25 setembro 2025
Romance, suspense, drama, thriller... 10 livros incríveis que serão lançados em outubro de 2025
O mês de outubro reserva grandes novidades literárias
para todos nós devoradores de livros que quase sempre estamos “zapeando” na
internet a procura de novas publicações. Você é assim? Eu também sou. Aliás,
acho que a maioria das pessoas que amam sentir a textura de um livro nas mãos,
cheirá-lo e depois desse ritual, devorá-lo; vivem sonhando com a chegada de
novas obras.
Se você se enquadra nessa categoria de leitores,
acredito que irá gostar bastante dessa postagem. Nela, selecionei 10 livros que
estarão “aterrissando” nas prateleiras das livrarias físicas e virtuais no mês
de outubro que já está batendo na porta no momento em que escrevo esse post. Sem
muitas delongas, vamos a nossa lista de lançamentos literários.
01
– Entre vacas e beijos (Hannah Biley)
Lançamento:
06 de outubro de 2025
Editora:
Verus
Lançado pela Verus Editora, Entre vacas e beijos, de Hannah Biley, traz um romance único que mostra
superação e amor no meio rural. Afinal, um rancho era o último lugar onde
Cecily Kennedy, uma típica garota da cidade grande, esperava parar. Mas ter um
caubói mal-humorado e perigosamente atraente como chefe pode acabar prolongando
a sua estadia.
Na realidade, Cecily Kennedy conseguiu fugir de um
casamento abusivo e agora precisa de um emprego e um lugar para ficar. Tudo
seria mais simples se o seu novo chefe, Austin Wells, deixasse claro se o que
sente por ela é raiva ou desejo. Ainda esperando o divórcio, a cama do caubói
mal-humorado talvez não seja o lugar ideal para superar um trauma. Apesar
disso, os olhares de Austin despertam sentimentos que ela não experimentava
havia anos.
Austin, o fazendeiro ranzinza e de poucas palavras,
está seriamente arrependido de ter deixado a chefe de cozinha do rancho
escolher sua nova assistente. A marca de aliança no dedo da recém-chegada é o
bastante para saber que ela é encrenca. Suas curvas e o longo cabelo loiro
também. Mas, pelo que ele conhece sobre garotas da cidade grande, Cecily não
vai ficar por muito tempo. Ninguém nunca fica.
Quando o passado de Cecily volta para assombrá-la,
Austin descobre que já está envolvido demais para manter a fachada de
indiferença. Ele deseja que ela fique ao seu lado, mas, primeiro, precisa
mantê-la a salvo.
Entre
vacas e beijos é um romance que traz uma reviravolta na
vida da protagonista, Cecily Kennedy. Inicialmente, ela, uma típica garota da
cidade, não esperava terminar em um rancho, especialmente lidando com um cowboy
mal-humorado e, digamos, um tanto quanto intimidador. A narrativa se aprofunda
em temas como amor, esperança, segundas chances e a descoberta de um lar no
amor recíproco.
E í? Se interessou pela sinopse? Então é só aguardar a
chegada de 6 de outubro para ter o livro em mãos. Aliás, ele já está em
pré-venda na Amazon.
02
– Partindo para o ataque (Ana Huang)
Lançamento:
02 de outubro de 2025
Editora:
Arqueiro
Pois é, abri essa lista com uma história de amor tendo
como cenário o campo. Que tal prosseguirmos nesse clima, apresentando agora, uma
história de amor, mas mudando o “pano de fundo”? Então, vamos nessa. Sai o meio
rural e entra o mundo do esporte. Partindo
para o ataque é uma história de amor e também de rivalidade envolvendo
atletas.
O livro da escritora norte-americana Ana Huang é o
primeiro da série Deuses do Jogo e
será lançado em 2 de outubro de 2025 pela Editora Arqueiro no Brasil.
O romance é sobre a rivalidade forçada entre Asher
Donovan, o melhor jogador de futebol do mundo, e sua nova treinadora, e promete
diálogos afiados e uma tensão que se transforma em desejo, segundo a Arqueiro.
A editora está usando uma frase promocional de impacto
para divulgar a obra e que vem despertando a atenção dos leitores: “Ela é a única mulher que ele quer... e a
única que não pode ter”.
Confiram a sinopse fornecida pela Arqueiro: “Asher
Donovan é o melhor jogador de futebol do mundo, mas sua rivalidade com um dos
colegas de time acaba levando seu clube a perder o campeonato nacional.
Tentando dar um fim à hostilidade entre os dois, o
técnico os obriga a passar as férias de verão dando tudo de si num treinamento
de... balé.
Quando conhece a nova professora – uma mulher linda e
talentosa –, Asher não consegue tirá-la da cabeça. Só que ele tem um problema:
ela também é irmã do seu arqui-inimigo e está completamente fora de seu
alcance.
Ela jurou nunca mais dar bola para um jogador de
futebol... até ele roubar seu coração.
Scarlett DuBois era uma bailarina promissora, mas seus
sonhos foram despedaçados por um acidente. Agora, ela é uma dedicada professora
que se vê diante de uma missão quase impossível: dar aula para o próprio irmão
e para o rival dele.
É cada vez mais difícil resistir ao charme de Asher,
mas se apaixonar está fora de cogitação. Principalmente quando seu novo aluno é
a única pessoa com o poder de partir seu coração”.
Não posso negar que a sinopse de Partindo para o ataque tem o
poder de despertar o interesse daqueles leitores e leitoras que adoram uma
história de amor.
03
– A pérola (John Steinbeck)
Lançamento:
20 de outubro de 2025
Editora: Record
John Steinbeck – vencedor do Prêmio Nobel de
Literatura - escreveu o romance A Pérola em 1947. A narrativa é uma
parábola sobre o bem e o mal que habita o mundo representada por meio de uma
pérola.
Kino é um mergulhador pobre, que vive da coleta de
pérolas dos leitos do golfo. Pérolas essas que outrora trouxeram grande riqueza
aos reis da Espanha e agora fornecem a Kino, Juana e seu filho pequeno uma
subsistência escassa.
Em um dia como qualquer outro, Kino emerge do mar com
uma pérola tão grande quanto um ovo de gaivota, “tão perfeita quanto a
lua". Com a pérola vem a esperança, a promessa de conforto e segurança,
mas também a ganância, a vaidade e o egoísmo da humanidade.
A história desenvolvida por Streinbeck é uma parábola
clássica que combina a simplicidade das narrativas orais com a potência da
escrita do autor. A pérola explora os segredos da natureza do ser humano,
descendo às profundezas mais sombrias de sua existência para investigar seu
desejo por mudança, sua ganância irrefreável e sua inesgotável fonte de
esperança.
Embora seja um dos livros mais conhecidos de Steinbeck,
“A Pérola” traz uma trama simples, mas fluída que conquista os leitores.
Quanto ao autor, dispensa qualquer tipo de comentário.
Quem já leu As Vinhas da Ira com
certeza concordará comigo. Esta obra recebeu o National Book Award e o Pulitzer
de ficção, e foi citado com destaque quando Steinbeck recebeu o Prêmio Nobel de
Literatura no ano de 1962.
Agora, com relação a
Pérola, é importante frisar que desde o seu lançamento em 1949, já teve 10
edições, todas elas nos anos 50, 60 e 70. Agora, a editora Record decidiu
publicar a obra, novamente, mas com um novo layout e uma nova tradução.
04
– O discípulo da madrugada (Fábio de Melo)
Lançamento:
13 de outubro de 2025
Editora: Record
Juro que fiquei surpreso com o nome do autor desse
livro que também será lançado em outubro. Fiquei procurando o título religioso
de Fabio de Melo e não achei. Pensei comigo: “Pôxa, o cara é padre e não assina
a sua obra literária como padre??!! Confesso que como católico fiquei muito
frustrado. Fiquei com a impressão de que ele aboliu essa forma de tratamento temendo
que o livro não vendesse o esperado por ter sido escrito por um padre. História
complicada, né?
Depois de pesquisar na Internet, fiquei sabendo que
Fábio de Melo não assina alguns dos seus livros como padre porque, na
literatura, o nome "Padre" pode tanto aproximar quanto distanciar o
leitor, e ele quis voltar às suas origens como pessoa física, assinando apenas
"Fábio de Melo", como já havia feito no seu primeiro livro, o que
considera ser um efeito acadêmico e de origem pessoal, não significando que
deixou de ser padre. Olha... deixa isso pra lá, melhor “falar” de seu novo
livro O Discípulo da Madrugada. Neste
romance, o autor apresenta como personagem um mestre da lei, profundamente
conhecedor das Sagradas Escrituras que se depara com Jesus na ocasião do Sermão
da Montanha. Durante essa pregação, o homem se transforma: entende que precisa
esquecer o que é, se despojar do que religiosamente construiu, abandonar sua
arrogância, vencer as trevas da ignorância e encontrar o verdadeiro caminho.
Antes desse encontro, o discípulo vivia mergulhado em
sombras; apesar da conduta irrepreensível, tinha dificuldade de amar os
imperfeitos, guardava excessos em seu coração, não conseguia enxergar os outros
por quem eles eram. Ao longo das madrugadas, inicia, ao lado de Jesus, uma
travessia da antiga compreensão para uma nova liberdade interior.
05
– A palavra e o poder: uma travessia crítica por 40
anos de democracia brasileira (Rodrigo Tavares, Flavia Lima e Naief Haddad
– compiladores)
Lançamento:
27 de outubro de 2025
Editora: Civilização Brasileira
O livro produzido por meio de uma parceria do jornal
Folha de S.Paulo com o grupo editorial Record mostra um amplo debate sobre a
Nova República, período iniciado em 1985 e que se estende até os dias de hoje.
A publicação chega às lojas no final de outubro, mas a
pré-venda já começou. A Palavra e o Poder
sai pela Civilização Brasileira, um dos selos da Record.
Vale lembrar que o fim da ditadura militar inaugurou a
Nova República e abriu espaço para debates profundos sobre democracia,
desigualdade racial e de gênero, justiça social, meio ambiente e alterações
climáticas e modelos de desenvolvimento econômico. Nesse cenário de promessas
constitucionais e transformações profundas, entre 1985 e 2025, a Folha publicou
mais de 150 mil artigos de opinião.
Entre os artigos publicados pelo jornal nestas quatro
décadas, foram escolhidos 40 que tratam do tema da democracia no seu sentido
mais amplo. São textos assinados por nomes dos mais diferentes perfis, mas
todos de inegável peso histórico e capacidade de influenciar a sociedade
brasileira.
Abdias Nascimento (1914-2011), Alexandre de Moraes,
Caetano Veloso, Darcy Ribeiro (1922-1997), Demétrio Magnoli, Delfim Netto
(1928-2024), Fernanda Torres, Marina Silva, Oscar Niemeyer (1907-2012) e Sueli
Carneiro estão entre os autores desses artigos, todos publicados pela Folha.
Resultado de mais de dois anos de trabalho, A palavra e o poder: uma travessia crítica
por 40 anos de democracia brasileira é organizado por Rodrigo Tavares,
professor e colunista da Folha, Flavia Lima, secretária-assistente de Redação e
editora de Diversidade do jornal, e Naief Haddad, repórter especial da Folha.
06
– O filho perfeito (Freida McFadden)
Lançamento:
02 de outubro de 2025
Editora:
Arqueiro
Os leitores que se deleitaram com a saga A Empregada (aqui, aqui e mais aqui) estavam com os hormônios no
limite quanto ao lançamento de um novo livro de Freida McFadden. Agora,
finalmente essa expectativa será satisfeita no dia 2 de outubro, data escolhida
pela editora Arqueiro para colocar nas livrarias o lançamento O filho perfeito.
Em sua mais recente trama, a escritora explora os
segredos obscuros que podem existir até nas famílias aparentemente ideais.
Quando uma adolescente desaparece em um bairro tranquilo,
todas as suspeitas recaem sobre Liam, o primogênito de Erika Cass. Charmoso,
inteligente e popular, ele sempre pareceu exemplar.
Mas as mães têm instintos certeiros, e Erika pressente
que há algo em seu filho que jamais conseguiu compreender. À medida que as
evidências contra ele se acumulam, a possibilidade do impensável se torna
impossível de ignorar.
Freida McFadden já vendeu mais de 600 mil exemplares
pela Arqueiro no Brasil e ultrapassa a marca de 17 milhões de cópias em todo o
mundo.
07
– O beijo no leproso (François Mauriac)
Lançamento:
06 de outubro
Editora:
José Olympio
O livro O Beijo no
Leproso de François Mauriac foi lançado em
abril de 1960 pela Editora Livros do Brasil, no formato de Capa Mole, com 160
páginas. E agora, após seis décadas e meia, a obra literária volta às livrarias
com uma nova tradução e que tradução! A Arqueiro escolheu para esse trabalho
uma das tradutoras mais respeitadas do País: Ivone Benedetti.
Em seu livro, François Mauriac, narra a saga de Jean
Péloueyre que pressionado a se casar aos 23 anos se vê fadado a conviver com a
rejeição de sua esposa por toda a vida. Todos, incluindo ele, o acham física e
espiritualmente inadequado ao amor. Ainda assim, Jean deseja encontrar o
sentido dessa relação mesmo quando tomado pela melancolia, já que morrer sem
herdeiros significaria deixar sua fortuna para um primo desagradável. Por isso,
ele insiste, com seu jeito discreto e autocrítico, em tornar o matrimônio um
pouco menos trágico para Noémi d’Aratiailh.
Noémi, por sua vez, enganou a si mesma com a promessa
de casamento com um rapaz de boa família. Não demorou para se perceber sufocada
por essa escolha, porém, como cristã devota, sabia que o divórcio era um pecado
fora de cogitação. Assim, passou a se esforçar para desenvolver uma forma de
amor que transcendesse as aparências. Conseguiu florescer uma compaixão pela
figura vacilante do marido, mas, confusa entre a aversão a Jean e o dever
religioso, abafar seus outros desejos carnais era ainda mais difícil.
O título da obra faz alusão ao gesto de bondade de São
Francisco de Assis, que, ao encontrar um leproso na estrada, desceu do cavalo e
o beijou para demonstrar compaixão e respeito.
François Mauriac é um escritor francês católico e
membro da Academia Francesa, foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em
1952, reconhecido pela "profunda impregnação espiritual e artística com
que seus romances penetraram o drama da vida humana".
08
– Os pequenos homens livres (Terry Pratchett)
Lançamento:
06 de outubro
Editora:
Galera Junior
Com previsão de lançamento para 6 de outubro de 2025, Os Pequenos Homens Livres volta às
livrarias em uma nova edição. O primeiro livro da saga de Tiffany Dolorida,
lançado originalmente em 2003, retorna ao Brasil, agora, publicado pelo selo
Galera Júnior, do Grupo Editorial Record.
O aguardado relançamento do primeiro volume da série
juvenil criada pelo escritor inglês Terry Pratchett conta a história de Tiffany
Dolorida, uma menininha de 9 anos que se vê às voltas com bruxaria quando seu
mundo é atacado por criaturas de contos de fada.
Armada tão somente com uma frigideira e com seu bom
senso, a pequena futura bruxa Tiffany Dolorida deve defender seu lar contra
fadas brutais, cavaleiros sem cabeça, cães sobrenaturais e a própria Rainha das
Fadas, monarca absoluta de um mundo em que realidade e pesadelo se entrelaçam.
Felizmente, ela contará com uma ajuda inesperada: os Nac Mac Feegle da região,
também conhecidos como os Pequenos Homens Livres, um clã de homenzinhos azuis
ferozes, ladrões de ovelhas, portadores de espadas e de mais ou menos quinze
centímetros de altura.
Os
pequenos homens livres é uma sátira muito bem humorada dos
contos de fada e os estereótipos de fadas, princesas e bruxas.
A obra traz tradução de Ludimila Hashimoto e uma capa
inédita da artista Isadora Zeferino.
09
– Casa, beija ou mata (Kate Posey)
Editora: Verus
Você já ouviu falar do gênero literário “Thromance”?
Cara, juro que não sabia o que era isso não (rs). Depois de me informar melhor,
descobri que N”Thromance” é a mistura de thriller e romance; e é exatamente
isso que rola na narrativa de Casa, beija
ou morre da escritora canadense Kate Posey.
Viciada em podcasts de true crime, Dolores dela Cruz
morre de vontade de conhecer um assassino cara a cara. E talvez tenha
encontrado um bem ali, na mesa ao lado do escritório onde trabalha.
O novo temporário do escritório é, com certeza, um
assassino em série.
Dolores sabe que ele se encaixa exatamente no perfil:
luvas de estrangulador, charme calculado, uma beleza do tipo que abre portas em
qualquer lugar… principalmente nas áreas isoladas e cheias de covas rasas.
Jake Ripper encontra a distração de que precisava em
sua nova colega de trabalho: afiada, enigmática e intrigante. Faz tempo que
alguém não desperta seu interesse como Dolores. Mas, quando a mera curiosidade
evolui para um flerte sombriamente romântico, Jake começa a se perguntar se,
enfim, encontrou alguém que realmente o enxerga, com direito a esqueletos no
armário e tudo mais.
Até que Dolores pede ajuda a Jake para se livrar de um
corpo…
10
– Kit Anne Frank em quadrinhos (Anne Frank)
Lançamento:
27 de outubro
Editora:
Record
O
diário de Anne Frank que traz o depoimento da pequena Anne, de
apenas 13 anos, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma
casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Suas anotações
narram os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que,
como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.
Uma poderosa lembrança dos horrores de uma guerra, um
testemunho eloquente do espírito humano. Assim podemos descrever os relatos
feitos por Anne em seu diário. Isolados do mundo exterior, os Frank enfrentaram
a fome, o tédio e a terrível realidade do confinamento, além da ameaça
constante de serem descobertos. Nas páginas de seu diário, Anne Frank registra
as impressões sobre esse longo período no esconderijo. Alternando momentos de
medo e alegria, as anotações se mostram um fascinante relato sobre a coragem e
a fraqueza humanas e, sobretudo, um vigoroso autorretrato de uma menina
sensível e determinada.
O kit da Record que será lançado em 27 de outubro inclui
a adaptação em quadrinhos do Diário de
Anne Frank e um outro livro chamado Onde
está Anne Frank que complementa a história da garota judia considerada uma
voz da resistência contra a tirania.
O roteirista e diretor cinematográfico Ari Folman e o
ilustrador David Polonsky são os responsáveis pela adaptação em quadrinhos da
história de Anne Frank. A obra torna a narrativa de Anne mais acessível,
transformando o documento histórico em uma graphic novel para um público mais
amplo, sem perder a essência do diário original.
A outra graphic novel que compõe o Kit Anne Frank da editora Record se
chama Onde está Anne Frank? escrito por
Ari Folman e ilustrado por Lena Guberman. Esta obra dá um giro totalmente novo
na história da Anne, soltando a imaginação e transformando o diário da Anne em
algo que os leitores não esperam.
A ideia é que Kitty, aquela amiga imaginária pra quem
Anne escrevia, de repente pule das páginas do diário e vá parar em Amsterdã
hoje em dia.
A história traz um enfoque único ao apresentar Kitty,
a amiga imaginária de Anne, que ganha vida no mundo contemporâneo. Essa
abordagem faz enxergar a figura de Anne Frank sob uma nova luz, não apenas como
uma jovem que viveu durante a Segunda Guerra Mundial, mas como uma voz que
ainda ressoa em nossas vidas hoje.
A trama começa com Kitty, que, ao ser trazida para o
mundo real, embarca em uma jornada por Amsterdã em busca de respostas sobre o
destino de Anne. Acompanhá-la nessa busca é como se o leitor fosse transportado
para uma conversa entre o passado e o presente. Kitty observa como as questões
de opressão, desigualdade e preconceito ainda são tão relevantes no mundo contemporâneo,
fazendo com os leitores reflitam sobre a continuidade da luta por liberdade e
justiça.
Dois livros ou melhor, duas pérolas guardadas num kit
hiper-luxuoso. Vale muito a pena adquiri-lo.
É isso aí galera! Fico por aqui.
24 setembro 2025
Atmosfera
- “Hã, tá bom”.
- “Me desculpa, foi sem querer”.
- “Tá”.
- “Sim”.
Cara, Joan Goodwin é uma das personagens mais chatas
da literatura. Juro que fiquei admirado com a composição dessa personagem por
Taylor Jenkins Reid. Puxa vida, afinal de contas ela criou duas personagens
antológicas da literatura de ficção: Evelyn Hugo e Daisy Jones. E por “falar”
nisso, como eu amei essas duas mulheres de OsSete Maridos de Evelyn Hugo e Daisy
Jones & The Six: Uma História de Amor e Música. Mas tudo bem, o assunto do post, agora, é a nada
inspiradora Joan Goodwin e Atmosfera.
Joan concorda com tudo, aceita tudo e como não
bastasse ainda é capacho de Bárbara, a sua irmã mais nova e intragável. Tudo o
que Bárbara manda, ela faz: “cuida da minha filha”, “faz isso”, “faz aquilo”,
“hoje eu não estou afim disso, por isso, você faz”. Galera, é o tipo do diálogo em mão única”: eu
mando e você faz.
Me desculpem aqueles que gostaram da personagem; aqueles
acharam Joan de uma poesia pura, educada, inteligente e outras coisas mais. Eu
não gostei. Para mim foi uma personagem sem sal e sem açúcar e que contribuiu
para transformar Atmosfera num
romance sem sal e sem açúcar. Cara, não acredito que estou escrevendo isso de
um livro de Jenkins Reid, pois é, mas infelizmente estou.
A personalidade que falta em Joan Goodwin, por outro
lado, sobra em Vanessa Ford. Esta personagem sim, fantástica. Adorei Vanessa.
Firme quando tem que ser firme, carinhosa quando tem que ser carinhosa, educada
quando tem que ser educada, e chutar o balde quando esse balde tem que ser
chutado. Pena que ela é somente uma personagem de apoio; tudo bem que seja uma
personagem importante para a trama, mas sem direito ao protagonismo que foi
parar “nas mãos” de... Arghhhhh!... Joan.
Como já expliquei acima, esta falta de empatia com
Joan foi um dos pontos principais de não ter gostado de Atmosfera, mas tiveram outros, também.
O plot principal da história é o romance entre dois
personagens; um romance, diga-se de passagem, bem complicado e desafiador.
Complicado e desafiador porque acontece dentro do contexto da Nasa dos anos 80,
por isso, um relacionamento onde os personagens principais enfrentam muitos
obstáculos.
As subtramas que giram em torno desse plot são muito
fracas e não prendem a atenção do leitor que fica dependente da trama principal,
torcendo pela sua chegada nas páginas – e quando digo torcendo pela sua chegada,
estou querendo ‘dizer’ torcendo pela chegada das atitudes de Vanessa Ford...
esqueça a patética Joan Goodwin.
Fazem parte dessas subtramas o relacionamento
conflituoso de Joan com a sua irmã Bárbara; o relacionamento amorfo de Joan com
a sua sobrinha Frances; o núcleo de personagens amigos de Joan e Vanessa que
estão na mesma turma de treinamento de astronautas na Nasa e os seus conflitos
familiares; o treinamento dos astronautas novatos e por fim, a viagem espacial da
qual participará grande parte desses personagens. O problema é que esses plots
paralelos não conseguem prender a atenção dos leitores.
O livro é escrito em dois tempos: presente e passado. Atmosfera começa com tudo: uma perigosa
e arriscada missão espacial que não saiu como o previsto, colocando em perigo a
vida de todos os participantes. Este capítulo “turbinado” é mesclado com outros
capítulos bem mornos e que apresentam as ações que acontecem no passado dessa
turma de astronautas amigos, bem antes dessa missão espacial. Estres trechos que
ocupam ‘graaaaannnnde’ parte da obra, envolvem o treinamento desses mesmos
astronautas e os seus conflitos familiares.
Quando li o primeiro capítulo, pensei comigo: “Uhauu!
Esta história vai pegar!!”; mas não pegou. Ela só voltou a “pegar” no epílogo
quando a autora retoma a ação inicial vivida no tempo presente; ação que também
aparece em “conta-gotas” em capítulos curtos e esporádicos no meio da trama.
Para finalizar, creio que a história terminou de uma
maneira abrupta deixando desamarrado o relacionamento dos dois personagens
principais. Creio que a maioria dos leitores ficou com aquela pergunta
trradicional presa na garganta: - “Mas o que aconteceu depois?”
Ok; vamos com um pequeno resumo de Atmosfera. Joan Goodwin é obcecada pelo
Universo desde que se entende por gente. Atenciosa e reservada, está satisfeita
com a vida de professora universitária até deparar com o anúncio da Nasa à
procura de mulheres cientistas interessadas em participar do projeto do
primeiro programa de ônibus espacial. De repente, o que Joan mais quer é ser
uma das poucas pessoas a ir para o espaço.
Entre milhares de candidatas, ela acaba sendo selecionada
e assim, inicia o seu treinamento. Dentro da Nasa ela faz amizade com um grupo
de pessoas que também foram selecionadas. Enquanto os astronautas aprofundam os
laços de amizade e se preparam para os primeiros voos, Joan descobre uma paixão
e um amor que nunca imaginou viver.
Agora, para fechar mesmo, só uma pequena observação: novamente o "menino", aqui, nadou contra a maré porque a maioria das pessoas que leram o novo livro de Jenkins Reid amaram a história. Basta consultar o Skoob e outras plataformas literárias. Mas acho que a diversidade de opiniões, sem extremismo e intolerância, é bem-vinda porque nos conduz a escolhas melhores.
Por hoje é só.
20 setembro 2025
6 coletâneas e antologias de terror para combater a sua Depressão Pós Leitura
Entonce... depressão pós livro, a nossa conhecida DPL,
é fodasticamente fod... Só mesmo quem é leitor de carteirinha para saber o
quanto ela dói na alma. Não importa se o livro é bom ou ruim; ao terminarmos a
leitura fica aquela sensação de que nunca iremos encontrar uma obra tão boa
quanto a que acabamos ler ou então, ficamos tão atordoados com a leitura da narrativa
medonha que terminamos na marra que a nossa vontade de ler um novo livro se
evapora. Nessas horas nada melhor do que criar coragem, ir até a estante e
escolher um livro para combater a ressaca literária; de preferência um livro de
contos com histórias curtas e, claro, boas,
para recuperarmos aos poucos a nossa fome por leitura. Tenha
paciência... com a ajuda dessas historietas você voltará a ser um grande devorador
de livros. Não precisa ler todos os contos de uma vez; leia três ou quatro ou
até mesmo um, que seja; e quando perceber que a fome por uma nova obra voltou;
comece a devorá-la.
Já curei muitas DPL com essa tática, por isso resolvi
escrever alguns posts indicando coletâneas ou antologias de contos para esses
momentos cruciais que só nós devoradores de livros entendemos.
Há pouco tempo, publiquei coletâneas e antologias para
os amantes de ficção científica. Agora, chegou a vez dos adeptos da literatura
de terror. Com certeza, essas indicações ajudarão a combater a sua ressaca que
pode estar travando a vontade de iniciar uma nova leitura. Vamos a nossa lista.
01
– Contos Macabros – 13 Histórias Sinistras da Literatura Brasileira
O livro publicado pela editora Escrita Fina em 2010
prova que nem só de cortiços, heróis do avesso ou amores não esclarecidos vive
a literatura brasileira. O livro Contos
Macabros reúne 13 histórias sinistras escritas por verdadeiros ícones da
literatura brasileira.
Fico imaginando Bernardo Guimarães, autor de Escrava
Isaura escrevendo um conto macabro durante os intervalos da redação do seu
famoso melodrama que conquistou o Brasil; ou então, Machado de Assis
esquecendo, um pouco, de Dom Casmurro
e ‘atacando’ de Edgard Allan Poe do qual era um leitor ávido, tanto é que foi o
tradutor do poema O Corvo.
Tinha muita curiosidade para ver o lado mais sombrio
desses autores brasileiros famosos. E assim, comprei o livro após descobri-lo
num sebo por um preço bem módico. Posso garantir que ele já me curou de várias
ressacas literárias. Bastava ler dois ou três contos da obra e pronto já estava
com as energias renovadas para encarar um novo livro. Conto mais sobre a obra na
resenha que escrevi em 2019. (confira aqui).
Os textos organizados por Lainister de Oliveira
Esteves foram muito elogiados pela crítica literária o que rendeu inúmeras
matérias em grandes jornais na época.
A obra traz 13 histórias sinistras escritas por nove
escritores célebres do passado, quatro deles com direito a dois contos –
Machado de Assis, Aluísio Azevedo, João do Rio e Humberto de Campos.
Alguns contos me perturbaram muito, como Seus Olhos e A Causa Secreta que mostram um Machado de Assis bem sádico.
Acredita?!
Editora: Escrita Fina
Ano: 2010
Autor: vários (Organizador: Lainister
de Oliveira Esteves)
Capa: Brochura
Páginas: 256
02
– Visões da Noite – Histórias de Terror Sarcástico
Ao ler Visões da Noite tive a impressão de que por vezes, Ambrose Bierce estava brincando de
gato e reato comigo, lançando pistas falsas para somente depois dar o chamado
“pulo do gato” em sua narrativa. Esse jogo de pistas falsas é um charme a mais
em suas histórias, cujo final, de fato surpreende.
Os 14 contos do autor organizados e traduzidos pela
escritora e jornalista Heloísa Seixas são ótimos e acredito que ela deva ter
escolhido o melhor de Bierce. Por que eu penso assim? Simples. Todos os 14
contos são de qualidade e conseguem prender a atenção do leitor com direito a
arrepios e calafrios. E sabemos, que essa virtude é muito rara num livro de
contos, onde nem todos conseguem se salvar.
Outro detalhe que achei interessante nesta antologia
de histórias curtas é que Seixas deu preferência para aqueles contos, que
apesar de gelarem a espinha do leitor, também apresentam um enredo ou final
sarcástico com Bierce muitas vezes zombando ou rindo de situações tétricas e
horripilantes. Isto explica o subtítulo da obra: Histórias de terror sarcástico.
Editora: Record
Ano: 1999
Autor: vários (Organizadora: Heloisa
Seixas)
Capa: Brochura
Páginas: 224
03
– Incrível, Fantástico, Extraordinário e Outros
Casos Verídicos de Terror e Assombração
Estava na dúvida se incluía ou não o livro Incrível, Fantástico, Extraordinário nesta
lista; não que eu não tenha gostado ou então por duvidar da qualidade de suas
histórias, que por sinal são excelentes. O motivo desta minha dúvida era outro
e muito diferente: o preço “salgado” da obra que só pode ser encontrada nos
sebos online e em quantidade bem reduzida. Juro que a primeira “oferta” me
assustou: R$ 400,00. Já estava desistindo quando vi no portal da Estante
Virtual, alguns sebos mais centrados oferecendo a obra por R$ 65,00 em média.
Assim, decidi coloca-lo nessa lista porque os seus contos são verdadeiros
diamantes lapidados.
Após ler dois ou três contos do livro me vi viajando
no tempo e novamente sentado na sala da casa dos meus pais na década de 60,
assistindo na manjada TV em preto e branco o seriado “Além da Imaginação” no
qual eu era vidrado. Posso afirmar que
os contos de Incrível, Fantástico,
Extraordinário é um “Além da Imaginação tupiniquim!” Eles são realmente
incríveis e bem ao estilo cultural do povo brasileiro, ou seja, nada de ficção
científica misturada com terror; lobisomens e vampiros; monstros estelares;
feiticeiros que voam; enfim, nada de americanismos. Os contos do livro são de
assombração mesmo! Pessoas que morrem e voltam para assombrar a turma terrena
ou então simples animais que fogem dos padrões comuns - alicerçados apenas em
seus instintos - e passam a agir como se tivessem consciência, como os casos de
um urubu que após ter sido cruelmente castigado por um fazendeiro decide voltar
para se vingar e uma pomba que toma uma atitude sobre-humana durante o enterro
de uma mulher. Cara, os contos do Almirante são fodásticos.
Ah! Quer saber quem foi o Almirante ou então descobrir
mais detalhes da obra? Leia a resenha que publiquei no blog (acesse aqui).
Editora: Francisco Alves
Ano: 1989
Organizador: Henrique Foreis
Domingues (Almirante)
Capa: Brochura
Páginas: 204
04
– A Tumba e Outras Histórias (H.P. Lovecraft)
Como todos os livros de contos, A Tumba e Outras Histórias tem narrativas ótimas, mas também tem
outras fraquinhas. O importante é que no cômputo geral, o livro de H.P. Lovecraft
cumpre o seu papel já que os contos ruins são poucos. A maioria é verdadeira joia
rara do gênero terror, no qual Lovecraft se tornou mestre e mestre dos bons.
O livro é dividido em três partes. Na primeira, são
apresentados os oito contos principais, todos eles escritos na fase adulta de
Lovecraft. Na segunda parte, temos as primeiras histórias escritas pelo autor,
ou seja, em sua adolescência, por volta dos 15 anos. Vale lembrar que a maior
parte desse material acabou sendo destruído; o que é uma pena, mesmo assim, A Tumba nos brinda com cinco histórias
dessa fase da vida de Lovecraft. São elas: A
Fera na Caverna, O Alquimista, Poesia e os Deuses, A Rua e A Transição de Juan
Romero.
Apesar de serem histórias do início da carreira do
escritor, elas tem muitas qualidades, deixando evidente o talento prematuro de
Lovecraft. Um dos contos que impressionou foi A Fera na Caverna. Ele narra a história de um homem que se perde de
seu grupo durante a visita a uma caverna. Munido apenas de uma tocha que já
começa a se apagar, ele se ‘afunda’ cada vez mais nas entranhas da caverna,
onde pressente a presença de uma fera bestial, a qual consegue ferir e depois
fugir. Ao encontrar o guia do grupo, eles resolvem voltar a caverna na
esperança de localizar a fera. É nessa hora que os dois acabam tendo uma
surpresa!
Editora: L&PM
Ano: 2007
Autor: H.P. Lovecraft
Capa: Brochura
Páginas: 216
05
– VHS – Verdadeiras Histórias de Sangue
A grande sacada de César Bravo foi ter criado uma
cidade fictícia, mas com características reais. O município de Três Rios –
palco dos contos sinistros – tem mapa demográfico, limites territoriais,
municípios limítrofes e como não bastasse tudo isso, a edição da Darkside traz
ainda recortes de jornais com notícias e fotos simulando fatos reais envolvendo
os “moradores da cidade”; e para completar o ‘bolo’ temos os contos macabros de
Bravo que são injetados nesse contexto. Pronto, tá feito o estrago (no bom
sentido).
A impressão que temos é de que algumas dessas
histórias realmente ocorreram na vida daqueles moradores. O estilo narrativo de
Bravo – que inclui muitos diálogos entre os personagens – contribui para fisgar
o leitor. Resultado de toda essa plotagem incrível: você se sente dentro da “cidade” de Três Rios
vivendo situações macabras e sinistras juntamente com os seus personagens.
VHS:Verdadeiras Histórias de Sangue se passa em um período
especial e repleto de esquisitices, entre 1985 e 1995, e tem início em uma
videolocadora peculiar capaz de alugar os sonhos e as vidas de seus clientes.
O livro é escrito no formato de contos – são 18
histórias curtas –com base em registros orais, casos sinistros e uma porção de
detalhes que rodeiam a vida dos moradores de Três Rios. As histórias giram em
torno de mandingas macabras, crimes
brutais, animais soturnos, notícias de jornais e anúncios que compõem o
imaginário de um local esquecido pelo tempo.
Editora: Darkside Books
Ano: 2019
Autor: César Bravo
Capa: Capa dura
Páginas: 288
06
– Tripulação de Esqueletos
Nada mais justo do que fechar a nossa lista com um dos
escritores mais respeitados do gênero. Stephen King pode ser considerado,
atualmente, a grande referência mundial da literatura de terror.
Gosto muito dos contos de King. Eles conseguiram curar
ressacas literárias homéricas que sofri ao longo desses anos. Selecionei Tripulação de Esqueletos para fazer
parte do nosso “listão contra DPL” porque na minha opinião, ele o melhor livro
de contos do autor. Várias de suas histórias me provocaram calafrios. Lançado
em 1985, foi um dos livros mais vendidos nos anos 80 e considerado uma das
obras mais importantes do escritor, pelo menos no que se refere a categoria
‘Contos”.
A história que mais me impressionou – fiquei com ela
na cabeça durante muito tempo – foi O
Sobrevivente. Arghhhhh!!!!! Nele, King fala de um famoso médico-cirurgião
que é o único sobrevivente de um naufrágio e acaba indo parar numa ilha
completamente deserta e estéril. Quando a fome aperta, o deixando quase louco,
ele decide usar os seus dotes de cirurgião e tirar pedaços do próprio corpo
para se alimentar!!! King narra tudo em detalhes!
Destaques também para O nevoeiro , adaptado para cinema e televisão e O macaco que também foi parar nos
cinemas em fevereiro de 2025. Enfim
galera, são 22 histórias de terror com o poder de fazer com que você esqueça a
pior das DPL.
Detalhes
da obra
Editora:
Suma
Ano:
2013
Autor:
Stephen King
Capa:
Brochura
Páginas:
624
E então? Vamos curar rapidamente essa ressaca
literária? Então, é só escolher um desses remédios acima.
Inté!
16 setembro 2025
5 clássicos da literatura brasileira que foram relançados com um novo visual
Linguagem rebuscada ou muito erudita, palavras ou
frases difíceis, além das muitas divagações. Tá bom... e você acredita que
todos os leitores pensam assim dos romances que ficaram conhecidos por
“clássicos da literatura brasileira”? Se pensa, pode começar a mudar as suas
convicções porque esse gênero literário está em alta com as livrarias vendendo
“horrores” e consequentemente, as editoras também investindo horrores nesta
categoria. Prova disso são as edições luxuosas de livros de Machado de Assis,
Graciliano Ramos, Mário de Andrade, entre outros, que estão sendo relançadas
pelas editoras.
Por isso, nada mais justo do que escrever um post para
a galera leitora que se enquadra na categoria “fãs de carteirinha de clássicos
da literatura tupiniquin”. E se esses leitores foram colecionadores, daqueles
que passam horas admirando o layout de seus boxes, sagas, trilogias e afins metodicamente
“encaixados” em suas estantes, melhor ainda.
Selecionei cinco romances brasileiros que ganharam ao
longo de décadas e até mesmo séculos, o status de “clássicos” e que numa
decisão arrojada e ao mesmo tempo inteligente de alguns editores foram
relançados. Lembrando que algumas editoras foram até mesmo mais arrojadas e
optaram por republicar mais um de livro do mesmo autor no formato de box.
Vamos conferir?
01
– Biblioteca Machado de Assis – Volumes 1 e 2 (Machado de Assis)
Estes dois lançamentos da editora Itatiaia não podem
faltar na estante de nenhum fã de carteirinha do icônico escritor carioca
nascido em 1839. Cada uma das caixas reúne três obras de Machado de Assis. A
primeira lançada em 2023 inclui: Quincas
Borba; uma trama filosófica sobre a loucura, o destino e a busca pelo
sentido da vida. Memórias Póstumas de
Brás Cubas; um clássico que reimagina a morte como um ponto de partida para
críticas à sociedade e à condição humana. O box fecha com Dom Casmurro; uma narrativa envolvente sobre ciúmes, amor e dúvida,
que levanta questões sobre a subjetividade da realidade.
O volume 02 reúne: Helena
que remete à fase romântica do autor, anunciando traços que fariam de Machado
de Assis o grande nome do realismo brasileiro. Memorial de Aires; o último
romance de Machado de Assis, escrito em 1907 tem um formato de memórias
registradas em um diário. Os relatos do Conselheiro Aires percorrem os anos de
1888 e 1889, ou seja, anos em que ocorreram dois fatos importantes na história
do país: a abolição da escravatura e a proclamação da República.
O último livro do box é O Alienista que dispensa qualquer comentário por der considerada
uma das principais obras escrita por Machado de Assis.
Com uma edição cuidadosamente preparada, a coleção
formada pelos dois boxes oferece não apenas uma viagem ao Brasil do século XIX,
mas também uma reflexão atemporal sobre os dilemas humanos.
02
– Box Trilogia Meu Pé de Laranja Lima (José Mauro de Vasconcelos)
Você acredita que eu não sabia que a história de Zezé
de O Meu Pé de Laranja Lima
prosseguia em mais dois livros? Juro que eu não sabia que José Mauro de
Vasconcelos havia dado sequencia na saga desse personagem que emocionou todo o
Brasil nos livros Vamos Aquecer o Sol
e Doidão. Depois, enquanto buscava
subsídios para escrever essa postagem, descobri que O Meu Pé de Laranja Lima é na verdade uma trilogia.
Como li e adorei a história de Zezé, é evidente, né
galera, que imediatamente inclui o box lançado pela editora Melhoramentos nessa
lista. E que box! Adorei o layout. Dessa maneira, um dos personagens mais
queridos da literatura brasileira ganhou uma nova forma de chegar aos leitores.
A Melhoramentos lançou a caixa com a trilogia em junho
de 2025. A coleção reúne, pela primeira vez, os livros O Meu Pé de Laranja Lima
(1968), Vamos Aquecer o Sol (1974) e Doidão (1963), revelando ao grande público
que a história de Zezé vai muito além da infância retratada no primeiro volume.
Enquanto O Meu
Pé de Laranja Lima apresenta Zezé aos seis anos, em meio à pobreza, à violência
doméstica e à imaginação como forma de resistência, Vamos Aquecer o Sol mostra o menino mais velho, morando com o
padrinho no Nordeste, ainda sensível e melancólico, mas agora em um contexto
mais acolhedor. Já em Doidão, o
leitor encontra um jovem chamado Zé, em pleno confronto com o mundo adulto, em
busca de liberdade e autonomia.
E aí? Se interessou?
03
– A Hora da Estrela (Clarice Lispector)
Último livro escrito por Clarice Lispector, A hora da estrela é também uma
despedida. Lançada pouco antes de sua morte, em 1977, a obra conta os momentos
de criação do escritor Rodrigo S. M. (a própria Clarice) narrando a história de
Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, criada por uma tia tirana, que
a leva para o Rio de Janeiro, onde trabalha como datilógrafa.
Em A hora da
estrela, Clarice escreve sabendo que a morte está próxima e põe um pouco de
si nas personagens Rodrigo e Macabéa. Ele, um escritor à espera da morte; ela,
uma solitária que gosta de ouvir a Rádio Relógio e que passou a infância no
Nordeste, como Clarice.
Macabéa, a nordestina, cumpre seu destino sem
reclamar. Feia, magra, sem entender muito bem o que se passa à sua volta, acaba
se apaixonando por Olímpico de Jesus, um metalúrgico também nordestino, que
logo a trai com uma colega de trabalho. Desesperada, Macabéa consulta uma
cartomante, que lhe prevê um futuro luminoso, bem diferente do que a espera..
A edição especial da obra de Lispector lançada em 2020
teve projeto gráfico de Victor Burton e capa criada a partir de pinturas da própria
Clarice, além de trazer posfácio de Paulo Gurgel Valente. Uma edição muito
elogiada e que mesmo após cinco anos continua vendendo bastante.
04
– Vidas Secas (Graciliano Ramos)
Em abril de 2024, a Pandorga Editora, promoveu o
relançamento de Vidas Secas, considerado
a obra-prima de Graciliano Ramos e um clássico da literatura brasileira. A obra
é um marco do Regionalismo Modernista, denunciando a miséria, a exploração e a
luta pela sobrevivência no sertão nordestino.
Publicado pela primeira vez em 1938, a obra conta a história de uma família de retirantes
no sertão nordestino: Fabiano, Sinha Vitória, o menino mais novo, o menino mais
velho e a cachorra Baleia." O autor alagoano constrói uma narrativa sem
idealizações, pois mostra a realidade de seca e miséria da região Nordeste do
país.
Posso garantir que a editora Pandorga caprichou no
layout do livro. Faço essa afirmação porque já tive a oportunidade de ter em
mãos esse relançamento que foi adquirido por um amigo leitor.
A apresentação oferece uma visão abrangente da vida e
obra de Graciliano Ramos, com informações biográficas, incluindo origens
familiares, educação, engajamento político e social.
Os textos suplementares proporcionam uma visão ampla
do conteúdo, temáticas e relevância literária. Isso permite que o leitor tenha
uma ideia do estilo narrativo, das questões abordadas e do impacto cultural da
obra de Graciliano.
Na obra também são apresentadas informações sobre
adaptações cinematográficas e o uso da obra em sala de aula, demonstrando como
ela continua a ser estudada e apreciada em diferentes contextos.
As curiosidades, último tópico da leitura suplementar,
revelam detalhes sobre o reconhecimento internacional de Graciliano Ramos, seu
processo de escrita, traduções de outras obras e o uso de pseudônimos ao longo
da carreira. Tudo isso numa edição de luxo, encadernada em capa dura resistente
e elegante
Imperdível para os colecionadores.
05
– Box Obras essenciais do escritor Aluísio Azevedo (Aluísio Azevedo)
Fecho a nossa lista com o box supimpa da editora
Principis em homenagem ao escritor Aluísio Azevedo que foi o precursor do
movimento naturalista na literatura brasileira. Ele escreveu obras como O cortiço e O mulato, além de exercer outras atividades como caricaturista,
jornalista e diplomata, além de membro fundador da cadeira número 4 da Academia
Brasileira de Letras.
O box da editora Principis traz os livros: O Cortiço, O Mulato e Casa de Pensão
totalizando 528 páginas. Seu enfoque na análise dos ambientes sociais e físicos
em suas obras fornece um vislumbre íntimo da vida urbana do Brasil do século
XIX.
O
Cortiço se situa nesse contexto, destacando-se como um
retrato vívido e crítico das tensões sociais e econômicas da época. A história
inicia-se com João Romão, um imigrante português que, através de trabalho árduo
e práticas desonestas, torna-se dono de uma taverna, uma pedreira e,
posteriormente, de um cortiço chamado São Romão. Ele vive com Bertoleza, uma
mulher negra que acredita ser livre graças a ele, sem saber que, na verdade,
continua sendo escrava.
O
Mulato publicado em 1881 debate a questão racial no Brasil
do século XIX. O nome do livro faz referência a seu protagonista, um mulato
bastardo que nasceu numa fazendo no nordeste do país.
Casa
de Pensão, narrado em terceira pessoa, inicia com a chegada do
jovem maranhense Amâncio ao Rio De Janeiro, que para ali se muda no intuito de
estudar medicina na Corte. Em busca de sua liberdade e independência passa a
ser hóspede na pensão de um casal. O livro trata de racismo, preconceitos,
miséria e injustiças sociais.
Taí cinco relançamentos especiais que certamente irão
agradar todos aqueles que não dispensam a leitura de um clássico aqui da
terrinha.
















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