Álbuns de figurinhas da Copa: uma viagem de 1950 aos tempos atuais

04 setembro 2022

Não tem jeito. Toda época de Copa do Mundo é assim. Os álbuns de figurinhas com jogadores das seleções viram uma febre aqui no Brasil. Idosos, jovens e crianças ficam “loucos” para completar os seus álbuns. Para isso vale tudo: jogar bafo, trocar, comprar, enfim, qualquer coisa. O importante é completar o “negócio”.

E como estamos, praticamente, na véspera de mais uma copa, dessa vez no Catar, o nosso blog resolveu entrar no clima e publicar uma postagem sobre os tão famosos álbuns de figurinhas da competição. Para quem não sabe, essa febre já dura muitas décadas e começou com o Copa de 1950 realizada no Brasil. Depois não parou mais. Toda época de Copa a ‘febremania’ das figurinhas voltavam com força total.

Tudo bem, entendo que vou fugir das características do blog que é “falar” sobre livros, mas como estamos em época de copa, acho que esse deslize pode ser perdoado.

Nesse post vamos fazer uma viagem no tempo e recordar os álbuns do passado de figurinhas da Copa que fizeram a cabeça de muitos torcedores. Vamos nessa.

01 - Copa de 1950 (Brasil)

Segundo Marcelo Duarte do blog “Guia dos Curiosos”, o primeiro álbum oficial de figurinhas de futebol a circular no país foi o da Copa de 1950, realizada no Brasil. 

O produto era patrocinado pelas Balas Futebol da editora “A Americana Ltda”, mais conhecidas pelos álbuns de figurinhas do que exatamente pelo sabor açucarado dos confeitos. Um dado curioso: o álbum foi lançado meses depois do fim da Copa de 50, quando a Seleção Brasileira protagonizou a maior derrota de sua história, perdendo o título em casa para o Uruguai. Isso não impediu que o álbum virasse febre entre a criançada, alavancando as vendas da indústria de doces americana, que fabricava as balas. O campeão Uruguai estampava a segunda página, depois da seleção canarinho.

No álbum estão destaques daquela Copa, como o capitão uruguaio Obdulio Varella e o atacante brasileiro Ademir de Menezes, artilheiro daquele mundial com nove gols; além de Zizinho, eleito pela Fifa o melhor jogador da Copa de 1950.

02 – Copa de 1954 (Suíça)

A Copa do Mundo de 1954 realizada na Suíça passou em brancas nuvens aqui no Brasil; pelo menos no que se refere à álbuns de figurinhas. As editoras tupiniquins optaram por não lançar nenhum produto com essas características, frustrando os colecionadores.

Mas a Editora Aquarela resolveu dar uma pequena colher de chá para essa galera. Vejam bem, eu disse uma pequena, mas muuuuito pequena colher de chá. Mas tudo bem, como diz o velho ditado popular: “serviu, pelo menos, para adoçar um pouco a boca”. Na época, a editora colocou no mercado um álbum que trazia figurinhas de futebol de clubes brasileiros, mas com apenas uma página dedicada à seleção brasileira de 1954.

Segundo o Museu da Copa não se tem conhecimento de qualquer outro álbum de 1954, lançado no Brasil, com figurinhas dedicadas exclusivamente a este mundial.

03 – Copa de 1958 (Suécia)

1958 foi o ano em que o Brasil conquistou o primeiro de seus cinco títulos mundiais, na Suécia. O álbum lançado pela editora Aquarela possuía apenas 24 figurinhas, mas mesmo assim, despertou o interesse dos torcedores brasileiros, principalmente depois da copa, já que o Brasil foi o grande vencedor da competição.

Astros como Didi e Garrincha eram os grandes protagonistas do álbum que foi o primeiro a trazer uma figurinha do “Rei Pelé”. O material lançado teve duas versões para o mundial de 1958. Um deles com um globo e o outro sem: apesar das figurinhas serem iguais, as páginas dos álbuns tinham diferenças (coloração e o detalhe 3D que envolvia a figurinha).

Em 1959 uma terceira versão deste álbum foi editada com as mesmas figurinhas. A diferença era que a capa destacava o campeonato sulamericano de 1959.

04 – Copa de 1962 (Chile)

A editora Vecchi – muito conhecida no período de 1950 a 1970 - também deu a sua participação em copas do mundo. Na verdade, segundo informações do “Museu da Copa”, apesar de poucos conhecerem, esta editora esteve presente em três mundiais.

Os álbuns da Vecchi eram especiais e se destacavam, pois além de trazer as tradicionais figurinhas do jogadores, algumas de suas páginas também traziam fotos dos atletas que foram campeões em copas anteriores.

A última página era destinada ao colecionador para colocar as figurinhas do time campeão.

Lembrando que foi no Chile que o selecionado brasileiro conquistou a sua segunda copa derrotando na final a Tchecoslováquia por 3 a 1.

A editora voltaria na Copa do Mundo de 1966 com um álbum considerado raro e em 1970 com o raríssimo álbum da copa do mundo 1970.

05 – Copa de 1966 (Inglaterra)

A Copa do Mundo FIFA de 1966 foi a sua oitava edição que ocorreu de 11 de julho até 30 de julho. O evento foi sediado na Inglaterra. Desta vez não deu para o Brasil. A seleção canarinho estava irreconhecível: à exceção da partida inicial, em nenhum momento o time jogou bem. Ficaram evidentes a falta de comando e a ausência de um esquema de jogo, com Pelé caçado em campo e Garrincha sem render a mesma 'performance' que 1958 e 1962. O campeão acabou sendo a seleção da casa, ou seja, a Inglaterra.

A editora Vecchi marcou presença pela segunda vez seguida nas copas. O seu álbum com 198 figurinhas é considerado raríssimo. Tranquilamente está entre o “top 10” de álbuns mais raros do tema copa do mundo lançados no Brasil. A Vecchi decidiu inovar, e muito, nessa edição, trazendo impressa as regras do futebol e também a história das primeiras sete copas do mundo. Na primeira página de figurinhas, o destaque ficou para a seleção brasileira de 1966.

06 - Copa de 1970 (México)

Esta é uma das copas mais amadas por nós brasileiros quando o escrete canarinho conquistou de maneira brilhante o seu tricampeonato com uma seleção mágica formada por craques na maioria das posições. O álbum da editora Sadira trouxe charges e bandeiras dos 16 participantes daquela copa do mundo. A curiosidade é que além das 297 figurinhas de jogadores e seleções, a publicação também funcionava como um álbum de prêmios onde eram sorteados televisores, bicicletas e máquinas fotográficas.

São páginas incríveis, com aproximadamente 52 anos desde a sua primeira publicação, repletas de jogadores históricos como Pelé, Tostão, Jairzinho, Rivelino, Gerson, (Brasil), Ladislav Petras (Tchecoslováquia), Bobby Moore, Bobby Charlton, Gordon Banks (aquele da defesa mais difícil do mundo, cabeçada de Pelé nessa mesma Copa contra a Inglaterra), Sepp Meier, Uwe Seeler, Gerd Müller (Alemanha Ocidental), Facchetti, Rivera (Itália) e muitos outros.

Além da Sadira, uma outra editora também lançou o seu álbum da competição em 1970: a Panini que a partir daquele ano passou a produzir álbuns do gênero e assim acontece até os dias de hoje. Um detalhe: a publicação da editora não foi lançada no Brasil o que favoreceu a Sadira que acabou “pipocando” em vendas por aqui.

O álbum da Copa de 1970 lançado pela Panini trazia em suas primeiras páginas figurinhas dos mundiais anteriores, de 1930 até 1966, assim jogadores como Stabile, da Argentina, Schiavo, da Itália, os brasileiros Leônidas, Didi e Garrincha, o uruguaio Ghiggia, os hungáros Kocsis e Puskas, o português Eusébio, entre outros craques, ganharam seus cromos no álbum de estreia. Uma figurinha com o pôster oficial de cada mundial e a foto da equipe campeã completavam a abertura.

07 - Copa de 1974 (Alemanha)

Na Copa da Alemanha, em 1974, novamente, a Panini lançava o seu álbum apenas no idioma inglês. Por isso, poucos brasileiros tinham acesso à publicação. Foi a copa em que o mundo viu um novo estilo de jogo, completamente inovador que ficou conhecido como “futebol total” desenvolvido pela Holanda que ganhou o apelido de “carrossel holandês”. Apesar da fama do time comandado por Cruyff quem acabou levando o título foi a Alemanha, a seleção da casa.

A editora Sadira lançou um álbum em várias cores internas, entre as quais: azul, roxa e vermelha. A publicação tinha no total 297 figurinhas.

Com relação a Panini, assim como a versão de 1970 o seu álbum trazia figurinhas com imagens de outras copas. Os mascotes Tip e Tap também foram registrados no álbum. Além da Taça Fifa que a partir desta copa do mundo substituiria a Jules Rimet que em 1970 ficou de posse definitiva ao Brasil (primeiro tricampeão). Os estádios de futebol também passaram a fazer parte dos álbuns da editora.

Tanto a publicação da Sadira quanto a da Panini (apesar de não traduzida), são consideradas verdadeiras joias raras nos dias atuais e vendidas a peso de ouro.

08 - Copa de 1978 (Argentina)

O campeonato ocorreu na Argentina, que conquistou seu primeiro título. A organização do evento foi marcada por muitas falhas. Chegou-se mesmo a cogitar a transferência do torneio para a Europa.

Em alguns lugares os estádios ficaram prontos na última hora, e por isso os gramados recém plantados se soltavam sob os pés dos jogadores.

Enquanto a Argentina sediou quase todos os seus jogos em Buenos Aires, os principais rivais faziam um tour pelo país, se desgastando com longas viagens.

E pela segunda vez consecutiva, a Holanda chegou à final do torneio, mas a Argentina de Mario Kempes levou a melhor, vencendo por 3 a 1 na prorrogação, e conquistando seu primeiro título mundial.

Foi em 1978 que a Sadira encerrou o seu ciclo de álbuns de copa do mundo iniciado em 1970.

Para a Panini, a competição na Argentina foi a sua terceira copa e mais uma vez a editora repetia o velho esquema de álbuns anteriores que consistia em relembrar detalhes de outras copas.

09 – Copa de 1982 (Espanha)

Ai que tristeza... Pois é, essa foi a copa da tristeza, pelo menos para mim. Aquele 3x2 para a Itália na segunda fase do torneio dói na alma até hoje. Tínhamos a melhor seleção, a mais preparada e mesmo assim acabamos sendo eliminados. Putz...

Esta copa também marcou a entrada da Ping Pong no lucrativo comércio dos álbuns de figurinhas. Assim, além da Panini, os torcedores e colecionadores brasileiros ganhariam uma segunda opção no gênero. A Ping Pong prosseguiria no ramo por mais três mundiais.

Com a ainda ausência da Panini no Brasil – ainda não foi dessa vez que a editora lançou um álbum em Português - os chicletes Ping Pong reinaram neste mundial como o álbum mais importante da Ciopa de 1982 lançado em nosso país. As figurinhas vinham no chiclete Ping Pong. Hoje fico imaginando quantas cáries essas figurinhas renderam para a garotada daquela época (rs).

10 – Copa de 1986 (México)

Esse foi o quinto álbum oficial da Copa do Mundo, publicado pela Panini e  também não foi lançado no Brasil. Com isso, novamente, a Ping Pong nadou de braçadas em território brasileiro, substituindo à altura a editora Sadira.

Segundo informações do blog Museu da Copa, entre as mais fantásticas coleções de copa do mundo lançadas no Brasil, possivelmente, as figurinhas do chiclete Ping Pong de 1986 é a mais curiosa e empolgante da história. Enquanto apenas as figurinhas ditas individuais vinham nos chicletes da empresa, as mascotes e bandeiras (além das duplas de jogadores) vinham no “Ping Pongão” – chiclete maior e mais caro de tutti fruti ou com 2 sabores exóticos que não teve muita expressão e, por isso, suas figurinhas se tornaram raras e objeto de desejo de milhares de colecionadores.

O Brasil teve 22 figurinhas individuais do Ping Pong, além do torcedor e bandeira que vinham no “Ping Pongão”.

11 – Copa de 1990 (Itália)

Ufaaa!!! Depois muuuitos anos, finalmente a Panini chega ao Brasil com álbuns de copa do mundo. Isto só foi possível, graças a uma parceria com a editora Abril. A publicação tinha várias figurinhas em desenho que davam um colorido todo especial.

Copa do Mundo de 1990 ganhou uma capa diferente no Brasil. Na edição brasileira, abre o álbum uma página com uniformes das seleções que até o certame de 86 já tinham conquistado títulos, já na edição oficial da fabricante, lançada nos Estados Unidos, vamos direto para as figurinhas das cidades e estádios, também presente na edição nacional.

A seleção brasileira apresenta, pela primeira vez em álbum, mais jogadores atuando fora do país que em território nacional. De 17 cromos, 11 atuavam em outros países. Apesar de uma contusão ter prejudicado o atleta, Romário faz sua estreia em álbuns da Copa.

A Copa do Mundo de 1990 seria o terceiro mundial consecutivo da Ping Pong. Mas, ao contrário das fantásticas coleções dos anos 80, desta vez não vieram figurinhas com imagens dos jogadores.

Apenas 80 figurinhas representaram a coleção. Sendo as 48 primeiras o torcedor e a bandeira de cada uma das seleções e as de número 49 a 80 “gritos de torcida”.

Esta também foi a única copa do mundo que a embalagem do chiclete não fazia alusão ao mundial.

12 – Copa de 1994 (Estados Unidos)

Este foi o sétimo álbum oficial da Copa do Mundo, lançado pela Panini e o segundo publicado no Brasil. 

Com um futebol extremamente eficiente e com um grupo muito unido liderado pelo polêmico craque Romário, a Seleção Brasileira conquistou o quarto título mundial ao bater a Itália na final. Ainda me lembro do grito do Galvão Bueno gritando é “Tetraaaaaa!!. Putz que emoção eu senti naquele ano.

O álbum da Panini não tem muitas novidades no formato, mas o destaque fica para alguns grandes craques que figuram em suas páginas, como Batistuta, Redondo, Maradona, Caniggia e Simeone, pela Argentina, Baggio e Baresi, pela Itália, e Bergkamp e Overmars aparecendo pela primeira como cromos da Copa, pela Holanda.

A Copa dos Estados Unidos também marcou o fim da era dos chicletes Ping Pong em copas do mundo. Em 1994 apenas 60 figurinhas fizeram parte da coleção. As nove primeiras eram destinadas aos estádios da copa do mundo. Do número 10 ao 33 ao torcedor de cada uma das seleções participantes. Números 34, 35 e 36 curiosidades das copas do mundo. E do número 37 ao 60 as bandeiras dos 24 participantes.

13 – Copa de 1998 (França)

Com o fim da era do Ping-Pong, a bomky passou a representar os chicletes na copa do mundo em 1998. O seu álbum com 100 figurinhas fez um sucesso relativo seguindo o mesmo esquema da Ping Poing, ou seja, as figurinhas vinham junto com os chicletes.

Quanto a publicação da Panini, de todos os seus álbuns de copa do mundo lançados no Brasil, o de 1998 é, sem dúvidas, o mais raro, sendo mais difícil que os dois mais antigos (copa de 1990 e 1994).

Fato marcante neste álbum foi a ausência de todo o time do Irã, além de três jogadores da Inglaterra.

A final da Copa do Mundo FIFA de 1998 foi disputada entre França e Brasil. A seleção francesa havia eliminado a Croácia, a Itália e o Paraguai; e o Brasil, que havia eliminado a Holanda, a Dinamarca e o Chile. A partida foi realizada em 12 de julho às 21 horas, no Stade de France, com um público estimado em oitenta mil pessoas. Sob o apito do árbitro marroquino Said Belqola, Zinédine Zidane marcou duas vezes no primeiro tempo e Emmanuel Petit ampliou aos 48 minutos do segundo tempo, terminando a partida em 3 a 0, derrotando a seleção brasileira, então a última campeã do mundo e única tetracampeã da época.

14 – Copa de 2002 (Coréia do Sul e Japão)

Esta copa teve as suas particularidades. Foi a primeira vez que dois países sediaram unidos o evento, a primeira vez que três seleções — França, Japão e Coreia do Sul — estavam classificadas automaticamente e a primeira vez que uma edição da Copa não aconteceu na Europa ou nas Américas. Também foi a última edição onde a partida de abertura era realizada pelo campeão do torneio anterior — a partir de 2006, a abertura seria realizada pelo país-sede.

Numa partida emocionante, o Brasil venceu a Alemanha por 2x0 num dia inspiradíssimo de Ronaldo Fenômeno que marcou os dois gols do jogo. O Brasil ‘papava’ assim o seu pentacampeonato.

O álbum Panini da Copa do Mundo de 2002 foi muito importante para os colecionadores brasileiros. Primeiro porque estampava o selecionado penta campeão mundial e também porque o álbum versão brasileira trouxe figurinhas diferentes das lançadas no resto do mundo.

Estas diferenças eram as figurinhas brilhantes de alguns jogadores.

O álbum versão nacional trouxe 05 jogadores diferentes (Goleiro Marcos – Juan – Edmilson – Belletti e Ronaldinho Gaúcho – além do jogador Ronaldo que a figurinha era diferente).

15 – Copa de 2006 (Alemanha)

Esta copa marcou o décimo álbum oficial da competição lançado pela Panini. A partir da Copa do Mundo de 2006 o álbum da editora passou a ser vendido, no Brasil, em proporções de destaque mundial. Isso fez com que os álbuns Panini deixassem de ser considerados raridades devido a enorme quantidade de publicações disponíveis no mercado. 

A Seleção Brasileira de Futebol era a grande favorita do torneio, em parte por ter ganhado a Copa do Mundo anterior e a Copa das Confederações FIFA um ano antes. Equipes como a Seleção Argentina, Seleção Inglesa e a Seleção Italiana também eram consideradas grandes favoritas. Apesar de ter sido a vice-campeã na última Copa e jogar em casa, a Seleção Alemã não era favorita.

O Brasil acabaria desclassificado nas quartas de final ao perder, novamente, para o seu algoz, a França por 1 a 0. No final, a Itália acabou conquistando o torneio ao derrotar a França na cobrança de penalidades.

16 – Copa de 2010 (África do Sul)

A grande campeã desta copa realizada na África do Sul foi a Espanha que havia conquistado a Eurocopa de 2008 em cima da Alemanha. No elenco, havia Iker Casillas, eleito o melhor goleiro do mundo em 2009 e 2008, Xavi Hernández e Andrés Iniesta, respectivamente 3º e 5º melhores jogadores do mundo em 2009.

Quanto ao Brasil, dentre as dez seleções sul-americanas que disputavam as cinco primeiras posições na tabela de classificação, o Brasil terminou as eliminatórias em 1º lugar. Acabou sendo eliminado pela Holanda por 2 a 1 no dia 2 de julho de 2010; Felipe Melo e Júlio César foram considerados os vilões da eliminação. O Brasil perdeu a sua segunda oportunidade de ser hexacampeão da Copa do Mundo.

Pouca gente sabe, mas de acordo com o Museu das Copas, em 2010 a Panini publicou, pela primeira vez, encarte complementar com os demais jogadores que não foram lançados no álbum.

O álbum de 2010 chegou ao Brasil com quatro figurinhas extras promocionais. Porém, aqueles que compraram o álbum pouco antes da copa do mundo não receberam as páginas adicionais que já vinham no encarte. A Panini ainda lançaria um encarte de 77 jogadores que foram a copa mas não estavam no álbum. Este encarte não foi lançado no Brasil. A cambalhota de Klose também se tornou umas das figurinhas extras promocionais (não lançada no Brasil).

17 – Copa de 2014 (Brasil)

Cara, não quero lembrar dessa copa não. Sete a um no lombo e dentro de casa, é muito humilhante. Foi o que aconteceu na Copa de 2014 realizada no Brasil. Foi uma humilhação aqueles 7 a 1 frente a Alemanha na semifinal.

No clima contagiante de uma copa realizada em terra tupiniquim, a Panini lançou o álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo de Futebol 2014 no Museu do Futebol, em São Paulo. Foram 640 cromos de escudos e jogadores das 32 seleções presentes na competição no Brasil.

Cada envelope tinha cinco figurinhas e custava, na época, 1 real. Já o álbum tinha o valor de R$ 5,90.

A seleção brasileira teve 17 jogadores retratados no álbum da Panini. A lista incluiu: Julio César, Thiago Silva, David Luiz, Dani Alves, Marcelo, Dante, Ramires, Paulinho, Luiz Gustavo, Hernanes, Oscar, Bernard, Willian, Robinho, Neymar, Hulk e Fred. 4

18 – Copa de 2018 (Rússia)

Cara, não quero lembrar dessa copa não. Sete a um no lombo e dentro de casa, é muito humilhante. Foi o que aconteceu na Copa de 2014 realizada no Brasil. Foi uma humilhação aqueles 7 a 1 frente a Alemanha na semifinal.

A publicação da Panini em 2018 teve grande repercussão nas redes sociais, principalmente por causa do preço do pacote de figurinhas. Naquele ano, um pacote com 5 cromos custava R$ 2. Em 2014, era possível comprar o mesmo pacote por R$ 1. Na Copa de 2006 na Alemanha, cada pacote era vendido a R$ 0,60. O preço do álbum também atingiu as nuvens já que em 2014 era possível comprar o álbum por R$ 5,90. A edição 2018 custou R$ 7,90!

Nesta copa também não deu para o Brasil que parou nas quartas de final diante da Bélgica por 2 x 1. A campeã da competição foi a seleção da França.

19 – Copa de 2022 (Catar)

E finalmente chegamos a Copa do Mundo do Catar que acontecerá em novembro e dezembro desse ano. A edição de 2022 será a primeira realizada no Oriente Médio e a última a contar com 32 equipes, já que a competição terá uma mudança no formato e número de equipes na edição de 2026 que será sediada no Canadá, Estados Unidos e México, passando para 48 equipes.

O álbum de cromos da Panini nesta edição veio com figurinhas em versões raras, novos valores e outras curiosidades. São 670, sendo 50 especiais e 80 raras. Os torcedores poderão escolher as versões do álbum em capa dura ou normal. A primeira custa R 44,90 e outra opção: 12,90. Já o pacote com cinco figurinhas sai por R$ 4,00.

O valor mínimo para completar o álbum é de R$ 536. Para a conta fechar nesse valor, o colecionador não poderá receber nenhuma figurinha repetida — ao todo, são 670 em 134 pacotes.

O preço salgado dos pacotes de cromos vem gerando bastante comoção entre os torcedores, que pagaram R$ 2 no Mundial de 2018.

Taí galera, espero que tenham gostado dessa viagem que fizemos ao longo das copas do mundo de futebol e de seus respectivos álbuns de figurinhas.

2 comentários

  1. Quanto tempo!
    Mas não sumi não, tô sempre dando uma espiada por aqui.
    E olha que assunto me fez escrever um comentário.
    É que essa tua postagem esclareceu uma dúvida que tinha me surgido dias atrás após assistir uma reportagem sobre o alto custo para conseguir preencher o álbum da Copa.
    Ao ver a reportagem me lembrei que na minha época a gente ganhava as figurinhas na embalagem do chiclete, e até mesmo o álbum era grátis, tinha para distribuir no mercado onde se comprava o chiclete. Resumindo, gasto era só com o chiclete, que era baratinho. E a gente trocava muito as repetidas. Só assim pra eu, adolescente, ter um álbum da Copa completado naquela época. Se custasse como hoje em dia nem pensar.
    Na verdade só me empenhei em completar um álbum, o de 82. Lembro muito desse álbum, eu tinha 12 anos. Não lembro se completei, mas se não, com certeza quase cheguei lá.
    A dúvida que me surgiu e que você esclareceu era se havia na época um outro álbum oficial com figurinhas todas compradas ou se só havia esses álbuns da Ping Pong.
    Perfeito e esclarecedor esse teu post dos álbuns.
    Ah, e, será que minhas cáries da adolescência vieram do chiclete?...k k...
    Abraçooo

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    1. Alô Atas! Até que enfim deu os ares de sua graça. Você estava muito sumido. Fico feliz que essa postagem tenha ajudado a esclarecer as suas dúvidas. Ahahahaha! Também ganhei algumas cáries (rs). Culpa da ânsia em completar o álbum da Ping Pong. Você se referiu ao album de 1982, mas como sou mais jovem do que você (rs) me recordo também do álbum de 1974, da Copa da Alemanha.
      Abraço meu amigo e volte sempre

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