Tá bem, eu confesso. Lutei com todas as minhas forças
e energia, mas acabei perdendo esta batalha; e por goleada. Fiquei tão grogue
com a surra que levei que estou resenhando a obra somente agora. Digo isto
porque já li o livro há mais de dois anos; quero dizer... a metade do livro, já
que não consegui encará-lo por inteiro.
Tentei vencer aquele calhamaço de mais de 700
páginas de “Um Conto do Destino”, mas miei. A obra de Matk Helprin é muito
louca, mirabolante e extrapola os limites da surrealidade. Ela até começa bem,
prendendo a sua atenção, mas depois...
O autor começa contando a história de um casal
apaixonado, em seguida, quando menos se espera, ele dá um corte abrupto nessa
história e já ‘pula’ para um outro contexto com novos personagens e ‘bota’
personagens nisso! Cara, são muitos e nenhum deles com carisma suficiente para
‘laçar’ a atenção do leitor. Algumas pessoas que conseguiram ler as 720 páginas
do livro, disseram que esses personagens - que a principio não tem nenhuma
relação com o tal casal do início da história – só começam a entrar no contexto
perto do final. Sei lá se é verdade galera, preferi não esperar para conferir.
Parei, mesmo, antes da metade.
Algumas situações criadas por Helprin chegam a
atingir as raias do absurdo. Algo muito sem noção. Acredito que ele quis criar
um enredo com toques de fantasia, mas no final a ‘coisa’ degringolou e acabou
ficando, de fato, surreal.
“Um Conto do Destino” conta a história de Peter
Lake, um exímio mecânico e também larápio, que em uma noite especialmente fria
consegue invadir uma mansão que mais se parece uma fortaleza. Ele pensa que não
há ninguém em casa, mas a filha do dono o surpreende em plena ação. Assim
começa o romance entre um ladrão de meia-idade e uma moça chamada Beverly que
tem pouco tempo de vida. A partir daí começam a pipocar as passagens estranhas
na história como um gato que veste roupas, um cachorro de seis metros de altura
conhecido como “Cão do Afeganistão” e outras excentricidades das quais não me
lembro, pois já faz algum tempinho que li o livro.
Um dos motivos que me levou a comprar “Um Conto do
Destino”, na época, foi a publicidade muito chamativa do filme com Colin
Farrell baseado na obra de Helprin. O slogan: “É possível amar alguém tão
plenamente que a pessoa não pode morrer?” era o mesmo do livro. Entonce, o
gaiato aqui, foi no embalo do slogan precedido por belas imagens e comprou o
livrão de mais de 700 páginas. O que aconteceu? Você já sabe.
Taí, é o que dá ir com tanta sede ao pote.
Inté!
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