Praticamente uma semana. Isso mesmo, uma semana sem postar
nada no blog. Desculpe-me aí galera seguidora do “Livros e Opinião”. Aliás, não
quero encontrar nenhuma desculpa para essa “morgada” – há muito tempo tinha um
patrão que usava esse termo quando um funcionário não queria trabalhar ou
ficava ‘matando’ o tempo no seu serviço – mas confesso que a grande culpada dessa
esticada no período de postagens foi a ‘dona gripe’ que literalmente me
derrubou. Derrubou tanto a mim quanto a Lulu: os dois ainda estão de molho.
Será que a “desculpa” colou? (rs). Agora é sério
galera; não estou mentindo. Bem, o que eu fiz nestes seis dias com dores no
corpo, tosse, garganta inflamada e coriza? Li. Verdade; os livros, ou melhor,
um livro foi o meu grande companheiro de convalescença, Ele ainda está me
acompanhando na cama, no sofá, na cadeira do papai, na cadeira de varanda;
enfim, onde me sinto mais confortável. Por enquanto, estou no começo do seu
enredo. Costumo dizer que a leitura ainda está verde porque estou apenas começando.
Mas apesar de verde, e muito verde, estou amando a história, mas amando
meeeesmo.
A prova de que o livro te engole, é que apesar das
dores atrozes provocadas por uma gripe FDP, incluindo as dores de cabeça que
muitas vezes parece que vai estourar, simplesmente, eu
não consigo parar de ler. Quer mais uma prova de que o enredo pode,
tranquilamente, ganhar o status de antológico? Ok, eu ‘digo’: não se trata de
uma leitura, mas de uma releitura. Já tinha lido esse enredo com mais de 660
páginas. E reler um livro com um número de páginas extraordinariamente grande e
ainda por cima estando doente e desanimado, olha... é praticamente impossível
se o livro não for, de fato, antológico. E podem acreditar: Médico de Homens e de Almas de Taylor
Caldwell é antológico. Um livro que merece duas, três, quatro, quantas resenhas
forem necessárias.
Agora, dei um tempo na releitura para escrever esse
post, não com o objetivo de resenhar a obra pela segunda vez, o que pretendo
fazer assim que terminar a releitura – a primeira resenha está aqui, com vários
spoilers que soltei na minha inocência e empolgação de blogueiro literária ainda
iniciante e por isso, bem cru – mas apenas para ‘dizer’ que Médico de Homens e de Almas é tão
especial que consegue romper todas as barreiras físicas que você estiver
enfrentando como essa gripe ‘das cadelas’ – mais um termo que o meu antigo patrão
tinha o hábito de usar – que deixa você prostrado e com dores terríveis.
Não vejo o momento de chegar o capítulo em que Lucano –
este era o nome de São Lucas – se encontra com Maria, a mãe de Nosso Senhor
Jesus Cristo para ‘entrevistá-la’. Caramba! Na minha opinião é o momento mais emocionante
da obra de Caldwell. Lucano inicia a sua peregrinação até Israel na esperança
de encontrar a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo para que ela conte detalhes
sobre a vida do Mestre; e quando esse encontro se concretiza... cara, você,
simplesmente, não consegue segurar as lágrimas de tanta emoção.
O livro traz ainda outras interações se não tão
emocionantes, mas muito interessantes como por exemplo, o encontro de Lucano
com Pilatos, Paulo de Tarso e João, outros dois apóstolos conhecidos.
Lucano escreveu o maior dos evangelhos sobre a vida de
Jesus e também o Ato dos Apóstolos. Ele foi o único apóstolo que não era judeu,
nunca viu Cristo, e tudo o que está escrito em seu Evangelho foi adquirido por
meio de pesquisas e dos testemunhos da mãe de Cristo, dos discípulos e dos
apóstolos.
O estilo romanceado sobre a vida de São Lucas em nada
diminui o seu valor porque a sua autora, explica no prefácio que leu cerca de
1000 livros sobre Lucano antes de escrever sobre ele e demorou mais de 45 anos
para concluir a sua obra.
Fico por aqui. Agora, vou voltar a minha releitura.
Postar um comentário