Não tem jeito. Toda época de Copa do Mundo é assim. Os
álbuns de figurinhas com jogadores das seleções viram uma febre aqui no Brasil.
Idosos, jovens e crianças ficam “loucos” para completar os seus álbuns. Para
isso vale tudo: jogar bafo, trocar, comprar, enfim, qualquer coisa. O
importante é completar o “negócio”.
E como estamos, praticamente, na véspera de mais uma copa,
dessa vez no Catar, o nosso blog resolveu entrar no clima e publicar uma
postagem sobre os tão famosos álbuns de figurinhas da competição. Para quem não
sabe, essa febre já dura muitas décadas e começou com o Copa de 1950 realizada
no Brasil. Depois não parou mais. Toda época de Copa a ‘febremania’ das
figurinhas voltavam com força total.
Tudo bem, entendo que vou fugir das características do
blog que é “falar” sobre livros, mas como estamos em época de copa, acho que
esse deslize pode ser perdoado.
Nesse post vamos fazer uma viagem no tempo e recordar
os álbuns do passado de figurinhas da Copa que fizeram a cabeça de muitos
torcedores. Vamos nessa.
01
- Copa de 1950 (Brasil)
Segundo Marcelo Duarte do blog “Guia dos Curiosos”, o
primeiro álbum oficial de figurinhas de futebol a circular no país foi o da
Copa de 1950, realizada no Brasil.
O produto era patrocinado pelas Balas Futebol da editora
“A Americana Ltda”, mais conhecidas pelos álbuns de figurinhas do que
exatamente pelo sabor açucarado dos confeitos. Um dado curioso: o álbum foi
lançado meses depois do fim da Copa de 50, quando a Seleção Brasileira
protagonizou a maior derrota de sua história, perdendo o título em casa para o
Uruguai. Isso não impediu que o álbum virasse febre entre a criançada,
alavancando as vendas da indústria de doces americana, que fabricava as balas.
O campeão Uruguai estampava a segunda página, depois da seleção canarinho.
No álbum estão destaques daquela Copa, como o capitão
uruguaio Obdulio Varella e o atacante brasileiro Ademir de Menezes, artilheiro
daquele mundial com nove gols; além de Zizinho, eleito pela Fifa o melhor
jogador da Copa de 1950.
02
– Copa de 1954 (Suíça)
A Copa do Mundo de 1954 realizada na Suíça passou em
brancas nuvens aqui no Brasil; pelo menos no que se refere à álbuns de
figurinhas. As editoras tupiniquins optaram por não lançar nenhum produto com
essas características, frustrando os colecionadores.
Mas a Editora Aquarela resolveu dar uma pequena colher
de chá para essa galera. Vejam bem, eu disse uma pequena, mas muuuuito pequena
colher de chá. Mas tudo bem, como diz o velho ditado popular: “serviu, pelo
menos, para adoçar um pouco a boca”. Na época, a editora colocou no mercado um
álbum que trazia figurinhas de futebol de clubes brasileiros, mas com apenas
uma página dedicada à seleção brasileira de 1954.
Segundo o Museu da Copa não se tem conhecimento de
qualquer outro álbum de 1954, lançado no Brasil, com figurinhas dedicadas
exclusivamente a este mundial.
03
– Copa de 1958 (Suécia)
1958 foi o ano em que o Brasil conquistou o primeiro
de seus cinco títulos mundiais, na Suécia. O álbum lançado pela editora
Aquarela possuía apenas 24 figurinhas, mas mesmo assim, despertou o interesse
dos torcedores brasileiros, principalmente depois da copa, já que o Brasil foi
o grande vencedor da competição.
Astros como Didi e Garrincha eram os grandes
protagonistas do álbum que foi o primeiro a trazer uma figurinha do “Rei Pelé”.
O material lançado teve duas versões para o mundial de 1958. Um deles com um
globo e o outro sem: apesar das figurinhas serem iguais, as páginas dos álbuns
tinham diferenças (coloração e o detalhe 3D que envolvia a figurinha).
Em 1959 uma terceira versão deste álbum foi editada
com as mesmas figurinhas. A diferença era que a capa destacava o campeonato
sulamericano de 1959.
04
– Copa de 1962 (Chile)
A editora Vecchi – muito conhecida no período de 1950
a 1970 - também deu a sua participação em copas do mundo. Na verdade, segundo
informações do “Museu da Copa”, apesar de poucos conhecerem, esta editora
esteve presente em três mundiais.
Os álbuns da Vecchi eram especiais e se destacavam,
pois além de trazer as tradicionais figurinhas do jogadores, algumas de suas páginas
também traziam fotos dos atletas que foram campeões em copas anteriores.
A última página era destinada ao colecionador para colocar
as figurinhas do time campeão.
Lembrando que foi no Chile que o selecionado
brasileiro conquistou a sua segunda copa derrotando na final a Tchecoslováquia
por 3 a 1.
A editora voltaria na Copa do Mundo de 1966 com um
álbum considerado raro e em 1970 com o raríssimo álbum da copa do mundo 1970.
05
– Copa de 1966 (Inglaterra)
A Copa do Mundo FIFA de 1966 foi a sua oitava edição
que ocorreu de 11 de julho até 30 de julho. O evento foi sediado na Inglaterra.
Desta vez não deu para o Brasil. A seleção canarinho estava irreconhecível: à
exceção da partida inicial, em nenhum momento o time jogou bem. Ficaram
evidentes a falta de comando e a ausência de um esquema de jogo, com Pelé
caçado em campo e Garrincha sem render a mesma 'performance' que 1958 e 1962. O
campeão acabou sendo a seleção da casa, ou seja, a Inglaterra.
A editora Vecchi marcou presença pela segunda vez
seguida nas copas. O seu álbum com 198 figurinhas é considerado raríssimo.
Tranquilamente está entre o “top 10” de álbuns mais raros do tema copa do mundo
lançados no Brasil. A Vecchi decidiu inovar, e muito, nessa edição, trazendo
impressa as regras do futebol e também a história das primeiras sete copas do
mundo. Na primeira página de figurinhas, o destaque ficou para a seleção
brasileira de 1966.
06
- Copa de 1970 (México)
Esta é uma das copas mais amadas por nós brasileiros
quando o escrete canarinho conquistou de maneira brilhante o seu tricampeonato
com uma seleção mágica formada por craques na maioria das posições. O álbum da
editora Sadira trouxe charges e bandeiras dos 16 participantes daquela copa do
mundo. A curiosidade é que além das 297 figurinhas de jogadores e seleções, a
publicação também funcionava como um álbum de prêmios onde eram sorteados
televisores, bicicletas e máquinas fotográficas.
São páginas incríveis, com aproximadamente 52 anos
desde a sua primeira publicação, repletas de jogadores históricos como Pelé,
Tostão, Jairzinho, Rivelino, Gerson, (Brasil), Ladislav Petras (Tchecoslováquia),
Bobby Moore, Bobby Charlton, Gordon Banks (aquele da defesa mais difícil do
mundo, cabeçada de Pelé nessa mesma Copa contra a Inglaterra), Sepp Meier, Uwe
Seeler, Gerd Müller (Alemanha Ocidental), Facchetti, Rivera (Itália) e muitos
outros.
Além da Sadira, uma outra editora também lançou o seu
álbum da competição em 1970: a Panini que a partir daquele ano passou a
produzir álbuns do gênero e assim acontece até os dias de hoje. Um detalhe: a
publicação da editora não foi lançada no Brasil o que favoreceu a Sadira que
acabou “pipocando” em vendas por aqui.
O álbum da Copa de 1970 lançado pela Panini trazia em
suas primeiras páginas figurinhas dos mundiais anteriores, de 1930 até 1966,
assim jogadores como Stabile, da Argentina, Schiavo, da Itália, os brasileiros
Leônidas, Didi e Garrincha, o uruguaio Ghiggia, os hungáros Kocsis e Puskas, o
português Eusébio, entre outros craques, ganharam seus cromos no álbum de
estreia. Uma figurinha com o pôster oficial de cada mundial e a foto da equipe
campeã completavam a abertura.
07
- Copa de 1974 (Alemanha)
Na Copa da Alemanha, em 1974, novamente, a Panini
lançava o seu álbum apenas no idioma inglês. Por isso, poucos brasileiros
tinham acesso à publicação. Foi a copa em que o mundo viu um novo estilo de
jogo, completamente inovador que ficou conhecido como “futebol total” desenvolvido
pela Holanda que ganhou o apelido de “carrossel holandês”. Apesar da fama do
time comandado por Cruyff quem acabou levando o título foi a Alemanha, a
seleção da casa.
A editora Sadira lançou um álbum em várias cores
internas, entre as quais: azul, roxa e vermelha. A publicação tinha no total
297 figurinhas.
Com relação a Panini, assim como a versão de 1970 o seu
álbum trazia figurinhas com imagens de outras copas. Os mascotes Tip e Tap
também foram registrados no álbum. Além da Taça Fifa que a partir desta copa do
mundo substituiria a Jules Rimet que em 1970 ficou de posse definitiva ao
Brasil (primeiro tricampeão). Os estádios de futebol também passaram a fazer
parte dos álbuns da editora.
Tanto a publicação da Sadira quanto a da Panini (apesar
de não traduzida), são consideradas verdadeiras joias raras nos dias atuais e
vendidas a peso de ouro.
08
- Copa de 1978 (Argentina)
O campeonato ocorreu na Argentina, que conquistou seu
primeiro título. A organização do evento foi marcada por muitas falhas.
Chegou-se mesmo a cogitar a transferência do torneio para a Europa.
Em alguns lugares os estádios ficaram prontos na
última hora, e por isso os gramados recém plantados se soltavam sob os pés dos
jogadores.
Enquanto a Argentina sediou quase todos os seus jogos
em Buenos Aires, os principais rivais faziam um tour pelo país, se desgastando
com longas viagens.
E pela segunda vez consecutiva, a Holanda chegou à
final do torneio, mas a Argentina de Mario Kempes levou a melhor, vencendo por
3 a 1 na prorrogação, e conquistando seu primeiro título mundial.
Foi em 1978 que a Sadira encerrou o seu ciclo de
álbuns de copa do mundo iniciado em 1970.
Para a Panini, a competição na Argentina foi a sua
terceira copa e mais uma vez a editora repetia o velho esquema de álbuns
anteriores que consistia em relembrar detalhes de outras copas.
09
– Copa de 1982 (Espanha)
Ai que tristeza... Pois é, essa foi a copa da
tristeza, pelo menos para mim. Aquele 3x2 para a Itália na segunda fase do
torneio dói na alma até hoje. Tínhamos a melhor seleção, a mais preparada e
mesmo assim acabamos sendo eliminados. Putz...
Esta copa também marcou a entrada da Ping Pong no
lucrativo comércio dos álbuns de figurinhas. Assim, além da Panini, os
torcedores e colecionadores brasileiros ganhariam uma segunda opção no gênero.
A Ping Pong prosseguiria no ramo por mais três mundiais.
Com a ainda ausência da Panini no Brasil – ainda não
foi dessa vez que a editora lançou um álbum em Português - os chicletes Ping Pong
reinaram neste mundial como o álbum mais importante da Ciopa de 1982 lançado em
nosso país. As figurinhas vinham no chiclete Ping Pong. Hoje fico imaginando
quantas cáries essas figurinhas renderam para a garotada daquela época (rs).
10
– Copa de 1986 (México)
Esse foi o quinto álbum oficial da Copa do Mundo, publicado
pela Panini e também não foi lançado no
Brasil. Com isso, novamente, a Ping Pong nadou de braçadas em território
brasileiro, substituindo à altura a editora Sadira.
Segundo informações do blog Museu da Copa, entre as
mais fantásticas coleções de copa do mundo lançadas no Brasil, possivelmente,
as figurinhas do chiclete Ping Pong de 1986 é a mais curiosa e empolgante da
história. Enquanto apenas as figurinhas ditas individuais vinham nos chicletes da
empresa, as mascotes e bandeiras (além das duplas de jogadores) vinham no “Ping
Pongão” – chiclete maior e mais caro de tutti fruti ou com 2 sabores exóticos
que não teve muita expressão e, por isso, suas figurinhas se tornaram raras e
objeto de desejo de milhares de colecionadores.
O Brasil teve 22 figurinhas individuais do Ping Pong,
além do torcedor e bandeira que vinham no “Ping Pongão”.
11
– Copa de 1990 (Itália)
Ufaaa!!! Depois muuuitos anos, finalmente a Panini chega
ao Brasil com álbuns de copa do mundo. Isto só foi possível, graças a uma
parceria com a editora Abril. A publicação tinha várias figurinhas em desenho
que davam um colorido todo especial.
Copa do Mundo de 1990 ganhou uma capa diferente no
Brasil. Na edição brasileira, abre o álbum uma página com uniformes das seleções
que até o certame de 86 já tinham conquistado títulos, já na edição oficial da
fabricante, lançada nos Estados Unidos, vamos direto para as figurinhas das
cidades e estádios, também presente na edição nacional.
A seleção brasileira apresenta, pela primeira vez em
álbum, mais jogadores atuando fora do país que em território nacional. De 17
cromos, 11 atuavam em outros países. Apesar de uma contusão ter prejudicado o
atleta, Romário faz sua estreia em álbuns da Copa.
A Copa do Mundo de 1990 seria o terceiro mundial
consecutivo da Ping Pong. Mas, ao contrário das fantásticas coleções dos anos
80, desta vez não vieram figurinhas com imagens dos jogadores.
Apenas 80 figurinhas representaram a coleção. Sendo as
48 primeiras o torcedor e a bandeira de cada uma das seleções e as de número 49
a 80 “gritos de torcida”.
Esta também foi a única copa do mundo que a embalagem
do chiclete não fazia alusão ao mundial.
12
– Copa de 1994 (Estados Unidos)
Este foi o sétimo álbum oficial da Copa do Mundo,
lançado pela Panini e o segundo publicado no Brasil.
Com um futebol extremamente eficiente e com um grupo
muito unido liderado pelo polêmico craque Romário, a Seleção Brasileira
conquistou o quarto título mundial ao bater a Itália na final. Ainda me lembro
do grito do Galvão Bueno gritando é “Tetraaaaaa!!. Putz que emoção eu senti
naquele ano.
O álbum da Panini não tem muitas novidades no formato,
mas o destaque fica para alguns grandes craques que figuram em suas páginas,
como Batistuta, Redondo, Maradona, Caniggia e Simeone, pela Argentina, Baggio e
Baresi, pela Itália, e Bergkamp e Overmars aparecendo pela primeira como cromos
da Copa, pela Holanda.
A Copa dos Estados Unidos também marcou o fim da era
dos chicletes Ping Pong em copas do mundo. Em 1994 apenas 60 figurinhas fizeram
parte da coleção. As nove primeiras eram destinadas aos estádios da copa
do mundo. Do número 10 ao 33 ao torcedor de cada uma das seleções
participantes. Números 34, 35 e 36 curiosidades das copas do mundo. E do número
37 ao 60 as bandeiras dos 24 participantes.
13
– Copa de 1998 (França)
Com o fim da era do Ping-Pong, a bomky passou a
representar os chicletes na copa do mundo em 1998. O seu álbum com 100
figurinhas fez um sucesso relativo seguindo o mesmo esquema da Ping Poing, ou
seja, as figurinhas vinham junto com os chicletes.
Quanto a publicação da Panini, de todos os seus álbuns
de copa do mundo lançados no Brasil, o de 1998 é, sem dúvidas, o mais raro,
sendo mais difícil que os dois mais antigos (copa de 1990 e 1994).
Fato marcante neste álbum foi a ausência de todo o
time do Irã, além de três jogadores da Inglaterra.
A final da Copa do Mundo FIFA de 1998 foi disputada entre
França e Brasil. A seleção francesa havia eliminado a Croácia, a Itália e o
Paraguai; e o Brasil, que havia eliminado a Holanda, a Dinamarca e o Chile. A
partida foi realizada em 12 de julho às 21 horas, no Stade de France, com um
público estimado em oitenta mil pessoas. Sob o apito do árbitro marroquino Said
Belqola, Zinédine Zidane marcou duas vezes no primeiro tempo e Emmanuel Petit
ampliou aos 48 minutos do segundo tempo, terminando a partida em 3 a 0,
derrotando a seleção brasileira, então a última campeã do mundo e única
tetracampeã da época.
14
– Copa de 2002 (Coréia do Sul e Japão)
Esta copa teve as suas particularidades. Foi a
primeira vez que dois países sediaram unidos o evento, a primeira vez que três
seleções — França, Japão e Coreia do Sul — estavam classificadas
automaticamente e a primeira vez que uma edição da Copa não aconteceu na Europa
ou nas Américas. Também foi a última edição onde a partida de abertura era
realizada pelo campeão do torneio anterior — a partir de 2006, a abertura seria
realizada pelo país-sede.
Numa partida emocionante, o Brasil venceu a Alemanha
por 2x0 num dia inspiradíssimo de Ronaldo Fenômeno que marcou os dois gols do
jogo. O Brasil ‘papava’ assim o seu pentacampeonato.
O álbum Panini da Copa do Mundo de 2002 foi muito
importante para os colecionadores brasileiros. Primeiro porque estampava o
selecionado penta campeão mundial e também porque o álbum versão brasileira
trouxe figurinhas diferentes das lançadas no resto do mundo.
Estas diferenças eram as figurinhas brilhantes de
alguns jogadores.
O álbum versão nacional trouxe 05 jogadores diferentes
(Goleiro Marcos – Juan – Edmilson – Belletti e Ronaldinho Gaúcho – além do
jogador Ronaldo que a figurinha era diferente).
15
– Copa de 2006 (Alemanha)
Esta copa marcou o décimo álbum oficial da competição
lançado pela Panini. A partir da Copa do Mundo de 2006 o álbum da editora passou
a ser vendido, no Brasil, em proporções de destaque mundial. Isso fez com que
os álbuns Panini deixassem de ser considerados raridades devido a enorme
quantidade de publicações disponíveis no mercado.
A Seleção Brasileira de Futebol era a grande favorita
do torneio, em parte por ter ganhado a Copa do Mundo anterior e a Copa das
Confederações FIFA um ano antes. Equipes como a Seleção Argentina, Seleção
Inglesa e a Seleção Italiana também eram consideradas grandes favoritas. Apesar
de ter sido a vice-campeã na última Copa e jogar em casa, a Seleção Alemã não
era favorita.
O Brasil acabaria desclassificado nas quartas de final
ao perder, novamente, para o seu algoz, a França por 1 a 0. No final, a Itália
acabou conquistando o torneio ao derrotar a França na cobrança de penalidades.
16
– Copa de 2010 (África do Sul)
A grande campeã desta copa realizada na África do Sul foi
a Espanha que havia conquistado a Eurocopa de 2008 em cima da Alemanha. No
elenco, havia Iker Casillas, eleito o melhor goleiro do mundo em 2009 e 2008,
Xavi Hernández e Andrés Iniesta, respectivamente 3º e 5º melhores jogadores do
mundo em 2009.
Quanto ao Brasil, dentre as dez seleções
sul-americanas que disputavam as cinco primeiras posições na tabela de
classificação, o Brasil terminou as eliminatórias em 1º lugar. Acabou sendo
eliminado pela Holanda por 2 a 1 no dia 2 de julho de 2010; Felipe Melo e Júlio
César foram considerados os vilões da eliminação. O Brasil perdeu a sua segunda
oportunidade de ser hexacampeão da Copa do Mundo.
Pouca gente sabe, mas de acordo com o Museu das Copas,
em 2010 a Panini publicou, pela primeira vez, encarte complementar com os
demais jogadores que não foram lançados no álbum.
O álbum de 2010 chegou ao Brasil com quatro figurinhas
extras promocionais. Porém, aqueles que compraram o álbum pouco antes da copa
do mundo não receberam as páginas adicionais que já vinham no encarte. A Panini
ainda lançaria um encarte de 77 jogadores que foram a copa mas não estavam no
álbum. Este encarte não foi lançado no Brasil. A cambalhota de Klose também se
tornou umas das figurinhas extras promocionais (não lançada no Brasil).
17
– Copa de 2014 (Brasil)
Cara, não quero lembrar dessa copa não. Sete a um no
lombo e dentro de casa, é muito humilhante. Foi o que aconteceu na Copa de 2014
realizada no Brasil. Foi uma humilhação aqueles 7 a 1 frente a Alemanha na
semifinal.
No clima contagiante de uma copa realizada em terra
tupiniquim, a Panini lançou o álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo de
Futebol 2014 no Museu do Futebol, em São Paulo. Foram 640 cromos de escudos e
jogadores das 32 seleções presentes na competição no Brasil.
Cada envelope tinha cinco figurinhas e custava, na
época, 1 real. Já o álbum tinha o valor de R$ 5,90.
A seleção brasileira teve 17 jogadores retratados no álbum
da Panini. A lista incluiu: Julio César, Thiago Silva, David Luiz, Dani Alves,
Marcelo, Dante, Ramires, Paulinho, Luiz Gustavo, Hernanes, Oscar, Bernard,
Willian, Robinho, Neymar, Hulk e Fred. 4
18
– Copa de 2018 (Rússia)
Cara, não quero lembrar dessa copa não. Sete a um no
lombo e dentro de casa, é muito humilhante. Foi o que aconteceu na Copa de 2014
realizada no Brasil. Foi uma humilhação aqueles 7 a 1 frente a Alemanha na
semifinal.
A publicação da Panini em 2018 teve grande repercussão
nas redes sociais, principalmente por causa do preço do pacote de figurinhas. Naquele
ano, um pacote com 5 cromos custava R$ 2. Em 2014, era possível comprar o mesmo
pacote por R$ 1. Na Copa de 2006 na Alemanha, cada pacote era vendido a R$
0,60. O preço do álbum também atingiu as nuvens já que em 2014 era possível
comprar o álbum por R$ 5,90. A edição 2018 custou R$ 7,90!
Nesta copa também não deu para o Brasil que parou nas
quartas de final diante da Bélgica por 2 x 1. A campeã da competição foi a
seleção da França.
19
– Copa de 2022 (Catar)
E finalmente chegamos a Copa do Mundo do Catar que
acontecerá em novembro e dezembro desse ano. A edição de 2022 será a primeira
realizada no Oriente Médio e a última a contar com 32 equipes, já que a
competição terá uma mudança no formato e número de equipes na edição de 2026
que será sediada no Canadá, Estados Unidos e México, passando para 48 equipes.
O álbum de cromos da Panini nesta edição veio com
figurinhas em versões raras, novos valores e outras curiosidades. São
670, sendo 50 especiais e 80 raras. Os torcedores poderão escolher as versões
do álbum em capa dura ou normal. A primeira custa R 44,90 e outra opção: 12,90.
Já o pacote com cinco figurinhas sai por R$ 4,00.
O valor mínimo para completar o álbum é de R$ 536.
Para a conta fechar nesse valor, o colecionador não poderá receber nenhuma
figurinha repetida — ao todo, são 670 em 134 pacotes.
O preço salgado dos pacotes de cromos vem gerando
bastante comoção entre os torcedores, que pagaram R$ 2 no Mundial de 2018.
Taí galera, espero que tenham gostado dessa viagem que
fizemos ao longo das copas do mundo de futebol e de seus respectivos álbuns de
figurinhas.
2 comentários
Quanto tempo!
ResponderExcluirMas não sumi não, tô sempre dando uma espiada por aqui.
E olha que assunto me fez escrever um comentário.
É que essa tua postagem esclareceu uma dúvida que tinha me surgido dias atrás após assistir uma reportagem sobre o alto custo para conseguir preencher o álbum da Copa.
Ao ver a reportagem me lembrei que na minha época a gente ganhava as figurinhas na embalagem do chiclete, e até mesmo o álbum era grátis, tinha para distribuir no mercado onde se comprava o chiclete. Resumindo, gasto era só com o chiclete, que era baratinho. E a gente trocava muito as repetidas. Só assim pra eu, adolescente, ter um álbum da Copa completado naquela época. Se custasse como hoje em dia nem pensar.
Na verdade só me empenhei em completar um álbum, o de 82. Lembro muito desse álbum, eu tinha 12 anos. Não lembro se completei, mas se não, com certeza quase cheguei lá.
A dúvida que me surgiu e que você esclareceu era se havia na época um outro álbum oficial com figurinhas todas compradas ou se só havia esses álbuns da Ping Pong.
Perfeito e esclarecedor esse teu post dos álbuns.
Ah, e, será que minhas cáries da adolescência vieram do chiclete?...k k...
Abraçooo
Alô Atas! Até que enfim deu os ares de sua graça. Você estava muito sumido. Fico feliz que essa postagem tenha ajudado a esclarecer as suas dúvidas. Ahahahaha! Também ganhei algumas cáries (rs). Culpa da ânsia em completar o álbum da Ping Pong. Você se referiu ao album de 1982, mas como sou mais jovem do que você (rs) me recordo também do álbum de 1974, da Copa da Alemanha.
ExcluirAbraço meu amigo e volte sempre