pouco mais de destaque ao herói é a obra do brasileiro Cláudio Moreno.
02 – Filoctetes
Herói helênico decisivo para a vitória dos gregos sobre os troainos, mas apesar disso, nunca conseguiu ganhar o status de protagonista; apenas um mero coadjuvante. Filoctetes não chegou à Tróia com os outros chefes e guerreiros, pois durante a escala em Ténedo, foi mordido no pé por uma serpente, enquanto procedia a um sacrifício. A ferida infectou de tal modo que exalava um odor fétido de putrefacção insuportável. O herói agonizava dia e noite de dor. Devido a isso, Ulisses e os outros chefes abandonaram o moribundo em Lemnos, onde permaneceu durante dez anos. Neste período, Filoctetes viveu abandonado, arrastando-se penosamente pela ilha em busca do necessário. Tinha por companhia as aves, os animais, a solidão e o eco dos seus lamentos.
Ulisses e Diomedes só voltaram à ilha de Lemnos para buscá-lo porque um oráculo revelou que Tróia só seria tomada com as flechas de Hércules. Ah! Que cabeça a minha (rs)!! Já ia me esquecendo de dizer que por ter sido amigo pessoal e mestre de armas de Hércules, após a morte do filho de Zeus, Filoctetes recebeu o seu arco, a sua aljava e também as flechas. O grego, à exemplo de Hércules – se tornou um exímio arqueiro.
Apesar de ter sido o eleito por um oráculo para ser a cartada decisiva na Guerra de Tróia à favor dos gregos, Filoctetes  nunca chegou a ser tão famoso e carismático quanto Perseu, Ulisses ou Aquiles.
Fico imaginando que filmaço dramático daria a vida desse herói. Coisa do tipo: O cara que decide deixar para trás o seu reino para participar de uma guerra numa terra distante em solidariedade há um rei amigo que foi ‘corneado’ pelo filho de um rei rival. Só que o pobre coitado e cheio das boas intenções acaba sendo abandonado pelos próprios amigos – incluindo ‘um melhor amigo’ – numa ilha isolada após ser picado por uma cobra. O motivo do abandono. Ok, vamos lá: os seus amigos FDP não suportavam o odor fétido que exalava da sua ferida e muito menos os seu choro de dor e agonia. Entonce, abandonam o moribundo à própria sorte e seguem para a tal terra distante para guerrear. Passam-se dez anos e os amigos FDP descobrem que só podem vencer a guerra com a ajuda do cara que eles consideravam um fardo, um  verdadeiro saco de areia que só fazia peso nos seus ombros. Ahahahahaha!!! Bem feito para os sacanas! Mêo, fala a verdade. Esse enredo não daria um hiper-filmaço ou então uma versão romanceada como já foi feito com as Ilíadas e Odisséias de Homero? Só que até agora, Filoctetes encontra-se no limbo, só ‘prestando’  mesmo para coadjuvante de outros heróis e semi-deuses.
Livros escrito pelo poeta Sófocles
E olha que o mito do herói da Tessália – sua terra natal – acabou ao longo dos anos, ganhando uma função pedagógica, ensinando-nos uma lição moral: “Não devemos abandonar ninguém só porque se encontra incapacitado, pois futuramente esse alguém poderá se tornar importante para nós”. O mito do herói grego tem o objetivo de criticar e também alertar alguns segmentos da sociedade capitalista em que vivemos, cujo hábito é abandonar aqueles que deixaram de ser produtivos.
Tudo bem que Sófocles, Ésquilo e Eurípedes escreveram tragédias sobre o mito, mas cá entre nós, será que todos vocês que lêem esse post – eu disse todos – tem saco para fazer uma leitura maçante em versos, parecida com os poemas Ilíada e Odisséia de Homero? Não estou desmerecendo essas obras primas, jamais. O que estou querendo dizer é que apenas uma grande parte dos leitores, na qual me incluo – preferem ler uma epopéia desse tipo numa versão em prosa, tipo romance. Sacou?
Onde encontrar Filoctetes
Livros: “Filoctetes” (autor: Sófocles); “O Drama de Filoctetes” (autor: José Ribeiro Ferreira que segue a mesma linha de Sófocles); Ilíada e Odisséia (autor: Homero que encaixa Filoctetes como um mero coadjuvante em seus poemas);  “Ilíada: A Guerra de Tróia” e “A Odisséia” (autor: Menelaos Stephanides) e “Tróia: O Romance de uma Guerra” (autor: Cláudio Moreno). Em todas essas obras literárias, excetuando o texto milenar de Sófloces e a adaptação de José R. Ferreira, o exímio arqueiro grego não passou de um coadjuvante.
Filmes: Heresia e mais heresias!! Escantearam Filoctetes de todos os filmes sobre Tróia produzidos até agora!! Em “Tróia” (2004) com Brad Pitt como Aquiles e Eric Bana como Heitor, o diretor Wolfgang Petersen cometeu a heresia de tesourar Filoctetes da trama!!! Cara! Não foi feita nem uma menção ao importante e decisivo herói. O mesmo aconteceu com “Helena de Tróia” (1956), uma produção ítalo-estadunidense, tendo o mito sexy daquela época, Rossana Podestá como Helena de Tróia e Stanley Baker no papel de Aquiles.Bahhh!
03 – Zetes e Calais
Pintura ctendo os Bóreas como tema
Cara, sem os irmãos alados Zetes e Calais, filhos do Vento Bóreas, Fineu, o rei cego da Trácia estaria perdido. Quando os argonautas, em sua viagem para a Cólquida em busca do Velo de Ouro, fizeram uma escala na Trácia descobriram que o rei daquelas terras era constantemente atormentado pelas Harpias. Todos os alimentos e bebidas que se colocavam diante de Fineu, as Harpias o arrebatavam e o que não podiam carregar poluíam com seus excrementos.
Quando pela Trácia passaram os Argonautas, o rei pediu-lhes que o libertassem das terríveis Harpias que eram monstros medonhos. Elas tinham o rosto de mulher velha, corpo de abutre, garras aduncas, seios pendentes e os seus excrementos tinham um odor tão fétido que ao defecarem, ninguém mais conseguia comer o que quer que fosse. Já imaginou o drama do tal Fineu?!
E quais foram os ‘bam-bans’ que conseguiu dar um jeito nessas criaturas malignas? Ora! Os irmãos Zetes e Calais, filhos do Vento Bóreas. Afinal de contas para combater as Hárpias, o seu oponente também teria de voar e como naquela época ainda não haviam descoberto o avião, nem mesmo um “Teco-Teco” (rsss), sobrou para os dois irmãos que eram os únicos argonautas alados.
Após o pedido de Fineu, lá vão Zetes e Calais atrás das horrendas Harpias. Perseguida sem tréguas pelos dois irmãos, a primeira Harpia chamado Aelo (a borrasca), caiu num riacho do Peloponeso, que, por isso mesmo, passou a chamar-se Hárpis. A segunda, Ocípete (a rápida no vôo), conseguiu chegar às ilhas Equínades, que, desde então, se denominaram Estrófades, isto é, Ilhas do Retorno.
Outros poetas e escritores da antiguidade dizem que Hermes, se postou diante dos perseguidores e proibiu-lhes matar as Harpias, porque eram "servidoras de Zeus". Em troca da vida, elas prometeram não mais atormentar Fineu, refugiando-se numa caverna da ilha de Creta.
Bem, de uma forma ou de outra, o que importa é que os filhos do Vento Bóreas colocaram as Harpias para correr e em agradecimento, o rei da Trácia deu todas instruções de como Jasão e os argonautas poderiam atravessar as temíveis Ciânes, os Rochedos Azuis, também conhecidas como Simplégades. Estes rochedos móveis abriam e se fechavam constantemente, esmagando toda embarcação que se atrevia a passar por eles. Graças a informação dada por Fineu, os argonautas conseguiram realizar a mítica travessia desses rochedos fatais.
O ataque das hárpias que foram banidas pelos bóreas
Mas os argonautas ainda ficariam devendo mais um favor para Zetes e Calais. Em sua viagem de retorno à Iolco, após terem se apossado do velocino de ouro, os argonautas comandados por Jasão quase foram trucidados pelos cinocéfalos – criaturas estranhas e selvagens com o corpo de homem e cabeça de cachorro. Eles latiam ferozmente e mordiam com fúria. Nesta terra longínqua e misteriosa, travou-se uma luta violenta, iniciada na praia, chegando quase a bordo do navio Argos. Os argonautas se viram em situação desesperadora,e a própria Medéia deu um grito que fez gelar o sangue de todos nas veias, quando um dos monstros preparou-se para saltar sobre ela. A criatura acabou sendo morta por Jasão na hora H. Mas quem, finalmente e novamente, salvaram os heróis foram os filhos de Bóreas que atacaram os cinocéfalos do ar com espadas nas mãos. Mataram um grande número deles, e os outros ficaram tão aterrorizados que fugiram uivando de medo. Caraca! Que Ufaaaa – daqueles bem prolongados - para os argonautas que puderam, assim, prosseguir a sua viagem de volta à Iolco.
Apesar de serem considerados “os caras” entre os argonautas, Zetes e Calais acabaram não passando de coadjuvantes nos livros sobre mitologia grega. Quanto aos filmes. Bom... melhor esquecer, já que nas últimas ‘décadas das décadas’ ninguém se interessou por eles, nem mesmo como meros figurantes. Que dó.....
Onde encontrar Zetes e Calais
Livros: “O Herói Perdido” da série “Os Heróis do Olimpo, de Rick Riordan, o mesmo criador de Percy Jackson. Neste livro, os filhos do Vento Bóreas aparecem como coadjuvantes. “O Herói e a Feiticeira”, de Lia Neiva que conta a história de Jasão, Medéia e os argonautas. “Jasão e os Argonautas”, de Menelaos Stephanides. Em  todos esses livros, os filhos de Bóreas são apenas figurantes.
Filmes: Ehehehehe... Podem esquecer. Nada de nada.
04 – Enéias
Enéias fugindo da cidade de Tróia em chamas com o pai, esposa e filhos
Apesar do sujeito ‘aí’ ao lado ser considerado o personagem principal da obra Eneida do aclamado poeta Virgilio, ele nunca integrou o chamado Grupo dos Cinco formado por: Hércules, Aquiles, Ulisses, Perseu e Teseu. Percebe só galera! Toda vez que a maioria dos leitores comuns, no qual me incluo – quando digo comum, estou excetuando os ‘iniciados profundos’ em mitologia grega – sentem aquela ‘coceirinha mental’ em ler alguma coisa sobre heróis e semi-deuses da mitologia; ou se inspiram em Hércules,  Ulisses ou em Aquiles ou nos outros dois integrantes do Grupo dos Cinco.
Cara é muita injustiça porque Enéias foi um guerreiro e estrategista tão importante quanto os cinco famosos. Tudo bem que Ulisses teve a idéia de construir o antológico cavalo de madeira que foi responsável pela queda de Tróia; tudo bem que Perseu matou Medusa que transformava as suas vítimas em pedra com o seu olhar medonho; tudo bem que Aquiles aterrorizou os guerreiros troianos, colocando-os para correr; tudo bem que Hércules realizou 12 trabalhos considerados  impossíveis para qualquer ser-humano e tudo bem, que Teseu não tremeu diante de um labirinto escuro e úmido, onde ‘detonou’ um tal cara de boi chamado minotauro que morava por lá; mas, Enéias teve em seus ombros uma responsabilidade tão grandiosa quanto a de seus colegas heróis e semi-deuses.
Após a destruição de Troía pelos sanguinários guerreiros gregos, o filho de Afrodite e Anquises conseguiu fugir da cidade em chamas, juntamente com o seu pai, filho e esposa, além de alguns poucos troainos sobreviventes do massacre. Conta a lenda que à Enéias ou à seus descentes estava reservado pelos deuses um grande prêmio que seria a fundação de uma cidade tão importante quanto Tróia teria sido. E assim, Enéias partiu em busca de seu destino, enfrentando muitos perigos e vivendo várias peripécias.
Cartaz do filme de 1962 sobre o herói
Em sua caminhada o herói se encontrou com as temíveis Hárpias que já haviam atormentado o  rei da Trácia Fineu; enfrentou Éolo, o rei dos ventos que foi convocado pela deusa Hera que ainda estava ressentida com os troianos por causa da traição de Páris; enfrentou valorosos guerreiros inimigos, entre os quais Turno, rei dos Rútulos e pasmem... desceu até a morada dos mortos para fazer um servicinho por lá!
Como não bastasse essa epopéia, alguns mitos atribuem aos descendentes de Enéias, a fundação de uma cidade que mais tarde viria a governar o mundo. Adivinhem qual? Nada menos do que Roma.
Agora pensa aí vai! Um cara fodástico desses não merecia estar no Grupo dos Cinco?
Onde Encontrar Enéias
Livros: Eneida (Virgílio) e Livro de Ouro da Mitologia – História de Deuses e Heróis (Thomas Bulfinch)
Filmes: “A Lenda de Enéas (1962). Filme com o halterofilista Steve Reeves. Coisa braba heinnn?!! Terrible... horrible... Coitado do Enéas, deve ter se revirado muito no túmulo.
05 – Belerofonte 
Este herói da mitologia grega não fez nada de mais. Só matou a Quimera, um monstrinho bonitinho com corpo de cabra, cabeça de leão e cauda de serpente. Ah! Já ia me esquecendo... coisinha simples.... de nada mesmo... o tal monstrinho tinha o hábito de vomitar fogo pela enorme bocarra. Só isso (rs).
Pessoal, agora falando sério. Como um cara tipo “trucão” como Belerofonte conseguiu cair no esquecimento dos fãs ardorosos de Ilíada e Odisséia? Pois é, há coisas que não tem explicação.
Belerofonte derrotou a Quimera montado em Pégaso, aquele famoso cavalo alado que depois ainda acabou servindo à Perseu. O herói ainda demonstrou toda a sua coragem, enfrentando e vencendo os sólimos, um povo guerreiro e belicoso. Na seqüência, Belerofonte deceu o cacete nas poderosas amazonas. Sempre cavalgando o fiel Pégaso, Belerofonte se saiu vencedor de todas essas empreitadas.
Alguns mitos relatam que apesar de todas essas conquistas, Belerofonte ainda não estava satisfeito, por isso, num surto de arrogância, quis voar – com pégaso - até o Olimpo, a morada dos deuses. Ao ver tanta ousadia em um mortal, Zeus mandou uma vespa para picar o cavalo alado que acabou se assustando e derrubando o herói. Com o tombo, Belerofonte terminou aleijado e por anos e anos ficou procurando por Pégasos, ou seja, cavalos voadores. De acordo com o mito, ele morreu como um mendigo e desprezado pelos homens e pelos deuses.
Onde encontrar Belerofonte
Livros: “Livro de Ouro da Mitologia – História de Deuses e Heróis” (Thomas Bulfinch); Belerofonte e a Quimera – Heróis da Mitologia (Adriana Bernardino).
 Filmes: Apenas uma leve citação em Missão Impossível 3, onde Quimera e Belerofonte não passavam, respectivamente, de uma substância química letal e o seu antídoto.
Galera é isso aí!
Inté!

14 comentários

  1. Nunca ouvi falar desses outros aí srsrs
    me desculpe a minha ignorância...
    quem sabe é algum tipo de injustiça mesmo
    abs

    ResponderExcluir
  2. Oi J.A.
    Adorei este post sobre os heróis e semi-deuses da mitologia. Adoro td o que diz respeito a mitologia. De qualquer tipo, grega, romana, nórdica, celta, indígena, japonesa, persa, oriental =)
    Carambaaaa Diomedes é mesmo o cara =D
    Ahhhh tem tb Atlanta que é uma das poucas Its girls da mitologia e Cadmo. Humpf esse não gosto não ... ele venceu o dragão de Tebas. E vc sabe sou apaixonada por dragões =)
    abraçoooo

    Abraçoooo em Sir Touro, um heroi da história da vida real!


    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Luna! Quem bom que gostou do post!
      Realmente, Diomedes é o cara. E... não tem nada contra dragões (rs)...
      Obrigado, também, em nome de Sir Touro.
      Abcs!!

      Excluir
    2. e ainda tem mais castor e polux (deram origem a constelação de gemeos) orfeu (entrou no submundo para salvar sua mulher,abriu uma passagem para lá só usando o poder de sua musica) atalanta (se não me engano quem matou o javali de calidon)
      e eu como vc amo todas as mitologias que existem desda graga até da mapuche e se vc gosta de dragões vc podia procurar msm pesquisar sobre o bolla,meu animal mitologico favorito não é um dragão mas sim o basilisco presente em várias mitologias

      Excluir
  3. José Antônio, tenho aqui o link para o livro do Thomas Bulfinch:

    http://filosofianreapucarana.pbworks.com/f/O+LIVRO+DE+OURO+DA+MITOLOGIA.pdf

    ResponderExcluir
  4. Também há menções de Diomedes no livro do A.S. Franchini e Carmen Seganfredo:

    http://pt.scribd.com/doc/120254583/As-100-Melhores-Historias-da-Mitologia

    ResponderExcluir
  5. A mitologia grega é realmente muito cativante..

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Divinamente cativante, Wemerson...
      Histórias e lendas que nos prendem logo ao primeiro contato.
      Abcs!

      Excluir
  6. o pégasus já tinha sido usado por perseu que o abandonou, ele até morre nesse mito e hera por piedade o transforma em constelação,belerofonte ficou louco pelo poder,e achou que com seu pégaso chegaria voando até o olimpo, hera ficou indignada que mandou vespas que picaram pégasus e o fez cair,ela não deixou que eles morressem rápido,deixou eles se contorcendo no chão, depois arrependida por causa do pégasus ela o transformou em constelação

    ResponderExcluir
  7. Os filmes com Steve Reeves eram muito bacanas, principalmente pela falta de recursos tecnológicos. Enéas ficou é feliz! Muito bacana seu texto, valeu!

    ResponderExcluir
  8. Conhecia todos eles, esperava alguém diferente...
    Mas pra quem não conhece, o blog ficou show!!

    ResponderExcluir

Instagram