Saiu o desempate da releitura de “Os Três Mosqueteiros”; Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan venceram

17 maio 2025

Saiu o desempate. Os mosqueteiros venceram. Os leitores do blog que estavam acompanhando a minha saga particular com relação ao livro de Alexandre Dumas estavam curiosos para saber se eu havia gostado ou não da releitura desse clássico. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ler essa postagem (ver aqui), aconteceu mais ou menos assim, de forma bem resumida: havia lido Os Três Mosqueteiros pela primeira vez – há ‘muuuitos’ anos - e adorado o enredo, mas agora, recentemente, na segunda vez que li, a leitura não foi tão prazerosa. Por isso resolvi “tirar os noves fora” fazendo uma terceira leitura do conhecido clássico ou, se preferirem, uma segunda releitura. Bem resumidamente foi isso que aconteceu. E como já citei acima, dessa vez, o livro de Dumas venceu a minha indiferença.

No post anterior, referente a esse assunto, havia citado dois motivos que poderiam ter dispersado a minha atenção e contribuído para não ter apreciado a releitura. É importante lembrar que a segunda vez que li Os Três Mosqueteiros encarei a edição luxuosa da Zahar com texto integral e as suas notas de rodapé. E acredito que essas notas de rodapé foram o primeiro motivo que implodiu a minha releitura da trama. Elas acabaram truncando a leitura. Isso aconteceu porque eu tenho o hábito de ler simultaneamente enredo e as explicações do autor que são publicadas no rodapé das páginas; e confesso que as tais notas da edição da Zahar são longas ao extremo. Por isso, toda vez que a leitura do enredo engatava uma quinta marcha, lá vinham as notas de rodapé e assim, essa quinta marcha era abruptamente reduzida para uma primeira. ‘Entonce’ meu amigo, até você conseguir buscar a quinta marcha perdida, demorava e muito.

Nesta terceira leitura que valeu o desempate, optei por abolir as notas de rodapé. Em outras palavras: joguei todas elas para escanteio e lí apenas o enredo. Pensei com os meus botões: “Se na primeira vez, apenas a história escrita por Dumas foi suficiente para encantar um garoto muito seletivo e exigente quanto a enredos literários, agora, esse mesmo texto teria a capacidade de despertar o interesse de um leitor que ficou menos implicante, ao se aproximar da terceira idade. Assim... adeus notas de rodapé. E posso garantir que das 688 páginas da edição comentada da Zahar, grande parte delas são dedicadas as explicações históricas de alguns trechos da trama.

Vejam bem, não estou criticando as notas de rodapé. Elas são importantes para aqueles leitores que querem conhecer detalhes históricos do enredo de Dumas, pois sabemos que as obras do escritor francês sempre mesclaram ficção com realidade. Mas dessa vez, no meu caso, não estava interessado nesses detalhes históricos, querias apenas “viajar” no enredo de Os Três Mosqueteiros como se estivesse lá “dentro do livro” presenciando as peripécias de Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan, além das tramas diabólicas de Milady.

Garanto que essa escolha valeu muito a pena. A minha leitura fluiu e se tornou tão prazerosa quanto a primeira vez em que li o livro.

Vamos agora para o segundo motivo que pode ter prejudicado a minha releitura da trama.

Quando li a obra de Dumas atravessava um período atribulado. Estava enfrentando alguns problemas no setor profissional e também com a minha saúde. Hoje, tenho certeza de que essas preocupações colaboraram para desviar a minha atenção e assim, acabei perdendo o foco da leitura. E cá, entre nós, querem um conselho de ‘amigo-leitor’? Quando vocês forem ler um clássico, façam isso num período tranquilo de suas vidas para que outras preocupações (família, saúde, trabalho) não interfiram na leitura.

Para ler um clássico da literatura, é crucial ter atenção, pois eles frequentemente apresentam linguagens complexas, contextos históricos e temas que exigem uma leitura mais aprofundada e reflexiva. Dessa forma temos que estar com a cabeça livre de preocupações e focado, apenas, na leitura desse clássico. Pois é... comigo aconteceu, exatamente, o contrário. Por isso, nessa terceira vez, procurei reler o clássico de Dumas numa fase mais tranquila de minha vida. E, confesso: deu resultado.

Mais do que ter satisfeito a curiosidade da galera que vinha acompanhando essa minha saga com Os Três Mosqueteiros espero ter colaborado com algumas dicas para aqueles que pretendem ler a edição comentada de “Os Três Mosqueteiros” lançada pela Zahar ou então outros clássicos literários.

Valeu galera!

Um comentário

  1. Realmente tem que estar no momento certo pra ler certos clássicos. Me empolguei com Os três mosqueteiros por que vi o filme do Homem da Máscara de Ferro e fiquei louca pra ler! Só não fazia ideia que seriam 6 livros haha. E a Zahar acabou de lançar o Louise de La Valierre pra minha alegria que achava que eles nunca terminariam a editar a totalidade do romance. Só o Visconde de Bragelonne demorou uns 5 anos pra sair e agora o próximo veio rápido. Acho que o Homem da Máscara de Ferro chega já no próximo ano.

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