E aí galera? Tudo bem? Por aqui, estou me preparando
para uma colonoscopia. Arghhhhh! Só em pensar no tal preparo para o exame que
se resume em dois dias fatídicos regados há muito, mas muito laxantes já me
arrepia. Estou quase concordando com Lulu que sugeriu forrar um plástico na
cama (rs). Por enquanto, estou proibido de usar o sofá ‘xique nu úrtimu e nu úrtimu
grau’ que compramos recentemente. Ele estará liberado para mim somente após a
colono, isto significa que terei cartão verde apenas no sábado. Portanto, só
mesmo virando os copos de bebida para afogar as mágoas, e quando digo bebida
quero dizer laxantes e daqueles bem turbinados do tipo Picoprep.
Mas deixando as brincadeiras de lado, vamos para a
postagem de hoje. Aliás, me desculpem pela divagação, mas sinceramente, tenho
que relaxar um pouco porque na realidade estou sim, preocupado com o exame e
também com a cirurgia que, provavelmente, terei que fazer. Por isso, resolvi
escrever essa postagem para espairecer as ideias.
Quero “falar” sobre um famoso visconde que me fez
comer uma baita barriga. Cobrei tanto as editoras, ou melhor, a Zahar para que
publicasse a história do tal visconde (ver aqui) mas por causa de alguns
contratempos que rolaram na saúde e também na minha área profissional acabei me
esquecendo de acompanhar nas redes sociais informações sobre uma possível republicação
da obra. Resultado: o livro foi relançado e o menino, aqui, só foi tomar
conhecimento do fato dois meses depois.
Cara, quando “bati” os olhos no portal da Amazon, após
as minhas tradicionais zapeadas literárias, e vi o livraço O Visconde de Bragelonne, juro que levei um choque pois não esperava
que a Zahar ou nenhuma outra editora fosse capaz de relançar o antológico
enredo de Alexandre Dumas.
Os 10 volumes de "O Visconde de Bragelonne" lançados pela editora Fittipaldi em 1959
A principal dificuldade que postergava esse
relançamento era o tamanho da história que foi publicada, originalmente no
formato de folhetim – como aconteceu com O
Conde de Monte Cristo (aqui e aqui). Décadas depois, quando foi lançada no
formato de livro chegou a ter 10 volumes com aproximadamente 300 páginas cada.
Agora me respondam: como publicar nos tempos atuais um enredo com mais de três
mil páginas?! Qual editora se arriscaria a topar essa aventura, ou se
preferirem... essa loucura?
Pois é, para a felicidade de todos os leitores que
amaram a saga Os Três Mosqueteiros e Vinte Anos Depois, a editora Zahar
decidiu encarar esse desafio. Uma decisão que na minha opinião, vale uma
bateria de fogos com direito a um show pirotécnico. Muitos admiradores de Dumas,
principalmente os fãs de carteirinha de Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan,
sempre acalentaram o sonho de que alguma editora relançasse essa história que
fecha a saga de Os Três Mosqueteiros.
A maneira encontrada pela Zahar para resolver o
complicado ‘problema das três mil páginas’ de O Visconde de Bragelonne - distribuídas em 10 volumes - foi ‘enxugar
o texto original com uma nova tradução e relança-lo em três livros com
aproximadamente 600 páginas, cada.
A aguardada continuação de Os Três Mosqueteiros (aqui e aqui) e Vinte Anos Depois, faz parte da coleção Clássicos
Zahar e conta com edição traduzida e comentada por Jorge Bastos.
No livro, descobrimos que trinta anos se passaram na
vida de D’Artagnan, Aramis, Porthos e Athos, o quarteto mais famoso da
literatura ocidental, desde os eventos ocorridos em Os Três Mosqueteiros. Os quatro amigos inseparáveis, agora estão grisalhos
e melancólicos; mosqueteiros representantes de valores medievais em franca
decadência. Neste primeiro livro, o quarteto de amigos apadrinha um jovem
companheiro: Raoul, filho bastardo de Athos, o Visconde de Bragelonne.
Na despedida de uma das sagas mais longevas e
memoráveis de todos os tempos, novos conflitos, reviravoltas, anseios e
disputas entram em cena. Como o envolvimento do visconde com Louise de La
Vallière, sobretudo numa época em que o destino das nações está em jogo, mas
cujos rumos são tantas vezes decididos a partir de intrigas, fofocas, rixas e
conchavos, ironizados por Alexandre Dumas.
O que mais podemos adiantar sobre “O visconde”? Vamos
lá. O segundo volume da saga se chamará Louise
de la Vallière e o terceiro, O Homem
da Máscara de Ferro, que serão publicadas separadamente. Neste primeiro
momento, apenas o primeiro volume está disponível ao público.
E aí? Gostaram da novidade? Com certeza, os leitores
que devoraram Os Três Mosqueteiros e Vinte Anos Depois amaram.
6 comentários
Quando vi a notícia que o livro finalmente saiu não pensei duas vezes e comprei na pré venda (ganhei um carimbo de brinde). Terminei o livro agora e posso dizer que o final me deixou muito ansiosa! Quem sabe até 2030 a gente tenha o fim da história haha ( esse livro, diferente dos outros não teve ilustração)
ResponderExcluirEu também vou ler "O Visconde de Bragelonne", mas antes pretendo reler "Os Três Mosqueteiros" e "Vinte Anos Depois" para aproveitar todas as nuances da saga envolvendo os quatro amigos inseparáveis. Abcs!
ExcluirBoa noite
ResponderExcluirEm primeiro lugar devo confessar que dessas obras, só vi os filmes, rs. Sequer uma adaptação lá na adolescência eu li.
E talvez justamente por isso, quando vi essa postagem, bati os olhos de cara no "Bragelonne". E fiquei com a pergunta: É só um nome ou tem algum significado? Pode me responder?
Outra coisa que me chamou atenção foi a foto. Fazem livros maravilhosos hoje em dia, mas naquela época também havia os "caprichadézimos". Imagina essa coleção da foto, novinha numa estante. Só que naquela época essas coleções infelizmente também eram para poucos, ou estarei errado?
Olha quantas dúvidas. Daqui a pouco encho meu comentário de ????????, rs.
Abraço!!!!!!
Olá amigo Atas, quanto tempo! Você é sempre bem vindo por aqui. Vamos lá. Será que consigo responder? Vou tentar. O tal Visconde de Bragelonne do título, na realidade, se chama Raul. Ele é filho do mosqueteiro Athos. Acredito que Bragelonne seja um título de nobreza que lhe foi concedido. Quanto à Bragelonne pode ser o nome de um reino, um castelo, qualquer "coisa" do tipo. Só mesmo lendo a obra para saber. Quanto as coleções, acho que tudo tem o seu tempo, a sua época. Hoje, a galera leitora, literalmente, "baba" pelas coleções de clássicos da Zahar ou então pelas capas hiper-trabalhadas da DarkSide e também da Pipoca & Nanquin; mas naquela época, o pessoal "babava" pelo layout das editoras Fittipaldi e Saraiva. Se estas coleções trocassem de época, certamente não dariam certo. Quanto ao "fator poder aquisitivo", você está correto. Estas coleções, na época, valiam uma fortuna, 'algo' de colecionador. Aliás, até há algum tempo, antes de algumas editoras contemporâneas relançarem essas obras, as sagas originais continuavam com preços bem salgados nas sebos; imagine então... há mais de meio século atrás. Grande abraço meu amigo!
ExcluirSim, concordo que cada coisa tem sua época, e acredito que como já conheça minha preferência de leituras já saiba que eu sou um daqueles que adora uma estante recheada de obras da DarkSide.
ResponderExcluirMas como sou meio nostálgico -meio? - também acho um charme essas coleções antigas, acho que gosto principalmente do estilo de ilustrações que muitas delas continham.
Quanto a preços em sebos, concordo, mas ainda fico admirado quando um livro raro é vendido a preços absurdos, e então é relançado, e o preço do usado cai muito, e eu penso - por que estava num preço exorbitante - ninguém comprou - perdeu todo valor - quem lucrou?
E mais me admira quando é relançado e o usado, sem motivo algum, continua caríssimo no sebo. Bom pra essas coisas tem uma palavra.
Ah, desculpe, tô divagando.
Te escrevi e-mail. Sobre o Bragelonne. Pra rir.
Abraço.
Atas, só você heim cara?! (rsssss) Li as suas "explicações" no email, ou seja, a teoria das "Calças Grandes", ri muito. Quanto a divagar, bem... acho que eu ganho de você, basta "folhear" o blog. Grande abraço meu amigo!
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