Guilhermo del Toro fez fama no cinema e mais
recentemente na literatura em cima de monstros e seres míticos. Taí Hellboy, O
Labirinto do Fauno, Mutação, O Circulo de Fogo e na literatura a saga Trilogia
da Escuridão que não me deixam mentir. E para na fugir da rotina, eis que o cineasta
e escritor mexicano acabou de lançar uma
cartada dupla onde o protagonista é... adivinhem quem? Um ser mítico. Para ser
exato: um homem-anfíbio.
O tal homem-anfíbio chegará em dose dupla, ou seja,
nas páginas e também no cinema. Eu explico melhor: Certo dia, del Toro teve a
idéia de desenvolver um roteiro sobre uma mulher que se apaixona por um ser
marinho, capturado pelo governo para experiências militares. Nascia assim o
plot para uma história que segundo o conhecido
cineasta teria tudo para fazer sucesso.
A sua idéia inicial seria transformar o enredo num
romance. Para isso, ele procurou o amigo Daniel Kraus com o qual já havia trabalhado
previamente em “Caçadores de Trolls”. Enquanto trabalhavam juntos no
desenvolvimento da história, os dois tiveram uma idéia estranha, mas ao mesmo
tempo original: eles trabalhariam a história de maneira independente para o
cinema e a literatura.
Então você me pergunta: “PQP! Vem aí mais uma
novelização??!”.
Não. Podem ficar tranqüilos porque, segundo del Toro
e Kraus, o projeto vai passar muito longe disso. Pelas notícias publicadas nas
redes sociais, dá-se a entender que del Toro ficou mais envolvido com a parte
cinematográfica, enquanto à Kraus coube cuidar da vertente literária. Ambos com
ampla liberdade para criar em cima da essência do enredo.
Bem galera, nascia assim “A forma da água”: livro e
filme. O romance será publicado no Brasil pela Intrínseca em 27 de fevereiro. O
longa, que já ganhou o cobiçado Leão de Ouro de Melhor Filme no Festival
Internacional de Cinema de Veneza e abriu o Festival de Cinema do Rio, será
lançado pela Fox Searchlight Pictures no dia 1º de fevereiro de 2018 nos
cinemas brasileiros.
O elenco do filme conta com Sally Hawkins, Michael Shannon, Richard Jenkins, Michael Stuhlbarg, Octavia Spencer e Doug Jones como
o homem-peixe.
A história se passa durante a época da Guerra Fria,
em Baltimore, em um centro de pesquisa aeroespacial que acaba de receber um bem
precioso: um homem anfíbio capturado na Amazônia. O que se desenrola é uma
angustiante história de amor entre o anfíbio e uma das zeladoras do
laboratório, uma mulher muda que usa a linguagem de sinais para se comunicar
com a criatura.
Vamos aguardar a chegada dessas duas datas para compararmos
as duas obras; só então poderemos responder se “A Forma da água” é um romance
que merece todos os elogios ou se não passa de mais uma malfadada novelização.
Esperemos.
Postar um comentário