“Médico de Homens e de Almas”: nem mesmo uma baita gripe me impediu de iniciar a releitura dessa obra prima

16 março 2024

Praticamente uma semana. Isso mesmo, uma semana sem postar nada no blog. Desculpe-me aí galera seguidora do “Livros e Opinião”. Aliás, não quero encontrar nenhuma desculpa para essa “morgada” – há muito tempo tinha um patrão que usava esse termo quando um funcionário não queria trabalhar ou ficava ‘matando’ o tempo no seu serviço – mas confesso que a grande culpada dessa esticada no período de postagens foi a ‘dona gripe’ que literalmente me derrubou. Derrubou tanto a mim quanto a Lulu: os dois ainda estão de molho.

Será que a “desculpa” colou? (rs). Agora é sério galera; não estou mentindo. Bem, o que eu fiz nestes seis dias com dores no corpo, tosse, garganta inflamada e coriza? Li. Verdade; os livros, ou melhor, um livro foi o meu grande companheiro de convalescença, Ele ainda está me acompanhando na cama, no sofá, na cadeira do papai, na cadeira de varanda; enfim, onde me sinto mais confortável. Por enquanto, estou no começo do seu enredo. Costumo dizer que a leitura ainda está verde porque estou apenas começando. Mas apesar de verde, e muito verde, estou amando a história, mas amando meeeesmo.

A prova de que o livro te engole, é que apesar das dores atrozes provocadas por uma gripe FDP, incluindo as dores de cabeça que muitas vezes parece que vai estourar, simplesmente, eu não consigo parar de ler. Quer mais uma prova de que o enredo pode, tranquilamente, ganhar o status de antológico? Ok, eu ‘digo’: não se trata de uma leitura, mas de uma releitura. Já tinha lido esse enredo com mais de 660 páginas. E reler um livro com um número de páginas extraordinariamente grande e ainda por cima estando doente e desanimado, olha... é praticamente impossível se o livro não for, de fato, antológico. E podem acreditar: Médico de Homens e de Almas de Taylor Caldwell é antológico. Um livro que merece duas, três, quatro, quantas resenhas forem necessárias.

Agora, dei um tempo na releitura para escrever esse post, não com o objetivo de resenhar a obra pela segunda vez, o que pretendo fazer assim que terminar a releitura – a primeira resenha está aqui, com vários spoilers que soltei na minha inocência e empolgação de blogueiro literária ainda iniciante e por isso, bem cru – mas apenas para ‘dizer’ que Médico de Homens e de Almas é tão especial que consegue romper todas as barreiras físicas que você estiver enfrentando como essa gripe ‘das cadelas’ – mais um termo que o meu antigo patrão tinha o hábito de usar – que deixa você prostrado e com dores terríveis.

Não vejo o momento de chegar o capítulo em que Lucano – este era o nome de São Lucas – se encontra com Maria, a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo para ‘entrevistá-la’. Caramba! Na minha opinião é o momento mais emocionante da obra de Caldwell. Lucano inicia a sua peregrinação até Israel na esperança de encontrar a mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo para que ela conte detalhes sobre a vida do Mestre; e quando esse encontro se concretiza... cara, você, simplesmente, não consegue segurar as lágrimas de tanta emoção.

O livro traz ainda outras interações se não tão emocionantes, mas muito interessantes como por exemplo, o encontro de Lucano com Pilatos, Paulo de Tarso e João, outros dois apóstolos conhecidos.

Lucano escreveu o maior dos evangelhos sobre a vida de Jesus e também o Ato dos Apóstolos. Ele foi o único apóstolo que não era judeu, nunca viu Cristo, e tudo o que está escrito em seu Evangelho foi adquirido por meio de pesquisas e dos testemunhos da mãe de Cristo, dos discípulos e dos apóstolos.

O estilo romanceado sobre a vida de São Lucas em nada diminui o seu valor porque a sua autora, explica no prefácio que leu cerca de 1000 livros sobre Lucano antes de escrever sobre ele e demorou mais de 45 anos para concluir a sua obra.

Fico por aqui. Agora, vou voltar a minha releitura.

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