“A Incendiária” – 4º volume da Biblioteca Stephen King – não empolga. Livro chega em abril

04 fevereiro 2018

Lançamento da Biblioteca Stephen King

Olha, me perdoe a sinceridade, não me empolguei nem um pouco com o anúncio do quarto volume da coleção ‘Biblioteca Stephen King’ feito pelo selo Suma de Letras. Disse isso para um amigo, leitor fiel de Stephen King, que só faltou me excomungar, caso ele fosse padre. – Como você fala uma ojeriza dessas Jam se nem leu a história! – disse ele, enquanto eu tentava argumentar – Calma... tudo bem que eu não li o livro, mas tenho uma noção do enredo e além do mais, a obra não é tão rara assim. – Então veio a explosão atômica quando o meu amigo ‘surtou’ – PQP!! Não quero ouvir mais nada! Chega! Entendeu? Chega! Essa é boa, a obra não é rara!.
Com certeza, esse post provocará reação semelhante em muitos leitores do blog, mas o que posso fazer? Esta é a minha opinião e não vou mudá-la.
Bem galera, vamos ao primeiro ponto e o principal: “A Incendiária” - à exemplo de “O Iluminado”, na época de seu relançamento - não pode ser considerada uma obra rara de SK porque o leitor ainda consegue encontrá-la nos sebos à preços razoáveis. No Portal Estante Virtual, por exemplo, temos exemplares que custam de R$ 42,00, R$ 55,00, R$ 60,00 e por aí afora. Convenhamos que tais preços não estão no patamar de “obras raras” que chegam a custar até quatro vezes mais, como pude constatar ao visitar alguns sebos virtuais e localizar “Os Livros de Bachman”, “Depois da Meia-Noite”  e “A Metade Negra”  à assustadores R$ 799,99, R$  600,00 e R$ 190,00, respectivamente. Quanto ao “O Iluminado” – que diga-se, li e adorei – no mesmo dia que a Suma de Letras confirmou o seu relançamento, ainda podíamos encontrar edições antigas e até mesmo recentes à preços mais do que convidativos. Para se ter  uma idéia, na época em que a história saiu em edição capa dura pela“Biblioteca Stephen King”, as livrarias de todo o País ainda anunciavam a venda de “O Iluminado”, edição brochura de 2012, da mesma Suma de Letras.
Por isso, na minha opinião, a editora está fugindo da proposta inicial quando resolveu
Edição facilmente encontrada nos sebos
colocar novamente no mercado obras raras de King, mas com um novo layout, além de traduções atualizadas. Tudo bem que o início do projeto chegou a empolgar quando a Suma relançou “Cujo” e “A Hora doLobisomem” que, de fato, estavam esgotados em todo o País. Só que na sequencia, a ‘coisa’ desgringolou com “O Iluminado” e,  agora, “A Incendiária”.
Foi isto que tentei explicar para o meu amigo, mas ele não deixou. Não estou aqui para criticar a história de “O Iluminado” que é fantástica (ver aqui) – quanto ao enredo de “A Incendiária, confesso que estou com um pé atrás -   mas para discordar da ‘fugida’ de rumo da Suma de Letras no que diz respeito ao relançamento de obras raras de King.
Quando “A Biblioteca Stephen King” foi anunciada, acho que cheguei até plantar bananeiras de alegria. Pensei comigo, caraca, a partir de agora terei acesso à obras esgotadas e que estavam  com preços superfaturados por alguns livreiros e sebos, loucos para enfiarem a faca nos bolsos sofridos dos leitores, mas a alegria durou pouco, apenas dois livros.
Bem, com relação “A Incendiária”, como já disse acima,  estou com ‘um pé atrás’ porque assisti ao filme “Chamas da Vingança” (1984) com Drew Barrymore, baseado na obra literária, e odiei, se bem que para analisar os livros de King não podemos tomar por parâmetros os filmes baseados nesses  mesmos livros. Outro detalhe diz respeito às críticas nada favoráveis ao enredo  que li em blogs e sites. Neste caso, também é relativo porque já li alguns livros que foram crivados por críticas e no final, adorei a história. Mas... até você ler o tal livro para formar a sua opinião, o pezinho sempre fica atrás; ou será que você não dá crédito há um grande número de críticas negativas para um determinado livro? Bem, no meu caso, pelo menos, desconfio.
Cena do filme "Chamas da Vingança" (1984) com Drew Barrymore
Taí, estas são as minhas ressalvas com relação ao 4º volume da “Biblioteca Stephen King” que a Suma de Letras pretende relançar no dia 11 de abril em terras tupiniquins. Mesmo se vier a gostar do livro, contrariando as criticas ruins, a minha opinião com relação a descaracterização de um projeto por parte da Suma continuará a mesma. Em outras palavras: um projeto que promete relançar obras raras/esgotadas e coloca no mercado obras que ainda podem ser facilmente encontradas em sebos ou livrarias.
Concluindo o post, vamos com a sinopse resumida de “A Incendiária”, de acordo com o release fornecida pela editora: “Uma criança com o poder mais extraordinário e incontrolável de todos os tempos. Um poder capaz de destruir o mundo. Após anos esgotado no Brasil, A incendiária volta às livrarias como parte da Biblioteca Stephen King, coleção de clássicos do mestre do terror em edição especial com capa dura e conteúdo extra. No livro, Andy e Vicky eram apenas universitários precisando de uma grana extra quando se voluntariaram para um experimento científico comandado por uma organização governamental clandestina conhecida como "a Oficina". As consequências foram o surgimento de estranhos poderes psíquicos ¿ que tomaram efeitos ainda mais perigosos quando os dois se apaixonaram e tiveram uma filha.
Desde pequena, Charlie demonstra ter herdado um poder absoluto e incontrolável. Pirocinética, a garota é capaz de criar fogo com a mente. Agora o governo está à caça da garotinha, tentando capturá-la e utilizar seu poder como arma militar. Impotentes e cada vez mais acuados, pai e filha percorrem o país em uma fuga desesperada, e percebem que o poder de Charlie pode ser sua única chance de escapar.”
Inté!

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