E aí galera, tudo na paz? Comigo foi osso, mas
daqueles ossos duro de roer – como diz o velho ditado popular. Aliás, tão duro,
mas tão duro que não garanto a qualidade desse post que estou tentando escrever.
Para ser sincero, estou escrevendo de teimoso já que ainda sinto no corpo os
resquícios de uma maldita dengue provocada por um maldito Aedes que foi criado
por vários malditos porcalhões que transformam os quintais de suas casas em
verdadeiros chiqueiros.
Segundo o meu médico, a minha situação se agravou
porque além da dengue tive uma forte reação vacinal contra a gripe o que
resultou na chamada tempestade perfeita. Resultado dessa mistureba: nocaute;
lona mesmo.
A tal da tempestade perfeita ficou mais perfeita ainda
porque antes da vacina e da dengue, eu já vinha enfrentando alguns problemas
particulares, principalmente no meu trabalho, que confesso, deram uma mexida
com o meu lado emocional. Cara, estava... digamos desacelerado, fragilizado,
sei lá, acho que qualquer um desses adjetivos nada salutares serviriam para
definir o meu estado de espírito e então para fechar a conta vieram as senhoras
dengue e vacina. Pronto; repito o que escrevi acima: nocaute; lona.
Hoje, pela manhã, tive a ideia de escrever esse post
na esperando de ajudar aqueles bloqueiros literários que estão desanimados e
por isso pensando em encerrar as suas atividades. Ok, ok, entendo que já
escrevi sobre isso várias vezes, mas sempre que tenho uma oportunidade procuro
explorá-la ao máximo porque é triste vermos blogues tão bons “fechando as
portas” ´porque os seus blogueiros, simplesmente perderam o fogo por causa de
alguma situação controversa ou triste que estejam enfrentando, quase sempre
somada a alguma doença.
Neste período em que estava na lona e acabei ficando ausente
do “Livros e Opinião” por quase duas semanas confesso que pensei em desistir.
Estava numa cama de hospital com dores pelo corpo todo, pedindo a Deus que me
livrasse de uma forma mais grave da dengue, mas como estava fragilizado pelos
meus problemas extras, esse tipo de pensamento ia e voltava. Chegou um ponto em
que pensei – vou parar com o blog, não tenho mais tesão para prosseguir. Estava
decidido a isso, mas certa noite no silêncio do meu quarto comecei a refletir sobre
essa situação.
Pensei em todas as alegrias que esses quase 12 anos de
blog me proporcionaram; e foram muitas, de fato. Pensei nos amigos que fiz.
Pensei na minha rotina gostosa de redigir um post no meu notebook na varanda de
casa durante as mágicas noites de verão. Pensei em cada história engraçada que
algumas postagens me presentearam. Pensei nos seguidores do blog que aguardam durante
todas as semanas as publicação de novas postagens. Mas pensei, principalmente o
seguinte: problemas todos nós temos, uns mais, outros menos, mas não podemos em
detrimento desses problemas, enterrarmos projetos que nos deram tanto prazer ao
longo de anos. Se fizermos isso, quando os nossos problemas ou mazelas do corpo
passarem, certamente iremos nos arrepender daquele ‘algo’ tão especial que
enterramos ou abandonamos.
Pois é, acho que essa foi a principal lição que fez
com que eu não desistisse do “Livros e Opinião” enquanto estava “beijando a
lona” nesses últimos dias. Espero que essa lição também possa ser útil para
aqueles que estão pensando em abandonar algo prazeroso por causa de um
perrengue ou uma fase complicada que estejam enfrentando. O perrengue e a fase
complicada passam. O importante é não deixarmos que eles levem juntos esse
“algo prazeroso”.
Valeu galera!
2 comentários
O texto ficou bom amigo. Saúde
ResponderExcluirObrigado!
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