Talvez nenhum herói da literatura mundial tenha tido uma
galeria de vilões tão perversos e insanos quanto James Bond, o famoso agente
secreto de Sua Majeste com licença para matar. Muitos deles obrigaram 007 a ‘gemer
na rampa’. Um deles chegou a fazer o agente durão chorar, gritar, berrar e
finalmente desmaiar de sofrimento.
Quer saber?? Acho que esse pessoal “Bad” merece uma pequena
homenagem em nosso blog. Afinal de contas, eles peitaram um sujeito que não tem
o hábito de levar desaforo pra casa e alguns deles quase conseguiu ‘despachar’
o nosso herói para a outra faceta do mundo. Isto só não aconteceu porque Ian
Fleming ou então outros escritores contratados pelos herdeiros para seguir o
legado do autor inglês, sempre arrumaram um jeitinho de salvar o herói no
último minuto.
Então vamos lá! Confiram, na minha humilde opinião, os cinco
vilões mais letais dos livros de 007, incluindo os escritos por Fleming,
Sebastian Faulks, Jeffery Deaver, John Gardner e Raymond Benson.
Prá variar já adianto que os cinco melhores vilões são dos
livros de Fleming. Aliás, nem dá pra se
comparar com os demais.
01 – Le Chiffre
(Cassino Royale)
Na minha opinião, o tal aí do lado pode ser considerado o
principal algoz de 007 superando outras feras tradicionais, até mesmo Rosa Klebb,
aquela agente russa com cara de sapo que quase matou... pêra lá... quase matou
não! Ela, de fato, matou 007! Ele só voltou à vida por causa... Putz! Tô
misturando tudo. Calma aí; afinal de contas o tema desse sub-post é Le Chiffre
e não Rosa Klebb. Assim, voltemos à ele. A cara de sapo fica mais pro final.
Ah! Por que Le Chiffre é o “bam-bam” dos vilões? Simples.
Anote aí: O vilão tirou as calças de James Bond e deixou o agente secreto
inglês durão pelado!! Quer mais?! Ok. Lá vai: colocou o pobre coitado sentado
numa cadeira sem assento - semelhante aquelas cadeiras de banho, apropriadas
para os doentes lavarem as suas partidas íntimas – depois pegou um batedor de
tapetes e Pow! Scrash! Pãmm! Quer que eu fale onde Le Chiffre bateu??? Acho que
nem é preciso né galera.
Cara... olha... juro que fiquei constrangido ao ler “Cassino
Royale” e ver Bond passar esse vexame. Foi duro vê-lo sentado ali naquela
cadeira com a genitália e as nádegas expostas para o tesoureiro da Smersh,
agüentando gozações e levando porradas.
Acho que teve um momento que Bond até chorou... não de medo,
mas de dor... ou será que foi de medo??? Cara, na realidade, o sofrimento foi
tão atroz que nem dá pra saber.
Você teve estar se perguntando como Bond conseguiu se safar.
Tá bem. Leia o livro “Cassino Royale”; o primeiro escrito por Ian Fleming.
02 – Ernst Stravo
Blofeld (Chantagem Atômica, À Serviço Secreto de Sua Majestade e A Morte no
Japão)
Este gênio do mal é tão poderoso, mas tão poderoso que
aparece em três livros do agente secreto inglês e em seis filmes da franquia!!!
Prova de que o sujeito é bom mesmo. Êpa! Quis dizer: “Mau mesmo!”.
Depois de Le Chiffre que quase ‘capou’ James Bond - fazendo o
espião inglês sofrer uma de suas piores humilhações – Blofeld foi o vilão que
mais fez Bond sofrer. Ele arrebentou a alma de 007 ao matar o grande amor de
sua vida. A mulher com quem o Comandante Bond iria se casar: Tereza ou “Tracy”.
O fato aconteceu no livro “À Serviço Secreto de Sua Majestade” e absolutamente
‘moeu’ Bond; mas moeu tanto, que foi
duro faze-lo entrar nos eixos. Depois da tragédia provocada por Blofeld, Bond
pensou seriamente em abandonar o MI6 e consequentemente o duplo zero que lhe dá
licença para matar. Após ser aconselhado a ficar, acabou falhando “feio” em
suas novas missões, só aprontando lambanças e quase perdendo a vida. Essa
decadência de Bond fica evidente logo no início do livro “A Morte no Japão”,
onde M lhe dá um ultimato: “Ou volte a ser o velho e confiante Bond ou você
está fora!”.
Antes de arrebentar a alma de 007 em À Serviço Secreto de Sua
Majestade, o líder da agencia criminosa Spectre deu muito trabalho em Chantagem Atômica
onde quase matou Bond com um arpão. Em “A Morte no Japão”, ta lá novamente o
maléfico vilão. Depois de conseguir
escapar duas vezes das garras de Bond, neste último livro de Ian Fleming (em
vida), 007 consegue à muito custo eliminá-lo, mas acaba perdendo a memória,
passando a sofrer de amnésia, esquecendo até mesmo que é um agente secreto do
MI6. Bond fica bobinho. Quer dizer Blofield morre, mas antes de partir para o
além, ainda consegue aprontar mais uma prá cima do ‘mocinho’.
03 – Julius No (O
Satânico Dr. No)
Este sujeito deu um trabalho danado para Bond. Logo de cara,
quando descobriu que o agente estava metendo o bedelho em seus negócios, ele
tentou matá-lo com uma tarântula! O seu capanga invadiu sorrateiramente o
quarto onde Bond dormia e ‘amoitou’ por debaixo dos lençóis de sua cama, o
estimado bichinho. Por muito pouco, mas muito pouco mesmo, 007 não recebeu uma
picada mortal.
Depois, Dr. No matou um amigo e guia do agente secreto. Os
dois, juntamente com uma Bond-Girl chamada Honey, estavam na ilha do vilão, investigando
os seus negócios. O guia de Bond foi torrado vivo por um dragão mecânico que
cuspia fogo pelas ventas.
E por fim, 007 foi preso numa armadilha mortal – uma espécie
de alçapão - que fazia ligação direta com o mar que banhava a ilha. Ele teve de
enfrentar até mesmo uma lula gigante que quase o liquidou.
Dr. No deu trabalho... muito trabalho para 007.
04 – Mr. Big (Viva e
Deixe Morrer)
O livro lançado originalmente no Brasil como “Os Outros que
se Danem” e em edições posterior como “Viva e Deixe Morrer” nos apresenta um
criminoso com um perfil letal e impiedoso: Mr. Big.
O vilão tem ligações com uma rede criminosa americana, com o
mundo do vodu e a SMERSH, um braço do
Serviço Secreto Russo,
que são uma ameaça para o Ocidente.
Negro com ascendência francesa, Big é natural do Haiti, tem quase 2 m de altura e pesa mais de
cem quilos. Uma aparência que impõe respeito, apesar do seu coração estar baqueado
por causa do tamanho e peso de seu corpanzil.
Quando li “Viva e Deixe Morrer” fiquei impressionado com a
personalidade fria e maldosa desse vilão que mata por prazer. É verdade! O cara
parece que sente orgasmo em ver as suas vítimas sofrer aos poucos antes de dar
adeus à vida. A linda Solitaire (Bond girl) amante de Big, paga um preço caro
por ajudar Bond a desmascarar o vilão. O espião também vê a morte de perto ao
ser capturado pelo criminoso.
Mr. Big ainda arrebenta Félix Leiter. Como? Os seus capangas
o jogam num tanque de tubarões que fazem do agente da CIA, amigo de Bond, um
apetitoso prato. Os ‘asseclas’ de Mr. Big ainda fazem questão de jogar o corpo
triturado de Leiter, ainda vivo, na ‘cara’
de 007. Viu só! O negão é ou não
é mais sádico do que um tal Marquês de Sade?! Tudo bem que o agente da CIA sobreviveu.
Ganhou um gancho no lugar de uma das mãos, mas sofreu muito e viu a viola em
cacos.
05 - Rosa Klebb (Moscou
contra 007)
Taí a ‘muié’. Esta é a fera e daquelas feras letais e
traiçoeiras até o último grau. A ‘cara de sapo’ é a agente de nº 3 da SPECTRE,
a maior organização terrorista do mundo e ex-dirigente da SMERSH, o serviço de
contra-espionagem da Rússia. Vilã fria e de presença física amedrontadora, apesar
da baixa estatura; a personagem também sugere ter tendências lésbicas, em seu
contato de aliciamento da jovem agente Tatiana Romanova para o plano de assassinar James Bond. As tendências lésbicas de Klebb
ficam bem mais evidentes no livro do que no filme.
A vilã russa é uma exímia coordenadora tática com uma mente
brilhante, capaz de engendrar verdadeiras teias infalíveis para agarrar os seus
inimigos. Quando os seus capangas falham, ela não hesita em sair à campo para
matar as vítimas visadas com as próprias mãos. Foi o que aconteceu com o
‘armário’ Red Grant – um brutamontes enorme – que foi morto por Bond numa cena
inesquecível – tanto no livro quanto nos cinemas – que ocorreu no interior do
vagão de um trem em movimento.
Klebb conseguiu a proeza de assassinar o agente inglês nas
páginas do livro “Moscou Contra 007”. Bond só voltou à vida após Ian Fleming
mudar de idéia e criar um mote para o seu retorno no livro seguinte: “O
Satânico Dr. No”. No post aqui eu explico quais foram os motivos que levaram
Fleming a matar o seu agente preferido e depois... mudar de idéia.
Portanto, como não considerá-la uma das vilãs mais eficientes
da vasta galeria de James Bond.
É isso aí pessoal!
Ôpa! Já ia me esquecendo. Antes que os fãs de Auric
Goldfinger fiquem decepcionados com a sua ausência nessa lista, deixa eu explicar
que o referido vilão só vivia ‘a sombra de seu capanga, o terrible Oddjob. O
coreano – completamente mudo - que usava um chapéu côco com uma lamina afiada e
mortal na aba, realmente metia medo. Agora, Goldfinger...
E Zefini!!
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